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sábado, 7 de novembro de 2020

Auxiliemos sempre


Por que te afirmas tantas vezes incapaz de auxiliar?

Em verdade, imenso é o mar das necessidades humanas. Se os teus obstáculos, por agora, são tantos que não dispões de minutos a fim de empregá-los em benefício de alguém, podes ainda distribuir simpatia e paz, coragem e esperança., muito maior é a fonte da Providência Divina, junto da qual todos podemos doar algo, em favor de alguém.

 Esse dá o ouro, outro o pão, aquele o agasalho e aquele outro o ensinamento.

Se os teus obstáculos, por agora, são tantos que não dispões de minutos a fim de empregá-los em benefício de alguém, podes ainda distribuir simpatia e paz, coragem e esperança.

Para isso não aposentes o teu sorriso.
🌿🌼🌿
Emmanuel
Chico Xavier 
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MENSAGEM DO ESE: 

Verdadeira pureza. Mãos não lavadas


Então os escribas e os fariseus, que tinham vindo de Jerusalém, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: “Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos, uma vez que não lavam as mãos quando fazem suas refeições?”

Jesus lhes respondeu: “Por que violais vós outros o mandamento de Deus, para seguir a vossa tradição? Porque Deus pôs este mandamento: Honrai a vosso pai e a vossa mãe; e este outro: Seja punido de morte aquele que disser a seu pai ou a sua mãe palavras ultrajantes; e vós outros, no entanto, dizeis: Aquele que haja dito a seu pai ou a sua mãe: Toda oferenda que faço a Deus vos é proveitosa, satisfaz à lei, — ainda que depois não honre, nem assista a seu pai ou à sua mãe. Tornam assim inútil o mandamento de Deus, pela vossa tradição.

Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, quando disse: Este povo me honra de lábios, mas conserva longe de mim o coração; é em vão que me honram ensinando máximas e ordenações humanas.”

Depois, tendo chamado o povo, disse: “Escutai e compreendei bem isto: — Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. — O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; — porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. — Essas são as coisas que tornam impuro o homem; o comer sem haver lavado as mãos não é o que o torna impuro.” Então, aproximando-se, disseram-lhe seus discípulos: “Sabeis que, ouvindo o que acabais de dizer, os fariseus se escandalizaram?” — Ele, porém, respondeu: “Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou. — Deixai-os, são cegos que conduzem cegos; se um cego conduz outro, caem ambos no fosso.” (S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a 20.)

Enquanto ele falava, um fariseu lhe pediu que fosse jantar em sua companhia. Jesus foi e sentou-se à mesa. — O fariseu entrou então a dizer consigo mesmo: “Por que não lavou ele as mãos antes de jantar?” Disse-lhe, porém, o Senhor: “Vós outros, fariseus, pondes grandes cuidado em limpar o exterior do copo e do prato; entretanto, o interior dos vossos corações está cheio de rapinas e de iniqüidades. Insensatos que sois! aquele que fez o exterior não é o que faz também o interior?” (S. LUCAS, cap. XI, vv. 37 a 40.)

Os judeus haviam desprezado os verdadeiros mandamentos de Deus para se aferrarem à prática dos regulamentos que os homens tinham estatuído e da rígida observância desses regulamentos faziam casos de consciência. A substância, muito simples, acabara por desaparecer debaixo da complicação da forma. Como fosse muito mais fácil praticar atos exteriores, do que se reformar moralmente, lavar as mãos do que expurgar o coração, iludiram-se a si próprios os homens, tendo-se como quites para com Deus, por se conformarem com aquelas práticas, conservando-se tais quais eram, visto se lhes ter ensinado que Deus não exigia mais do que isso. Daí o haver dito o profeta: É em vão que este povo me honra de lábios, ensinando máximas e ordenações humanas.

