quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

A gentileza dos estranhos



Numa época em que muitos desacreditam da generosidade humana e, pessimistas, dizem que neste mundo é cada um por si, que ninguém se importa com ninguém, é bom ouvir relatos que atestam exatamente o contrário.

Uma senhora que emigrou da Rússia, ainda criança, com sua família, após a segunda guerra mundial, tem recordações bastante agradáveis de uma pessoa que lhes era desconhecida.

Durante o terrível confronto mundial, ela e sua família foram sequestrados e levados a um campo de concentração na Alemanha, onde permaneceram por cinco anos.

Tendo sobrevivido aos rudes tratos, vieram ao Brasil, desembarcando no porto do rio de janeiro, no ano de 1948.

Como imigrantes, receberam o prazo de quatro meses para conseguir emprego e moradia, caso contrário seriam deportados ao seu país.

Dois meses transcorridos, a família resolveu mudar-se para São Paulo em busca de melhores possibilidades.

Encontraram uma senhora alemã, que tinha uma casa para alugar. Contudo, a família não tinha recursos, não poderia indicar avalistas, por ser desconhecida na cidade.

A mãe de família explicou à dona da casa a situação. O prazo para conseguirem moradia e emprego terminaria em dois meses. O insucesso significaria desistir da esperança de melhores dias.

A senhora era uma dessas almas revestidas de bondade e de sabedoria.

Abriu a casa que lhe deveria render algum dinheiro e permitiu que a família ali se alojasse. Pagariam, quando tivessem condições.

Na sequência, apresentou a jovem mãe de família ao açougueiro e ao dono do mercadinho. Como um aval de que pudessem realizar suas compras, a fim de não perecer de fome.

Os pais conseguiram um trabalho 15 dias depois e puderam recomeçar as suas vidas.

É uma das filhas que, entre a gratidão e a emotividade, narra o episódio. Sua vida e de toda sua família foi salva, graças a um coração que acreditou em sua honestidade.

E a família soube aproveitar, com muita vontade, a chance que lhe foi ofertada.

Pense nisso!

Um dia, num país distante, um casal procurou abrigo. Não possuía credenciais, nem cartas de apresentação.

Ele era um Carpinteiro, das bandas de Nazaré. Ela, uma jovem grávida, de aspecto cansado, pela longa viagem.

Seus bens não passavam de um jumento, um boi, roupas para viagem, algumas provisões, umas peças de enxoval para o bebê que deveria nascer em breve.

Uma alma generosa, não tendo outro lugar, cedeu-lhes a gruta onde costumava recolher seus preciosos animais.

E foi ali, na gruta de Belém, que uma Estrela de primeira grandeza surgiu no corpo de um menino.

O nome do homem era José.
A mulher se chamava Maria.
E o Menino recebeu o doce nome de Jesus.

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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto a gentileza de estranhos, de Tamara Kaufmann, extraída da Revista Seleções do Reader’s Digest, de dez/2003.
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24 de dezembro

A rapidez das mudanças poderá chocá-lo.

Você tem sido preparado para elas há muito tempo.

Através dos tempos, dia a dia, mês a mês, ano a ano, Eu preparei o cenário para estas mudanças acontecerem.

Foram-lhe dadas todas as oportunidades para você se preparar e se ajustar, portanto, você deveria estar preparado para ir em frente sem dificuldade.

É uma questão de conscientização, de ser capaz de elevar sua consciência e o ajustá-la ao que está acontecendo.

As almas que já estão abertas para a consciência Crística estão sendo atraídas umas para as outras como ímãs neste momento.

Elas podem não perceber isto o tempo todo, mas ficará tudo cada vez mais claro no futuro próximo.

Esta conscientização que atrai cada vez mais almas para um mesmo grupo permite que você reconheça o seu Cristo interior e dê graças eternas por essa percepção.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A nova era (II)

Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio. Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.

A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.

Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. – Fénelon. (Poitiers, 1861.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)
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O milagre de se estar atento


Viver num estado de plena atenção é uma das coisas mais desafiadoras da vida.

Mas, sem isto, é impossível iniciar o processo denominado autoconhecimento.

Como podemos conhecer a nós mesmos se não estivermos atentos ao que se passa em nosso interior?

O problema é que durante toda a nossa vida, fomos ensinados a viver permanentemente atentos ao que acontece no mundo exterior.

Prestamos atenção em todos os fenômenos ao nosso redor e, principalmente, no comportamento alheio, já que, regra geral, ele costuma direcionar a maioria de nossas atitudes.

Aprender a observar a si mesmo, não apenas no sentido psicológico, mas também o que se passa com o corpo físico, é o primeiro passo para que se possa começar a viver de modo consciente.

Os atos mecânicos que acabamos realizando na maior parte do tempo retiram de nós a chance de nos tornarmos plenamente vivos, alertas e capazes de reagir a cada situação, de acordo com nossa própria natureza.

Quanto maior for a capacidade de observar sentimentos, emoções e reações instintivas que acontecem o tempo todo em nós, mais fundo adentraremos em nossa verdadeira essência.

E, aos poucos, a ansiedade, a angústia e o medo, serão substituídos por uma nova realidade, onde o silêncio, a paz e a serenidade definirão nosso modo de viver.

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Elisabeth Cavalcante
Sabedoria Universal
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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Quem corre atrás de nós?



Há quase setenta anos, a grande poetisa brasileira Cecília Meirelles propunha uma reflexão poderosa e urgente.

Num de seus poemas ela concluía: Não há mais daqueles dias extensos, com o tempo suficiente para acompanharmos o amadurecimento dos frutos, e contemplarmos os pombos em seus movimentos pelo telhado.

Cecília comentava, preocupada, sobre novos tempos, tempos de pressa, tempos em que não se tinha mais tempo para nada.

Não há mais daqueles dias extensos, largamente abertos para o livro que chega, para a saudade que chama.

Tempo para ler com calma, saborear uma bela obra, não como quem mantém um placar de leituras por mês ou por ano, engolindo as linhas avidamente, mas como quem aproveita cada página, indo e vindo, sem hora para terminar.

A leitura da contemplação, da descoberta do belo, das outras histórias, dos outros mundos.

Não somente a leitura utilitarista que nos faz consumidores de manuais disso ou daquilo.

Ao final do poema, a autora expressa o sintoma maior:

Como um bando perseguido nos apressamos.

Quem corre atrás de nós, com o passo de um exército ou de um temporal?

De verdade, parecemos, sim, muitas vezes, um bando sendo perseguido.

Estamos sempre com pressa, sem tempo, e notando que as horas correm sem que possamos administrar como desejaríamos.

Quem corre atrás de nós? Que doença é essa que criamos para nós mesmos, sociedade contemporânea?

Pensemos se faz sentido tanta ansiedade, tanta pressa, tanto desespero.

Ainda há tempo de reverter isso tudo.

Ainda há tempo de moldar nossos dias de forma diferente.

Obviamente que as necessidades materiais, as convenções sociais nos colocaram, por vezes, dentro de rodas-vivas complexas.

Por isso, atuemos com cautela, começando com pequenas mudanças em nossos hábitos diários.

A prática da meditação necessita ser implantada em nosso dia.

Cinco minutos, dez minutos.

Comecemos simples, mas comecemos.

O contato com a natureza faz-se indispensável.

Precisamos guardar momentos para essa troca tão saudável, momentos de contemplação, quando nos despimos dos aparatos tecnológicos e apenas respiramos.

Autoconhecimento.

Manter contato conosco mesmo, buscando fazer análises de nossos pensamentos, de nossas ações, observando a temperatura de nossas emoções em cada dia.

Quanto mais conhecedores de nós mesmos, mais seguros, mais equilibrados, mais aptos a resolver as situações que a vida nos apresenta.

Por fim, a oração, esse contato constante com o Criador e com o plano espiritual.

