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sábado, 21 de novembro de 2020

Destino Espiritual



A vida de cada pessoa é como um rio correndo para Deus.

No mundo encontrarás quem te fira com os calhaus da ingratidão.

Outros tentarão turvar as águas dos teus pensamentos, lançando idéias poluentes.

Por vezes, as dificuldades te apertarão o leito da existência, fazendo surgir as ondas da insegurança.

De outras vezes, depararás com as pedras do desânimo, tentando barrar-te o curso.

Em todas as situações, porém, continua seguindo, animado pela correnteza da confiança.

Tudo passará e nenhum obstáculo conseguirá impedir que deságües no oceano do amor total, onde encontrarás a razão do teu destino espiritual.
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Scheilla
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MENSAGEM DO ESE:

O suicídio e a loucura (III)


O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez mais decisivo. Apresenta-nos os próprios suicidas a informar-nos da situação desgraçada em que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem encurtar a sua vida. Entre os suicidas, alguns há cujos sofrimentos, nem por serem temporários e não eternos, não são menos terríveis e de natureza a fazer refletir os que porventura pensam em daqui sair, antes que Deus o haja ordenado. O espírita tem, assim, vários motivos a contrapor à idéia do suicídio: a certeza de uma vida futura, em que, sabe-o ele, será tanto mais ditoso, quanto mais inditoso e resignado haja sido na Terra: a certeza de que, abreviando seus dias, chega, precisamente, a resultado oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e mais terrível; que se engana, imaginando que, com o matar-se, vai mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a que no outro mundo ele se reúna aos que foram objeto de suas afeições e aos quais esperava encontrar; donde a conseqüência de que o suicídio, só lhe trazendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso mesmo, considerável já é o número dos que têm sido, pelo Espiritismo, obstados de suicidar-se, podendo daí concluir-se que, quando todos os homens forem espiritas, deixará de haver suicídios conscientes. Comparando-se, então, os resultados que as doutrinas materialistas produzem com os que decorrem da Doutrina Espírita, somente do ponto de vista do suicídio, forçoso será reconhecer que, enquanto a lógica das primeiras a ele conduz, a da outra o evita, fato que a experiência confirma.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 17.)

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Na grande transição




Reunião pública de 11 de Setembro de 1959

Questão n.° 155 de “O Livro dos Espíritos”


Por muitas sejam as tuas dores, repara o mundo em que a Divina Bondade te situa a existência e deixa que a vida te renove a esperança.

 Tudo é serviço por toda parte.

 Apesar dos profetas do pessimismo, bulcões ameaçadores transformam-se, na hora da tempestade, em lagos volantes, acalentando a gleba sedenta; fontes de longo curso atravessam as garras pontiagudas da rocha, convertendo-se em padrão de pureza; pântanos drenados deitam messes de reconforto e árvores podadas multiplicam a produção.

 Todas as energias que sustentam a Terra esquecem todo o mal, buscando todo o bem.

 Dir-se-ia que o próprio Senhor criou a noite como exaustor das inquietações do dia, para que o homem, cada manhã, consiga reaprender e recomeçar.

 Colocado, assim, no trono da razão, ante os elementos inferiores que te servem, humildes, olvida a sombra para que a luz te favoreça.

 Ouve a própria consciência, seja qual for a ideia religiosa a que te filias, e perceberás que nasceste para realizar o melhor.

 E quem realiza o melhor desconhece o que exprima ofensa ou descaridade, porque a ofensa é espinho da ignorância e a descaridade é chaga da delinquência, que somente a educação e o remédio conseguirão liquidar.

 Tudo aquilo que desfrutas é depósito santo.

 Dotes de espírito e afeições preciosas, autoridade e influência, títulos e haveres são talentos emprestados que devolverás na hora prevista.

 Desse modo, ainda mesmo que a maioria te escarneça o propósito de bem fazer, perdoa sempre e faze o bem que possas.

 O tempo que te traz hoje a oportunidade presente será amanhã o portador do minuto necessário à grande transição que a morte impõe sempre a justos e injustos… E, na grande transição, o bem que houveres feito, muita vez superando sacrifícios e trevas, ser-te-á o orvalho fecundante depois da nuvem, a água pura acrisolada na pedra, o ramo virente a destacar-se do lodo e o fruto opimo a pender do tronco dilacerado.

