sábado, 27 de fevereiro de 2016

Em seu benefício


Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.
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Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.
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Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.
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Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.
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Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.
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Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.
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Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará à lição.
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Auxilie o doente; agradeça ao Divino Poder o equilíbrio que você está conservando.
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Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.
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Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.
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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Agenda cristã







sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Dever


Dever é a série de lições a que fomos chamados pela Eterna Sabedoria no livro da vida, de cujo aprendizado dependerá sempre o nosso avanço para a Infinita Luz.

Superficialmente, por vezes, é uma coleção de serviços menos agradáveis, induzindo-nos a pequeninas renúncias, contudo, esses serviços são vínculos espirituais que nos sustentam a ligação com a Paternidade de Deus – de Deus, que através da Lei que nos rege – no-los traça como obrigações beneméritas e providenciais ao nosso próprio aperfeiçoamento.

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Medita e aceita-os com amor para que não te lastimes, mais tarde.

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Aqui, é o lar convertido em ninho de inquietação...

Ali, é a casa de trabalho, onde ordenações determinadas nos aguardam cada dia...

Além, é o esposo difícil, à maneira do diamante no cascalho agressivo, confiado pelo Céu aos nossos cuidados...

Acolá, é a companheira incompreensiva, qual fonte poluída por reclamações sistemáticas, que a Bondade do Senhor nos concede para as tarefas da nossa própria sublimação...

Mais além, é o filho que nos esquece as melhores esperanças...

Mais adiante, é o amigo que nos complica o trabalho, valendo por negação de nossos sonhos e ideais...

Hoje, é a humilhação que nos compete suportar com denodo e paciência, amanhã é o fel da incompreensão alheia que nos cabe sorver...

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E, com Jesus, o dever de auxiliar e perdoar, de servir e aprender é sempre nosso.

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O cristão é uma consciência na luminosa cruz dos deveres de cada dia, entretanto, é por esse madeiro disciplinar que desferirá o voo de elevação para a alegria imperecível.

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Amemos as obrigações edificantes que o mundo nos designa, por mais contundentes que sejam, porque, por trás delas, vive a mão amorosa do Senhor a guiar-nos das sombras do mundo para os domínio da Luz Espiritual.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Tocando o barco 
 



 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

NA ROMAGEM DA VIDA



O homem, muita vez, na romagem da vida humana é abordado por sucessos que lhe trazem o bem na forma de males e que, por isso mesmo, quase sempre não são imediatamente compreendidos.

A morte súbita do ente amado....

A incompreensão do amigo...

A calúnia planejada...

A deserção do companheiro...

A visita da enfermidade...

Entretanto, a Justiça Divina tudo provê, no momento oportuno, e ele acaba encontrando a felicidade onde lhe parecia existir tão somente o infortúnio.

Também, inúmeros acontecimentos lhe assaltam a rota, ofertando-lhe o mal na forma de bens e que, por esse motivo, não se mostram entendidos com rapidez.

A fortuna pervertida...

A superestimação dos próprios valores...

A fulguração da inteligência desorientada...

O poder transviado...

A embriaguez haurida no cálice da lisonja...

Todavia, a verdade se incumbe de corrigir-lhe as percepções e, no momento oportuno, ele surpreende a presença da dor onde supunha identificar exclusivamente a alegria.

Lembremo-nos, pois, de que os males e os bens no mundo nem sempre são bens e males perante as Leis da Vida e que, por isso, acerto e desacerto, derrocada e vitória dependem de você mesmo, em qualquer parte.
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André Luiz 
Chico Xavier  
Obra: Ideal espírita 
 
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Desportos


Se há esportes que auxiliam o corpo, há esportes que ajudam a alma...

A marcha do dever retamente cumprido.

A regata do suor no trabalho.

O exercício do devotamento ao estudo.

O salto do esforço, acima dos obstáculos.

A maratona das boas obras.

O torneio da gentileza.

O mergulho no silêncio, diante da injúria.

O nado da paciência nas horas difíceis.

A ginástica da tolerância perante as ofensas.

O voo do pensamento às esferas superiores.

A demonstração de resistência moral nas provas de cada dia.

Todos esses desportos do espírito podem ser praticados em todas as idades e condições.

E creia que qualquer campeonato num deles será prêmio de luz em seu coração, a brilhar para sempre.
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André Luiz
 Chico Xavier
Obra: Estude e viva



terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Diante das Adversidades da Vida


Recuperar-se de um tombo não é uma tarefa das mais fáceis, devemos concordar.

Não são todos que conseguem colocar em prática o refrão popular: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima, criado na música de Paulo Vanzolini.

Muitas vezes, quando caímos, por qualquer motivo, como seja o fim de um relacionamento; a perda de um emprego; um acidente, ou até mesmo a pressão do dia a dia, tendemos a ficar estatelados no chão.

Como continuar? Como seguir adiante? Vale a pena todo esforço novamente?

Felizmente existem pessoas que conseguem contornar tudo isso com maior facilidade.

Mesmo quando tudo parece conspirar negativamente, elas vão em frente, com um sorriso no rosto e dispostas a enfrentar o que for preciso.

Intrigados em descobrir o que levava algumas pessoas a enfrentar tão bem esses contratempos da vida, especialistas em comportamento humano passaram a estudar os traços desses sobreviventes.