Verificou-se o mesmo com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser atirada para segundo plano, donde resulta que muitos cristãos, a exemplo dos antigos judeus, consideram mais garantida a salvação por meio das práticas exteriores, do que pelas da moral. É a essas adições, feitas pelos homens à lei de Deus, que Jesus alude, quando diz: Arrancada será toda planta que meu Pai celestial não plantou.

O objetivo da religião é conduzir a Deus o homem. Ora, este não chega a Deus senão quando se torna perfeito. Logo, toda religião que não torna melhor o homem, não alcança o seu objetivo. Toda aquela em que o homem julgue poder apoiar-se para fazer o mal, ou é falsa, ou está falseada em seu princípio. Tal o resultado que dão as em que a forma sobreleva ao fundo. Nula é a crença na eficácia dos sinais exteriores, se não obsta a que se cometam assassínios, adultérios, espoliações, que se levantem calúnias, que se causem danos ao próximo, seja no que for. Semelhantes religiões fazem supersticiosos, hipócritas, fanáticos; não, porém, homens de bem.

Não basta se tenham as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a do coração.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, itens 8 a 10.)

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É A SANTIFICAÇÃO




“Santifica-os na verdade.” – Jesus (João, 17:17.)


Não podemos esquecer que, em se dirigindo ao Pai, nos derradeiros momentos do apostolado, rogou-lhe Jesus santificasse os discípulos que ficariam no plano carnal.


É significativo observar que o Mestre não pediu regalias e facilidades para os continuadores. Não recomendou ao Senhor Supremo situasse os amigos em palácios encantados do prazer, nem os ilhasse em privilégios particularistas. Ao invés disso, suplicou ao Pai para que os santificasse na condição humana.


É compreensível, portanto, que os discípulos sinceros recebam da Providência maior quinhão de elementos purificadores em trabalhos e testemunhos benéficos. Na Terra, quase sempre, o dever e a responsabilidade parecem esmagá-los, no entanto, a palavra do Evangelho é bastante clara no terreno das conquistas eternas.


Não nos referimos a recompensas banais de periferia.


Destacamos o engrandecimento espiritual, a iluminação divina e a perfeição redentora, inacessíveis ainda ao entendimento comum.


Em verdade, o Senhor anunciou sacrifícios e sofrimentos aos seguidores, acentuando, porém, que os não deixaria órfãos.


Seriam convocados a interrogatórios humilhantes, contudo, não lhes faltaria a Sublime Inspiração.


Seguiriam atribulados, mas não angustiados; perseguidos, mas nunca desamparados.


Receberiam golpes e decepções, mas não lhes seriam negados a esperança e o reconforto.


Suportariam a incompreensão humana, todavia, os desígnios superiores agiriam em favor deles.


Sofreriam flagelações no mundo, no entanto, suas dores abasteceriam os celeiros da graça e da consolação para os aflitos.


Muita vez, participariam dos últimos lugares, entre as criaturas terrestres, para serem dos primeiros na cooperação com o Divino Trabalhador.


Seriam detidos nos cárceres, mas disporiam da presença dos anjos sob cânticos de glorificação.


Carregariam cicatrizes por sinais celestes.


Tolerariam sarcasmos em honroso serviço à Verdade.


Perseguidos e torturados, representariam as cartas palpitantes do Cristo à Humanidade.


Servos sofredores e humilhados no campo carnal, marchariam assinalados por luz imperecível.


Escalariam calvários de dor, suportando cruzes, encontrando, porém, a ressurreição, coroados de glória.


Efetivamente, pois, os colaboradores do Evangelho são, de modo geral, anônimos e desprezados nas esferas convencionalistas da Terra; todavia, para eles, repete o Mestre, em todos os tempos, as sublimes palavras: “Sois meus amigos porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Cabe ao Tempo




Não te queixes — Trabalha.

 Não te irrites — Silencia.

 Não pares — Segue adiante.

 Não discutas — Demonstra.

 Não condenes — Ampara.

 Não critiques — Abençoa.

 Fala auxiliando para o bem.

