sábado, 31 de maio de 2025

A caridade e a oração



“O Centro Espírita Luiz Gonzaga” ia seguindo para a frente… Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.

O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros. O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca. Sozinho, sem ninguém…

Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico. Curioso facultativo receitou, graciosamente. Mas o velhinho precisava de enfermagem.

O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.

Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo. E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente. Alguém que pudesse ajudar. Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus.

Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse.

Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe:

— Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir…

— Ah! Como não? — replicou o médium — Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.

Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do enfermo. Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz. Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam. Então, uma delas disse ao médium:

— Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamonos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.

E uma passou a servir numa tinturaria, desencarnando anos depois e a outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.

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Fonte: Lindos casos de Chico Xavier, por Ramiro Gama
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31 de maio

Comece já a expandir sua consciência e ver abundância em tudo, pois só assim suas necessidades serão supridas.

Entenda que Eu lhe dou Meu reino com prazer, porque é deste reino que tudo flui.

É por isso que você precisa procurar por ele primeiro para que tudo o mais lhe seja entregue.

Eu sei de cada uma de suas necessidades e todas serão maravilhosamente supridas.

Acredite nisso com todo o seu coração.

Não permita que nenhuma dúvida tire o brilho deste prodígio.

Aceite a Minha palavra, viva por ela e veja milagre após milagre acontecer.

O tempo dos milagres ainda não terminou.

Vivendo uma vida completamente dedicada a Mim você será testemunha de prodígios indescritíveis.

Você verá o impossível se tomar possível. Você perceberá Minha mão em tudo.

E seu coração transbordará de amor e gratidão por tudo que vai acontecer.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Piedade filial (II)

Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.

Deus disse: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” Por que promete ele como recompensa a vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “que Deus vos dará” , as quais, suprimidas na moderna fórmula do Decálogo, lhe alteram o sentido. Para compreendermos aqueles dizeres, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham, pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam. Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se se dirigisse a crianças, põe-lhes em perspectiva o que os pode satisfazer. Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, objetivo das suas aspirações. Nada mais desejavam do que isso; Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo tempo, se observarem seus mandamentos.

Mas, ao verificar-se o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas idéias. Chegada a ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na vida espiritual, dizendo: “Meu reino não é deste mundo; lá, e não na Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras.” A estas palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria celeste. Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, já não é a Terra que lhes promete e sim o céu. (Caps. II e III.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, itens 3 e 4.)
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Guardemos o ensino


“Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” – Jesus. (LUCAS, 9:44.)

Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos.

Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração.

Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo.

Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo.

A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um.

São alunos que procuram subverter a ordem escolar.

Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir.

Não estimam ensinamentos. Formulam imposições.

E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.

Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas.

Não poucos se revoltam, desencantados …

Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.

“Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus.

O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de Luz
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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Rogativa do servo


Senhor!

Dá-nos a força, mas não nos deixes humilhar os mais fracos.

Dá-nos a luz da inteligência, no entanto, ensina-nos a auxiliar aos irmãos que jazem nas sombras.

Dá-nos a calma, contudo, não nos consintas viver na condição das águas paradas.

Dá-nos a paciência, entretanto, não nos relegues à inércia.

Dá-nos a fé, mas não nos permitas o cultivo da intolerância.

Dá-nos a coragem, no entanto, livra-nos da imprudência.

Concede-nos, por fim, o conhecimento da harmonia e da perfeição que devemos buscar; não nos deixes, porém, na posição da Vênus de Milo, sempre maravilhosamente bela, diante do Mundo, mas sem braços para servir a ninguém.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Meditações Diárias
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30 de maio

Você pode saber sobre as verdades espirituais, mas só quando aplicá-las e demonstrá-las em sua vida diária é que elas vão se tornar realidade e vão se incorporar a você.

Você tem que ser o dono de seus próprios pensamentos, de sua vida e da maneira como resolve seus problemas.

Você precisa se sustentar sobre suas próprias pernas e não ficar esperando que os outros assumam responsabilidades que são suas.

Recolha-se e procure dentro de si pela resposta e você a encontrará.

Pode levar algum tempo.

Pode ser que você tenha que aprender a ser paciente e esperar por Mim, mas, se sua fé for suficientemente forte, você encontrará tudo que busca.

Aprenda a se esticar, a crescer e a se expandir.

