sábado, 26 de novembro de 2022

No corpo


 Há quem menospreze o corpo, alegando com isso honorificar a alma; no entanto, isso é o mesmo que combater a escola, sob o estranho pretexto de beneficiar o aprendiz.

Leve observação, porém, nos fará lembrar a importância da vida física.

 Diz-se, muitas vezes, que o corpo é adversário do espírito; contudo, é no corpo que dispomos daquele bendito anestésico do esquecimento temporário, com que a cirurgia da vida, nos hospitais do tempo, nos suprime as chagas morais instaladas por nós mesmos, no campo íntimo; 

nele reencontramos os desafetos de passadas reencarnações, nas teias da consanguinidade ou nas obrigações do grupo de serviço para a quitação necessária de nossos débitos, perante a lei que nos governa os destinos; 

com ele, entesouramos, a pouco e pouco, os valores da evolução e da cultura; 

 auxiliados por ele, perdemos os derradeiros resquícios de herança animal, que carregamos por força da longa vivência nos reinos inferiores da Criação, a fim de que nos elevemos aos topes da inteligência;  

integrados nele, é que somos pacientemente burilados pelos instrumentos da Natureza, ante a glória espiritual que a todos nos aguarda, no Infinito, na condição de filhos de Deus;  

e, finalmente, é ainda no corpo que somos defrontados pelos grandes amores, a começar pela abnegação dos anjos maternais da Terra, que nos presidem o estágio no Plano físico, habilitando-nos para a aquisição dos mais altos títulos na escola da experiência.

 Meditemos nisso e saibamos ver no corpo a harpa sublime em que a sabedoria do Senhor nos ensina, século a século, existência a existência e dia por dia, a bendita ciência do crescimento e da ascensão para a Vida Imortal.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Instrumentos do tempo
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26 de novembro

Existe uma grande necessidade de almas estáveis e responsáveis, que estão sempre no lugar certo na hora certa fazendo o que precisa ser feito. 

Existe uma necessidade de almas que vivam de tal maneira que nada as perturbe, porque estão em controle de cada situação e vivem e agem centradas na paz e quietude interior. 

Sua segurança está em Mim; portanto, nada as desequilibra.

 Elas sabem o que estão fazendo e porque, e têm um real senso de responsabilidade.

 Pode-se confiar que elas façam suas tarefas, sejam elas quais forem, e as façam perfeitamente. 

Consulte seu coração. 

As pessoas podem contar com você? 

Você tem um senso de responsabilidade capaz de fazer você completar suas tarefas? 

Você está sempre no lugar certo, na hora certa?

 É importante que você perceba em que ponto está se omitindo para poder, então, se corrigir.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Destino da Terra e Causa das Misérias Humanas

6 – Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa idéia do conjunto. È necessário considerar que toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo. Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação a de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada tem, pois, de estranho, se levarmos em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.

7 – Faríamos uma idéia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.

Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
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Não desanimes


Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.

Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.

Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de ideias.

Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.

Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.

Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.

Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Busca e acharás
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Às voltas com Espíritos


Não é necessário que alguém acredite na existência de entidades espirituais para que elas atuem das formas mais diversas na vida das pessoas.

Não se faz indispensável que alguém seja espiritualista a fim de estar às voltas com as ações de Espíritos desencarnados, nos caminhos humanos.

É importante lembrar que a Humanidade terrena é composta por todos os Espíritos que o Criador a ela destinou, em razão da lei de afinidades, e os colocou sob a coordenação de Jesus, o Cristo.

Daí, não será difícil compreender que num mundo com tantas potencialidades, com tantos recursos a serem explorados, como é a Terra, a grande massa dos Espíritos a ele vinculados se acha desencarnada.

Há mais Espíritos no plano espiritual (erraticidade é um termo usado por Kardec mas que só é entendida no contexto espírita) do que reencarnados. Isso explica porque o número dos mortais cresceu tanto, através dos séculos.

Vivendo essa realidade de um mundo considerado em dois níveis gerais, o nível dos que estão no corpo físico e o dos que se encontram fora dele, não é surpreendente a constatação de que ocorram influências recíprocas de um nível sobre o outro.