 Segue, pois, ao clarão do bem, para que o crepúsculo das forças físicas te descerre a senda estrelada.

Não digas que tens o lar à feição de penitenciária, que te falta a compreensão alheia, que não dispões de recursos para ajudar ou que sofres inibições invencíveis.

 Recorda que, certo dia, um anjo transfigurado em homem subiu agressivo monte, sentenciado à morte sem culpa, mas, em razão de haver aceitado a cruz, por amor de todos, embora desolado e sozinho, clareou para sempre a rota do mundo inteiro.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

Os órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever. Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos.

— Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 18.)

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A VELHICE DE UM CÃO



Seu cachorrinho já lhe terá proporcionado muitas alegrias.


Cuide para que ele tenha um final de vida feliz.


Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice. A grande despedida está próxima, e ele por instinto sabe disto.


É natural que deseje a companhia daquele que aprendeu a amar e respeitar durante sua vida. Não o abandone agora. Ele já não será aquele animal bonito de antes. Seu pêlo começa a cair, seu caminhar perdeu a elegância e sua cabeça penderá cansada, sobre suas patas. Somente seu olhar acompanhará os passos do seu dono. Lembre-se que, dentro do peito, ele ainda possui aquele coração que vibrará com o som da voz do seu mestre.


E, chegando o fim, não se envergonhe: chore. Você acaba de perder o mais dedicado dos amigos... o cão.
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Livro: O Weimaraner
Marisa de C. L. Corrêa, Eduardo Victor Costa
Editora Nobel

Blog betemensagemdodia.blogspot.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Perto de nós



Ama o lugar em que a Divina Providência te situa.

Distribui simpatia e bondade para com todos aqueles que te desfrutam a convivência.

Aproveita as tuas oportunidades de trabalho.

Na Terra, chega sempre um instante no qual reconhecemos que os afetos mais queridos e as situações mais valiosas estiveram sempre perto de nós.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

Beneficência exclusiva

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?


Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse. 

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)

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A parte que nos cabe


Quando Jesus nos orientou sobre a ideia de que nossa mão direita não deve saber o que faz a esquerda, pretendia nos ensinar que não deveríamos fazer publicidade do bem que praticamos.


Afinal, quando fazemos algo de bom a motivação por tal atitude não deve ser o orgulho ou o desejo de que sejamos notados ou reconhecidos publicamente por isso.


Essa prática deve ser estimulada pela consciência de que podemos e devemos fazer algo pelos outros.


Mas o que fazer?


Muitas pessoas lamentam não poder fazer todo o bem que desejariam por falta de recursos materiais.


Porém, há muito a ser feito, que dispensa a aplicação de grande soma de recursos financeiros.


Se não temos disponibilidade econômica para auxiliar os menos favorecidos na vida, quem sabe podemos doar nosso tempo em prol deles.


Embora não haja muita divulgação na mídia a respeito, sabemos que existem muitos grupos organizados desenvolvendo diversos trabalhos voluntários.


Há grupos de senhoras que semanalmente costuram retalhos que arrecadam para fazer cobertores para famílias carentes.


Há os que ensinam o que sabem para quem não teve as mesmas oportunidades, desenvolvendo potenciais adormecidos, descortinando-lhes novos horizontes.


Isso é promoção humana.


Grupos de voluntários se dispõem a ensinar informática em núcleos carentes a fim de iniciar em tais conhecimentos pessoas que jamais teriam acesso a esses recursos pelos meios usuais.


Há professores de música formando corais e dando as primeiras noções sobre essa arte, para crianças que vivem em favelas, em situações de miséria.


Há profissionais da saúde que se organizam e oferecem seu tempo, atendendo gratuitamente em consultórios comunitários, instalados em bairros de extrema pobreza.


Há ainda, aqueles que assumem auxiliar uma criança, ou uma família, oferecendo-lhes o apoio que lhes seja possível.


Existem inúmeros bons samaritanos anônimos, espalhados pelo mundo.


São pessoas que oferecem aos irmãos que sofrem, não apenas bens materiais, mas coisas muito mais valiosas: tempo e dedicação.


