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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Nem castigo, nem perdão



Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo divino.

Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castiga-lo por suas faltas, o indivíduo sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.

Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme ser castigado a qualquer momento por um Deus caprichoso e cruel que está sempre à procura de defeitos para se vingar, impondo-nos sofrimentos.

Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte:

“Gravitar para a unidade divina, eis o fim da humanidade.

Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça.

Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a idéia de Deus, exagerando-lhe a severidade.

Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao ser infinito.

Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.

Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgosta-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento.

Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.

É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade. É graças ao sofrimento moral que a alma busca a própria cura.

O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao caminho reto.

Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas criaturas, ainda imperfeitas.

O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do falso movimento da criatura, e que a estimula, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas, que é a harmonia.

E essas leis são justas, imparciais e amorosas.

Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias pessoas, foge e, na fuga, se fere profundamente.

O que acontece com seu organismo?

Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se movimentar para estancar o sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes que causam infecção.

Se Deus quisesse castiga-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que as células desse indivíduo não trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e o deixassem morrer.

Afinal, ele é um criminoso!

Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso. O sol brilha, incansável, sobre justos e injustos, sem se importar com o que acontece sob sua luz.

A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e ricos. As catástrofes naturais arrebatam sábios e ignorantes, velhos e crianças, fortes e fracos.

Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas próprias leis para nos punir ou para nos premiar.

As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis.

As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos desajustados.

Nada mais justo do que esta sentença: “a cada um segundo suas obras.”

Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais se ofende.

Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas em nossa própria consciência.

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Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no item 1009 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
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30 de Junho

Você está constantemente consciente de Mim e da Minha divina presença?

Você acorda a cada dia com uma canção de amor e gratidão em seu coração?

Você está pronto para enfrentar qualquer coisa que o dia possa lhe trazer, sabendo que vai ser um dia maravilhoso porque Eu vou na sua frente preparando o caminho?

Você vê somente o melhor acontecendo neste dia e tudo se encaixando perfeitamente em seus lugares?

Você é capaz de enxergar toda a beleza e a maravilha que existe no mundo ou você fica se preocupando com o estado caótico do mundo atual, reclamando que é tudo culpa da humanidade?

Entenda que sem fé é impossível viver esta vida, porque é a fé que torna tudo possível.

Mas, sozinho, você não consegue fazer nada.

Deixe que Eu trabalhe em você e através de você, para que todos possam Me conhecer e Me amar e desejem trilhar os Meus caminhos e cumprir a Minha vontade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O homem de bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.”

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 3.)
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Anotações da fé


Se queres elevar-te e engrandecer a vida,

Alma querida, escuta:

De tudo o que produz, serve, ampara e abençoa,

Nada existe sem luta.
*

Árvore alguma, seja em qualquer parte,

Fornecendo socorro e espalhando alimento,

Cresceu e se formou para doar-se à gleba,

Sem chicotes do vento.

*
Se talhada em madeira, a mesa que te apoia

O pão de cada dia

Foi nobre vegetal arrebatado à gleba

Para aguentar a serraria.

*
Pedra que te suporta a residência,

Resguardando o equilíbrio que a domina,

Passou por marteladas muitas vezes,

A fim de se ajustar à disciplina.
*

Quem sonhe paraíso de alegria

Sem sair de poltronas e almofadas,

Quem foge de ser útil, quem se omite,

Olhe as águas paradas.

*
Quem reclama sucesso sem controle,

Menosprezando o sentimento alheio,

Assista a uma corrida em que se note

Algum carro sem freio.

*
Sem participação, sem sacrifício,

A construção da paz jamais se apruma,

Sem canseira não há felicidade,

Nem se obtém conquista alguma.

*
Alma querida, serve, ama e confia,

Ajuda para o bem seja a quem for,

Trabalho é luz de Deus a burilar-nos

Para o Reino do Amor.

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Maria Dolores
Chico Xavier
Obra: A vida conta
🌼🍃🌼

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