Não aquele contato de quem ora apenas pedindo.

O contato de quem deseja uma sintonia com pensamentos mais elevados que pululam no espaço.

Quanto mais conectados ao Criador, quanto mais ligados ao nosso verdadeiro eu, menos pressa, menos ansiedade.

Como resultado, mais assertividade, mais clareza e disciplina.

Que venham novos dias extensos! Que venham dias a serem saboreados, notados.

Dias de aprendizado, dias de amor em família, dias inesquecíveis, sem pressa, sem medo.

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Redação do Momento Espírita, com citação do poema Não há mais daqueles dias extensos, de Cecília Meirelles, da obra Cecília Meireles – Poesia Completa, v. 2, ed. Nova Fronteira
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23 de dezembro

Dê-Me a oportunidade de trabalhar em você e através de você para realizar Meus prodígios e Minhas glórias.

Mantenha sempre a visão do Meu amor ilimitado à sua frente, da Minha abundância e dos Meus prodígios e glórias acontecendo.

Mantenha firme a visão do novo céu e da nova terra, da Minha vontade sendo feita, de paz e harmonia existindo na face da terra e de boa vontade se espalhando para todos.

Mantenha a visão de vastas cidades de luz surgindo pelo mundo, onde a paz e o amor reinam soberanos.

Nunca permita que essas visões se desfaçam, porque é mantendo-as firme e claramente sempre à sua frente que você vai ajudar a trazê-las do etérico e fazer com que elas se manifestem no plano terrestre, para que todos possam ver.

Quanto mais clara a visão, mais depressa ela se manifestará.

Agradeça constantemente por seus olhos terem se aberto e por você saber o que fazer.

Agora pare de só pensar nisso, vá em frente e comece a agir!

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)
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FELICIDADE


Não olvidemos que, neste exato momento, muitos estão à espera da felicidade que lhes devemos.

Não pensemos tanto em nossas necessidades, a ponto de esquecermos as dos outros.

Aprendamos a promover a felicidade alheia, valorizando as pessoas às quais nos vinculemos afetivamente.

Ninguém tem o direito de anular alguém para ser feliz.

A felicidade construída à custa do sofrimento do próximo não é felicidade.

Quantos adoecem porque não sabemos dividir com eles o coração?!

Não utilizemos os outros como trampolim para os nossos sonhos e ambições.

Ensina-nos o Evangelho que a alegria de dar é muito maior que a alegria de receber.

Não há felicidade maior que a de fazer alguém feliz, porque, à sombra de uma pessoa feliz, o felizardo maior permanece no anonimato.

Não queiramos outro aplauso que não seja o da consciência tranquila.

No mundo, contam-se aos milhares os famintos de pão, mas é incalculável o número dos mendigos de felicidade que nos estendem as suas mãos vazias.

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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Lições da Vida”)
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Aniversário de Jesus


Você anda pelas ruas e as cores lhe falam do Natal. Dourado, verde, vermelho. São bolas coloridas, laços vistosos de fitas, arranjos maravilhosamente dispostos nas vitrinas das lojas.

As luzes iluminam as fachadas das casas e transformam as alamedas em estradas de sol, em plena noite.

Tudo traduz alegria. Os apelos comerciais falam de presentes e de ofertas. É a época que antecede o Natal.

As preocupações giram em torno da compra de presentes.

As inquietações maiores têm a ver com o que dar aos afetos, aos amigos, conhecidos e clientes.

É uma época especial. O próprio ar parece envolto em suave aroma, tornando-se mais leve. Na acústica da alma, as baladas melodiosas da paz se apresentam em concerto.

É, sim, o Natal que chega de novo. Você já parou para pensar por que existe o Natal?

Em meio a tantas coisas a providenciar, você se deu conta o que irá comemorar?

Não esqueça que Natal é o aniversário de Jesus. Não se esqueça de lhe preparar uma festa especial.

