quinta-feira, 9 de maio de 2024

Provações


Recebe cada provação sem revolta nem desânimo.

Procura enxergar o outro lado da dificuldade, a traduzir mensagens para o espírito.

Doença no corpo — pausa para meditação.

Problemas na família — oportunidade de reajuste.

Obstáculos naturais — exercício para a alma.

Toda dor tem seu lado positivo.

Não te deixes levar pelo desânimo e segue para frente.

O objetivo de toda dificuldade é renovar a alma, a fim de elevar o ser às esferas maiores.

Amanhã, quando esta dor passar, estarás mais forte e mais sensível, compreendendo melhor o amor e a sabedoria.

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Pelo Espírito de Scheilla
Clayton B. Levy
Obra: A Mensagem do dia
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09 de maio

Nade a favor da correnteza, não contra ela.

Quando você sentir que mudanças são necessárias, mude sem resistência.

Seja bem flexível.

Mantenha-se receptivo e nunca adote a atitude "O que foi bom para os meus pais é bom para mim".

As necessárias mudanças jamais acontecerão se esta for a sua atitude, porque elas não se encaixam mais nos moldes antigos; elas cresceram e precisam de mais espaço.

Dê-lhes mais espaço expandindo-se com elas.

O processo não será doloroso se não houver resistência.

Uma planta que cresce precisa de um vaso maior para que suas raízes possam se espalhar.

Se a sua consciência cresceu além dos conceitos antigos você precisa permitir que ela se expanda por novos territórios.

Este processo deverá se processar muito naturalmente, sem pressões ou tensões.

Simplesmente solte-se, relaxe e sinta-se mudar e expandir tão naturalmente quanto você respira, transportando-se do velho para o novo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)

A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)
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Com a Bênção do Cristo


Com a bênção do Cristo na própria alma, tens contigo a luz que extingue a sombra e o amor que mitiga o sofrimento.

Assim, à frente dos que te rogam socorro, exilados nas trevas da ignorância ou nas aflições da miséria, descerra o coração e ampara sempre.

Não lastimes: - “sou nada”. Não digas: - “esmoreci”.

Sabes que possuis no altar do próprio espírito o celeiro de bênçãos do Grande Doador e que a harmonia do Céu dilatar-se-á, em teus dias, à medida que lhe estendas os áureos dons.

Não procures o Mestre tão-somente para pedir...

Não lhe recordes a generosidade apenas no escuro instante do pessimismo, quando o Sol se te afigura apagado e a vida te parece envolta em cinza e fumo!...

Jesus espera-te o coração todos os dias para vazar, através de teu sentimento, de tua palavra e de tuas mãos, o tesouro da Boa Nova, que é consolo e entendimento, harmonia e esperança...

Lembra que o Senhor te solicita os braços na construção do Reino de Deus na Terra e, por essa razão, podes ser com Ele, desde hoje, o sagrado instrumento do Eterno Bem...

Pensa nisso e jamais te sintas cansado ou inútil para auxiliar...

Sabes que a morte é ressurreição na Vida Imperecível para os que souberam fazer luz em si mesmos e não ignores que o amor cobre a multidão de nossas próprias faltas...

Compreendendo, assim, o Evangelho, em termos de trabalho e renovação, sê com Jesus o servidor da fraternidade, para que a fraternidade, como anjo celeste, se faça a guardiã de tua alegria.

Ide e pregai: - disse-nos o Senhor.

Sigamos exemplificando, acrescentamos nós, porque somente pela cartilha de nossos próprios testemunhos de fé o irmão do caminho poderá contemplar a bondade do Cristo e sentir-Lhe a Infinita Grandeza.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Abençoa sempre
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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Prece por cura



Cura-nos, Senhor, as chagas crônicas do espírito enfermo...

Quantas feridas trazemos à mostra!

Cicatriza-as com o bálsamo do Teu amor. Devolve-nos o ânimo e a alegria de viver.

Interfere, por misericórdia, em nosso processo cármico e não nos deixes perecer... Que a doença, seja do corpo ou da alma, não nos reduza à inutilidade.

Quantos não são os que vivem em função de suas dores!

Outros, voluntariamente, mais doentes se tornam, por falta de aceitação de suas provas. Mestre, impõe as Tuas abençoadas mãos sobre nós.

Transmite-nos os Teus eflúvios divinos.

