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sexta-feira, 21 de julho de 2023

O frio que vem de dentro



Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve.

Teriam que esperar até o amanhecer, para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira, ao redor da qual eles se aqueciam.

Eles sabiam que, se o fogo apagasse, todos morreriam de frio, antes que o dia clareasse.

Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.

O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura.

Então raciocinou consigo mesmo: Aquele negro! - Jamais darei minha lenha para aquecer um negro. E guardou-a, protegendo-a dos olhares dos demais.

O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida.

Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.

Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar.

O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina.

Seu pensamento era muito prático: É bem provável que eu precise desta lenha para me defender.

Além disso, eu jamais daria da minha lenha para salvar aqueles que me oprimem. E guardou suas lenhas com cuidado.

O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.

Esse pensou: Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha.

O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava.

Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.

O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido.

Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém, nem mesmo o menor dos gravetos.

Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente apagou.

No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.

Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.

* * *
Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você.

Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam.

Não permita que as brasas da esperança se apaguem nem que a fogueira do otimismo vire cinzas.

Contribua com seu graveto de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.

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Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
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21 de julho

Por que procurar ajuda através de outra pessoa?

Por que não vir diretamente a Mim?

Você não sabe que EU ESTOU dentro de você?

Você não sabe que EU ESTOU aqui para responder a todas as perguntas, para ajudar a resolver todos os problemas e para guiar e dirigir cada um de seus passos se você Me permitir?

Eu nunca Me imponho a ninguém.

É você que deve se decidir a Me procurar e Me achar, e quando você Me achar, EU ESTAREI pronto para assumir o comando, pronto para derramar amor em você e através de você, pronto para lhe mostrar o caminho.

Uma vez que você tenha decidido Me entregar o leme, você pode relaxar e simplesmente seguir Minhas instruções passo a passo.

Você verá, então, Meus prodígios e Minhas glórias acontecerem e presenciará milagre após milagre em sua vida.

Você saberá que quando algo é certo e tem as Minhas bênçãos, nada nem ninguém pode bloquear o caminho, pois tudo acontecerá perfeitamente no momento certo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Não são os que gozam saúde que precisam de médico

Estando Jesus à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; — o que fez que os fariseus, notando-o, disseram aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pessoas de má vida? — Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que gozam saúde que precisam de médico.
(S. MATEUS, cap. IX, vv. 10 a 12.)

Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar. (Veja-se: “Introdução”, artigo: Publicanos, Portageiros.)

Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.

Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.

A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 11 e 12.)
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SE NÃO TIVERES DISCERNIMENTO


Podes adquirir vasta cultura, mas se não tiveres discernimento, não conquistarás a luz da sabedoria.

Podes amealhar muitos bens materiais, mas se não tiveres discernimento, não utilizarás convenientemente os recursos de que dispões.

Podes desfrutar invejável saúde, mas se não tiveres discernimento, não conseguirás conservá-la por muito tempo.

Podes usar corretamente o verbo, mas se não tiveres discernimento, não dominarás os segredos da palavra.

Podes ser médium de excelentes possibilidades, mas se não tiveres discernimento, não servirás aos elevados propósitos do bem.

Podes ter ótima acuidade visual, mas se não tiveres discernimento, não enxergarás o essencial.

Podes formar rara coleção de livros, mas se não tiveres discernimento, não assimilarás o conteúdo de suas páginas.

Podes expressar-te em diversos dialetos, mas se não tiveres discernimento, não falarás o idioma da compreensão.

Podes viver com várias pessoas, mas se não tiveres discernimento, não conviverás com nenhuma delas.

Podes conhecer o mundo inteiro, mas se não tiveres discernimento, não conhecerás a ti mesmo.

*
O discernimento é o alicerce seguro, sobre o qual devemos edificar o castelo de nossos ideais e aspirações de ordem superior.

E ninguém o possuirá sem entregar-se ao exercício constante da humildade, da reflexão e do trabalho desinteressado, em contato diário com os sofredores.

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Irmão José
Livro: A Flama Espírita
Carlos A. Baccelli
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AS PROVAS RUDES


“As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus.” – (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XIV – Honrai a vosso pai e a vossa mãe.)

A noite mais escura é o berço da alvorada.

Sob o calor do fogo, o barro se aprimora.

Na cova em que perece é que a semente germina.

Depois de forte canícula, desaba a tempestade.

O extremo de uma estrada é o começo de outra.

O abismo mais profundo termina em terra firme.

Atingindo o seu ápice, toda dor começa a decrescer.

Para o espírito, as provas mais rudes são as que lhe prenunciam o fim do sofrimento.

Está escrito: “Acaso tenho eu prazer na morte do perverso? diz o Senhor Deus; não desejo eu antes que ele se converta dos seus caminhos, e viva?”

Assim, se consideras que muito estejas sofrendo, não te desalentes.

Resigna-te e espera um pouco mais, que a extinção do mal que há muito te atormenta está prestes a se dar.

Forças invisíveis permanecem trabalhando o pensamento do teu algoz, e, logo, o ânimo com que ele te persegue haverá de arrefecer.

Os maiores obstáculos que te impedem seguir caminhada também estão sujeitos à lei do desgaste, e não resistirão à ação avassaladora do tempo.

Justo quando mais se agrava é que todo problema pede imediata solução.

É o quadro clínico do paciente que determina a conveniência, ou não, de uma intervenção cirúrgica.

Por sobre a Terra, onde até mesmo a alegria é transitória, não há ninguém que se esgote derramando lágrimas.

Carrega, pois, a tua cruz um pouco mais adiante.

Na véspera de vencer, não desistas de lutar.

Por mais intrincado seja, todo labirinto tem uma porta de saída.

Não há êxito algum que não tenha sido antecedido por alguma espécie de fracasso.

Confia que, entre um minuto e outro, Deus pode converter o universo de tua desdita em felicidade.

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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Vinde a Mim”)
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Traço da realidade


Não alegues inquietações e deficiências para deixar de servir.

Estivéssemos nós quitados com as leis que nos regem a vida e estaríamos usufruindo créditos mais amplos e, se fôssemos Espíritos elevados, residiríamos, desde já, em Planos Superiores.

Imperioso aceitar-nos com as imperfeições que ainda nos caracterizem, esforçando-nos melhorar-nos tanto quanto possível, no Espaço e no Tempo.

E, sobretudo, quando as nossas tarefas nos pareçam excessivamente pesadas, reconheçamos que:

se não tivéssemos companheiros difíceis;

grupos que se acham distantes das finalidades a que se destinam;

irmãos impulsivos e irritadiços;

pais complexos;

filhos rebeldes;

parentes-enígmas;

enfermos de múltiplas procedências;

portadores de obsessões e paixões;

amigos emaranhados em lamentáveis enganos;

adversários gratuitos

e acompanhantes inseguros que nos compelem a testemunhos constantes de solidariedade e tolerância, apoio e compreensão, que nos restaria a fazer na Terra?

Abstenhamo-nos da queixa e da rebeldia, procurando realizar o melhor que pudermos, porque a verdade é que somos consciências endividadas perante as Leis Divinas e tão somente, em nos auxiliando uns aos outros, é que encontraremos o caminho da nossa própria libertação.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra:Pronto Socorro
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