 Serve sem reclamar.

 Não te percas em palavras vazias.

 Cabe ao Tempo tudo esclarecer em nome de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:
Utilidade providencial da riqueza. Provas da riqueza e da miséria

Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, idéia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. E o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Mas, do fato de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento.

Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: “Desfaze-te de todos os teus bens e segue-me”, não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas, apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à idéia de abandonar os bens de que era dono. Seu desejo de obter a vida eterna não ia até ao extremo de adquiri-la com sacrifício.

O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe. Mas, não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até à abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar. Fazia uma aplicação do princípio: “Fora da caridade não há salvação”.

A conseqüência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ao demais, a condenação do trabalho que a pode granjear; conseqüência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é lei de Deus.

Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a conseqüência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstrui-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção. Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 7.)

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Silencia e Espera



No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de tantos companheiros de experiência.

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do desespero.


Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.

Se amigos de ontem transformaram-se em adversários de tuas melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te queixes.

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada reclames em teu favor.

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te lastimes.

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente viver.
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Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier. 
Do livro: Calma

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Imunização Espiritual




Raras pessoas percebem que, no mundo, existe um serviço de imunização do espírito que não deve menosprezar.

Referimo-nos ao entendimento que respeita as provas e as dificuldades alheias, procurando auxiliar aos outros, em silêncio, antes que se desmandem, através de faltas em que não precisariam comprometer a paz de consciência.

Se em derredor de ti, muitas vezes, surgem desequilíbrios e agitações, podes conservar a serenidade do campo íntimo, à feição do lago, que sendo cercado por forças antagônicas em luta, consegue manter-se em paz, refletindo as estrelas.

À frente de criaturas, vinculadas ao teu amor, sequiosas de independência, aprende a libertá-las com a força da compreensão que te felicita.

Não se apenas os corações até agora desconhecidos, com os quais te defrontas nas vias públicas ou nas áreas da atividade profissional que te pedem socorro desse jaez.

Especialmente, no círculo daqueles a que mais amas se destacam semelhantes exigências.

Imprescindível nos preparemos, tanto no Plano Espiritual quanto no Plano Físico a fim de doar a liberação a que nos reportamos.

Criaturas amadas, que apresentam o nome de filhos e filhas, nem sempre se mostram felizes ao lado de nosso amor; 
outras que desempenham, junto de nós, os encargos de pais ou mães talvez anseiem por experiências diferentes das nossas; 
irmãos e companheiros inesquecíveis, em certas ocasiões, demonstram, de modo claro, o propósito de se manterem desligados de nós, por vezes fatigados de nossa presença ou do sistema de vida a que nos impomos.

Auxiliemo-los a se livrarem de nós, sem estranheza ou ressentimento.

Já que não são crianças, credores de proteção e discernimento, confiemo-los à escola da vida, em que a Divina Providência nos internou.

E, ao liberá-los, estejamos prontos a servi-los tantas vezes quantas se fizerem necessárias.

O amor não cria problemas.

Cada qual tem o seu próprio caminho.

E Deus, que nos ama a todos, saberá prover-nos com os recursos indispensáveis à nossa própria sustentação e sobrevivência, considerando em nós as necessidades de cada um.

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Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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MENSAGEM DO ESE:
Parábola do mau rico


Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. — Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, — que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.

Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. — Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio — e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.

Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, — onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. — Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. — Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. — Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 5.)

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Não Estrague o Seu Dia



A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia.

Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.
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André Luiz
Francisco Cândido Xavier
Agenda Cristã

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Deus vigia



Nas grandes provações, não te afastes da fé.

Nos pequenos contratempos, cultiva a paciência.

Agradece à Divina Bondade a bênção de cada dia.

Trabalhe sempre.

Serve, desinteressadamente, aos outros, quando puderes.

Esquece injúrias e ofensas.

Não lastimes o passado.

Não censures a ninguém.

Segue sempre para diante e não temas.

