Os Espíritos encarnam na Terra para cumprir uma dupla finalidade: eles devem progredir e concorrer para a melhoria da vida no Planeta.
Essas finalidades são naturalmente entrelaçadas, pois é na luta de cada dia que o Espírito se melhora.
No plano espiritual, há muita preparação para esse evento tão importante que é o renascimento.
Cada existência representa uma oportunidade preciosa.
Os desencarnados são em número muito superior ao dos encarnados.
Para conseguir uma reencarnação, em especial em condições que possibilitem muito aprender e trabalhar, é necessário esforço.
O candidato estuda a si próprio, suas tendências e seu passado.
Com o auxílio de dedicados mestres, traça o plano das tarefas que pretende desenvolver.
Dedica-se ao estudo de virtudes, esforça-se por inculcar em seu íntimo as disposições mais favoráveis.
Finalmente, renasce, rodeado de expectativas felizes e muitas promessas.
É na Terra que deve colocar em prática as resoluções que tomou e tornar efetivos os estudos que fez.
Dentre muitos candidatos, foi o escolhido para desempenhar determinadas tarefas.
Consequentemente, responde pelo que faz da oportunidade recebida.
A Espiritualidade Superior ensina que o homem no mundo assume responsabilidades não só pelo mal que faz, mas também pelo bem que deixa de fazer.
Trata-se de algo natural, pois os recursos recebidos para atuação no globo terrestre são empréstimos da Divindade.
Família, bens materiais, cultura, amigos, o ambiente em que se vive, tudo procede da Misericórdia Divina.
O Espírito tem de seu exclusivamente suas conquistas intelectuais e morais.
A ordem cósmica é que amorosamente o rodeia de santas oportunidades de trabalho.
Na famosa parábola dos talentos, o Mestre falou a respeito de três servidores que receberam talentos conforme a própria capacidade.
O servidor considerado infiel não foi lançado nas trevas exteriores por fazer o mal propriamente dito.
Ele se limitou a enterrar o talento que tinha recebido de seu senhor.
Consequentemente, todo o bem que poderia ter feito com esse talento passou a pesar negativamente em sua economia espiritual.
É interessante ter essa realidade em mente para evitar se complicar com uma postura demasiado passiva.
O contexto social clama por mudanças e essas devem ser obra dos homens.
O mundo precisa se tornar mais justo e fraterno e cada um tem de agir, na conformidade de suas forças.
Quem pode fazer o bem e se omite assume pesadas responsabilidades em face da vida.
Não fazer o mal é muito pouco, é quase nada.
O importante é fazer todo o bem possível.
Pense nisso.
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Redação do Momento Espírita.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER -27-12-2020
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MENSAGEM DO ESE:.
Será lícito abreviar a vida de um doente que sofra sem esperança de cura?
– Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?
Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha?
Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?
Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores; mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades! Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe de grande importância. Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.
O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além-túmulo, conhece o valor de um último pensamento. Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.
— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo)
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