Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?
Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema.
Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.
Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola? E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina?
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio.
Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.
Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.
O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.
O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução.
Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de Espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Aulas da Vida
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24 de junho
Dedique-se a Mim neste dia, ao Meu serviço e ao serviço da humanidade.
O servir é um curador maravilhoso porque, à medida que você se esquece de si mesmo, você cresce e se expande maravilhosamente.
Você será capaz de voar a grandes alturas e mergulhar em grandes profundidades, e seu amor e compreensão da vida começarão a ter significado para você.
Este dia lhe trará incontáveis oportunidades de crescimento.
Aceite cada uma com o coração pleno de amor e gratidão e sinta sua consciência e sua sabedoria se expandindo.
Espere somente o melhor de tudo e de todos e observe o melhor acontecer.
Enxergue o melhor em cada um e trabalhe a partir deste elevado estado de consciência.
Encoraje seus semelhantes de todas as maneiras possíveis: todas as almas precisam de encorajamento.
E você descobrirá que, ajudando os outros, estará ajudando a si próprio.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A nova era (II)
Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão.
Sede firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio.
Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.
Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso.
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– Fénelon. (Poitiers, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)
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ATÉ QUANDO MANTER UM RELACIONAMENTO?
Gostaria de saber até quando devemos manter um relacionamento conjugal, quando não há união de pensamentos e o espírito de fraternidade.
Resposta: O Livro dos Espíritos já responde: “Até o limite das forças”.
Contamos oportunamente um fato de que participamos ao lado de Chico Xavier. Tratava-se de uma senhora que foi falar com ele e disse-lhe:
“Sou casada. Meu marido, há mais de vinte anos, é um alcoólatra inveterado. Ele chega bêbado e eu já não suporto mais. O Evangelho diz que a gente deve perdoar setenta vezes sete vezes, portanto, quatrocentas e noventa vezes; em vinte anos, eu fiz um cálculo: já perdoei mais de sete mil vezes! Então, queria libertar-me. Que lhe parece?”
O Chico sorriu e respondeu:
“Minha filha” - e parou. Então percebi que ele estava sob indução do seu guia Emmanuel. Sorriu, e completou: “Emmanuel está me dizendo que devemos perdoar setenta vezes sete vezes a cada erro que a pessoa cometa.”
Ela perguntou:
“Quer dizer que não vou me ver livre dele nunca?”
Chico respondeu:
“Sim, persevere até o fim, para se ver livre nas outras reencarnações, porque se desistir agora, voltará para continuar”.
Passaram-se os meses e, certo dia, lá eu voltei. E o Chico indagou-me:
“Recorda-se daquela senhora do marido alcoólatra?”
”Claro, recordo-me” - respondi.
Ele acrescentou:
“Meu filho, dois meses depois da nossa entrevista o marido morreu e ela veio aqui de luto, pedindo: ‘Chico, dê-me uma mensagem. Que marido bom Deus levou!!!’” (risos)
Quando não temos um relacionamento saudável e as injunções caminham para as situações de agressividade verbal, prenúncio da agressividade física, é melhor desatar os laços legais do que perseverar numa situação embaraçosa. Entra, então, a resposta dos Espíritos:
“Até o limite das forças”. Cada um deverá decidir.
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Livro: Aprendendo Com Divaldo – Entrevistas
Divaldo Pereira Franco
SEJA – Sociedade Espírita Joanna de Ângelis
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