Por vezes, somos assombrados por pensamentos que qualificamos como maus e nos perguntamos: De onde surgem?
Quase sempre de nossa própria imperfeição. Também podemos estar recebendo influências de Espíritos que nos rodeiam.
Lembramos que o Apóstolo Paulo alertava que estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.
De toda forma, mesmo que um pensamento nos tenha sido sugerido, seja por alguém encarnado ou por um ser que se encontre no plano espiritual, no final das contas, o filtro somos nós.
Nossa inferioridade ou elevação, nossos vícios ou virtudes serão a peneira que deixará ou não passar para o mundo real aquilo que nos seja sugerido.
Quem decide se aquela palavra será dita ou não, quem decide se tal ação será praticada ou não somos sempre nós.
Não há influência irresistível.
Somos facilmente influenciáveis, é verdade, pois ainda somos fracos, pouco donos de nossas próprias ideias, convicções e princípios.
Vejamos como as notícias nos influenciam. Basta que observemos como meros boatos mexem conosco a ponto de mudarem nosso sentimento a respeito de algo ou alguém.
Por vezes, somos marionetes. Não temos opinião própria. Basta alguém um pouco mais hábil com as palavras ou argumentos, e lá vamos nós, ecoando junto.
Se isso ocorre no plano material, em nosso dia a dia, no ambiente de trabalho, na família, também acontece no mundo dos Espíritos, no qual estamos mergulhados completamente.
Convivemos com os Espíritos diariamente. Os dois mundos, se assim quisermos dizer, vivem em constante troca, em constante comunicação.
Como então selecionar as boas influências? Aquelas que nos fazem bem? Como selecionar os bons pensamentos?
Essa regra vale para a convivência na sociedade carnal como para o intercâmbio com os Espíritos. O que nos cabe é observar a natureza do que nos seja sugerido.
Se o pensamento nos afasta da caridade, quando tem por princípio o orgulho, a vaidade ou o egoísmo, quando sua realização pode causar qualquer prejuízo a outrem, é sinal claro de que se trata de um pensamento ruim, que não devemos alimentar.
Todas as ideias que nos ocorrem, principalmente aquelas estranhas, que claramente não parecem terem vindo de nós, analisemos:
O que essa ideia pretende? Quer o bem de todos? Ou apenas o nosso? Quer resolver um problema ou apenas colocar lenha na fogueira? Quer conciliar ou causar mais confusão?
Não nos permitamos ser agentes, fantoches de outros.
Prestemos atenção nas ideias, nas palavras, no sentido das coisas. Por vezes, algo pequeno se torna exagerado por descuido, por fragilidade nossa e por prazer daqueles que adoram ver conflitos.
Cuidemos dos pensamentos. Conversemos conosco. Conversemos com nosso Espírito protetor, inquirindo sobre os conteúdos que andam se infiltrando em nosso pensar.
Ideias que nos ocorrem quase sempre e não fazem muito sentido.
Conversemos com alguém a respeito. Ouçamos outras opiniões e, por fim, oremos. A oração é um verdadeiro banho de água límpida para a mente poluída.
Pensemos melhor hoje. Pensemos bem.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXVIII, item 20, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB.
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06 de maio
Se sua vida está atrapalhada, não se acomode, mas procure orientação em seu interior e esteja pronto a aceitar ajuda do exterior.
Muitas vezes Eu preciso usar vários canais para lançar luz a uma situação, especialmente quando existem pontos cegos ou quando você está próximo demais de uma situação para conseguir focalizá-la.
Nesses momentos, esteja disposto a aceitar ajuda externa, apesar de que isso não quer dizer que você deva correr para pedir ajuda a alguém toda vez que tiver um problema para resolver.
É importante que você aprenda a se equilibrar sobre suas próprias pernas e seja capaz de pensar sozinho, procurando ajuda interior sempre que possível.
Você não deve ser preguiçoso espiritualmente, dependendo de outra pessoa para fazer o seu trabalho. É preciso tempo e paciência para se aquietar e se recolher para procurar as respostas, mas você só vai crescer espiritualmente se colocar estas lições em prática.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:
É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?
19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?
Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – S. Luís. (Paris, 1860.)
20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?
Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – S. Luís (Paris, 1860.)
21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?
É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.
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– São Luís (Paris, 1860.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo
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Recuperação
Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.
Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.
Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...
Através da prece que ajuda em silêncio...
Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...
Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...
Através da compreensão.
Por intermédio da boa vontade.
Pela demonstração de entendimento e confiança.
O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.
A discórdia é espinheiro.
A desarmonia é perturbação.
O ódio é veneno.
A antipatia é delituosa displicência.
Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Correio fraterno
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