Aprenda a se nutrir da fonte de todo poder e conhecimento, de toda sabedoria e compreensão.

Venha a Mim, o Senhor seu Deus, a divindade que existe dentro de você.

Eu jamais o abandonarei ou o renegarei, pois, como você já deve ter aprendido, EU ESTOU sempre com você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O Maior Mandamento

1 – Mas os fariseus, quando ouviram que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, juntaram-se em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas.
(Mateus, XXII: 34-40).

2 – E assim, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles. Porque esta é a lei e os profetas. (Mateus, 7: 12).

Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (Lucas, VI: 31)

3 – O Reino dos Céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos. E tendo começado a tomar as contas, apresentou-lhe um que lhe devia dez mil talentos. E como não tivesse com que pagar, mandou o seu senhor que o vendessem a ele, e a sua mulher, e a seus filhos, e tudo o que tinha, para ficar pago da dívida. Porém o tal servo, lançando-se aos pés, fazia-lhe esta súplica: Tem paciência comigo, que eu te pagarei tudo. Então o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre, e perdoou-lhe a dívida. E tendo saído este servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros; e lançando-lhe a mão à garganta o asfixiava, dizendo-lhe: Paga-me o que deves. E o companheiro, lançando-se aos pés, rogava, dizendo: Tem paciência comigo, que eu te satisfarei tudo. Porém ele não atendeu: retirou-se, e fez que o metessem na cadeia, até pagar a dívida. Porém, os outros servos, seus companheiros, vendo o que se passava, sentiram-no fortemente e foram dar parte a seu senhor de tudo o que tinha acontecido. Então o fez vir seu senhor, e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei a dívida toda, porque me vieste rogar isso; não devias tu, logo, compadecer-te igualmente do teu companheiro, assim como também eu me compadeci de ti? E, cheio de cólera, mandou seu senhor que o entregassem aos algozes, até pagar toda a dívida. Assim também vos tratará meu Pai celestial, se não perdoardes, do íntimo de vossos corações, aquilo que vos tenha feito vosso irmão. (Mateus, XVIII: 23-35).

4 – “Amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros como quereríamos que nos fizessem”, eis a expressão mais completa da caridade, porque ela resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter, neste caso, guia mais seguro, do que tomando como medida do que se deve fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo. Com que direito exigiríamos de nossos semelhantes melhor tratamento, mais indulgência, benevolência e devotamento, do que lhes damos? A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem como normas de conduta e como base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade, e farão reinar a paz e a justiça entre eles. Não haverá mais ódios nem dissensões, mas união, concórdia e mútua benevolência.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Sê inteligente


Quem guarda rancor coleciona lixo moral e, consequentemente, termina enfermado.

O mal que te façam não deve merecer o teu sacrifício.

Se alguém deseja ver-te infeliz, age de forma contrária, vivendo com alegria.

Se outrem planeja perturbar-te, insiste na posição de harmonia.

Se aquele que se tornou teu adversário trabalha pela sua desdita, continua em paz.

Para quem procura infelicitar os outros, a maior dor é vê-los imperturbáveis.

Sê inteligente, e não te desgastes à toa.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Vida Feliz
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29 de maio

Você é o ponto de luz em Minha mente.

Você é o ponto de amor em Meu coração.

Quando você aceitar estes fatos, quando você conseguir se ver como o microcosmo e o macrocosmo, você nunca mais se depreciará ou pensará mal de si mesmo.

Você entenderá que é realmente feito à Minha imagem e semelhança, que nós somos um e que nada, nem ninguém, pode nos separar.

Se você sente qualquer separação de Mim, a culpa é sua, porque Eu nunca me separo de você.

Você é individualmente o que EU SOU universalmente.

Você se espanta de ter que renascer para poder aceitar esta maravilhosa verdade?

Muitas almas se desgarraram de Mim e se separaram tanto e Me colocaram tão alto nos céus que Eu me tornei inalcançável para elas.

EU ESTOU em você, escondido bem no fundo de seu interior, esperando para ser reconhecido e trazido à tona.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O dever

O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.

Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações.

homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.

O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.

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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 7.)
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A Loucura da Violência


Entre as expressões do primarismo, no mercado das paixões humanas, destaca-se com realce a violência, espalhando angústia e dor.

