“E disse Jesus: Quem é que me tocou? E negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: — Mestre, a multidão te aperta e te oprime e dizes: — Quem é que me tocou?” — (Lucas, 8.45)
Número incontável de aprendizes costuma indagar atenciosamente, com respeito ao modo de se instalar a fé no coração, em caráter definitivo.
Os Espíritos amigos referem-se ao toque indispensável.
Apenas depois dele persevera a confiança perfeita, a segurança de crença.
Os estudantes de boa vontade recebem esclarecimento, no entanto, às vezes, continuam insatisfeitos.
Que é esse toque? Como se opera?
Deve o necessitado esperar a mão resplandecente, qual milagrosa flama das Alturas, a lhe pousar no coração?
Isso, porém, talvez o violentasse.
Sabemos que o próprio Jesus, certo dia, quando tentava aproximar-se dos discípulos queridos, espontâneo e generoso, foi tido à conta de fantasma. ( † )
O caso da mulher doente ( † ) que procurava tocar o Senhor, de leve, cheia de confiança, depois de reconhecer a miséria orgânica, é elucidativo.
A enferma por receber o Toque Divino movimentou-se intensamente.
Antes de tudo examinou a ruína própria e declarou-a perante si mesma; aceitou a necessidade do socorro do Cristo, n saiu de casa para identificar-se com todos os que precisavam assistência do Mestre Divino e, incorporada à multidão, tocou-lhe a veste cheia de confiança.
Instantaneamente foi tocada por Jesus, de maneira particular, encheu-se de Luz e voltou à paz.
E é interessante que Simão tenha perguntado: — Mestre, a multidão te aperta e te oprime e dizes: — “Quem me tocou?”
A interrogativa foi providencial. Ainda hoje o Cristo sofre o assédio das multidões necessitadas e sofredoras.
Apertam-No através de templos, círculos, reuniões; oprimem-No com as mais estranhas rogativas.
É perseguido, disputado, instado com violência, mas Jesus conhece aquele que o toca depois da renúncia aos vãos processos das facilidades venenosas; identifica entre milhões de necessitados aquele que se caracteriza por intenções de valor real e volta-Se Pleno de Carinho Desvelado por acolhe-lo nos braços Fortes e Generosos.
Como vemos, o problema do toque é complexo.
Sem o contato de Jesus não há fé legítima, mas para que isto se efetue é preciso que a providência parta de nós mesmos.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Harmonização
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16 de abril
Por que não fazer só o que você gosta, se isso não causa nenhum mal aos outros e só faz bem a você mesmo e a todas as almas com as quais você se relaciona?
Aprenda a fazer o que você deseja na hora certa e da maneira apropriada, sem grande esforço ou aflição.
Criancinhas sabem aproveitar a vida.
Aja como uma criança sem inibições e aprenda a apreciar a vida sem qualquer restrição, preocupação ou timidez.
Não faça as coisas só porque acha que elas devem ser feitas, ou porque você deve fazê-las.
Quando uma tarefa é executada sob pressão, não causa alegria, nem prazer.
Aprenda a fazer as coisas porque você tem prazer em fazê-las.
Doe o que você tiver que doar pelo simples prazer de doar com amor e sinta como sua vida vai mudar.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Emprego da riqueza
Não podeis servir a Deus e a Mamon. Guardai bem isso em lembrança, vós, a quem o amor do ouro domina; vós, que venderíeis a alma para possuir tesouros, porque eles permitem vos eleveis acima dos outros homens e vos proporcionam os gozos das paixões que vos escravizam. Não; não podeis servir a Deus e a Mamon! Se, pois, sentis vossa alma dominada pelas cobiças da carne, dai-vos pressa em alijar o jugo que vos oprime, porquanto Deus, justo e severo, vos dirá: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o empregaste na tua satisfação pessoal.
Qual, então, o melhor emprego que se pode dar à riqueza? Procurai — nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução do problema. Elas guardam o segredo do bom emprego das riquezas.
Aquele que se acha animado do amor do próximo tem aí toda traçada a sua linha de proceder. Na caridade está, para as riquezas, o emprego que mais apraz a Deus. Não nos referimos, é claro, a essa caridade fria e egoísta, que consiste em a criatura espalhar ao seu derredor o supérfluo de uma existência dourada. Referimo-nos à caridade plena de amor, que procura a desgraça e a ergue, sem a humilhar. Rico!... dá do que te sobra; faze mais: dá um pouco do que te é necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo. Mas, dá com sabedoria. Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola. Difunde em torno de ti, como os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do trabalho, o amor do próximo.
Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes faltará e que te trará grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da inteligência deves utilizá-la como a do ouro. Derrama em tomo de ti os tesouros da instrução; derrama sobre teus irmãos os tesouros do teu amor e eles frutificarão.
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— Cheverus. (Bordéus, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 11.)
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Amanhã
Exclama o fraco: "amanhã, terei forças".
Assevera o delinquente: "amanhã, regenero-me".
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século.
A alma sem coragem de avançar cem passos não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear não consegue prever as consequências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no Bem,
que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinhas de luz
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