Deus Vigia.
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Emmanuel
Chico Xavier

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17 passos para enfrentar uma grande perda:


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MENSAGEM DO ESE:

Obediência e resignação


A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.


Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. 
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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 8.)

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REPRIMINDO O MAL





Quem realmente se encontra interessado em auxiliar não critica de maneira contundente aquele que deseja viver de passo acertado nos caminhos do Bem: aproxima-se e esclarece com bondade e paciência, sem jamais, nas atitudes ou na voz, transparecer superioridade...


Quase sempre, quem torna pública a crítica que dirige a alguém, oculta propósitos menos edificantes.
É curioso observar-se que, na maioria das vezes, quem possui suficiente autoridade moral para censurar a conduta alheia adota o silêncio por norma de ação.


Jesus silenciou diante de infeliz irmã surpreendida em adultério...


A melhor crítica é aquela que ensina com as mãos como deve ser feito e não simplesmente a que teoriza, traçando roteiros comportamentais para os outros.


A justa repressão do Mal só acontecerá através da genuína prática do bem.


Desacreditar os outros, ridicularizando-os, é a técnica de quem acha mais fácil lançar os seus supostos adversários por terra, ao invés de elevar-se ele mesmo às expensas de seu próprio suor a um patamar que o nivele a exemplos nobilitantes.


Em muitas ocasiões, a crítica é o disfarce da maledicência, e a inveja, o verdadeiro móvel de suas intenções.
Quando este ou aquele companheiro esteja sendo dura e excessivamente criticado, atentemos para o que nele os seus opositores combatem, porquanto pode ser que simplesmente estejam se unindo por interesses que lhes são comuns, na defesa de pontos de vista conservadores ou, então, por reconhecerem a própria incapacidade de fazer o mesmo.


A crítica sincera não expõe as chagas morais de quem quer que seja, nunca misturando ideias com deslizes de ordem pessoal que, em última análise, apenas devem dizer respeito àqueles que, certamente, têm se empenhado em combatê-los. 
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Imperfeitos, mas úteis



“Busca e acharás” — prometeu nosso Divino Mestre. 

Insistamos no esforço e com apoio no esforço alcançaremos a bênção da realização.

 Em todos os lugares somos defrontados por irmãos que se afirmam inúteis ou demasiado inferiores, e que, por isso, se declaram inabilitados a servir.

 Entretanto, que tarefeiro crescido em experiência terá fugido ao rude labor da iniciação? Onde o artista exímio que não haverá de repetir detalhe a detalhe, das atividades criadoras a que se afeiçoa e em que se aperfeiçoa, a fim de senhorear os recursos da mente e da natureza?

 Se ainda perguntas pela ação que te compete na seara do bem, toma lugar na caravana do serviço, consagrando alma e tempo ao concurso que lhe possamos prestar, e, sustentando o devido respeito aos missionários de cúpula no levantamento do Mundo Melhor, abracemos com alegria os nossos deveres nos alicerces.

 Para isso, no entanto, para que te desincumbas das próprias obrigações, não requisites nomeação particular.

 Apresenta-te simplesmente no campo das boas obras e começa fazendo algo em favor de alguém.

 A construção do bem comum é obra de todos.


 Todos necessitamos trabalhar no sentido de aprender e construir, auxiliando os companheiros esclarecidos para que se tornem cada vez mais fiéis à execução dos compromissos nobilitantes que abraçam:

 os valorosos para não descerem ao desânimo;

 os retos para que não se transviem;

 os fracos para que se robusteçam;

 os tristes para que se consolem;

 os caídos para que se reergam;

 os desequilibrados para que se recomponham;

 os grandes devedores, para que descubram a trilha da solução aos problemas em que se oneram.


 Todos nós, Espíritos em evolução no Planeta, somos ainda imperfeitos, mas úteis.

