Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa, signifique ausência do essencial entre os próprios vizinhos; todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.
Podes conservar armários repletos de veste inútil, ainda que a traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.
Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recurso aos irmãos em necessidade.
Podes alinhar perfumes e adornos para uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.
Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas em tuas mãos como bênçãos de luz.
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Meimei
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
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23 de novembro
Quando Eu lhes digo: "Amem-se uns aos outros", não quero dizer que vocês devem se tolerar ou tentar se amar.
Pois vocês vão descobrir que quando abrem seus corações e o preenchem de pensamentos lindos e amorosos, vocês sentirão amor por todos aqueles com quem vocês entram em contato, não importa quem sejam.
E o fluir livre do Meu amor universal, que não conhece discriminações e que não escolhe a quem vai amar.
Meu amor é o mesmo para cada um e para todos.
O quanto você está disposto a aceitar é por sua conta.
Não tenha medo de expressar este amor.
Ele está além da personalidade; vem do mais alto.
Aprenda a ter seu coração sempre pronto para amar e nunca se acanhe em demonstrar seu amor pelos outros.
O amor é o maior fator unificador do universo, por isso ame, ame, ame.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.
Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.
Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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Amor e perdão
Verdadeiramente amar é nunca ter que perdoar, pois quem ama não se sente agredido por qualquer atitude do outro. O amor, dessa forma, perdoa sempre, compreendendo o nível de evolução do outro.
As agressões que porventura recebamos daqueles a quem mais dedicamos amor e que nos ferem a alma, são oportunidades de testar o nosso sentimento, conhecendo-lhe a natureza. Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-se no lugar do outro.
O amor para existir, diante da agressão a nós por parte de alguém que amamos, deve, antes de tudo, compreender, isto é, colocar-se também como alguém que poderia, nas mesmas circunstâncias, cometer o mesmo equívoco.
Ser perdoado, diante de nossas faltas para com o próximo, sem que ele nada exija, é oportunidade de aprender com o outro, como amar e viver em paz consigo mesmo.
A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal indignação não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo portanto ser manifestada para que o outro perceba as consequências de seus atos.
Às vezes, por gostar de alguém de forma exagerada, perdoamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e desculpando quando cabia a repreensão necessária.
Perdão não significa conivência com o mal. Atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, submissão.
O exercício do perdão leva-nos à compreensão da qualidade do sentimento que temos para com alguém.
Quem perdoa está a um passo do amor ao outro.
Sua constância levará o indivíduo ao caminho da compreensão dos atos humanos e das relações interpessoais.
Nos processos obsessivos, onde os sentimentos se encontram desestabilizados, o perdão é instrumento fundamental àqueles que ainda não sentiram o amor em seus corações.
O perdão da vítima ao algoz, coloca-os em condições de compartilharem os sentimentos nobres do amor fraternal.
Se alguém se interpõe em nosso caminho exigindonos atitudes contra nossa vontade, o melhor a fazer é seguir adiante, sem sintonizar com imposições descabidas.
O amor nos coloca entre aqueles aos quais cabe perdoar.
O componente da família que conosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo que sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos que perdoar e amar em nosso próprio benefício.
Sua presença em nossa vida é oportunidade de aprendizagem do amor e do perdão.
As atitudes de alguém, que nos merece o perdão, quando não nos sentimos inclinados a dá-lo, se reinterpretadas, nos ensinarão sobre nossas responsabilidades em suas causas.
Amar é atitude que nos ensina a perdoar a nós próprios. Não nos culpemos em demasia.
Assumamos as responsabilidades sobre nossos atos, sem receio dos processos educativos que enfrentaremos. Antes do efeito que sucede à causa, há a misericórdia divina em favor de todos nós.
Ela é o amor de Deus intercedendo em nosso favor.
A compreensão dos atos humanos requer percepção de nós mesmos. Nada nem ninguém age fora dos limites de Deus. Ele é amor para sempre. Perdoar setenta vezes sete vezes cada tipo de falta cometida é exercício para a instalação do amor em definitivo em nós.
Necessitar do perdão divino para nossas faltas é assumir antecipadamente a culpa. O perdão esperado é alcançado com o trabalho redentor em favor de si mesmo e da vida, amando sempre e construindo um mundo melhor.
O Cristo ensinou-nos o perdão ao compreender a atitude de quem O traiu, amparando-O e auxiliando para Seu soerguimento na Vida Maior.
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Adenáuer Novaes
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