Remanescente dos instintos agressivos, ela estiola as mais formosas florações da vida, estabelecendo o caos.

Em onda volumosa arrasa, deixando destroços por onde passa, alucinada.

*
Na raiz da violência encontra-se a falta de desenvolvimento do senso moral, que o espírito aprimora através da educação, do exercício dos valores éticos, da amplitude de consciência.

Atavismo cruel, demora de ser transformada em ação edificante, face às suas vinculações com os reflexos instintivos do período animal, que se prolongam, perturbadores.

Não apenas gera aflição, quando desencadeada, como também provoca reações equivalentes em sucessão quase incontrolável, arrebentando tudo quanto se lhe opõe no percurso destrutivo.

Todo o empenho em favor da preservação dos valores morais deve ser colocado a serviço da paz, como antídoto à força devastadora da violência.

*
Pequenos exercícios de autocontrole terminam por criar hábitos de não-violência.

Disciplinas mentais e silêncios fortalecidos pela confiança em Deus geram a harmonia que impede a instalação desse desequilíbrio.

Atividades de amor, visando o bem e o progresso da criatura humana e da sociedade, constituem patamar de resistência às investidas dessa agressividade.

Reflexões em torno dos deveres morais produzem a conscientização do bem, gerando o clima que preserva os sentimentos da fraternidade.

A violência é adversária do processo de evolução, fomentadora da loucura. Quem lhe tomba nas garras exaure-se, e, sem forças, termina no abismo do auto-aniquilamento ou do assassínio...

*
A violência disfarça-se no lar, quando os cônjuges não respeitam os espaços, os direitos que lhes cabem reciprocamente;

quando os filhos se sentem preteridos por falsos valores do trabalho, do dinheiro, do poder...

Na sociedade, quando os preços escorcham os necessitados;

quando os interesses pessoais extrapolam os seus limites e perturbam os outros;

quando a comodidade e os prazeres de alguns agridem os compromissos e os comportamentos alheios;

quando as injustiças sociais estiolam os fracos a benefício dos fortes aparentes;

quando os sentimentos inferiores da maledicência, da calúnia, da inveja, da traição, do suborno de qualquer tipo, da hipocrisia, disseminam suas infelizes sementes;

quando os pendores asselvajados não encontram orientação;

quando as ilusões e fugas, os vícios e aliciamentos levam às drogas, ao sexo desvairado, às ambições absurdas, explodindo nas ruas do mundo e invadindo os lares;

quando os governantes perdem a dignidade e estimulam a prevalência da ignorância, provocando guerras nacionais e internacionais...

A violência, de qualquer natureza, é atraso moral, síndrome do primitivismo humano remanescente.

*
O homem e a mulher estão fadados à paz, à glória estelar.

Assim, liberta-te daqueles remanescentes agressivos que terminam insuflando-te reações infelizes.

Se te compraz ainda mantê-los, tem a coragem de te violentares, superando-os ou domando-os, e contribuirás para o apressar do progresso humano.

Como não te é lícito conivir com o erro, ensina pela retidão os mecanismos da felicidade, evitando a ira, a cólera, o ódio.

A ira é fagulha que ateia o fogo da violência. A cólera é combustível que a mantém, e o ódio é labareda que a amplia.

Pensa em Jesus, e, em qualquer circunstância, interroga-te como Ele agiria, se estivesse no teu lugar. Tentando-o, lograrás imitá-lO, fazendo como Ele, sem nenhuma violência.

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Franco, Divaldo Pereira
Obra: Momentos Enriquecedores
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis
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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Conforto e nós


O sofrimento em comum é agente bendito de unificação, ensinando-nos a esquecer preocupações descabidas e aflições excedentes, porquanto, nas horas amargas somos naturalmente induzidos a contar uns com os outros.

Entretanto, quando a tempestade se vai, deixando-nos o passo, em céu azul, eis-nos em nós mesmos, conosco, na intimidade de nossos pontos de vista.

E aí surge o grande problema — o problema de render-nos ao trabalho do bem, de tal modo que não disponhamos de tempo para vincular-nos em demasia às nossas opiniões próprias.

 Disso concluímos que a influência do conforto e da prosperidade constitui em si precioso ingrediente da vida que nos cabe aproveitar em serviço e mais serviço no bem de todos.