Os primeiros chegaram a concluir que se tratava de uma invulnerabilidade inata, algo como um verdadeiro dom com o qual as pessoas já nasciam.

Porém, parece que isso não respondia tudo, e há pouco mais de uma década começou-se a investigar o termo invulnerabilidade.

Este parecia sugerir que as pessoas seriam 100% imunes a qualquer tipo de adversidade – o que não seria a realidade.

Embora sejam pessoas que passem pelos problemas com maior facilidade, isso não quer dizer que saiam dessas experiências totalmente ilesas.

Os estudiosos passaram a buscar um termo mais adequado, e foi então que emprestaram uma terminologia da física: resiliência.

Resiliência é uma propriedade de alguns materiais, que mostra sua capacidade em retornar ao seu estado original, após sofrer grande pressão.

Assim seriam as pessoas com alto grau de resiliência: teriam capacidade de encarar as adversidades como oportunidade de mostrar e aprimorar sua competência, seu entusiasmo.

Tais pessoas encontram também soluções criativas e determinadas para se levantar do chão.

Neste instante você poderá estar imaginando qual o seu grau de resiliência, certo?

Cabe destacar aqui que ser resiliente não é ser indiferente, insensível.

Não se trata de sentir ou não sentir, mas sim de como atravessar as experiências.

Seria uma habilidade, que todos podemos adquirir, de suportar o sofrimento, extraindo dele tudo que tem para nos ensinar. Aí está a chave de tudo.

Léon Denis afirma com propriedade, que se, nas horas de provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.


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A razão da dor humana procede da proteção divina.

Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são chamados ao aprisco do Alto.

A Terra é o caminho. A luta que ensina e edifica é a marcha.

O sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verdadeira.
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Redação do Momento Espírita com base em artigo publicado na revista Vida simples, de Janeiro de 2008; no cap. XXVI do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb e no cap. 31 do livro Jesus no lar, do Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Tentações Afetivas



Esta sede insaciável de prazer renovado, leva-te ao desequilíbrio.

Essa busca irrefreável de afeto que te plenifique, conduz-te ao abismo da loucura.

Tal ansiedade por encontrar quem te compreenda e apoie, oferecendo-te segurança integral, empurra-te para os precipícios dos vícios dissolventes.

A pressa de encontrar quem esteja disposto a doar-te ternura, afasta os corações que pretendem ajudar-te, porque em faixa afetiva diferente eles se te afeiçoam em espírito, enquanto vibras outra forma de necessidade.

A insatisfação, face ao muito que desfrutas, gera em ti distúrbio lamentável de comportamento, que ameaça a tua vida.

O que falta, a qualquer pessoa, é resultado do seu mau uso em oportunidade transata.

Carência de hoje, foi desperdício de ontem.

Ninguém há, que se encontre, na Terra, completo e realizado.

Na área da afetividade, a cada momento defrontamos amores eternos que depois se convertem em pesadelos de ódio e crime.

Muitas promessas "para toda a vida", às vezes, duram uma emoção desgastante e frustradoras.

Sorrisos e abraços, júbilos infindos de um momento, tornam-se, sem motivo aparente, carantonhas de rancor, agressões violentas e amarguras sem nome.

Tudo, no mundo corporal, é transitório, forma de aprendizagem para vivências duradouras, posteriormente.

Assim, evita sonhar, acalentando esperanças absurdas, nas quais pretendes submeter os outros aos teus caprichos pessoais, que também passarão com rapidez.

O que agora te parece importante, mais tarde estará em condição secundária.

Ontem aspiraste determinada conquista que, lograda, hoje não te diz mais nada.

Se desejas o amor de plenitude, canaliza as tuas forças para a caridade, transformando as tuas ansiedades em bem-estar noutros muito mais necessitados do que tu.

Não desvies a tônica da tua afetividade, colocando sentimentos imediatistas, que te deixarão ressaibos de desgostos e travos de fel.

A outra, a pessoa que, por enquanto, consideras perfeita e capaz de completar-te, é tão necessitada quanto o és tu.

Na ilusão, adornas-lhe o caráter, para descobrir, mais tarde, o ledo engano.

Conserva puro o teu afeto em relação ao próximo e não te facultes sonhos e fantasias.

Aquilo que mereces e de que necessitas, chegará no seu momento próprio.

Reencarnaste para aprender e preparar o futuro, não para fruir e viver em felicidade que ainda não podes desfrutar.

Cuidado, portanto, com as aspirações-tentações, que se podem converter em sombras na mente e em sofrimentos incontáveis para o coração.

Afirmou Jesus, que os Seus "discípulos seriam conhecidos por muito se amarem", sem que convertessem esse sentimento-luz em grilhão-treva de paixão.
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Joanna de Ângelis 
Divaldo P. Franco
Obra: Vigilância





domingo, 21 de fevereiro de 2016

VISÃO DA LUZ



Não conserves contigo ressentimento algum.

Quem sintoniza o mal empresta a mente às trevas.

A ofensa só atinge quem se sente ofendido.

O melindre é sinal de imperfeição da alma.

Não percas o teu tempo enumerando queixas.

Quem se prende ao passado perde a visão da Luz.
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Irmão José/Carlos A. Baccelli