Cada um é o que é.
Trazemos, ao despertar na reencarnação, um programa definido que nos conduzirá a vencer os degraus dessa espiral evolutiva que nos eleva dos reinos inferiores à angelitude plena. E nada nem ninguém impedirá que o vivamos integralmente, embora possa retardá-lo por imposições passageiras.
Fazemos, porém, por ignorar tal princípio.
Sofremos, então, por amor.
Não que o amor em si gere desilusões, decepções, dores enfim. Mas o sentimento desvirtuado, essa ânsia por possuir o que queremos, precipita o amargor nos quadros de nossa existência.
Busquemos, por isso, o amor-libertação.
Canalizemos nossa afetividade na direção dos que nos compartilham a caminhada e não neguemos doá-la aos que se nos cruzam pelos caminhos da experiência. Evitemos, porém, que essa expansão de afetos tome a configuração de tentáculos a enlaçar e sufocar nossos semelhantes, na pressão do amor que domina.
O cenário terrestre, hoje, é palco de muitos Espíritos que vieram em busca do amor sem posse e que se agitam para acordar-nos para essa Lei eterna: amor sem violência.
Vençamos nossa indiferença.
Não cultivemos, contudo, o sentimento de posse exclusivista, já que, se não temos vocação natural para ser escravizados, não nascemos, igualmente, para ser senhores.
— "A verdade vos fará livres!"
Nesta magnífica assertiva do Mestre Jesus, anotada pelos que lhe observavam a divina peregrinação, repousa todo o fundamento do amor que nos liberta e do amor que libertará todos os demais que co-participam do nosso drama evolutivo.
Reconsideremos o modo de distribuir afeto.
Não condicionemos, a nenhum título, os que vivem ao nosso lado aos programas que abraçamos para esta romagem, a fim de não mergulharmos no autossofrimento que nasce da frustração de querer dominar, querer assenhorearmo-nos daqueles que circulam na órbita de nossa ternura.
Sejamos efetivamente livres. Livres, porém, para respeitar naqueles a quem amamos, o direito de serem o que são e de realizarem o ciclo de suas indispensáveis provações pessoais e, com isso, mais lentamente,
chegarem ao Mestre Jesus.
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Livro: Apontamentos
Evangelho Para a Juventude
Roque Jacintho
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08 de janeiro
O que é que você está retendo em sua consciência?
Eu quero somente o que você tem de melhor, de mais elevado.
Se você, por sua livre vontade, escolhe, atrai e se satisfaz com menos que o melhor, Eu não posso fazer nada.
Nunca tenha medo de desejar somente o melhor.
Nunca sinta que você não merece e que não há razão para você ter o melhor.
Eu lhe afirmo que é sua verdadeira herança e que você tem direito a ela; você tem que aceitá-la e desejá-la.
Ela é sua, é Meu presente para você. Você vai aceitá-la com o coração agradecido ou vai recusá-la?
Não permita que uma falsa humildade impeça você de aceitar o que é seu por direito; e não aceite apenas, mas regozije-se e agradeça eternamente.
Faça de sua herança o seu tesouro e observe os prodígios que se sucederão em sua vida, sabendo, sem sombra de dúvidas, que tudo o que Eu tenho é seu.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Advento do Espírito de Verdade (IV)
Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o espírito.
— O Espírito de Verdade. (Havre, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 8.)
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Não lastimes
Não lamentes na vida
Aquilo que perdeste.
O desgosto sofrido
Abriu-te estrada nova.
Segue através da senda
Que a prova te mostrou.
Renova o pensamento,
Larga-te do passado.
Trabalha e busca a frente,
Não chores, nem recues.
E entenderás que Deus
Dá-nos sempre o melhor.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Tocando o barco
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PRECISAR E MERECER
(...)
Todos temos o que precisamos e merecemos na vida, e se não concordamos com esse alvitre da Lei Divina cabe-nos, a todo instante, o direito de tentar melhorar nosso “existir” trabalhando pela melhoria que aspiramos. E somente nesse afã de lutar pelo que idealizamos, no limite de nossas forças, é que saberemos o que nos reserva a vida no rol das experiências de cada dia, eliminando assim algumas carências que dependem do nosso esforço na caminhada de aperfeiçoamento. Para triunfar nesse mister, somente amando e servindo.