Dispensa-nos, mesmo sem merecimento de nossa parte, as Tuas graças e as Tuas bênçãos!

🍄🌵🍄
Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Preces e Orações
🍄🌵🍄

08 de maio

Esta vida espiritual exige almas completamente dedicadas, pois, sem dedicação, elas não aguentarão a caminhada.

Se você não está firmemente direcionado e completamente dedicado, muitos fatores poderão desequilibrá-lo.

Uma vida plena e gloriosa deve ser vivida em tempo integral.

Você tem que se manter alerta dia e noite para poder entrar em ação assim que for necessário, sem nenhuma preocupação por si próprio.

Haverá momentos em que será necessário agir baseado somente na fé e na confiança, sem nem mesmo perguntar as razões.

Você terá que agir de acordo com sua intuição e inspiração sem que haja nenhuma razão aparente para justificar o que você está fazendo.

Mas quando você souber que uma coisa está certa, vá em frente, com a certeza que a força da luz o estará acompanhando, porque EU ESTOU com você.

🍄🌵🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🍄🌵🍄 





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Mensagem do ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)
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PACIÊNCIA


Onde estejas, apresentas o nome que te assinala, a ideia que te dirige, a roupa que te acolhe e os sinais que te identificam.

Em teu benefício próprio não olvides carregar onde fores, a energia da paciência que te garanta a serenidade.

Se alguém te anuncia catástrofes iminentes, qual se trouxesse na boca o vozerio das trevas, ouve com paciência e perceberás que a vida permanece atuante, acima de todas as calamidades, à maneira do sol que brilha invariável, sobre todos os aguaceiros.

Quando a provação te visite, a modo de ventania destruidora, sofre com paciência e colherás dela renovado vigor semelhante à árvore que se refaz pela angústia da poda.

Diante do golpe que te alcança as fibras mais íntimas, suporta com paciência as dores do reajuste e cicatrizarás valorosamente as chagas do coração conquistando os louros da experiência.

Padeces inesperada injúria dos entes amados que te devem carinho, no entanto, passa por ela com paciência e, amanhã, ser-te-ão mais afeiçoados e mais amigos.

Tolera a deserção de companheiros queridos que te deixam nas mãos o sacrifício de duras tarefas acumuladas, contudo, prossegue com paciência no trabalho que o mundo te reservou e mais tarde, teus ideais e serviços se erigirão por alimento e refúgio em favor deles mesmos.

Irritação é derrota prévia.

Queixa é adiamento do melhor a fazer.

Reclamar é complicar.

Censurar é destruir.

Em todos os males que te firam, usa a dieta da paciência assegurando a própria restauração.

E toda vez que sejamos induzidos a condenar alguém por essa ou aquela falta, inventariemos nossas próprias fraquezas e reconheceremos de pronto que nos encontramos de pé, em virtude da paciência inexaurível de Deus.

🍄🌵🍄
EMMANUEL
Chico Xavier
Obra: Ideal espírita
🍄🌵🍄

terça-feira, 7 de maio de 2024

Começar outra vez


Alma querida, escuta!… Entre os lances do mundo,

Se escorregaste à beira do caminho

E caíste, talvez, em pleno desalinho,

Na sombra que te faz descrer ou desvairar,

Ante a dor de visita, a renovar-te anseios,

Não desprezes pensar!… Levanta-te e confia,

Porque a vida te pede, abrindo-te outro dia:

— Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!…
*
Ergue-te regressando à estrada justa ,

Contempla a terra amiga em derredor,

Vê-la-ás, pormenor em pormenor,

Por mãe que sofre e sangra, a recriar…

Medita na semente a sós, que o lavrador sepulta…

Quando alguém a supõe, humilhada e indefesa,

Ressurge em brilho verde, ouvindo a Natureza:

— Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!…
*
Fita o perfurador rasgando as entranhas da gleba;

O homem que o maneja, a golpes persistentes,

Pesquisa, sem cessar, todos os continentes,

Do deserto escaldante aos recessos do mar…

E eis que a lama oleosa, esquecida há milênios,

Trazida à flor do chão, é ouro e combustível,

Que o progresso conclama em ordem de alto nível:

— Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!…
*
Toda força lançada em desvalia

