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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Chuva de bênçãos


Dinheiro é bom ou ruim? Desde que o Evangelista anotou a célebre frase do Senhor Jesus: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, as pessoas têm acreditado que ter posses é algo pernicioso.

De tal forma cresce o preconceito, que se faz referências a pessoas de fortuna como aquelas para quem estão reservados os maiores tormentos, após a morte.

Trata-se tanto de má interpretação do texto, quanto, por vezes, de um certo despeito e inveja por não ser o detentor de todo aquele esplendor e facilidades.

Convenhamos que a fortuna, os bens materiais em si mesmos não são bons, nem maus.

Tal qual a faca, o ácido, a droga medicamentosa tem sua utilidade específica, apropriada. O que não impede a muitos que lhe dêem outra, perniciosa.

A faca que serve para cortar o pão, passar a manteiga é a mesma que destrói vidas preciosas.

O medicamento que salva é o mesmo que, indevidamente ministrado, pode alterar perigosamente a saúde. Ou mesmo matar.

Tudo depende da função que se lhe dê.

Assim também com o dinheiro.

São as grandes fortunas que mantêm e incentivam as pesquisas científicas, que redundam em benefícios para a Humanidade.

São os valores amoedados em abundância que permitem a criação de novas fábricas, que geram empregos, que sustentam famílias.

É o dinheiro abençoado que permite a construção e manutenção de hospitais, de escolas, de indústrias.

Lembramo-nos da fortuna de Oscar Schindler. Pertencente ao Partido Nazista, sensibilizou-se pela sorte dos perseguidos judeus da Polônia.

Passou a comprar vida por vida do sofrido povo. Foram crianças, idosos, homens e mulheres maduros, jovens.

Alguns portadores de deficiência física ou debilitados. Os mais fáceis de virem a perecer na mão dos impiedosos carrascos.

Comprou-os e durante meses os sustentou. Despendeu toda a sua fortuna, num simulacro de fábrica que foi modelo de não produção.

Quando acabou a guerra, ele somente possuía de seu o carro e um precioso relógio.

E ante o vislumbrar do horror nazista, que destruiu tantas vidas, ele lamentou não se ter desfeito daquilo também.

Afinal, se perguntou: Quantas vidas mais eu poderia ter comprado: uma, duas, cinco? Por que não o fiz?

* * *

Dinheiro na mão de quem padece a dor do seu irmão é bênção de Deus que se multiplica na Terra, em forma de pão, agasalho, medicamento, escola.

Desta forma, não desprezemos os que possuem riquezas, pois lhes desconhecemos as intenções íntimas.

Quem quer que olhasse para Oscar Schindler, nada veria além de um homem que gozava os prazeres efêmeros da vida.

E, no entanto, ele salvou nada menos de mil e cem judeus.

Se somos os que detemos a fortuna, pensemos que é transitória e, se a Divindade nô-la colocou nas mãos, espera de nós, para nossa própria felicidade, que a utilizemos para o bem comum.

* * *

Não é o dinheiro que nos condena aos processos da angústia.

É a nossa maneira de empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através da ação na fraternidade e do devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar no engrandecimento do trabalho e da vida.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro Dinheiro, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDE e no filme A lista de Schindler.
 
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16 de junho

Certifique-se que você tem uma meta na vida.

Não se contente em navegar pela vida como um barco sem leme, sendo jogado nesta ou naquela direção ao sabor do vento; sem uma meta definida você não chegará a lugar nenhum.

Almas demais estão à deriva nesta vida, sem realizar nada de bom.

Encontre a paz interior e, sem esforço ou tensão, siga o seu caminho.

Faça o que é necessário e que lhe foi revelado em seu interior e não o que foi determinado por fatores externos.

Consulte sempre o seu interior para saber se o que você está fazendo está certo; siga em frente e afaste os obstáculos com segurança e convicção.

Entenda que EU SOU a sua bússola, EU SOU o seu guia e EU o conduzirei à sua meta, mesmo que o caminho pareça difícil.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.

Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino.

Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho. Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 7 e 8.)
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