Uma festa que requer só um pouco de tempo e disposição. Uma festa que se faz na intimidade da alma e que se traduz na alegria que você propicia a alguém, em nome dEle, o Aniversariante.

Por isso, quando passar pela rua, carregando pacotes, olhe ao seu redor. Descubra nas esquinas, na frente das vitrinas iluminadas, vários pares de olhos infantis ansiosos.

Eles também sonham, com a única diferença que quase nunca os sonhos deles se realizam.

Descubra nesses olhares perdidos nas terras dos sonhos, os desejos e ansiedades e aproxime-se.

Fale com eles. Converse. Ouça-os. É possível que você não disponha de recursos para lhes concretizar os anseios, mas fale com eles, em nome de Jesus.

Sorria, pergunte pela família, demonstre interesse. Alongue o braço. Esboce um gesto de carinho. É Natal.

Lembre ainda que, enquanto você anda de um lado para o outro, entrando e saindo das lojas, consultando preços e catálogos, existem muitos que se encontram imobilizados em leitos de enfermidade e solidão.

Busque-os também. Visite-os, em nome dEle, do Divino Amor que um dia caminhou pelas vias terrenas e que, ainda hoje, prossegue, meigo e doce, nas vielas do mundo, procurando alguém como você.

Alguém que disponha de uns minutos, que O ouça e O interprete para outro alguém com um tempinho, um carinho, um simples Olá. Especialmente porque esta é a época do Natal.

* * *

Não perca o tesouro das horas nem a oportunidade de socorrer ao próximo.

Você pode, ainda hoje, estender o agasalho a quem a noite pede perdão por ser longa e fria. Pode aliviar o suplício dos companheiros que a doença consome ou dizer a frase calmante para os que quase enlouquecem no sofrimento.

Se você se dispuser a isso, sentirá que verdadeiramente está vivendo o espírito do Natal, e iluminará a sua vida de amor, transformando os Seus dias em um perene dia de Natal.

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Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais extraídos do cap. 25 do livro O Espírito da Verdade, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
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22 de dezembro

"É dando que se recebe."

Estas não são somente palavras; elas exprimem a lei.

Vivendo por elas e colocando- as em ação, você verá como funcionam maravilhosamente.

Você vai receber cada vez mais à medida que for dando o que possui.

Nada tema, nada omita; simplesmente doe e continue doando.

Um coração aberto e generoso só atrai o melhor para si.

Que o seu coração seja tão aberto e generoso que você não se apegue a nada, e assim o espírito da doação estará sempre presente.

Avalie o que você tem para doar e então doe, não importa o que seja, porque cada doação ajuda a completar o todo.

Não espere que outras pessoas venham pedir pelas suas doações, mas doe espontaneamente.

Assim fazendo, você poderá observar onde a sua doação se encaixa no todo, como uma peça de um quebra-cabeça que está faltando para completar o quadro.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE

Uma realeza terrestre

Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: “O meu reino não é deste mundo”? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!

Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.

Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer pira chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.

Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.

Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais.

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— Uma Rainha de França. (Havre, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8.)
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O repouso


O repouso é necessário para o corpo e para a mente.

Tem cuidado, porém, a fim de que ele não se te converta em ociosidade, em preguiça.

É justo que, ao trabalho suceda o refazimento de energias, através da variação de atividade ou do repouso, do sono.

As muitas horas de descanso, todavia, violentam o caráter moral do homem e desarticulam as fibras e músculos orgânicos destinados ao movimento, à ação.

Repousa, pois, o tempo suficiente e não em demasia.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
Obra: Vida feliz
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domingo, 21 de dezembro de 2025

Ante o Divino Médico



“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.”
JESUS (Mateus, 9.12)

“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XXIV, 12

Milhões de nós outros, - os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, - somos almas enfermas de muitos séculos.

Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico.

E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.

Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.

Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.”

Nas convulsões da cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.”

Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.”

Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.”

Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.”

Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.”

Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.”

Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.”

Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.”

Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.”

Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:

- “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.”

Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.