Quando erguida, de novo, em apoio de alguém,

Retoma posição no serviço do bem,

Utilidade viva a circular…

Olha a pedra moída, em função do cimento

E o barro que assegura a gestação do trigo,

Falando a todos nós, em tom seguro e amigo:

— Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!…
*
Assim também, alma fraterna e boa,

Se caíste em momentos infelizes,

Não te abatas, nem te marginalizes,

Levanta-te e retoma o teu próprio lugar!…

Aceita os agrilhões das provas necessárias,

Esquece, age, abençoa, adianta-te e lida,

E escutarás a voz da Lei de Deus na vida:

— Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!…

🥀🌱🥀
Maria Dolores
Chico Xavier
Obra: Vida em vida
🥀🌱🥀

07 de maio

Mantenha seu centro interior imóvel como um espelho d'água, para que você possa refletir tudo que há de melhor sem distorções e, então, possa irradiar o melhor para fora de você.

Não permita que nada o perturbe ou desanime; saiba que tudo vai indo bem e assuma seus passos sem preocupações.

Aprenda a rir de si mesmo, especialmente quando perceber que está levando tudo muito a sério e está começando a se curvar sob o peso do mundo.

Quando você se surpreender muito sério, solte-se, relaxe e comece a desfrutar a vida e a tensão desaparecerá.

Se você estiver carregando um fardo pesado demais para seus ombros, solte-o, descanse e relaxe.

Descansado e relaxado você será capaz de render muito mais do que quando você está tenso como um elástico esticado a ponto de arrebentar a qualquer momento.

🥀🌱🥀
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🥀🌱🥀 






🥀🌱🥀

Mensagem do ESE:

A desgraça real

Toda a gente fala da desgraça, toda a gente já a sentiu e julga conhecer-lhe o caráter múltiplo. Venho eu dizer-vos que quase toda a gente se engana e que a desgraça real não é, absolutamente, o que os homens, isto é, os desgraçados, o supõem. Eles a vêem na miséria, no fogão sem lume, no credor que ameaça, no berço de que o anjo sorridente desapareceu, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e com o coração despedaçado, na angústia da traição, na desnudação do orgulho que desejara envolver-se em púrpura e mal oculta a sua nudez sob os andrajos da vaidade.

A tudo isso e a muitas coisas mais se dá o nome de desgraça, na linguagem humana. Sim, é desgraça para os que só vêem o presente; a verdadeira desgraça, porém, está nas conseqüências de um fato, mais do que no próprio fato. Dizei-me se um acontecimento, considerado ditoso na ocasião, mas que acarreta conseqüências funestas, não é, realmente, mais desgraçado do que outro que a princípio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. Dizei-me se a tempestade que vos arranca as arvores, mas que saneia o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade.

Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as conseqüências.

Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura.

Vou revelar-vos a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais com todas as veras de vossas almas iludidas. A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir.

Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo.
Que, pois, o Espiritismo vos esclareça e recoloque, para vós, sob verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão singularmente deformados pela vossa cegueira! Agireis então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as lutas dos combates arriscados à paz que lhes não pode dar glória, nem promoção! Que importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no reino celeste?

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— Delfina de Girardin. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 24.)
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Páginas


“Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.” —(TIAGO, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 17.)

Toda página escrita tem alma e o crente necessita auscultar-lhe a natureza.

O exame sincero esclarecerá imediatamente a que esfera pertence, no círculo de atividade destruidora no mundo ou no centro dos esforços de edificação para a vida espiritual.

Primeiramente, o leitor amigo da verdade e do bem analisar-lhe-á as linhas, para ajuizar da pureza do seu conteúdo, compreendendo que, se as suas expressões foram nascidas de fontes superiores, aí encontrará os sinais inequívocos da paz, da moderação, da afabilidade fraternal, da compreensão amorosa e dos bons frutos, enfim.

Mas, se a página reflete os venenos sutis da parcialidade humana, semelhante mensagem do pensamento não procede das esferas mais nobres da vida.

Ainda que se origine da ação dos Espíritos desencarnados, supostamente superiores, a folha que não faça benefício em harmonia e construção fraternal é, apenas, reflexo de condições inferiores.

Examina, pois, as páginas de teu contacto com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te figurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pão nosso
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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Os pensamentos maus



Por vezes, somos assombrados por pensamentos que qualificamos como maus e nos perguntamos: De onde surgem?

