O homem que se dizia infeliz, depois de haver implorado o socorro dos Céus, encontrou, em sonho, o Mensageiro do Senhor que lhe falou generosamente:
— O Eterno Benfeitor se enterneceu com as tuas lágrimas e te escutou as petições. Em resposta, recomenda-te coragem a fim de que possas receber o Apoio Divino…
Antes que o Emissário terminasse, o homem quase magoado interferiu:
— Coragem? Acaso não tenho mostrado ausência de medo em toda a minha vida? Guardo medalhas de muitas competições. Escalei o monte mais escarpado de minha região, por seis vezes fui campeão de corridas arriscadas, já montei potros bravos e, por duas vezes, abati onças no sertão…
O Mensageiro, porém, sorriu e esclareceu:
— Sim, tudo isso é para considerar, mas o que o Senhor te pede é a coragem de cumprir o teu próprio dever.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:
O dever
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações.
homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.
— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 7.)
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Não limite o poder de sua vida!
Não pense que conseguirá tudo o que deseja, numa só existência.
Mas confie, porque a vida é eterna, infindável.
Não pense também que, depois desta, irá iniciar uma vida diferente: nada disso!
Esta mesma vida é que continuará sempre.
Portanto, procure aumentar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, verificando como é rápido o momento atual, comparado com a eternidade.
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Carlos Pastorino
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