Se realmente desejamos construir um mundo melhor, façamos a nossa parte.


Há muito a ser feito. Tantos são os que sofrem.


Idosos aguardam por anos a fio, em asilos, a visita de alguém que se disponha a ouvi-los.


Crianças necessitam da orientação segura de alguém que possa ensiná-las e guiá-las por meio de exemplos nobres e dignos.


Muitas são as pessoas que não tiveram chances de aprender um ofício ou mesmo a ler e a escrever, esperando por uma oportunidade nesse sentido.
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Temos em nossas mãos talentos e recursos corroídos pela ociosidade e pelo egoísmo.
Quantas horas passamos diante da TV sem nada fazer?
Quantos finais de semana passamos dentro de carros, de um lado para o outro, sem irmos efetivamente a lugar algum?
Quanta vida passamos sem que façamos nada de útil e proveitoso?
Não há motivo, nem sentido, retardar nossa ação efetiva no bem.
Façamos, a partir de agora, a nossa parte, seja ela qual for.
Pensemos nisso.
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Redação do Momento Espírita.
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Formatação e pesquisa: MILTER - 17-11-2019

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A resposta da árvore



Certo pomicultor surpreendeu-se lamentando ao pé de grande laranjeira:

— E meus prejuízos? Meu dinheiro?!… Como recuperá-lo? Quem fará isso por mim?

 Assombrado, notou que a árvore lhe respondeu:

— Até hoje, meu senhor, nunca soube quem me apanhou os frutos e me talou as flores, quem me decepou os ramos e levou para longe as minhas essências, mas sei que Alguém me renova todas as forças, auxiliando-me a produzir.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

A cólera

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? — Entregais-vos à cólera.


Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.


Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.


Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!


Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. — Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.)

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FALTA DE FÉ



Acolhei o fraco na fé sem querer discutir suas opiniões.
— Paulo - Romanos, 14:1


Não se deve julgar a criatura sem fé pelo padrão moral daquela que a possui, como não se pode considerar o enfermo à maneira de alguém que se encontre sem saúde porque assim o deseje. E assim como não se extingue a doença com pancadas e sim à custa de amparo e remédio, não se remove a descrença a preço de controvérsia e sim pelo concurso do amor e da educação.


Existem motivações diversas para a incredulidade, tanto quanto existem causas variadas para a moléstia.


Em toda parte onde se alinham seres humanos, encontramos aqueles irmãos que ainda se privam de mais amplo entendimento, no domínio das questões essencialmente espirituais:


- os que da infância à madureza tão somente estiveram no clima da mais profunda ignorância acerca dos assuntos da alma;


- os que se enredaram na inquietação, em face de compromissos inconfessáveis, e temem o contato com as realidades do Espírito;


- os que se apegam a preconceitos estéreis e fogem de incrementar no próprio ser o conhecimento da Vida Superior;


- os que sofrem processos obsessivos, temporariamente incapacitados para raciocinar com segurança em torno da orientação pessoal;


- os que caíram em extrema revolta ante as lides expiatórias que eles mesmos fizeram por merecer.


Quando te vejas defrontado pelos companheiros sem fé ou portadores de confiança ainda muito frágil, compadece-te deles e auxilia-os, quanto possas. Segundo a solicitação do apóstolo Paulo, saibamos acolhê-los ao calor da bondade, nunca ao fogo da discussão.
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Livro: O Evangelho por Emmanuel – Comentários às Cartas de Paulo
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel,
coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva










terça-feira, 17 de novembro de 2020

Pontos a ponderar


 Confie resignado.

Passa o mal deixando a lição.

Desaparece a enxurrada purificando o ambiente.
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Viva com discernimento.

O ato edificante é inconfundível.

O arado e a bomba cavam a terra de maneira diversa.
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 Exemplifique a sua fé.

Sempre denunciamos a própria origem.

Cada meteorito traz determinada mensagem do espaço cósmico.
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 Seja comedido.

Tudo o que constrói, pode destruir.

Toda faixa de solo pode ser berçário e cemitério da vida.
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 Ajude sem cessar.

Os testemunhos do bem qualificam o homem.

O movimento, a luz e o calor classificam o astro.
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 Desenvolva o autoaprimoramento.

A pior viciação pede esforço recuperativo.