Quase sempre de nossa própria imperfeição. Também podemos estar recebendo influências de Espíritos que nos rodeiam.

Lembramos que o Apóstolo Paulo alertava que estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.

De toda forma, mesmo que um pensamento nos tenha sido sugerido, seja por alguém encarnado ou por um ser que se encontre no plano espiritual, no final das contas, o filtro somos nós.

Nossa inferioridade ou elevação, nossos vícios ou virtudes serão a peneira que deixará ou não passar para o mundo real aquilo que nos seja sugerido.

Quem decide se aquela palavra será dita ou não, quem decide se tal ação será praticada ou não somos sempre nós.

Não há influência irresistível.

Somos facilmente influenciáveis, é verdade, pois ainda somos fracos, pouco donos de nossas próprias ideias, convicções e princípios.

Vejamos como as notícias nos influenciam. Basta que observemos como meros boatos mexem conosco a ponto de mudarem nosso sentimento a respeito de algo ou alguém.

Por vezes, somos marionetes. Não temos opinião própria. Basta alguém um pouco mais hábil com as palavras ou argumentos, e lá vamos nós, ecoando junto.

Se isso ocorre no plano material, em nosso dia a dia, no ambiente de trabalho, na família, também acontece no mundo dos Espíritos, no qual estamos mergulhados completamente.

Convivemos com os Espíritos diariamente. Os dois mundos, se assim quisermos dizer, vivem em constante troca, em constante comunicação.

Como então selecionar as boas influências? Aquelas que nos fazem bem? Como selecionar os bons pensamentos?

Essa regra vale para a convivência na sociedade carnal como para o intercâmbio com os Espíritos. O que nos cabe é observar a natureza do que nos seja sugerido.

Se o pensamento nos afasta da caridade, quando tem por princípio o orgulho, a vaidade ou o egoísmo, quando sua realização pode causar qualquer prejuízo a outrem, é sinal claro de que se trata de um pensamento ruim, que não devemos alimentar.

Todas as ideias que nos ocorrem, principalmente aquelas estranhas, que claramente não parecem terem vindo de nós, analisemos:

O que essa ideia pretende? Quer o bem de todos? Ou apenas o nosso? Quer resolver um problema ou apenas colocar lenha na fogueira? Quer conciliar ou causar mais confusão?

Não nos permitamos ser agentes, fantoches de outros.

Prestemos atenção nas ideias, nas palavras, no sentido das coisas. Por vezes, algo pequeno se torna exagerado por descuido, por fragilidade nossa e por prazer daqueles que adoram ver conflitos.

Cuidemos dos pensamentos. Conversemos conosco. Conversemos com nosso Espírito protetor, inquirindo sobre os conteúdos que andam se infiltrando em nosso pensar.

Ideias que nos ocorrem quase sempre e não fazem muito sentido.

Conversemos com alguém a respeito. Ouçamos outras opiniões e, por fim, oremos. A oração é um verdadeiro banho de água límpida para a mente poluída.

Pensemos melhor hoje. Pensemos bem.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXVIII, item 20, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB.
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06 de maio

Se sua vida está atrapalhada, não se acomode, mas procure orientação em seu interior e esteja pronto a aceitar ajuda do exterior.

Muitas vezes Eu preciso usar vários canais para lançar luz a uma situação, especialmente quando existem pontos cegos ou quando você está próximo demais de uma situação para conseguir focalizá-la.

Nesses momentos, esteja disposto a aceitar ajuda externa, apesar de que isso não quer dizer que você deva correr para pedir ajuda a alguém toda vez que tiver um problema para resolver.

É importante que você aprenda a se equilibrar sobre suas próprias pernas e seja capaz de pensar sozinho, procurando ajuda interior sempre que possível.

Você não deve ser preguiçoso espiritualmente, dependendo de outra pessoa para fazer o seu trabalho. É preciso tempo e paciência para se aquietar e se recolher para procurar as respostas, mas você só vai crescer espiritualmente se colocar estas lições em prática.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?

Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – S. Luís. (Paris, 1860.)

20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?

Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – S. Luís (Paris, 1860.)

21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

🌾🍄🌾
– São Luís (Paris, 1860.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo
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Recuperação


Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.

Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.

Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...

Através da prece que ajuda em silêncio...

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.

Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Correio fraterno
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domingo, 5 de maio de 2024

Abraço de filho


Abraço de filho deveria ser receitado por médico.

Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos.

Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.

Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...

Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.

E nada como o abraço de um filho...

Abraço de Eu amo você. Abraço de Que bom que você está aqui. Abraço de Ajude-me.

Abraço de urso. Abraço de Até breve. Abraço de Que saudade!

Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar.

Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.

E abraço de filho deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.

Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.

O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.

Se a alta tecnologia – mal aproveitada – nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.

Precisamos nos abraçar mais. Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis.

Caem as carrancas, ficam os sorrisos. Somem os desânimos, fica a vontade de viver.

O abraço apertado nos tira do chão por instantes. Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do chão do pessimismo.

É possível amar de novo, semear de novo. É possível renascer.

E os abraços nos fazem nascer de novo. Fechamos os olhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros, vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos.

Nada melhor do que um abraço para começar o dia. Nada melhor do que um abraço de Boa noite.

E, sim, abraço de filho deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas.

Mas, se não resistirmos a tal orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em situações emergenciais.

Um abraço demorado, regado pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio.

Um abraço sem hora de terminar, sem medo, sem constrangimento.

Medicamento valioso, de efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento.

* * *
Mas, se os braços que desejamos abraçar estiverem distantes? Ou não mais presentes aqui? O que fazer?

Aprendamos a abraçar com o pensamento.

O pensamento e a vontade criam outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma.

São forças que ainda conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor.

Abraços invisíveis a olho nu, mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que somos todos nós.

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Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 27, ed. FEP.
🌹🪴🌹

05 de maio

Observe a abundância da natureza, da beleza ao seu redor, e reconheça que EU ESTOU em tudo.

Quantas vezes durante o dia, andando de lá para cá, você olha as coisas maravilhosas à sua volta e agradece por elas?

A maior parte do tempo você está tão ocupado que deixa de absorver grande parte desses prodígios que poderiam elevar e refrescar a sua mente.

É uma questão de abrir os olhos e se manter alerta e sensível.

Comece agora a se conscientizar mais das coisas que realmente importam na vida, das coisas que alegram o coração, refrescam o Espírito e elevam a consciência.

Quanto mais beleza você absorver, mais beleza você vai refletir.

Quanto mais amor você absorver, mais amor você terá para dar.

O mundo precisa de cada vez mais amor, beleza, harmonia, compreensão, e você é a pessoa para distribuir tudo isso.

Por que não abrir seu coração e começar agora?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os trabalhadores da última hora

O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. — Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. — Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. — Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 1.)
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Corrijamos agora


Em plena vida espiritual, além do caminho estreito da carne, sempre realizamos o inventário de nossas aquisições no mundo.

Em semelhantes ocasiões, invariavelmente nos escandalizamos à frente de nós mesmos e rogamos, então, a Divina Providência a graça do retorno à matéria mais densa, sem as vantagens terrestres que nos serviram de perda.

É por isso que renascemos no mundo com singulares inibições congeniais.

Aqui, é um cego que pediu a medicação da sombra para curar antigos desvarios da visão.

Ali, é um surdo que solicitou o silêncio nos ouvidos, como bênção de reajuste da própria alma.

Mais além, somos defrontados pelo leproso que implorou do Céu a vestimenta de feridas e aflições, como remédio purificador da personalidade transviada do verdadeiro bem.

Mais adiante, encontramos o aleijado de nascença, que suplicou a mutilação natural por serviço valioso de autocorrigenda.

Doenças e amarguras, dificuldades e dores são meios de que nos valemos para a justa reparação de nossa vida, em nós ou fora de nós.

[Assim pois,] atendamos ao aviso do Evangelho, no passo em que nos adverte o Senhor: “Caminhai, enquanto tendes luz”.

Enquanto se vos concede no mundo a felicidade de permanência no corpo físico — templo e formação das nossas asas espirituais para a vida eterna — não procureis o escândalo, a distância de vosso círculo individual!

Escandalizemo-nos conosco, quando a nossa conduta estiver contrária aos princípios superiores que abraçamos.

Estranhemos nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, quando não se afinem com o Mestre da Cruz, cujo modelo procuramos, e, assim, amanhã não teremos a lamentar maiores faltas, alcançando a vitória sobre nós mesmos, em paz com a nossa própria consciência, em plena Vida Imperecível que nos espera ante o [nosso] Mestre e Senhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Família
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