Há quem diga que a felicidade do Céu é diminuir a infelicidade da Terra ou extinguir esse mesmo infortúnio.

Verdade bela e simples, ser-nos-á lícito transferi-la para o nosso caminho pessoal, compreendendo que a felicidade maior dos que se tornam felizes será sempre atenuar a infelicidade que ainda assedie a existência dos nossos irmãos menos felizes.

Deus nos subtrai a dificuldade para que aprendamos a suprimi-la da estrada alheia.

Ajuda-nos para que ajudemos.

Abençoa-nos para que nos habituemos a abençoar.

 Reconheçamos assim que a tranquilidade e a alegria nos bafejam para que venhamos a mobilizá-las no trabalho do bem geral.

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Batuíra
Chico Xavier
Obra: Mais luz
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28 de maio

Antes de escalar uma montanha você certamente testaria o seu equipamento, pois sua vida depende desse equipamento estar em perfeito estado e das cordas não apresentarem defeito algum.

Você escolheria um bom guia, alguém em quem você depositasse total confiança.

Você teria que estar disposto a seguir as instruções do guia e obedecê-lo sem questionamentos.

O mesmo acontece com esta vida espiritual.

Você só pode se aventurar nesta vida se tiver aprendido disciplina e obediência, se tiver escolhido trilhar o Meu caminho e obedecer a Minha voz.

Não seria seguro agir de outra maneira.

Se você se sente empacado no sulco da trilha, recolha-se e descubra no seu interior o que o está segurando.

Que providências você tem tomado em relação à autodisciplina?

Você já consegue dizer "não" para si mesmo?

E obediência?

Você está disposto a Me seguir seja lá qual for o preço?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Se fosse um homem de bem, teria morrido

Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido.” Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.

Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: “Antes fosse este.” Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.

Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira.

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— Fénelon. (Sens, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 22.)
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Diante da paz


Nunca é demais afirmar que a paz começa em nós e por nós.

Os pacificadores, porém, são aqueles que aceitam em si o fogo das dissensões, de modo a extingui-lo com os recursos da própria alma, doando tranquilidade a todos aqueles que lhes compartilham a marcha.

Quanto puderes, distribui o alimento da concórdia, reconhecendo que a bênção da paz é desdobramento do pão de cada dia.

Emissários do Bem, domiciliados na Vida Maior, desenvolvem empreendimentos de paz em todas as direções no mundo, mas precisam de cooperadores fiéis que lhes interpretem a obra benemérita, ao lado das criaturas. Se aderiste a essa campanha bendita, auxilia-os em bases de entendimento e serviço.

Onde a palavra seja convocada ao socorro fraterno, fala auxiliando e, se o mal aparece por desequilíbrio de forças, conturbando situações, corrige o mal com amor, limitando-lhe a influência ou curando-lhe as feridas. Se agressões repontam à frente, considera que as enfermidades ocultas atacam em todos os lugares e ampara a vítimas de semelhantes arrastamentos, na certeza de que a tolerância, agindo construtivamente, é a terapêutica que nos presume a todos contra os assaltos da violência.

Se a injúria escarnece, capacita-te de que a crueldade é sinônimo de alienação mental e usa o perdão por exaustor das trevas que invadem o raciocínio daqueles que se perdem nos labirintos da delinquência. Faze silêncio onde o silêncio consiga apagar desavenças e acusações e, quanto possível, transforma-te no ponto terminal de qualquer processo de incompreensão, capaz de degenerar em perturbação ou loucura.

Onde estiveres, abençoa. Naquilo que penses, mentaliza o melhor. No que digas, harmoniza os outros quanto possas. No que faças, constrói sempre para o bem geral.

Nunca nos esqueçamos de que o Príncipe da Paz, na Terra, nasceu em clima de decepções, viveu através de hostilidades permanentes, serviu entre adversários gratuitos e selou o próprio trabalho sob a vitória aparente dos perseguidores; mas, supostamente vencido, o Cristo de Deus, de século e século, cada vez mais intensamente, é o fiador da concórdia entre as nações, erguendo-se por doador de paz genuína ao mundo inteiro.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Caminhos de volta
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terça-feira, 27 de maio de 2025

Degraus da vida


Comparemos o mundo a grande instituto de ensino.