Observa-se que boa parcela das pessoas não está aceitando mais, em nenhuma hipótese, a possibilidade de fazer cada conquista a seu tempo. Querem tudo para já, custe o que custar. A grande rnaioria dos espíritos reencarnados na atualidade tem vivido a “filosofia do imediatismo”. As necessidades e anseios pessoais não obedecem à prova da resistência moral pela paciência e perseverança. E no atendimento de suas metas, percorrem os caminhos largos da precipitação e da imprudência, buscando de forma egoísta o gozo, o prazer, a satisfação de suas fantasias. Depois surgem a decepção e mágoa, e somente então percebem a fragilidade de suas escolhas.
Nesses torvelinhos de dor, não tendo força e coragem o bastante para assumir a sua responsabilidade, projeta culpa a outrem se eximindo de admitir também as suas decisões infelizes que contribuíram em suas dificuldades. Mais adiante, passadas as crises mais intensas dos resultados de suas más opções, perceberá sua necessidade afetiva ainda mais acrescida de novos apelos e convites para outras tentativas de fruir o máximo, fazendo o mínimo. Essa tem sido a “roda da vida” de muitas criaturas no transcurso de suas desditosas experiências no corpo físico.
O controle da vida emocional é o primeiro passo no suprimento das nossas necessidades reais. Saber adiar a gratificação pessoal é muito importante na aquisição desse controle. Tudo a seu tempo, conforme os méritos e esforços pessoais.
Perseverança e coragem são duas nobres virtudes que precisam ser cultivadas nesse caminhar da existência, a fim de colocarmos em funcionamento a possibilidade de alcançarmos nossas metas. Todavia, destaquemos que tais virtudes serão improfícuas se o nosso estado emocional for de inconformação, porque criará uma barreira vibratória de obstrução no suprimento das nossas carências variadas, O estado espiritual de inconformação ou azedume com o que nos cerca retira expressivas funções calmantes e compensadoras no campo mental, nascidas dessas nobres virtudes.
Nosso destino é a felicidade e a completude sem carências. Hoje as sentimos em razão da trajetória pela qual optamos, colhendo da vida aquilo que nela plantamos. Leis perfeitas regem nosso merecimento e somente quando empenharmos pelo amor, perceberemos que carência é o outro nome do egoísmo.
Estejamos certos de que a melhor solução para nossos problemas de equilíbrio, nas necessidades e aspirações pessoais, será sempre manter-se firme nos ideais enobrecedores que vertem da proposta terapêutica do amor. Quem ama, ainda que precisando ser amado, supre-se, eleva-se, compensa-se. De forma alguma estamos fazendo apologia ao descuido conosco no campo das expectativas íntimas e do desejo de ser amado, entretanto, tenhamos lucidez para compreendermos que a postura de cobradores revoltados e a atitude de precipitação não nos levarão a lograr os ideais de ventura e realização sonhados, agravando ainda mais as nossas provas.
Obviamente, as mais elementares necessidades humanas serão sempre, de alguma forma, atendidas. Entretanto, nossa condição de penúria espiritual leva-nos a refletir na colocação feita pelos sábios Instrutores da Verdade ao afirmarem: “Por meio da organização que lhe deu, a Natureza lhe traçou o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.”
Num mundo faminto de amor, a Terra tornou-se o local onde a maioria espera saciar sua fome afetiva e poucos são os que optam pela Divina escolha de amar. Não fosse o celeiro de Amor da Misericórdia e certamente a humanidade, por si mesmo, já teria se dizimado, tamanho o barbarismo emocional que não distancia muito o homem hodierno de certas espécies irracionais, nos campos da violência e da indiferença.
Colaboremos com o Pai. Amemos intensa e nobremente. Rica expressão do Amor Divino, a vida nos recompensará com farta nutrição que jamais nos deixará sentir a falta do essencial para sermos felizes.
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Livro: Mereça Ser Feliz – Superando as Ilusões do Orgulho
Wanderley Soares de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux
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