O brilhante foi detrito do organismo terrestre.
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 Fuja à violência.

A ação orientada vence a força.

O vento frágil desgasta a rocha maciça.
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 Observe amorosamente.

Há beleza oculta na maior deformidade.

O tique da estrela existe como cintilação.
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André Luiz
(Psicografia de Waldo Vieira)
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MENSAGEM DO ESE:

Mercadores expulsos do templo

Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: — e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. — Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões! — Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o prenderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina.
 (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; — S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)

Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 5 e 6.)
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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Escora



 Se não consegues usar a paciência, por te encontrares sob os constrangimentos de uma enfermidade qualquer, a inconformação apenas te agravará a luta orgânica, prejudicando-te o tratamento.

 Se perdas de recursos materiais te dilapidaram as reservas econômicas e te afastas do trabalho, a fim de protestar contra o mundo, isso te colocará sob entraves maiores.

 Se te revoltas ante a doença em pessoa querida, essa atitude ampliará o mal-estar na criatura enferma a quem te dedicas.

 Se te rebelas contra o amigo que não mais te abraça os pontos de vista, semelhante comportamento te fixará no azedume sem razão de ser.

 Se não aceitas as condições de trabalho a que a vida te destina e te negas à precisa renovação, nada mais obterás, além do desapontamento no desemprego.

 Se não conservas a calma necessária, diante de ofensas e críticas, entrarás inevitavelmente nas grades da desesperação.


 A paciência é a escora da paz em todas as crises e provações nas quais te vejas. Trocá-la por reclamação e cólera, descontentamento e intolerância, será sempre deixar a pequena dificuldade em que te encontras para cair na pior.
🌾💐🌾
Emmanuel
 Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

Dom de curar

Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)
“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 1 e 2.)

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Aquele que tem Amor



"Toda pessoa dotada de muito amor interfere no outro, mesmo sem saber.


O amor é uma energia potencialmente impactante, que atravessa o corpo espiritual como se fossem raios de sol atravessando uma janela.


Existem janelas mais fechadas, de material mais denso, onde a luz penetra pouco.


Outras que o vidro é tão fino e cristalino que a luz penetra com força total.


Há vários tipos de janelas, assim como há vários estágios de maturidade espiritual.


Não há necessidade de religião para ter ligação com Deus.


Essa ligação é gerada pelos pensamentos, pelos nossos atos, se somos coerentes com o que pensamos, o que falamos e o que fazemos.


É uma ligação tão fluida e ao mesmo tempo tão forte que só pode ser sentida.


Algumas pessoas funcionam como repelentes da luz. Quanto mais amor, mais se afastam. São geralmente mentes doentes e atormentadas, marcadas por existências passadas onde foram traídas, maltratadas, e hoje temem a vulnerabilidade perante o amor.


Há também um tipo em que a luz deixa um certo desconforto. Ela permite que o indivíduo se veja por completo , e isso causa medo, raiva, rejeição.


Uma ou outra categoria de pessoas invejam a luz. Queriam amar e ser amadas, mas não conseguem, então lutam para ver essa luz apagada, isolada, escondida.


Mas como deter a luz? Como impedir o nascer do sol? Certamente que ele virá! Assim como, em breve a era do amor reinará entre os homens. É inevitável. É a lei da vida. A lei do progresso.


Ocorre que durante o amadurecimento e despertar de cada um, faceiam muitos melindres , muita maledicência, muito orgulho e arrogância.


Todas essas ferramentas criadas para impedir o amor-doação.


Se já percebes uma chama de amor em seu peito, corre para afagá-la, protegendo-a do vento frio da indiferença.


Aumenta essa chama em ti se permitindo amar. Ama muito mais, não permitindo o desânimo diante da obra do amor.


Encontrarás pelo teu caminho aqueles que queiram te ferir, mudar os teus conceitos e crenças sobre o mundo, no entanto, se já conquistaste a chama do amor, nada poderá apagá-la de dentro de ti.


Não permita que os carentes de amor fragilize as tuas conquistas morais.