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Emmanuel
 Chico Xavier
 Obra: Livro da Esperança
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21 de dezembro

Aprenda a viver além de seus próprios limites, além de sua força e habilidade, para que as pessoas que o rodeiam possam perceber com os próprios olhos que SOU EU trabalhando em você e através de você.

Desta maneira, almas descrentes e sem fé Me conhecerão, não através de palavras, mas através de uma demonstração de vida.

E vivendo desta maneira que você reconhecerá que EU SOU seu guia e companheiro e que você deverá dedicar sua vida completamente a Mim e ao Meu serviço.

Você tem que perder o pé e nadar nas águas profundas do desconhecido com absoluta fé e confiança, sabendo que nada de mal irá lhe acontecer porque EU ESTOU com você.

Você só saberá se tudo isso funciona quando estiver disposto a experimentar.

Pare de apostar no seguro e deixe que Eu lhe mostre o que pode acontecer quando você Me permite guiá-lo e usá-lo de acordo com a Minha vontade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (II)


Em vão procurais na Terra iludir-vos, colorindo com o nome de virtude o que as mais das vezes não passa de egoísmo. Em vão chamais economia e previdência ao que apenas é cupidez e avareza, ou generosidade ao que não é senão prodigalidade em proveito vosso. Um pai de família, por exemplo, se abstém de praticar a caridade, economizará, amontoará ouro, para, diz ele, deixar aos filhos a maior soma possível de bens e evitar que caiam na miséria. É muito justo e paternal, convenho, e ninguém pode censurar. Mas será sempre esse o único móvel a que ele obedece? Não será muitas vezes um compromisso com a sua consciência, para justificar, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo, seu apego pessoal aos bens terrenais? Admitamos, no entanto, seja o amor paternal o único móvel que o guie. Será isso motivo para que esqueça seus irmãos perante Deus?

Quando já ele tem o supérfluo, deixará na miséria os filhos, por lhes ficar um pouco menos desse supérfluo? Não será, antes, dar-lhes uma lição de egoísmo e endurecer-lhes os corações? Não será estiolar neles o amor ao próximo? Pais e mães, laborais em grande erro, se credes que desse modo granjeais maior afeição dos vossos filhos. Ensinando-lhes a ser egoístas para com os outros, ensinais-lhes a sê-lo para com vos mesmos.

A um homem que muito haja trabalhado, e que com o suor de seu rosto acumulou bens, é comum ouvirdes dizer que, quando o dinheiro é ganho, melhor se lhe conhece o valor. Nada mais exato. Pois bem! Pratique a caridade, dentro das suas possibilidades, esse homem que declara conhecer todo o valor do dinheiro, e maior será o seu merecimento, do que o daquele que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho. Mas, também, se esse homem, que se recorda dos seus penares, dos seus esforços, for egoísta, impiedoso para com os pobres, bem mais culpado se tornará do que o outro, pois, quanto melhor cada um conhece por si mesmo as dores ocultas da miséria, tanto mais propenso deve sentir-se em aliviá-las nos outros.

Infelizmente, sempre há no homem que possui bens de fortuna um sentimento tão forte quanto o apego aos mesmos bens: é o orgulho. Não raro, vê-se o arrivista atordoar, com a narrativa de seus trabalhos e de suas habilidades, o desgraçado que lhe pede assistência, em vez de acudi-lo, e acabar dizendo: “Faça o que eu fiz.” Segundo o seu modo de ver, a bondade de Deus não entra por coisa alguma na obtenção da riqueza que conseguiu acumular; pertence-lhe a ele, exclusivamente, o mérito de a possuir. O orgulho lhe põe sobre os olhos uma venda e lhe tapa os ouvidos. Apesar de toda a sua inteligência e de toda a sua aptidão, não compreende que, com uma só palavra, Deus o pode lançar por terra.

