Criando as criaturas para a glória da vida, na condição de Espíritos eternos, destinados a lhe herdarem as qualidades divinas, o Criador criou:
Um reino — o Universo.
Uma organização comunitária — os mundos da vastidão cósmica.
Um lar — a Natureza.
Uma família — a Humanidade universal.
Um ambiente — a paz.
Um envoltório — a matéria
Um sistema de controle — a afinidade com a gravitação.
Uma religião — o amor.
Uma lei — a justiça.
Um tribunal — a consciência.
Uma doutrina de compensação — a cada um por suas obras.
Uma riqueza igual para todos — o tempo.
Uma força — o bem.
Um princípio — a liberdade.
Um direito — o apoio ao dever cumprido.
Uma regra para o dever — a disciplina.
Um regime para as criaturas — o equilíbrio.
Uma ordem — o progresso.
Uma tabela de responsabilidade — o conhecimento em vários graus.
Um metro — a lógica.
Um código de trânsito espiritual — a fraternidade com o respeito mútuo.
Uma escola — a reencarnação.
Um processo de aprendizagem — a experiência.
Uma instituição crediária — o serviço ao próximo.
Um instrumento para cada criatura — o trabalho.
Uma oficina — o burilamento.
Um objetivo — a perfeição.
À face de semelhantes realidades todos os atritos, conflitos, provações, aflições, dificuldades e embaraços são criações nossas na Criação de Deus e que, tão só na escola das vidas sucessivas com criteriosa aplicação dos tesouros do tempo, conseguiremos nós extinguir.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Passos da vida
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Mensagem do ESE:
Sacrifício da própria vida
– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?
Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação.
— São Luís. (Paris, 1860)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)
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LEMBRAREMOS
Às vezes, queixas-te da vida, ante os contratempos naturais do cotidiano.
Entretanto, se te lembrares da extensa fila dos companheiros algemados às grandes tribulações da retaguarda, decerto não inclinarias tanto à lamentação estéril e, sim, te engajarias na turma dos irmãos que se consagram à tarefa de aliviar os sofrimentos alheios.
Sai de ti mesmo e conseguiras vê-los com facilidade.
É o homem que perdeu ambas as pernas num acidente do trabalho e passa na rua com o favor de alguém que lhe dirige a cadeira de rodas;
É o jovem paralítico que sobreviveu à própria condição pelo devotamento da mulher que se lhe fez mãe, em nome de Deus;
É o cego que exemplifica serenidade e coragem, seguindo para o trabalho com o apoio da bengala branca que lhe evidencia a presença;
É a irmã em penúria, cercada de crianças andrajosas que vai ao encontro do pão da beneficência, a fim de regressar, logo após, à furna em que reside, sob antiga ponte abandonada;
É o hanseniano esquecido; é o amigo em desespero, prestes a cair nas malhas do suicídio; é o doente imobilizado e sem recursos, na periferia da cidade, à espera de alguém que lhe estenda um copo d’água; é o irmão portador de constrangimentos e inibições, incapaz de mais ampla comunicação com os semelhantes; é a mulher apunhalada de dor que tateia a lousa, tentando inutilmente ouvir algum sinal do filho, cuja voz foi abafada pelo frio da morte...
Pensa nos caminheiros do infortúnio que te partilham a marcha.
Se te lembrares deles, certamente silenciarás toda queixa, porquanto, à frente das vantagens que usufruis, saberás unicamente render graças a Deus.
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Espírito Augusto Cezar
Chico Xavier
Obra: Presença de Luz
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Vantagens ocultas
Todos precisamos de reconforto nos dias de aflição.
Isso é justo. Importa, entretanto, observar que a Divina Providência não nos envia dificuldades sem motivo. Entendendo-se que o Senhor não nos relega às próprias fraquezas e nem permite venhamos a carregar cruzes incompatíveis com as forças que nos caracterizam, fujamos de buscar a consolação por flor estéril.
Aproveitemos a bonança que surge em nós habitualmente após a tormenta íntima, para fixarmos o valor que a experiência nos oferece.
Não nos propomos a louvar situações embaraçosas e nem a elogiar os fabricantes de problemas, mas é preciso reconhecer as vantagens ocultas decorrentes das provações que nos visitam.
Quem conseguiria configurar o abismo a que seríamos arrastados pelos caprichos, aos quais muitas vezes nos entregamos, confiantemente, se a desilusão não viesse despertar-nos?
Quem poderia medir os espinheirais de discórdia em que chafurdaríamos o espírito, na equipe de trabalho a que pertencemos, se lutas e lágrimas sofridas em comum não nos ensinassem o benefício do entendimento e da união?
Ingratidão, em muitas circunstâncias, é o nome da bênção com que a Infinita Bondade de Deus nos afasta de ambientes determinados, a fim de que a cegueira não nos induza ao desequilíbrio.
Obstáculo, no dicionário da realidade, em muitas ocasiões expressa apoio invisível para que não descambemos na direção das trevas.
Nossas provas — nossas bênçãos.
Reflete nos males maiores que nos alcançariam fatalmente amanhã, se não fosse o socorro providencial dos males menores de hoje, e reconhecerás que todo contratempo aceito com paciência e serenidade é sempre toque do
amor de Deus, alertando-nos o coração e guiando-nos o caminho.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Rumo certo
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