Imensa é a leva de desencarnados que procura contatar os encarnados, seja para ajudar, em qualquer coisa, seja para participar de qualquer tarefa, ou seja para perturbar, de qualquer forma.

Enorme é a massa de encarnados que deseja contatar os desencarnados, seja para pedir uma ajuda banal, seja para vingar-se de desafetos ou seja para rogar um socorro direto em casos complexos.

Há entidades espirituais que gostam somente de fazer o bem, de ajudar para o bem, de participar de qualquer esforço pelo bem.

No entanto, há outras inteiramente voltadas para o contrário, dando vazão às suas inclinações inferiores, ainda não devidamente transformadas.

Uma vez que você sabe disso, observe o tipo de sintonias, de contatos mentais que faz e que deseja fazer com os Espíritos.

Analise os conteúdos dos seus pedidos dirigidos ao Além e o teor das suas expectativas diante da vida, mantendo a certeza de que quaisquer que sejam suas buscas, alguma entidade espiritual a elas se associará.

As suas decisões quanto ao seu estilo de vida, as suas relações de afeto ou desafeto, ao rumo que dê às suas realizações na faixa da honestidade ou da desonestidade, funcionarão como tomadas ideais para a sua ligação com nobres mensageiros da luz ou com desafortunados agentes da sombra.

Busque Jesus e una-se a Ele em tudo o que faça. Viva com alegria interior, aprenda a enfrentar e superar problemas sem ódios, sem guardar mágoas de ninguém.

Solte-se. Viva em clima de liberdade espiritual, por conservar o coração e a mente livres de vínculos com Espíritos perturbadores.

Busque Jesus e tudo o que se refira ao bem, e esteja certo de usufruir a melhor assistência invisível, atraída por suas felizes predisposições morais.
* * *
Quando um familiar morre e volta ao mundo dos Espíritos, não se torna melhor nem pior do que era quando no corpo físico.

Por essa razão, não o perturbe com pedidos que ele não pode ou não deve atender.

Confie sempre em Deus, Pai de todos nós, e a Ele dirija a sua prece ou o seu pedido.

Mas lembre-se de levar em conta que o Pai conhece nossas necessidades e sempre nos dá o que precisamos, que nem sempre é o que queremos.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 28 do livro Para uso diário, pelo Espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Formatação e pesquisa: MILTER - 24-11-2019
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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Coração feliz


 Alma fraterna, escuta:

 Se podes atender, mesmo imperfeitamente, à tarefa que a vida te confia, rende graças a Deus!…

 Se alguma alfinetada te aguilhoa, se alguma prova sobrevém, auxilia, perdoa e prossegue no rumo que o caminho te aponte para o bem…

 Lembra:

Quantos irmãos, ainda hoje, clamam desesperados, sob a luta sombria dos que se entregam à revolta, enceguecidos pela rebeldia!…

 Quantos jazem no leito, situando na morte a última esperança…

 Quantos caem, aos gritos do remorso, na delinquência que os arrasa…

 Quantos choram, em vão, as horas que perderam!…

 Recorda tanta gente, em pranto, junto a nós, e nem pela fração de um só momento, não te queixes de mágoa ou sofrimento…

 Ergue-te de ti mesmo e busquemos agir para estender o bem ao nosso alcance.

 Se podes trabalhar não fales de amargor, desengano, tristeza ou cicatriz, porque, servindo aos outros por amor, já tens, por dom de Deus, o coração feliz.

🌷🌵🌷
Meimei
Chico Xavier
Obra: Deus aguarda
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25 de novembro

Não há necessidade de sofrimento na Nova Era. 

Para aquelas almas que estão se encaminhando para o novo, o sofrimento não mais existe. 

Se você ainda sente que o sofrimento é necessário, você não pertence ao novo, mas está firmemente grudado ao velho. 

E lá você permanecerá, atraindo sofrimento para você mesmo, até que, por sua livre vontade, você comece a caminhar e a aceitar que o que passou, passou.

 Concentre-se nas maravilhas e alegrias desta vida e aceite o que há de melhor e que é sua herança legítima.

