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sábado, 17 de dezembro de 2022

Riqueza da vida interior


“E assim podermos servir em novidade de espírito e não na caducidade da letra”. (Romanos, 7:6.)

O Cosmo pode ser comparado a um incomensurável arquivo vivo que guarda inúmeras coleções de obras-primas.

Cada texto escrito representa as diversas experiências que tivemos nas múltiplas encarnações ao longo do tempo. Cada um de nós é o somatório desses mesmos textos, compilados num único livro.

Em virtude disso, podemos encontrar “anotações sagradas” nas entrelinhas da própria alma. A divindade colocou um selo cunhado no Espírito, mas apenas quem o vê descobre sua filiação celeste.

Cada um de nós é uma “obra-prima” de Deus, única e com características peculiares.

Como somos todos “livros diferentes”, o sucesso de uma vida plena é ler-nos e, a partir daí, expressarmo-nos perante o mundo usando nossa originalidade.

Quem não exercita a leitura de si mesmo provavelmente ficará retido na capa e distanciado do seu conteúdo.

É necessário pesquisar o “índice interno”: lista alfabética de nomes, lugares e assuntos, que nos permite localizar a “página íntima”, onde os nossos temas podem ser encontrados, para não ficarmos presos à “capa-revestimento”.

Só nos pertence realmente aquilo que interpretamos. Apenas retemos aquilo que tenha vindo de nossas experiências, análises e inspirações.

Se não soubermos ler a nós mesmos, dificilmente aprenderemos a escolher bons livros. Só vence a alucinação da capa quem mergulha nas profundezas do conteúdo da vida interior.

Há um excessivo número de livros que apenas distraem a mente. Quantas vezes adquirimos obras iludidos pela aparência externa! Capas multicoloridas, títulos extravagantes, que camuflam romances simplistas, histórias infantis sem valor pedagógico, dramas sensacionalistas. Há ocasiões em que temos o disparate de comprá-las sem ao menos consultar o sumário.

A capa pode ficar amassada e envelhecida, a página pode ser despedaçada e separada do livro, todavia nenhuma criatura amassa, tritura, rasga ou aparta ideias, sentimentos e emoções que uma alma interpretou e guardou em seu âmago.

A mente entretida bloqueia a fonte sapiencial e polui a via de acesso pela qual escolhemos “livros externos” através do conteúdo de nosso “texto interno”.

Portanto, quando desenvolvemos a habilidade de fazer a “mente silenciar”, penetramos na essência das coisas e, como resultado, passamos a escolher os livros que nos levem a maiores reflexões e, ao mesmo tempo, a tomar posse da “biblioteca viva” que existe dentro de nós.

• Ler para compreender o mundo interior.

• Ler para assimilar com profundeza os sentimentos.

• Ler para observar o funcionamento da mente.

• Ler para atingir o cerne da própria alma.

• Não ler só para ficar na superfície romanceada.

• Não ler para considerar apenas uma face ou um aspecto dos fatos.

• Não ler somente para divagar em histórias fantasiosas e repetitivas.

• Não ler para unicamente abstrair-se das dificuldades, mas para resolvê-las.

Paulo de Tarso, o grande divulgador do Cristianismo, escreve aos romanos: “servir em novidade de espírito e não na caducidade da letra” .

Concluímos, ajustando o texto paulino ao nosso entendimento: não possui validade por si só o que está escrito “ao pé da letra”, mas o “espírito” da ideia, a intenção real do que está no texto.

A “novidade de espírito” quer dizer: é necessário decifrar o novo – que não se manifesta claramente e que está além do literal do contrário a leitura passa a ser uma distração banal, e não um meio de despertar os valores inatos da alma.

A “caducidade da letra” significa que o que está escrito pode ser considerado caduco, sem validade, ou se tornar indevido, se não for descoberto o sentido implícito ou subentendido da escrita.

“A letra mata, mas o Espírito comunica a vida” faz-nos entender que o que se lê não tem significação ou valor se não houver preocupação de interpretar o que é simbólico.

Escolhem-se “obras externas” por meio do “livro interno”.

Nosso sistema de pensamento cognitivo e os demais processos espirituais estão ligados à nossa “enciclopédia sagrada”.

Os recursos de que necessitamos para bem viver não estão na exterioridade; estão dentro de nós, visto que cada ser humano é um “livro transcendental” repleto de conhecimentos imortais.

🌵🍄🌵
Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: Um Modo de Entender - uma nova forma de viver
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17 de novembro

Você sente que faz parte do novo? 

Você sente que você se mistura no todo em perfeita harmonia ou você se sente desconfortável e desajeitado? 

Se você não se sente bem, é melhor sair e encontrar outro caminho. 

Somente as almas que estão em harmonia com o novo, que estão desejosas de deixar o que é velho para trás sem remorsos e que têm espírito de aventura estarão prontas para o novo e serão capazes de mergulhar livremente nele. 

Se você ainda quer se manter preso às antigas maneiras e ideias ortodoxas e convencionais, se você tem medo de quebrar as velhas formas, então você não está pronto para o novo. 

É preciso coragem, força, determinação e uma grande consciência interior de que o que você está fazendo é o certo. 

Quando sua fé e confiança estiverem em Mim e você souber que EU ESTOU guiando e dirigindo você, então você será capaz de fazer tudo o que precisa ser feito com alegria e amor profundos.

🌵🍄🌵
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Obediência e resignação

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 8.)
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Simplicidade


Quando o Senhor nos exortou à pureza infantil, como sendo a condição de entrada no Plano Superior, não nos convidava à insipiência ou à incultura.
* * *
Recomendava-nos a simplicidade do coração, que se revela sempre disposto a aprender.
* * *
A rebeldia e a impermeabilidade são, quase sempre, escuras características daqueles que pretendem haver encontrado a última palavra em madureza espiritual.
* * *
Nossos excessos de raciocínio, em muitas ocasiões, não passam de desvarios da nossa mente, dominados por incompreensíveis cristalizações de vaidade ou de orgulho.
* * *
Criamos, em nossa invigilância, certos padrões convencionais de conduta que nos impedem qualquer acesso à verdadeira luz e, dentro deles, dormitamos à maneira de pássaros cativos que encarcerassem as próprias asas em estreitas limitações.
* * *
Contudo, quando entendemos que a vida se renova, todos os dias, e quando percebemos que todos os minutos constituem oportunidades de corrigir e aprender, auxiliar e redimir; entramos na posse da simplicidade real, suscetível de fixar em nosso íntimo, novos painéis de Amor e sabedoria, paz e luz.
* * *
Guardemos o espírito de surpresa, diante do mundo e, à frente da estrada que o Alto nos destinou, convertamos a nossa ligação com o Pai Celeste por laço essencial de nosso coração com a vida e, dessa forma, estejamos convictos de que cada instante será para nós glorioso passo no Conhecimento Superior ou na direção do Céu.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Trilha de luz
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PARTIR O PÃO


No ato de partir o pão é que revelas quem realmente és.
As tuas mãos em movimento são o teu retrato.

As mãos do egoísta não sabem dividir...

As do avaro estão sempre retraídas...

As do agressor cerram-se no punho...

Em contrapartida, as do homem benevolente estendem-se incondicionalmente...

Espalmam-se, dadivosas...

Não receiam os cravos da ingratidão...

Jamais se exaurem no esforço do auxílio.

Se queres saber quem és, observa como partes o teu pão.

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Irmão José - psic. Carlos Baccelli - do livro "Ao Alcance das Mãos"
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