 Aceita a existência no Planeta por estágio educativo de que necessitas, ainda mesmo quando te reconheças na condição de doente, sob regime de internação em alguma das enfermarias da escola.

Nasceste no lugar mais indicado aos ensinamentos de que precisas e no grupo familiar que mais se te aconselha ao currículo de lições.

O corpo físico é a carteira de recursos a que te prendes, para efeito de preparo e burilamento.

 A religião do teu clima doméstico é a classe de iniciação na Espiritualidade Maior, da qual podes seguir indefinidamente para diante, no rumo dos mais elevados conhecimentos…

Faze, pois, da ideia de Deus que já possuas, o caminho da própria ascensão.

Elege no trabalho a tua bênção de cada dia.

Compreendamos que o bem é a execução da Lei Divina, a estabelecer a felicidade dos outros, com a mesma justiça com que a estabelece para cada um de nós.  E o mal é a tribulação que, porventura, estejamos impondo à existência do próximo.

Dever é rotina de instrução.

Disciplina é condição de êxito.

Dificuldade é exercício de aperfeiçoamento.

Conflito é aula de reequilíbrio.

 Tentação é repetência de testes nos quais já falimos, em nos referindo às reencarnações passadas.

 Obstáculo é desafio para a melhora de resistência.

 Solidão é pausa de reajuste.

Menosprezo de pessoas queridas é convite ao aprendizado do amor genuíno.

Contratempos se definem por avisos salutares no serviço a fazer.

 A não ser para auxiliar desinteressadamente, não procures tanto saber o que sucede no curso dos colegas e dos vizinhos, porque, de volta ao Lar Maior, responderás essencialmente por ti.

 À vista disso, não olvides que ninguém se eleva sem elevar-se na vida pelos degraus da lei de elevação.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Busca e acharás
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27 de maio

Toda alma tem necessidade de se recolher de tempos em tempos para encontrar a paz incomensurável.

Toda alma precisa se estabilizar e isso só pode acontecer na paz e na quietude.

Com estabilidade interior você será capaz de enfrentar qualquer situação, e o caos e confusão exteriores não o afetarão de modo algum.

Assim você estará no lugar secreto do Mais Alto.

Encontrar sua unidade coMigo o fará capaz de seguir em frente mesmo quando você pensar que chegou ao fim de suas forças.

São estes passos dados em direção ao desconhecido, com fé e apoiados na Minha força, que realizarão prodígios e mudarão vidas.

São estes passos que possibilitarão o impossível e trarão Meu reino para a terra, o glorioso novo céu e nova terra.

Caminhe sempre nesta direção. Mude e mude rapidamente quando for necessário. EU ESTOU sempre com você. Revigore-se em Mim.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os superiores e os inferiores

A autoridade, tanto quanto a riqueza, é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. Não julgueis que lhe seja ela conferida para lhe proporcionar o vão prazer de mandar; nem, conforme o supõe a maioria dos potentados da Terra, como um direito, uma propriedade. Deus, aliás, lhes prova constantemente que não é nem uma nem outra coisa, pois que deles a retira quando lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente às suas personalidades, seria inalienável. A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu consentimento. Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.

Quem quer que seja depositário de autoridade, seja qual for a sua extensão, desde a do senhor sobre o seu servo, até a do soberano sobre o seu povo, não deve olvidar que tem almas a seu cargo; que responderá pela boa ou má diretriz que dê aos seus subordinados e que sobre ele recairão as faltas que estes cometam, os vícios a que sejam arrastados em conseqüência dessa diretriz ou dos maus exemplos, do mesmo modo que colherá os frutos da solicitude que empregar para os conduzir ao bem.

Todo homem tem na Terra uma missão, grande ou pequena; qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem; falseá-la em seu princípio é, pois, falir ao seu desempenho.

Assim como pergunta ao rico: “Que fizeste da riqueza que nas tuas mãos devera ser um manancial a espalhar a fecundidade ao teu derredor”, também Deus inquirirá daquele que disponha de alguma autoridade: “Que uso fizeste dessa autoridade? Que males evitaste? Que progresso facultaste? Se te dei subordinados, não foi para que os fizesses escravos da tua vontade, nem instrumentos dóceis aos teus caprichos ou à tua cupidez; fiz-te forte e confiei-te os que eram fracos, para que os amparasses e ajudasses a subir ao meu seio.”