 Não é ser como uma avestruz, com medo da vida e não a encarando.

 Mas é ver a realidade desta vida gloriosa que é a sua, e, assim fazendo, ajudar para que esta realidade aconteça.

 Quanto mais claramente você enxergar tudo isso, mais depressa ela vai acontecer. 

Aceite a visão do novo céu e da nova terra, e a tenha sempre em mente, porque não é um sonho inatingível. 

É realidade e você é parte dela.

🌷🌵🌷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

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— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 21.)
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Apascenta


"Pedro, apascenta as minhas ovelhas.
- Jesus". (JOÃO, 21:17).

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.
Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.
Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

"Pedro, apascenta as minhas ovelhas!"
Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.
Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.
Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.
Educa sempre.
Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.
Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.
Não analises, destruindo.
O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.
Alimenta a "boa parte" do teu irmão e segue para diante.
A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva
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Autodescobrimento


O esforço para a aquisição da experiência da própria identidade humanizada leva o indivíduo ao processo valioso do autodescobrimento. Enquanto empreende a tarefa do trabalho para a aquisição dos valores de consumo isola-se, sem contribuir eficazmente para o bem-estar do grupo social, no qual se movimenta. Os seus empreendimentos levam-no a uma negação da comunidade a benefício pessoal, esperando recuperar esta dívida, quando os favores da fortuna e da projeção lhe facultarem o desfrutar do prazer, da aposentadoria regalada. As suas preocupações giram em torno do imediatismo, da ambição do triunfo sem resposta de paz interior. A sociedade, por sua vez, ignora-o, pressentindo nele um usurpador.

De alguma forma é levado ao competitivismo individualista, criando um clima desagradável. A sua ascensão será possível mediante a queda de outrem, mesmo que o não deseje. Torna-se, assim, um adversário natural. O seu produto vende na razão direta em que aumentam as necessidades dos outros e a sua prosperidade se erige como consequência da contribuição dos demais. Não cessam as suas atividades na luta pelo ganha-pão.

Naturalmente, esse comportamento passa a exigir, depois de algum tempo, que o indivíduo se associe a outro, formando uma empresa maior ou um clube de recreação, ignorando-se interiormente e buscando, sem cessar, as aquisições de fora. A ansiedade, o medo, a solidão íntima tornam-se-lhe habituais, uma de cada vez, ou simultaneamente, desgastando-o, amargurando-o.

O homem, pela necessidade de afirmar-se no empreendimento a que se vincula, busca atingir o máximo, aspira por ser o número um e logra-o, às vezes.

A marcha inexorável do tempo, porém, diminui-lhe as resistências, solapando-lhe a competitividade, sendo substituído pelos novos competidores que o deixam à margem. Mesmo que ele haja alcançado o máximo, os sócios atuais consideram-no ultrapassado, prejudicial à organização por falta de atualidade e os filhos concedem-lhe postos honrosos, recreações douradas, lucros, desde que não interfira nos negócios... Ocorre-lhe a inevitável descoberta sobre a sua inutilidade, isto produzindo-lhe choque emocional, angústia ou agressividade sistemática, em mecanismo de defesa do que supõe pertencer-lhe.

O homem, realmente não se conhece. Identifica e persegue metas exteriores. Camufla os sentimentos enquanto se esfalfa na realização pessoal, sem uma correspondente identificação íntima.

A experiência, em qualquer caso, é um meio propiciador para o autoconhecimento, em razão das descobertas que enseja àquele que tem a mente aberta aos valores morais, internos. Ela demonstra a pouca significação de muitas conquistas materiais, econômicas e sociais diante da inexorabilidade da morte, da injunção das enfermidades, especialmente as de natureza irreversível, dos golpes afetivos, por defrontar-se desestruturado, sem as resistências necessárias para suportar as vicissitudes que a todos surpreendem.

O homem possui admiráveis recursos interiores não explorados, que lhe dormem em potencial, aguardando o desenvolvimento. A sua conquista faculta-lhe o autodescobrimento, o encontro com a sua realidade legítima e, por efeito, com as suas aspirações reais, aquelas que se convertem em suporte de resistência para a vida, equipando-o com os bens inesgotáveis do espírito.