Segue de cabeça erguida e confiante, porque aquele que tem amor estará sempre no caminho da luz." 
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Mensagem psicografada em 08/12/16, em reunião mediúnica da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla. 

domingo, 15 de novembro de 2020

O remédio justo



“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.” — JESUS (Mateus, 5.5)


“Por estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.” — (Cap. V, 12)


 Perguntas, muitas vezes, pela presença dos Espíritos guardiães, quando tudo indica que forças contrárias às tuas noções de segurança e conforto, comparecem, terríveis, nos caminhos terrestres.

 Desastres, provações, enfermidades e flagelos inesperados arrancam-te indagações aflitivas. Onde os amigos desencarnados que protegem as criaturas?

 Como não puderam prevenir certos transes que te parecem desoladoras calamidades?

 Se aspiras, no entanto, a conhecer a atitude moral dos Espíritos benfeitores, diante dos padecimentos desse matiz, consulta os corações que amam verdadeiramente na Terra.

 Ausculta o sentimento das mães devotadas que bendizem com lágrimas as grades do manicômio para os filhos que se desvairaram no vício, de modo a que não se transfiram da loucura à criminalidade confessa.

Ouve os gemidos de amargura suprema dos pais amorosos que entregam os rebentos do próprio sangue no hospital, para que lhes seja amputado esse ou aquele membro do corpo, a fim de que a moléstia corruptora, a que fizeram jus pelos erros do passado, não lhes abrevie a existência.

 Escuta as esposas abnegadas, quando compelidas a concordarem chorando com os suplícios do cárcere para os companheiros queridos, evitando-se-lhes a queda em fossas mais profundas de delinquência.

 Perquire o pensamento dos filhos afetuosos, ao carregarem, esmagados de dor, os pais endividados em doenças infecto-contagiosas, na direção das casas de isolamento, a fim de que não se convertam em perigo para a comunidade.

 Todos eles trocam as frases de carinho e os dedos veludosos pelas palavras e pelas mãos de guardas e enfermeiros, algumas vezes desapiedados e frios, embora continuem mentalmente jungidos aos seres que mais amam, orando e trabalhando para que lhes retornem ao seio.

 Quando vejas alguém submetido aos mais duros entraves, não suponhas que esse alguém permaneça no olvido, por parte dos benfeitores espirituais que lhe seguem a marcha.

 O amor brilha e paira sobre todas as dificuldades, à maneira do sol que paira e brilha sobre todas as nuvens.

Ao invés de revolta e desalento, oferece paz e esperança ao companheiro que chora, para que, à frente de todo mal, todo o bem prevaleça.

 Isso porque onde existem almas sinceras, à procura do bem, o sofrimento é sempre o remédio justo da vida para que, junto delas, não suceda o pior.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:
Caracteres da Perfeição

1 – Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam. Para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não faz os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito. (Mateus, V: 44 e 46-48).


2 – Desde que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”, tomada ao pé da letra, faria supor a possibilidade de atingirmos a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o seu próprio Criador, ela o igualaria, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essa questão. Ele se limitou, portanto, a lhes apresentar um modelo e dizer que se esforçassem para atingi-lo.


Devemos, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa de que a humanidade é suscetível, e que mais pode aproximá-la da Divindade. Mas em que consiste essa perfeição? Jesus mesmo o disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. Com isso, mostra que a essência da perfeição é a caridade, na sua mais ampla acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.


Com efeito, se observarmos o resultado de todos os vícios, e mesmo dos simples defeitos, reconheceremos que não há nenhum que não altere mais ou menos o sentimento de caridade, porque todos nascem do egoísmo e do orgulho, que são a sua negação. Porque tudo o que excita exageradamente o sentimento da personalidade destrói ou, quando nada, enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, o sacrifício e o devotamento. O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito contrário à caridade, é sempre, por isso mesmo, o indício de uma superioridade moral maior ou menor. Do que resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão do amor ao próximo. Eis por que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela tem de mais sublime, lhes disse: “Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA 
NA VISÃO ESPÍRITA



Embora todas as liberdades públicas que a Monarquia desenvolveu no Brasil, a ideia de implantar a República no Brasil cresceu depois do dia 13 de maio de 1888 onde um membro da família real aboliu os escravos, ferindo assim os interesses particulares de todas as classes conservadoras.