O superior, que se ache compenetrado das palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que lhe estejam submetidos, porque sabe que as distinções sociais não prevalecem às vistas de Deus. Ensina-lhe o Espiritismo que, se eles hoje lhe obedecem, talvez já lhe tenham dado ordens, ou poderão dar-lhas mais tarde, e que ele então será tratado conforme os haja tratado, quando sobre eles exercia autoridade.

Mas, se o superior tem deveres a cumprir, o inferior, de seu lado, também os tem e não menos sagrados.

Se for espírita, sua consciência ainda mais imperiosamente lhe dirá que não pode considerar-se dispensado de cumpri-los, nem mesmo quando o seu chefe deixe de dar cumprimento aos que lhe correm, porquanto sabe muito bem não ser lícito retribuir o mal com o mal e que as faltas de uns não justificam as de outrem. Se a sua posição lhe acarreta sofrimentos, reconhecerá que sem dúvida os mereceu, porque, provavelmente, abusou outrora da autoridade que tinha, cabendo-lhe, portanto, experimentar a seu turno o que fizera sofressem os outros. Se se vê forçado a suportar essa posição, por não encontrar outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se, como constituindo isso uma prova para a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença lhe orienta a conduta e o induz a proceder como quereria que seus subordinados procedessem para com ele, caso fosse o chefe.

Por isso mesmo, mais escrupuloso se mostra no cumprimento de suas obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe está determinado redunda em prejuízo para aquele que o remunera e a quem deve ele o seu tempo e os seus esforços. Numa palavra: solicita-o o sentimento do dever, oriundo da sua fé, e a certeza de que todo afastamento do caminho reto implica uma dívida que, cedo ou tarde, terá de pagar.

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— François-Nicolas-Madeleine, Cardeal Morlot. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 9.)
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TENTAÇÃO


Somos tentados pelas forças exteriores da vida, segundo as nossas necessidades de purificação interna.

Isso equivale a dizer que cada criatura sofre a tentação, conforme a natureza que lhe é própria.

Qual acontece nos domínios da natureza em que o fogo não se alimenta de água, mas sim de combustível que se lhe afina ao modo de ser, no reino do espírito, cada um de nós entra em combinação apenas com as energias que se assemelhem às nossas.

Assim é que renascemos, habitualmente, no plano físico, transportando conosco as deficiências individuais e os problemas domésticos que nos reclamam extinção ou ajustamento.

Espíritos; entregues à usura e à crueldade, em muitas circunstâncias, ressurgem no berço de ouro, experimentando, de novo, a tentação da sovinice e do orgulho de modo a superá-los e almas cristalizadas na revolta e na indisciplina nos lares empobrecidos, atravessando novamente a tentação do desespero e da delinquência para vencê-los suficientemente.

Reunimo-nos através da família consanguínea, muitas vezes, com as nossas aversões mais profundas, para transformá-las em amor puro, ao preço de perdão e serviço, devotamento e renúncia, e, em todos os quadros da luta humana, somos defrontados por rudes provas que nos falam de perto às próprias necessidades, a fim de que, na sublime vitória sobre nós mesmos, saibamos buscar os cimos da vida.

Não te creias simplesmente tentado pelos outros à descida ao despenhadeiro das trevas.

Somos nós mesmos que, estendendo o fio do desejo, atraímos em nosso prejuízo ou em nosso favor as companhias que nos acrescentarão as forças para a queda nas sombras ou para a ascensão à Divina Luz.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Confia e segue
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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Instituto de tratamento


“O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito.” — JESUS — João, 3.6.

“Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.” — Cap. IV, 18.

 Atingindo o Plano Espiritual, depois da morte, sentimentos indefiníveis nos senhoreiam o coração.

Nos recessos do espírito, rebentam mágoas e júbilos, poemas de ventura e gritos de aflição, cânticos de louvor pontilhados de fel e brados de esperanças que se calam, de súbito, no gelo do sofrimento…

Rimos e choramos, livres e presos, triunfantes e derrotados, felizes e desditosos…

Bênçãos de alegria, que nos clareiam pequeninas vitórias alcançadas, desaparecem, de pronto, no fundo tenebroso das quedas que nos marcaram a vida.

