Além da beneficência que os recursos amoedados conseguem realizar, uma beneficência existe, ao alcance de todos, que pode frondejar e frutescer nos trilhos mais íntimos do cotidiano, começando por dentro do próprio lar:
É o verbo que se cala ante a maledicência ou a palavra otimista, que alimenta as boas intenções, convertendo-as em obras elogiáveis.
É a gentileza que se dispensa ao vizinho, no culto do entendimento e da cordialidade que perdoa espontaneamente o gesto infeliz de algum companheiro.
É o pensamento amigo que a bondade exterioriza, em favor do necessitado de paz, ou a prece que se formula em apoio aos irmãos caídos em provação e desvalimento.
É o serviço aparentemente insignificante que se pode prestar aos que nos compartilham das experiências diárias, quais sejam a informação útil ou a condução de um fardo pequenino.
É a generosidade com que nos será justo suportar a irreflexão desse ou daquele interlocutor e a desculpa sem queixa para com as ofensas recebidas.
Dessa benemerência, às vezes, despercebida nas agitações do mundo, nascem valiosos fatores para a harmonia da existência.
Aprendamos a tolerar-nos uns aos outros, sem atrito, sem mágoa e sem lamentações.
Reconheçamos que a possível falta de alguém, tanto quanto a enfermidade de companheiro determinado poderiam ser nossas.
E não olvidemos que o nosso beneficiário de hoje poderá ser o nosso benfeitor de amanhã.
Situando o próprio coração em nossos gestos, marcando a nossa romagem com o selo da compreensão e do amor, estaremos efetivamente seguindo os exemplos do Amigo Celeste, que nos auxilia e socorre, de instante a instante, sem que venhamos a perceber.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Convivência
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14 de novembro
Quantas vezes Eu já lhe disse que preciso de você livre para fazer tudo o que tem para ser feito?
Quando é que você vai aprender a se soltar e ser livre?
Você não saberá o significado da liberdade até que esteja disposto a se soltar; acredite que você vai conseguir e dê os primeiros passos, mesmo que sejam hesitantes.
Só você pode fazê-lo; ninguém pode fazer isto por você.
Você está com medo do que está lhe esperando depois da curva, com medo do futuro?
Onde estão sua fé e sua confiança?
Por que não aprender a viver plena e gloriosamente no presente, no agora, e Me deixar cuidar do futuro para você?
Eu tenho coisas maravilhosas esperando por você, mas você precisa estar livre e desapegado de tudo.
Esteja disposto a perder tudo para poder ganhar muito, muito mais.
Tudo está em Minhas mãos, e tudo vai muito bem.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Missão do homem inteligente na Terra
Não vos ensoberbeçais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso.
Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante dAquele a quem tudo deve.
A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu.
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— Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 13.)
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Palavras
“Da mesma boca procede bênção e maldição”. Tiago, 3:10
Nunca, te arrependerás:
De haver ouvido cem frases, pronunciando simplesmente uma ou outra pequenina observação.
De evitar o comentário alusivo ao mal, qualquer que seja.
De calar a explosão da cólera.
De preferir o silêncio nos instantes de irritação.
De renunciar aos palpites levianos nas menores controvérsias.
De não opinar em problemas que te não dizem respeito.
De esquivar-te a promessas que não poderias cumprir.
De meditar muitas horas sem abrir os lábios.
De sorrir somente sobre desilusões e amarguras.
De fugir às reclamações de qualquer natureza.
De estimular o bem sob todos os prismas.
De pronunciar palavras de perdão e bondade.
De explanar sobre o otimismo, a fé e a esperança.
De exaltar a confiança no Céu.
De ensinar o que seria útil, verdadeiro e santificante.
De prestar informações que ajudem os outros.
De exprimir bons pensamentos.
De formular apelos à fraternidade e à concórdia.
De demonstrar benevolência e compreensão.
De fortalecer o trabalho e a educação, a justiça e o dever, a paz e o bem, ainda mesmo com sacrifício do próprio coração.
Examina o sentido, o modo e a direção de tuas palavras, antes de pronunciá-las.
Da mesma boca procede a bênção ou a maldição para o caminho.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de luz
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QUEM SEGUE
“E outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” – (João, 8:12.)
Há crentes que se não esquivam às imposições do culto exterior.
Reclamam a genuflexão e o público trovejante, de momento a momento.
Preferem outros o comentário leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa, confiando-se a querelas inúteis ou barateando os recursos divinos.
A multidão dos seguidores, desse tipo, costuma declarar que as atitudes externas e as discussões doentias representam para ela sacrossanto dever; contudo, tão logo surgem inesperados golpes do sofrimento ou da experiência na estrada vulgar, precipita-se em sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.
Nessas horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a insuficiência interna. Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.
Isso ocorre, porém, porque não ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.
O Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e crêem. Assinou, no entanto, real compromisso de assistência continua aos discípulos que o seguem. Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos. Assegurou a doação de luz da vida. Quem efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames particularizados de nuvens negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.
Quando fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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