 É certo que não nos é lícito alardear virtudes que não temos e nem fantasiar talentos que nos achamos ainda muito longe de conquistar, mas todos somos chamados a contribuir no bem geral, porquanto, assim como o minério bruto se separa da ganga, ao calor de alta tensão, de modo a converter-se em coluna da civilização e nervo de progresso, também nossa alma, depurada na forja acesa do serviço ao próximo, transforma-se, a pouco e pouco, em veículo de amor e canal de sublimação.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:
Pelas suas obras é que se reconhece o cristão 

“Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.” 

Escutai essa palavra do Mestre, todos vós que repelis a Doutrina Espírita como obra do demônio. Abri os ouvidos, que é chegado o momento de ouvir.

Será bastante trazer a libré do Senhor, para ser-se fiel servidor seu? Bastará dizer: “Sou cristão”, para que alguém seja um seguidor do Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar frutos bons.”

— “Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.” São do Mestre essas palavras. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve dar a árvore do Cristianismo, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com sua sombra uma parte do mundo, mas que ainda não abrigam todos os que se hão de grupar em torno dela? Os da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo, qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os colhem! A árvore é boa sempre, porém maus são os jardineiros. Entenderam de moldá-la pelas suas idéias; de talhá-la de acordo com as suas necessidades; cortaram-na, diminuíram-na, mutilaram-na; tornados estéreis, seus ramos não dão maus frutos, porque nenhuns mais produzem. O viajor sedento, que se detém sob seus galhos à procura do fruto da esperança, capaz de lhe restabelecer a força e a coragem, somente vê uma ramaria árida, prenunciando tempestade. Em vão pede ele o fruto de vida à árvore da vida; caem-lhe secas as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que as crestou.

Abri, pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância seus frutos divinos. Conservai-a tal como o Cristo vo-la entregou: não a mutileis; ela quer estender a sua sombra imensa sobre o Universo: não lhe corteis os galhos. Seus frutos benfazejos caem abundantes para alimentar o viajor faminto que deseja chegar ao termo da jornada; não amontoeis esses frutos, para os armazenar e deixar apodrecer, a fim de que a ninguém sirvam. 

“Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.” É que há açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não sejais do número deles; a árvore que dá bons frutos tem que os dar para todos. Ide, pois, procurar os que estão famintos; levai-os para debaixo da fronde da árvore e partilhai com eles do abrigo que ela oferece. — “Não se colhem uvas nos espinheiros.” Meus irmãos, afastai-vos dos que vos chamam para vos apresentar as sarças do caminho, segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.

O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; entrarão somente os que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.” 

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe; que o Deus de luz vos ilumine; que a árvore da vida vos ofereça abundantemente seus frutos! Crede e orai. 


— Simeão. (Bordéus, 1863.) 
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, item 16.)

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Insatisfação 




Ninguém se sinta deslocado em seu próprio lugar.


Cada pessoa vive com as pessoas com que necessita viver para ajustar-se consigo.


A insatisfação que experimentamos com os outros quase sempre é insatisfação com nós mesmos.


As leis que regem a Vida nunca se enganam.


Somos o que fizemos de nós e temos exatamente aquilo que merecemos.


Não culpemos ninguém pelas frustrações que nos impedem de ser o que desejamos.


Para que as coisas fossem diferentes, precisaríamos tê-las feito diferentes.


Ajustemo-nos, pois, e, com os recursos morais que nos sejam disponíveis, procuremos realizar o melhor.


Quem se conscientiza de suas limitações já começa a superar-se.


Estamos hoje no justo lugar a que os nossos pés nos conduziram, vinculados a situações e pessoas que buscamos pela nossa liberdade de escolha.


Se a vida que vivemos nos aborrece, lutemos adquirindo os méritos que ainda não possuímos para que os nosso dias se façam plenos de alegria e paz.
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Irmão José
Carlos A.Bacelli

domingo, 1 de novembro de 2020

DESPEDIDA NÃO É DOR


Recuso-me concordar e a dizer que despedida seja uma eterna e punjente dor. Dor é aquilo que ficou obsoleto por algum motivo de oclusão do sentimento e incompreensão da impermanência.