Suspiramos pela ascensão sublime, sedentos de comunhão com as entidades heroicas que nos induzem aos galardões fulgentes dos cimos, todavia, trazemos o desencanto das aves cativas e mutiladas.

 Ao invés de asas, carregamos grilhões, na penosa condição de almas doentes…

Na concha da saudade, ouvimos as melodias que irrompem das vanguardas de luz, entretecidas na glória dos bem-aventurados, no entanto, austeras admoestações nos chegam da Terra pelo sem-fio da consciência…

 Nas faixas do mundo somos requisitados pelas obrigações não cumpridas.

Erros e deserções clamam, dentro de nós, pedindo reparos justos…

 Longe das Esferas superiores que ainda não merecemos e distanciados das regiões positivamente inferiores em que nossas modestas aquisições evolutivas encontraram início, concede-nos, então, a Providência Divina, o refúgio do lar, entre as sombras da Terra e as rutilâncias do Céu, por instituto de tratamento, em que se nos efetive a necessária restauração.

 É assim que reencarnados em nova armadura física, reencontramos perseguidores e adversários, credores e cúmplices do pretérito, na forma de parentes e companheiros para o resgate de velhas contas.

 Nesse cadinho esfervilhante de responsabilidades e inquietações, afetos renovados nos chamam ao reconforto, enquanto que aversões redivivas nos pedem esquecimentos…

À vista disso, no mundo, por mais atormentado nos seja o ninho familiar, abracemos nele a escola bendita do reajuste, onde temporariamente exercemos o ofício da redenção.  Conquanto crucificados em suplícios anônimos, atados a postes de sacrifício ou semi-asfixiados no pranto desconhecido das grandes humilhações, saibamos sustentar-lhe a estrutura moral, entendendo e servindo, mesmo à custa de lágrimas, porque é no lar, esteja ele dependurado na crista de arranha-céus, ou na choça tosca de zinco, que as leis da vida nos oferecem as ferramentas de amor e da dor para a construção e reconstrução do próprio destino, entregando-nos de berço em berço, ao carinho de Deus que verte inefável pelo colo das mães.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Livro da Esperança
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26 de maio

Traga o Meu céu para a Terra.

Depende de você escolher a maneira como fazer isso, de acordo com suas atitudes em relação à vida e à sua maneira de vivê-la.

A vida é maravilhosa, mas você tem que abrir os seus olhos para enxergar toda beleza e glória.

Você precisa estar disposto a ver o lado bom da vida e se concentrar nele, ignorando o lado mau, negativo e destrutivo para não fortalecer o mal.

Você pode viver um dia todo sem perceber a beleza e as maravilhas da natureza à sua volta.

Quanto da vida você perde, simplesmente por fechar a sua consciência e se recusar a elevá-la a um estado em que você se funde com a vida!

Pare um pouco, olhe e escute o que se passa à sua volta, não deixe passar nada despercebido e aproveite cada momento.

Dê graças eternas por tudo.

Comece este dia com a finalidade de criar um mundo melhor à sua volta.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.

É, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.

Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos.

Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais.

A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca.

Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do Planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.

Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)
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Tristeza


Não permitamos que a tristeza nos envolva e nos mergulhe na depressão.

A apatia é abismo profundo do qual sairemos apenas à custa de muito esforço.

Não nos entreguemos, inermes, aos problemas que nos rodeiam, ensimesmados na tristeza.

Os que se rendem ao desânimo transformam-se em pacientes psiquiátricos, vitimados por estranha anemia de ordem moral.

Quando sentirmos que a tristeza insiste em se demorar conosco, ocupemos as nossas mãos e a nossa mente no serviço do bem. Deixemos a poltrona do comodismo e desintoxiquemo-nos no suor da caridade.

Se abatidos espiritualmente no reconhecimento das próprias imperfeições, sintamo-nos incentivados à luta, ao invés de admitirmos a derrota.

Reajamos contra a melancolia , sacudindo o seu jugo de nossos ombros.

Reparemos que em nossos caminhos, de fato "as bênçãos são muito mais numerosas do que as dores". Observemos os exemplos de quantos se encontram lutando com limitações maiores que as nossas , sem que lhes escutemos uma reclamação sequer.

No livro dos Provérbios, cap. 17, v. 22, está escrito: "O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos".

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Irmão José
Carlos A. Baccelli
Do livro "Lições da Vida"
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