Esbanjar a riqueza não é demonstrar desprendimento dos bens terrenos: é descaso e indiferença. Depositário desses bens, não tem o homem o direito de os dilapidar, como não tem o de os confiscar em seu proveito. Prodigalidade não é generosidade: é, freqüentemente, uma modalidade do egoísmo. Um, que despenda a mancheias o ouro de que disponha, para satisfazer a uma fantasia, talvez não dê um centavos para prestar um serviço.

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– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)
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Intrigas e acusações


Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.

Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.

Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.

Uma frase imperfeitamente ouvida será sempre uma frase mal interpretada.

A criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a teu respeito, talvez seja vítima de lastimável engano.

Muitas pessoas de hábitos cristalizados em comentários descaridosos em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos, dos mais graves.

Se trazes a consciência tranquila, as opiniões negativas efetivamente não te alcançam.

Diante de críticas recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que nos desagrada nos outros.

Conhecendo algum desequilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao esforço de reajuste que sejas capaz de desenvolver.

Compadece-te dos acusadores e ora em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a bênção de paz que desejamos para nós.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Calma
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sábado, 20 de dezembro de 2025

Queda


Só verdadeiramente caem aqueles que se acomodam no chão.

Em nossa trajetória evolutiva, a queda, por vezes, faz-se inevitável, mas, a pretexto disto, não devemos aceitá-la passivamente.

Ninguém cai para cair repetidas vezes; ao contrário, quem cai, cai para manter-se vigilante no equilíbrio necessário.

Sejamos condescendentes com as quedas alheias, mas não sejamos tolerantes em excesso com as nossas.

Quem tropeça e vai ao chão não deve ficar à espera de quem apareça para levantá-lo; reúna as energias que lhe sobraram e ponha-se de pé por seu próprio esforço e vontade.

Apenas caem os que estão, de alguma forma, tentando caminhar.

Aproveitemos as experiências da queda para avançarmos com segurança, evitando repetir os erros que cometemos, na certeza de que nos erguermos da queda consciente será sempre muito mais difícil.

A queda pela inteligência é mais penosa do que a queda pelo sentimento.

Quem tropeça no seu orgulho e cai, porque não admite que caiu, demorará longo tempo para levantar- se.

Paulo, o inesquecível apóstolo da Boa Nova, nos concita a caminhar à frente mesmo de joelhos desconjuntados.

Sejamos o bom samaritano de nós mesmos e nos levantemos, porque o mundo está repleto de sacerdotes e levitas que, vendo-nos estirados ao chão, seguirão adiante, indiferentes…

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Irmão José 
Carlos Baccelli 
Obra: Lições da Vida 
🌹🌿🌹

20 de dezembro

"Procure primeiro pelo reino, coloque- Me sempre em primeiro lugar, e você terá tudo!"

Você conhece estas palavras, mas o que está fazendo a respeito?

Os caminhos do Espírito estão em primeiro lugar na sua vida?

O tempo que você passa coMigo significa mais do que qualquer outra coisa?

Você se sente bem na quietude ou fica desconfortável e inquieto?

Você prefere estar sempre ocupado fazendo alguma coisa e sente dificuldade em aquietar seu corpo e sua mente?

Existem milhões de almas que não suportam o silêncio; elas precisam estar sempre rodeadas de barulho e ação.

Elas não sabem o que significa procurar primeiro o Meu reino, Me colocar em primeiro lugar nas suas vidas.

Elas estão inquietas por dentro e por fora. Eu lhe afirmo que os momentos de paz e quietude que você compartilha comigo são preciosos neste mundo em turbilhão.

Procure por eles, ache-os e mantenha-se.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A felicidade não é deste mundo

Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo.” Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.

Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.

Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.

Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.

O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.

Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.

Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.

Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração.

Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade.

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- François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.)
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Dia de Faxina


Estava precisando fazer uma faxina em mim... Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados...

Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões...

Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei. Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.

Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas!

Um passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.

Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!

Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.

Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos...

Como foi bom relembrar tudo aquilo!

Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não as perder de vista.

Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...

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(Autor desconhecido)
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER -17/12/2017
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