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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Ante as partidas


Ele partiu.

Foi rápido, inesperado.

A viagem fora marcada, entre risos e entusiasmo, no entanto, nos primeiros quilômetros, a tragédia o surpreendeu.

O que restou foram dor, lágrimas, um quase desespero.

Ninguém aguarda um fim trágico para quem ama.

Embora a morte seja a maior certeza de todos os que nos encontramos na carne, é algo que não desejamos comentar.

Nem esperar, nem imaginar.

De um modo geral, quando ela visita nossos vizinhos, nossos conhecidos, alguém famoso, agimos como se ela jamais fosse descobrir onde moramos, quem são nossos amores.

Por isso, quando ela nos alcança, levando quem amamos, aqueles com quem convivemos no trabalho, na universidade, na sociedade, nos chocamos.

Tudo nos parece um pesadelo do qual desejamos despertar.

Contudo, os preparativos para os funerais, para o sepultamento ou a cremação nos afirmam, de forma gritante, que estamos despertos.

Tudo é realidade.

E o que nos parece ter sido um sonho foi o curto período entre o berço e o túmulo, aqueles poucos anos que estivemos ao lado da pessoa.

Ou que nos habituamos a vê-la, em momentos específicos.

Reagimos de muitas formas.

Alguns afirmamos que nunca mais voltaremos a sorrir, que o mundo perdeu todo seu encanto, que nada mais interessa.

No entanto, existem tantos que nos amam, que nos cercam e nos desejam acarinhar, consolar.

Quando nos precipitamos no poço quase sem fundo da tristeza, nossos olhos permanecem fechados a tantas manifestações de afeto que nos chegam.

Um amigo bate à nossa porta, nos entregando um pequeno ramalhete de flores perfumadas, desejando amenizar nossa solidão.

Outro nos envia uma mensagem afirmando que pensa em nós, que nos sintamos envolvidos no seu abraço intenso, fraterno.

Outro ainda chega em nosso lar, na hora da refeição, trazendo um prato que fez ou adquiriu, um prato que sabe apreciamos, para nos incentivar a saborear algo que nos nutra.

Deus a ninguém desampara.

Pela lei da vida material, em que tudo se transforma, altera a constituição, revive em outra aparência, Deus permanece atento a esses momentos tristes de nossa vida e providencia quem nos acalente.

Pode ser simplesmente o cão, que descobre nossa tristeza, e vem se deitar em nosso colo ou a nossos pés.

Ou as aves que costumam pousar em nossa janela, que ensaiam trinados diversos para nos convidar à contemplação da natureza, que continua a oferecer seus encantos.

Pensemos que se tudo se transforma, por que haveria o ser humano de se aniquilar para sempre?

Ninguém morre totalmente.

Perde a forma física, mas prossegue vivo, em outra dimensão.

Quem parte, foi convidado ao retorno, por motivos que somente a Divindade conhece.

Acreditemos, perfeitamente justos.

Sofreremos a saudade, experimentando a ausência da sua manifestação orgânica.

Tenhamos coragem, neste momento de saudade e desconforto íntimo.

Mantenhamo-nos firmes, aguardando que, ao chegar a nossa vez, estejamos em perfeita tranquilidade para o reencontro.

E percebamos os que permanecem ao nosso redor, que nos amam e aguardam que os olhemos nos olhos, dizendo: Obrigado por suas presenças.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 23, do livro Mundo regenerado, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco
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NOVEMBRO

Eu vi a Terra como um tabuleiro de xadrez, pintada com quadrados brancos e pretos. Choveu, o preto escorreu para o branco e tudo se tingiu de um cinza sujo e triste. Choveu mais e tudo se transformou.no mais puro branco. Eu ouvi as palavras:

Tenha fé. Fique firme e saiba que a Terra e tudo que nela existe está passando por um tremendo processo de limpeza. Tudo está caminhando muito bem, porque está de acordo com o Meu plano. Sinta-se em perfeita paz.

🍃🙏🍃

Dia 01 de Novembro

Não existe pressão ou pressa na natureza.

Uma semente deve seguir seu ciclo completo; ele não precisa se esforçar, as etapas se sucedem naturalmente.

Tudo que você tem a fazer é deixar as coisas acontecerem naturalmente.

Por que não se transformar numa linda borboleta?

Livre-se da sua crisálida, desse espaço limitado, das restrições de suas idéias e de sua mente mortal.

Para trocar de pele uma cobra vagarosamente se desenrola da pele velha e a abandona, para que ela seque e se desintegre.

Um caranguejo ao crescer e se expandir larga a casca que ficou pequena demais e produz outra maior e mais bonita.

Um passarinho quebra a casca do ovo e sai completamente transformado.

Está livre, livre, livre!

É isto que vai acontecer com você.

Uma nova liberdade, uma nova alegria, todo um mundo novo está aguardando para se abrir quando você se decidir a abandonar os velhos costumes, pensamentos e idéias e se transformar.

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Eileen Caddy
Abrindo Portas Interiores
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MENSAGEM DO ESE:

Obediência e resignação

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 8.)
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Oportunidades


As oportunidades são riquezas potenciais da alma no bojo do tempo.

Ei-las que nos procuram diariamente, chamando-nos através de situações e pessoas para que nos manifestemos na edificação do bem aos outros que resultará sempre em parcelas de felicidade em nosso favor.

Vigia-lhes a presença, a fim de aproveitá-las tanto quanto puderes.

O espírito da caridade nos pede semelhante atitude considerando-nos a tranquilidade própria.