Se tenho compreensão e aceitação da vida, troco a palavra dor por saudades.

Saudades sim, porque é uma gratidão de sentimento suave no agradecer a vida pelo tempo que se conviveu com integralidade e inclusão de tudo como foi no passado.

As dores da despedida é combustível da inconformação e não aceitação dos desígnios de Deus, ou seja, é postular-se frontalmente à vida como uma criança birrenta que exige algo sem os pais poderem atendê-la.

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Roberto Luiz Santos. 30-12-2018

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MENSAGEM DO ESE:

II – A Fé Divina E A Fé Humana

12 – A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa.


Até o presente, a fé só foi compreendida no seu sentido religioso, porque o Cristo a revelou como poderosa alavanca, e porque nele só viram um chefe de religião. Mas o Cristo, que realizou verdadeiros milagres, mostrou, por esses mesmos milagres, quanto pode o homem que tem fé, ou seja, que tem a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode realizar-se a si mesma. Os apóstolos, com o seu exemplo, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres, senão os efeitos naturais de uma causa desconhecida dos homens de então, mas hoje em grande parte explicada e que será completamente compreendida pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo?


A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.


O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.


Eu vos repito: a fé é humana e divina. Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem por a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios, e que é simplesmente senão um desenvolvimento das faculdades humanas.

UM ESPÍRITO PROTETOR
Paris, 1863
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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BEM VIVER



Pede-se você uma regra de bem-viver para se sentir em paz, dentro do mundo agitado de hoje.

Você diz “mundo agitado” e respeito as suas expressões, embora creia que, o mundo foi sempre tumultuado por desafios permanentes.

Justo notar que falamos aqui do campo físico, no qual se encontram muito mais os adversários do que os amigos, a fim de harmonizar relações e podarem arestas.

Traçar diretrizes para manutenção da tranqüilidade, no circulo dos homens, será o mesmo que transmitir o método de caminhar entres espinheiros interligados sem ferir-se.

Admito que a primeira atitude de alguém, que se proponha a viver em paz no mundo, será praticar a aceitação sem inércia.

Paciência ativa.

Calma e trabalho.

Acolher as pessoas como são, sem a idéia de esculpi-las pelo nosso modo de ser, reconhecendo que essas mesmas pessoas não conseguiriam modelar-nos, à maneira delas.Outro principio não menos importante é aquele de não nos julgarmos donos da verdade.

Você, decerto, conhece a lenda: - dizem que a verdade era um imenso espelho situado nos céus; Conquanto amarrado a vigas fortes, um dia caiu na Terra, quebrando-se em milhares de fragmentos, à distancia uns dos outros. Cada criatura encontrou um pedaço, passou a mirar-se nele, criando teorias diversas.

Por isso, evitemos discussões estéreis.

Não menospreze o seu trabalho por mais humilde, consciente de que toda tarefa digna é degrau para cima.

Não use máscaras para afeição, porque o amor é força básica da vida, com a qual não se brinca em tempo algum. Não tente ser maior do que os outros, porque haverá sempre alguém maior do que nós.

Por outro lado, no entanto, no entanto, não se sinta inferior diante de ninguém.

Somos filhos de Deus e o Infinito Amor de Deus, através de leis sábias, estarás velando por nós, onde estivermos.

E, preservando a consciência tranqüila, viva na certeza de que o mundo funcionará tal qual é, sem necessidade de nossas reprimendas.

Faça o bem que puder e espere os resultados.

Não se impressione com dificuldades e obstáculos, porquanto pertencemos ao Céu, em cuja imensidão a Terra se move. É, queiramos ou não, estamos destinados a agir hoje para o brilho e para a felicidade que nos espera no grande amanhã. 
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Espírito Augusto Cezar 
Chico Xavier