Necessário recorrer a alguns valores éticos morais, a coragem para decifrar-se, a confiança no êxito, o amor como manifestação elevada, a verdade que está acima dos caprichos seitistas e grupais, que o pode acalmar sem o acomodar, tranquilizá-lo sem o desmotivar para a continuação das buscas.

Conseguida a primeira meta, uma nova se lhe apresenta, e continuamente, por considerar-se o infinito da sabedoria e da Vida.

É do agrado de algumas personalidades neuróticas, fugirem de si mesmas, ignorarem-se ou não saberem dos acontecimentos, a fim de não sofrerem. Ledo engano! A fuga aturde, a ignorância amedronta, o desconhecido produz ansiedade, sendo, todos estes, estados de sofrimento.

O parto produz dor, e recompensa com bem-estar, ensejando vida.

O autodescobrimento é também um processo de parto, impondo a coragem para o acontecimento que libera.

Examinar as possibilidades com decisão e enfrentá-las sem mecanismos desculpistas ou de escape, constitui o passo inicial.

Édipo, na tragédia de Sófocles, deseja conhecer a própria origem. Levado mais pela curiosidade do que pela coragem, ao ser informado que era filho do rei Laio, a quem matara, casando-se com Jocasta, sua mãe, desequilibra-se e arranca os olhos. Cegando-se, foge à sua realidade, ao autodescobrimento e perde-se, incapaz de superar a dura verdade.

A verdade é o encontro com o fato que deve ser digerido, de modo a retificar o processo, quando danoso, ou prosseguir vitalizando-o, para que se o amplie a benefício geral.

Ignorando-se, o homem se mantém inseguro. Evitando aceitar a sua origem tomba no fracasso, na desdita.

Ademais, a origem do homem é de procedência divina. Remontar aos pródromos da sua razão com serena decisão de descobrir-se, deve ser-lhe um fator de estímulo ao tentame. O reforço de coragem para levantar-se, quando caía, o ânimo de prosseguir, se surgem conspirações emocionais que o intimidam, fazem parte de seu programa de enriquecimento interior.

O autoencontro enseja satisfações estimuladoras, saudáveis. Esse esforço deve ser acompanhado pela inevitável confiança no êxito, porquanto é ambição natural do ser pensante investir para ganhar, esforçar-se para colher resultados bons.

Certamente, não vem prematuramente o triunfo, nem se torna necessário. Há ocasião para semear, empreender, e momento outro para colher, ter resposta. O que se não deve temer é o atraso dos resultados, perder o estímulo porque os frutos não se apresentam ou ainda não trazem o agradável sabor esperado. Repetir o tentame com a lógica dos bons efeitos, conservar o entusiasmo, são meios eficazes para identificar as próprias possibilidades, sempre maiores quanto mais aplicadas.

Ao lado do recurso da confiança no êxito, aprofunda-se o sentimento de amor, de interesse humano, de participação no grupo social, com resultado em forma de respeito por si mesmo, de afeição à própria pessoa como ser importante que é no conjunto geral.

Discute-se muito, na atualidade, a questão das conquistas éticas e morais, intentando-se explicar que a falta de sentimento e de amor responde pelos desatinos que aturdem a sociedade.

Têm razão, aqueles que pensam desta forma. Todavia, parece-nos que a causa mais profunda do problema se encontra na dificuldade do discernimento em torno dos valores humanos, O questionamento a respeito do que é essencial e do que é secundário inverteu a ordem das aspirações, confundindo os sentimentos e transformando a busca das sensações em realização fundamental, relegando-se a plano inferior as expressões da emoção elevada, na qual, o belo, o ético, o nobre se expressam em forma de amor, que não embrutece nem violenta.

A experiência do amor é essencial ao autodescobrimento, pois que, somente através dele se rompem as couraças do ego, do primitivismo, predominante ainda em a natureza humana. O amor se expande como força cocriadora, estimulando todas as expressões e formas de vida. Possuidor de vitalidade, multiplica-a naquele que o desenvolve quanto na pessoa a quem se dirige. Energia viva, pulsante, é o próprio hálito da Vida a sustentá-la. A sua aquisição exige um bem direcionado esforço que deflui de uma ação mental equilibrada.

