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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

PARODIANDO SÃO FRANCISCO


O homem se deve preocupar quando:

esteja guindado às posições relevantes;

sob a bajulação dos frívolos;

diante dos êxitos embriagadores;

desfrutando de saúde e regalias;

usufruindo júbilos e planificando novas alegrias;

assessorado pelo gozo;

beneficiado pela fortuna;

cercado por apaniguados do triunfo;

sorvendo os capitosos vinhos da ilusão;

alimentando-se das iguarias seletas;

em repouso remunerado;

acarinhado por todos;

deslizando sobre os tapetes da fama;

regiamente amparado;

conhecido e comentado;

no topo da glória...



...Pois que muito será pedido àquele a quem muito foi dado.

A vida pede retribuição aos investimentos que realiza.

A tranquilidade e a alegria perfeita são resultados da luta sem quartel a que se entrega, em consciência, o homem que pensa.


Ela advém quando:

abraçando o ideal do bem, sofre;

buscando amparo, é desconsiderado;

necessitado de repouso, é expulso da enxerga em que se deita;

o próprio lar se converte em campo de batalha;

a enfermidade ronda e domina;

a solidão se torna o clima de toda hora;

a ingratidão se converte em supliciadora.

o Sol arde-lhe na pele;

o inverno cresta-lhe o entusiasmo.

e sentindo-se sem apoio nem amizade, pode cantar e bendizer.

A alegria perfeita é o poema de paz que o coração amoroso expressa quando, no mundo, tudo são desafios e sofrimentos, mas a certeza do reino de Deus plenifica e liberta.

Assim responderia hoje São Francisco a Frei Leão, atualizando o memorável diálogo na estrada poeirenta entre Assis e Santa Maria dos Anjos.

Oitocentos anos depois, certamente se interrogado, dessa forma teria o Santo definido o que é a alegria perfeita.
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Livro: Paz Íntima
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Eros
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora
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MENSAGEM DO ESE:

Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus

Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. — Muitos, nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? — Eu então lhes direi em altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniqüidade. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 21 a 23.)

Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. — Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. — Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derrubada; grande foi a sua ruína. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 24 a 27. — S. LUCAS, cap. VI, vv. 46 a 49.)

Aquele que violar um destes menores mandamentos e que ensinar os homens a violá-los, será considerado como último no reino dos céus; mas, será grande no reino dos céus aquele que os cumprir e ensinar. — (S. MATEUS, cap. V, v.19.)

Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! — Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos? Serão cristãos os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração. Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a Jesus: “Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidades, vós que desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério. Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de caridade.”
São eternas as palavras de Jesus, porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas também o penhor da paz, da tranqüilidade e da estabilidade nas coisas da vida terrestre. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 6 a 9.)

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Teu tijolo de amor


És uma parcela do Infinito Amor, no rumo da Perfeição Infinita; e o primeiro sinal de que reconheces a excelsitude do teu destino é o esquecimento de ti mesmo, a benefício dos outros.

Por mais áspero seja o caminho, segue, pois, amando e servindo.

Não enumeres sacrifícios, nem contes dificuldades. A glória da vida é doação permanente.

A estrela te envia luz, varando os empeços da sombra, e a raiz da planta que te estende a bênção do fruto é constrangida a morar no limo do solo, a fim de sobreviver.

Não faltes ao amor que nunca te falta.

O objetivo fundamental de nossa presença, em qualquer estância do Universo, é o serviço que possamos prestar.

Paixões e ilusões que nos conturbem as horas, e mágoas ou provas que nos calcinem os sentimentos, afiguram-se convulsões necessárias no mundo de nossa alma em transformação e burilamento. 8 Pairando muito além de semelhantes calamidades, permanece imperecível o bem que distribuíste, como sendo a tua riqueza eterna.

Raciocina e enternece-te. Pensa e auxilia.

Registrarás o verbo equívoco dos que se transviam temporariamente, asseverando que o mundo pertence aos que se façam bastante fortes na astúcia ou na opressão, que a bondade é um conceito perdido no trabalho da moderna civilização, mas seguirás adiante, compreendendo que ninguém confunde a justiça, ainda que se creia sob o manto ilusório da impunidade, e que o progresso material, sem amor que lhe garanta o equilíbrio, mais não é que uma exibição de poder, endereçada ao campo de cinza.

Vive em tua época. Esforça-te e realiza, alegra-te e sofre com os teus contemporâneos; todavia, de quando em quando, recolhe-te ao abrigo da consciência e escuta as antigas verdades sempre novas que te anunciam o Reino de Deus!… Para reformulá-las, os Espíritos do Senhor se espalham presentemente no planeta, constituindo legiões… Eles nos ensinam — a nós, os tarefeiros encarnados e desencarnados da seara enorme — que o ódio será banido das nações, que o egoísmo desaparecerá da Terra, que a ciência instruirá a ignorância, que a compaixão converterá todos os cárceres em sanatórios e que a educação espiritual extinguirá todos os focos de delinquência!… Para isso, no entanto, eles te rogam o tijolo de trabalho e de amor que possas oferecer à sublime edificação.

Ama e serve sempre.

Tudo o que te aflige ou te espanta, nas conquistas da inteligência de hoje, representa ensaio da supercultura de que o mundo amanhã aproveitará o que seja melhor, e, acima de todas as legendas que gritam ainda agora por fraternidade e reivindicação, ouviremos como proclamação mais alta a palavra de Jesus, no apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro Marcado
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Ideias para Hoje


Ninguém foge aos seus princípios de causa e efeito, mas ninguém está privado da liberdade de renovar o próprio caminho, renovando a si mesmo.

Cada um de nós, onde se encontre agora, permanece em meio da colheita daquilo que plantou, com a possibilidade de efetuar novas sementeiras.

Em nossas próprias tendências de hoje será possível entrar no conhecimento do que fazíamos ontem.

Achamo-nos todos presentemente no lugar certo, com as criaturas certas e com as obrigações exatas, a fim de realizarmos o melhor ao nosso alcance.

Dizem os sábios que Deus dá o frio, conforme o cobertor, para que o homem saiba dar o cobertor, conforme o frio.
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Do Livro “Endereços da Paz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.
Obra: Encontro Marcado

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