Observa e verificaremos que os convites dessa natureza repontam incessantemente do caminho, embora nem sempre consigamos percebê-los.

É o irmão irritadiço que nos dirige determinada frase imprudente e infeliz, em momentos difíceis do trânsito, claramente aguardando a nossa doação de tolerância.

É o amigo em desvalimento, muitas vezes, abatido ou desesperado, esperando-nos a palavra tranquilizante ungida da simpatia e da solidariedade de que necessita, a fim de levantar-se, em espírito.

É o familiar atribulado por obstáculos diversos de quem nos cabe aproximar com o socorro que se nos faça possível.

É a página balsamizante, fácil de estender aos companheiros de experiência, vítimas de reveses ou daquele propósito de rebeldia ou vingança.

É a conversação amena e reconfortante, em casa ou na rua, com a qual inconscientemente afastamos alguém da queda no suicídio.

É o auxílio discreto ao amigo de sentimento anuviado por empecilhos vários a que a carência de recursos bastas vezes conhecidas por nós, no Plano Físico, sugere-nos a entregar-lhe com bondade o apoio que esse mesmo companheiro em penúria não nos pediu.

Há sempre alguém naufragando no ar das dificuldades humanas.

Alonga o próprio olhar e identificarás as oportunidades de servir que se destacam à mostra.

Não esperes que o próximo te solicite cooperação.

Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.

Oportunidades, aflições, lutas e provas!...

O tempo faz o desfile delas para que as reconheçamos.

Ergue-te, cada dia, faze o melhor ao teu alcance.

Trabalha e serve.

Hoje alguém nos deixa ver as tribulações que se lhe fazem precisas ao aprimoramento espiritual, de modo a que lhe possamos doar por nós mesmos algo de útil. Amanhã, porém, é possível seja para nós o dia da necessidade de receber.

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Emmanuel
Chico Xavier
Paciência
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Reprimindo o mal


Quem realmente se encontra interessado em auxiliar não critica de maneira contundente aquele que deseja viver de passo acertado nos caminhos do Bem: aproxima-se e esclarece com bondade e paciência, sem jamais, nas atitudes ou na voz, transparecer superioridade...

Quase sempre, quem torna pública a crítica que dirige a alguém, oculta propósitos menos edificantes.
É curioso observar-se que, na maioria das vezes, quem possui suficiente autoridade moral para censurar a conduta alheia adota o silêncio por norma de ação.

Jesus silenciou diante de infeliz irmã surpreendida em adultério...

A melhor crítica é aquela que ensina com as mãos como deve ser feito e não simplesmente a que teoriza, traçando roteiros comportamentais para os outros.

A justa repressão do Mal só acontecerá através da genuína prática do bem.

Desacreditar os outros, ridicularizando-os, é a técnica de quem acha mais fácil lançar os seus supostos adversários por terra, ao invés de elevar-se ele mesmo às expensas de seu próprio suor a um patamar que o nivele a exemplos nobilitantes.

Em muitas ocasiões, a crítica é o disfarce da maledicência, e a inveja, o verdadeiro móvel de suas intenções.
Quando este ou aquele companheiro esteja sendo dura e excessivamente criticado, atentemos para o que nele os seus opositores combatem, porquanto pode ser que simplesmente estejam se unindo por interesses que lhes são comuns, na defesa de pontos de vista conservadores ou, então, por reconhecerem a própria incapacidade de fazer o mesmo.

A crítica sincera não expõe as chagas morais de quem quer que seja, nunca misturando ideias com deslizes de ordem pessoal que, em última análise, apenas devem dizer respeito àqueles que, certamente, têm se empenhado em combatê-los.

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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)
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No campo das provas


A vida na Terra pode ser comparada a campo imenso de provas em que cada Espírito ingressa, procurando o triunfo em si próprio, na pauta dos valores de que não prescinde na Imortalidade Vitoriosa.

É assim que não há berços iguais para os que abordam a enorme arena de nossas antigas lutas.

Cada coração recolhe a valiosa oportunidade da experiência no lugar e no clima que digam respeito às suas justas necessidades.

Sabendo agora que carreamos para o Além as paixões desvairadas e as indesejáveis inclinações a que nos afeiçoamos, durante o estágio no corpo físico, é preciso lembrar que renascemos sempre na paisagem e na situação em que possamos alcançar a bênção de nosso resgate ou de nossa cura.

Desse modo o alcoólatra reaparecerá junto de pais dipsômanos, para sofrer de novo a vizinhança do vício, alijando-o de si mesmo.

O criminoso ressurge no ambiente em que delinquiu para dominar os pensamentos culposos que lhe vergastam o Espírito.

O suicida retornará ao veículo denso com os mesmos problemas em que se emaranhou nas trevas da alma, recapitulando, de novo, a lição do sofrimento para entesourar fortaleza e superação.

O malfeitor renascerá nos sítios em que as sombras se refugiam para compreender a grandeza da luz, consagrando-se a ela.

Quase sempre pela porta de entrada na esfera das criaturas humanas, é possível identificar a natureza de nossos débitos e reconhecer a nossa posição diante da Lei, exceção feita aos grandes missionários cujo patrimônio de virtude e de amor, de compreensão e sabedoria transcende o quadro de todas as influências terrestres.

Repara em que espécie de provação e em que linha social te situas, buscando exercer a humildade e o bem, a coragem e o serviço onde estiveres, porque, hoje ou amanhã, a vida ensinar-te-á que ninguém recebe um corpo de carne para falir, mas sim para trabalhar e aprender dignamente, alçando-se com o tempo a mais altos níveis da Vida Eterna.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Semeador em tempos novos
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