Na incessante busca da unidade, ora pela ciência que tenta chegar à Causalidade Universal, ou através do mergulho no insondável do ser, podemos afirmar que os equipamentos que proporcionaram a desintegração do átomo, complexos e sofisticados, foram conseguidos com menor esforço, em nosso ponto de vista, do que a força interior necessária para a implosão do ego, em que busque a plenitude.

A formidanda energia detectada no átomo, propiciadora do progresso, serviu, no começo, para a guerra, e ainda constitui ameaça destruidora, porque aqueles que a penetraram, não realizaram uma equivalente aquisição no sentimento, no amor, que os levaria a pensar mais na humanidade do que em si e nos seus.

Amar torna-se um hábito edificante, que leva à renúncia sem frustração, ao respeito sem submissão humilhante, à compreensão dinâmica, por revelar-se uma experiência de alta magnitude, sempre melhor para quem o exterioriza e dele se nutre.

Na realização do cometimento afetivo surge o desafio da verdade, que é a meta seguinte.

Ninguém deterá a verdade, nem a terá absoluta. Não nos referimos somente à verdade dos fatos que a ciência comprova, mas àquela que os torne verazes: verdade como veracidade, que depende do grau de amadurecimento da pessoa e da sua coragem para assumi-la.

Quando se trata de uma verdade científica, ela depende, para ser aceita, da honestidade de quem a apresenta, dos seus valores morais. Indispensável, para tanto, a probidade de quem a revela, não sendo apenas fruto da cultura ou do intelecto, porém, de uma alta sensibilidade para percebê-la. Defrontamo-la em pessoas humildes culturalmente, mas probas, escasseando em indivíduos letrados, porém hábeis na arte de sofismar.

A verdade faculta ao homem o valor de recomeçar inúmeras vezes a experiência equivocada até acertá-la.

Erra-se tanto por ignorância como pela rebeldia. Na ignorância, mesmo assim, há sempre uma intuição do que é verdadeiro, face à presença íntima de Deus no homem. A rebeldia gera a má fé, o que levou Nietzsche a afirmar com certo azedume: “Errar é covardia!”, face à opção cômoda de quem elege o agradável do momento, sem o esforço da coragem para lutar pelo que é certo e verdadeiro.

A aquisição da verdade amadurece o homem, que a elege e habitua-se à sua força libertadora, pois que, somente há liberdade real, se esta decorre daquela que o torna humilde e forte, aberto a novas conquistas e a níveis superiores de entendimento.

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Do livro O Homem Integral, Terceira Parte, cap. 11, obra de Joanna de Ângelis, obra psicografada pelo médium Divaldo Franco.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Irmãos problemas


 Estudando as lições da consanguinidade, não olvides o irmão problema que se te associa ao roteiro nas provações da família.

 É o velhinho entregue à caducidade celular, reclamando tolerância e carinho, pela inconveniência das manifestações em que se desequilibra.

É o doente cronificado, exigindo compaixão e devotamento no leito a que se recolhe.

É o obsidiado imerso em profundas perturbações, pedindo caridade para que se lhe atenue o padecimento.

 É a criança retardada, solicitando ternura a fim de cumprir a pena redentora a que se impôs na Vida Espiritual, para ressarcir os débitos que lhe oneram o campo íntimo.

 É o delinquente abatido, que requisita abnegação para que se lhe soergam as forças no trabalho da regeneração e da cura.

 Decerto, muitas vezes, desejarás o asilo para o ancião, o hospital para o enfermo, o sanatório para a cabeça demente, a casa de reajuste para a criança infeliz e o presídio para o companheiro que se arrojou às obscuridades do crime, contudo, não te esqueças de que o irmão problema é alguém que chega de longe, a reaproximar-se de ti, no instituto genético para que, na partilha do mesmo sangue, se consagre contigo ao pagamento das dívidas que ainda te enodoam também os passos perante a Divina Justiça.

 Lembra-te de semelhante realidade e tanto quanto possível abraça nele a obra de teu próprio burilamento, na certeza de que auxiliá-lo a desenfaixar-se das teias da sombra é levantar a ti mesmo para a bênção da luz.

🌿🍄🌿
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Juntos venceremos
🌿🍄🌿

24 de novembro

"Por seus frutos eles serão reconhecidos", se eles são a meu favor ou não, se eles são da luz ou das trevas. 

Abra seus olhos e você saberá sem sombra de dúvidas. Interiorize-se e seu coração lhe dirá. 

Faça a sua própria avaliação e não dê ouvidos ao que vem de fora; porque se você escutar a muitos sussurros e rumores externos, você ficará tão perplexo que não mais saberá o que é e o que não é verdade, e você perderá o seu caminho. 

Toda pessoa pode encontrar a verdade em seu interior, mas isso significa que ela tem que se dar um tempo para se interiorizar; tem que pensar por si mesma e encontrar seu próprio caminho, mas muitas pessoas são preguiçosas demais para fazer isso. 

Elas acham muito mais fácil escutar e aceitar o que os outros dizem, sem ouvir sua própria voz interior. 

Fique quieto e você saberá a verdade, e a verdade o libertará.

🌿🍄🌿
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌿🍄🌿










🌿🍄🌿

MENSAGEM DO ESE:

Mediunidade gratuita (II)

A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar.

Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa idéia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. — O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.)

A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.
 
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 9 e 10.)
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De imediato


Se alguém te ofendeu, perdoa sem delonga.
Se feriste a outrem, reconsidera o gesto impensado e solicita desculpas, de imediato.
Ressentimento e remorso são atitudes negativas, gerando azedume e abatimento, suscetíveis de arrasar-nos o máximo de forças.

Deixa que a luz da compreensão te guie as palavras e não admitas que o desequilíbrio se te instale no mundo intimo.

De alma contundida pela manifestação infeliz de alguém, esquece para logo o choque sofrido e se houveres, porventura, farpeado os sentimentos dessa ou daquela pessoa, pede-lhe perdão, com o reconhecimento da própria falta.

A desarmonia espiritual, quando não extinta no nascedouro, cria perturbações de resultados imprevisíveis, semelhante ao processo infeccioso que, não debelado com a urgência devida, acaba intoxicando todas as forças corpóreas, muitas vezes, carreando a morte prematura.

É por este motivo, certamente, que Jesus, o Divino Mestre, não apenas nos recomendou:
“reconcilia-te com o teu adversário”, mas nos esclareceu, de modo convincente, afirmando:

“reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.”

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pronto socorro
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Tranquilidade


“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.” – Jesus. (João, 16:33.)

A palavra do Cristo está sempre fundamentada no espírito de serviço, a fim de que os discípulos não se enganem no capítulo da tranquilidade.

De maneira geral, os aprendizes do Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante nada significa além de estacionamento por vezes delituoso. No conceito da maioria, a segurança reside em garantia financeira, em relações prestigiosas no mundo, em salários astronômicos. Isso, no entanto, é secundário. Tempestades da noite costumam sanear a atmosfera do dia, angústias da morte renovam a visão falsa da experiência terrestre.

Vale mais permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no descanso provisório e encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive defrontado por fantasmas.

A Terra é escola de trabalho incessante.

Obstáculos e sofrimentos são orientadores da criatura.

É indispensável, portanto, renovar-se a concepção da paz, na mente do homem, para ajustá-lo à missão que foi chamado a cumprir na obra divina, em favor de si mesmo.

Conservar a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É encontrar o tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia. Não é fugir ao serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade dAquele que prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.

Muitos homens costumam buscar a tranquilidade dos cadáveres, mas o discípulo fiel sabe que possui deveres a cumprir em todos os instantes da existência. Alcançando semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos, trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque atingiu o luminoso caminho da tranquilidade fundamental.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

TÓPICOS DA IRRITAÇÃO


Se a irritação já se te fez um hábito, pensa nas desvantagens dela para que te livres de semelhante desajuste espiritual.

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Ora, pedindo à Divina Providência a força precisa a fim de que te resguardes na tolerância.

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Imagina o azedume como sendo um espinheiro magnético, arremessando raios de energia destruidora em todas as direções.

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A intemperança mental nunca auxilia a ninguém.

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Uma frase carregada de aspereza, na maioria dos casos, pode ser figurada como sendo murro no rosto das melhores oportunidades que te procuram.

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Ânimo violento apenas agrava situações e complica problemas.

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O costume de enraivecer-se é um predisponente a moléstias de trato difícil.

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Condenação não edifica.

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Ainda que o coração se te mostre ferido, conversa com serenidade e esclarece com paciência.

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Um gesto de gentileza opera prodígios.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Calma
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23 de novembro

Quando Eu lhes digo: "Amem-se uns aos outros", não quero dizer que vocês devem se tolerar ou tentar se amar.

 Pois vocês vão descobrir que quando abrem seus corações e o preenchem de pensamentos lindos e amorosos, vocês sentirão amor por todos aqueles com quem vocês entram em contato, não importa quem sejam.

 E o fluir livre do Meu amor universal, que não conhece discriminações e que não escolhe a quem vai amar. 

Meu amor é o mesmo para cada um e para todos. 

O quanto você está disposto a aceitar é por sua conta. 

Não tenha medo de expressar este amor. 

Ele está além da personalidade; vem do mais alto.

 Aprenda a ter seu coração sempre pronto para amar e nunca se acanhe em demonstrar seu amor pelos outros.

 O amor é o maior fator unificador do universo, por isso ame, ame, ame.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.

 Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.

 Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.

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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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POR QUE DESDENHAS?


“Examinai tudo. Retende o bem.” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:21.)

O cristão não deve perder o bom ânimo, por mais inquietantes se apresentem as perplexidades do caminho, não somente no que diz respeito à dor, mas também no que se reporta a costumes, acontecimentos, mudanças, perturbações…

Há companheiros excessivamente preocupados com a extensão dos erros alheios, sem se precatarem contra as próprias faltas. Assinalam casas suspeitas, fogem ao movimento social, malsinam fatos ou reprovam pessoas, antes de qualquer exame sério das situações. E nesse complexo emocional que os distancia da realidade, dilatam desentendimentos com pretensas atitudes de salvadores improvisados, que apenas acentuam a esterilidade do fanatismo.

Longe de prestarem benefícios reais, constituem material neutralizante do movimento renovador.

O Evangelho do Cristo, contudo, não instituiu cubículos de isolamento; procura estabelecer, aliás, fontes de Vida Abundante, em toda parte.

Examinar com imparcialidade é buscar esclarecimento.

Por que a condenação apressada ou a crítica destrutiva? Quando Paulo dirigiu a célebre recomendação aos tessalonicenses não se reportava apenas a livros e ciências da Terra. Referia-se a tudo, incluindo os próprios impulsos da opinião popular, com alusão aos fenômenos máximos e mínimos do caminho vulgar.

Em todas as ocorrências dos povos e das personalidades, em todos os fatos e realizações humanas, o aprendiz fiel da Boa Nova deve analisar tudo e reter o bem.

Por que te afastares do trabalho e da luta em comum? Por que desencorajar os que cooperam na lide purificadora com o teu impensado desdém? Se te sentes unido ao Cristo, lembra-te de que o Senhor a ninguém abandona, nem mesmo os seres aparentemente venenosos do chão.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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Não somente


"Nem só de pão vive o homem."
- Jesus. (MATEUS. 4:4).

Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.

Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.

Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.

Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.

Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável.

Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.

Não somente claridade para os olhos mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.

Não só aspecto agradável, mas igualmente utilidade viva.

Não apenas flores, mas também frutos.

Não somente ensino continuado, mas igualmente demonstração ativa..

Não só teoria excelente, mas também prática santificante.

Não apenas nós, mas igualmente os outros.

Disse o Mestre: - "Nem só de pão vive o homem".

Apliquemos o sublime conceito ao 
imenso campo do mundo.

Bom gosto, harmonia e dignidade na vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a Eternidade.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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