No plano espiritual, Jesus reuniu as falanges benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores e, como no Sermão da Montanha, anunciou que a Pátria do Evangelho (Brasil) estava atingindo a maioridade coletiva e por causa disso, profundas modificações assinalariam a sua parte social e política. As pátrias devem ter, como tem os indivíduos, direito à mais ampla liberdade de ação quando aprendem a exercitar seus próprios raciocínios. Que os trabalhadores de Ismael (zelador escolhido por Jesus para, juntamente com a sua falange, cuidar do progresso e o desenvolvimento do nosso país), deveriam espalhar por toda extensão territorial da pátria brasileira a Sua doutrina de redenção, de piedade e de misericórdia. Eles ensinariam aos Seus novos discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e a resignação, para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade. Deveriam abrir a estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada um, sob o fardo das provas, sem ser indisciplinado perante as leis do mundo e sem usar armas homicidas. A proclamação da República Brasileira deveria fazer-se sem derramamento de sangue. As mudanças deveriam se realizar acima de todos os cultos religiosos. E todas as conquistas deveriam estar fora da contaminação de qualquer intolerância ou intransigência religiosa. Os discípulos do Evangelho sofreriam os efeitos dolorosos da borrasca (temporal de pouca duração) em planejamento. Mas que Seus trabalhadores estariam a postos sustentando o Brasil espiritual. Que seriam Bem-aventurados todos os trabalhadores da seara divina da verdade e do amor, pois deles é o reino imortal do plano espiritual.


Assim, as falanges do Infinito, sob as bondosas determinações do Divino Mestre prepararam, então, o último acontecimento político, que se verificaria com o seu amparo direto e que constituiria a proclamação da República.
Todas as grandes cidades do país se entregam à propaganda aberta das ideias republicanas.

Os espíritos mais eminentes do país prepararam o grande acontecimento. Entre os organizadores, prevaleceram os elementos positivistas (membros da Igreja Positivista do Brasil, onde iniciou grande campanha abolicionista republicana), para que as novas instituições não pecassem pelos excessos da paixão sanguinolenta das intolerâncias religiosas e, a 15 de Novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa e toda uma plêiade de inteligências cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil e assume o poder no País.

O grande imperador recebe a notícia com amarga surpresa já que Deodoro era íntimo de seu coração e de sua casa. Os instantes de surpresa, contudo, foram rápidos. O nobre monarca não aceitou as sugestões dos apaixonados da Coroa no sentido da reação. Confortado pelas luzes do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, D.Pedro II não permitiu que se derramasse uma gota de sangue brasileiro. Preparou rapidamente sua retirada com a família imperial para a Europa, obedecendo às imposições dos revolucionários e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas de dinheiro que o Tesouro Nacional lhe oferece, leva somente um pequeno travesseiro recheado de terra brasileira para poder ser enterrado com uma lembrança da Pátria do Cruzeiro que tanto amava.

Visitado pelo Visconde de Ouro Preto, no mesmo dia em que chegava à capital portuguesa, o imperador lhe declara com serena humildade:

- Em suma, estou satisfeito...

E, referindo-se à sua deposição, acrescenta:

- É a minha carta de alforria. Agora posso ir aonde quiser.

Naqueles amargurados dias, o generoso velhinho se encontrava às vésperas de desencarnar.

No Brasil, as forças militares que derrubaram a Monarquia, daria continuidade as tradições de amor e de liberdade.

Nunca a sua figura de chefe da família brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria do Evangelho, e não só no Brasil. O eminente político de Caracas, Dr. Rojas Paul, chamou em seu país o Cônsul-Geral do Brasil, Múcio Teixeira para dizer-lhe:

- Senhor Cônsul-Geral do Brasil, peça a Deus que a sua pátria, que foi governada durante meio século por um sábio, não seja doravante levada pelo tacão do primeiro ditador que se lhe apresente.

E, abraçando-o sensibilizado, concluiu:

- Acabou-se a única República que existia na América – o Império do Brasil.

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Resumo de Rudymara, baseado no livro "Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho", pelo Espírito Humberto de Campos e psicografado por Chico Xavier
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Observação: Dom Pedro II, com 67 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde passava o dia lendo e estudando. As visitas à Biblioteca Nacional era seu refúgio. Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto. morre no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia. Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositado no convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na catedral do Rio de Janeiro em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis.