sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Coração feliz


 Alma fraterna, escuta:

 Se podes atender, mesmo imperfeitamente, à tarefa que a vida te confia, rende graças a Deus!…

 Se alguma alfinetada te aguilhoa, se alguma prova sobrevém, auxilia, perdoa e prossegue no rumo que o caminho te aponte para o bem…

 Lembra:

Quantos irmãos, ainda hoje, clamam desesperados, sob a luta sombria dos que se entregam à revolta, enceguecidos pela rebeldia!…

 Quantos jazem no leito, situando na morte a última esperança…

 Quantos caem, aos gritos do remorso, na delinquência que os arrasa…

 Quantos choram, em vão, as horas que perderam!…

 Recorda tanta gente, em pranto, junto a nós, e nem pela fração de um só momento, não te queixes de mágoa ou sofrimento…

 Ergue-te de ti mesmo e busquemos agir para estender o bem ao nosso alcance.

 Se podes trabalhar não fales de amargor, desengano, tristeza ou cicatriz, porque, servindo aos outros por amor, já tens, por dom de Deus, o coração feliz.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: Deus aguarda
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25 de novembro

Não há necessidade de sofrimento na Nova Era. 

Para aquelas almas que estão se encaminhando para o novo, o sofrimento não mais existe. 

Se você ainda sente que o sofrimento é necessário, você não pertence ao novo, mas está firmemente grudado ao velho. 

E lá você permanecerá, atraindo sofrimento para você mesmo, até que, por sua livre vontade, você comece a caminhar e a aceitar que o que passou, passou.

 Concentre-se nas maravilhas e alegrias desta vida e aceite o que há de melhor e que é sua herança legítima.

 Não é ser como uma avestruz, com medo da vida e não a encarando.

 Mas é ver a realidade desta vida gloriosa que é a sua, e, assim fazendo, ajudar para que esta realidade aconteça.

 Quanto mais claramente você enxergar tudo isso, mais depressa ela vai acontecer. 

Aceite a visão do novo céu e da nova terra, e a tenha sempre em mente, porque não é um sonho inatingível. 

É realidade e você é parte dela.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

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— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 21.)
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Apascenta


"Pedro, apascenta as minhas ovelhas.
- Jesus". (JOÃO, 21:17).

Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.

Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.

Nem gritos, nem xingamentos.
Nem cadeia, nem forca.

Nem chicote, nem vara.

Nem castigo, nem imposição.
Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.

Nem lamentação, nem desespero.

"Pedro, apascenta as minhas ovelhas!"
Isso equivale a dizer: - Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.
Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.
Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.
Educa sempre.
Revela-te por trabalhador fiel.

Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.
Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.
Não analises, destruindo.
O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.
Alimenta a "boa parte" do teu irmão e segue para diante.
A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva
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Autodescobrimento


O esforço para a aquisição da experiência da própria identidade humanizada leva o indivíduo ao processo valioso do autodescobrimento. Enquanto empreende a tarefa do trabalho para a aquisição dos valores de consumo isola-se, sem contribuir eficazmente para o bem-estar do grupo social, no qual se movimenta. Os seus empreendimentos levam-no a uma negação da comunidade a benefício pessoal, esperando recuperar esta dívida, quando os favores da fortuna e da projeção lhe facultarem o desfrutar do prazer, da aposentadoria regalada. As suas preocupações giram em torno do imediatismo, da ambição do triunfo sem resposta de paz interior. A sociedade, por sua vez, ignora-o, pressentindo nele um usurpador.

De alguma forma é levado ao competitivismo individualista, criando um clima desagradável. A sua ascensão será possível mediante a queda de outrem, mesmo que o não deseje. Torna-se, assim, um adversário natural. O seu produto vende na razão direta em que aumentam as necessidades dos outros e a sua prosperidade se erige como consequência da contribuição dos demais. Não cessam as suas atividades na luta pelo ganha-pão.

Naturalmente, esse comportamento passa a exigir, depois de algum tempo, que o indivíduo se associe a outro, formando uma empresa maior ou um clube de recreação, ignorando-se interiormente e buscando, sem cessar, as aquisições de fora. A ansiedade, o medo, a solidão íntima tornam-se-lhe habituais, uma de cada vez, ou simultaneamente, desgastando-o, amargurando-o.

O homem, pela necessidade de afirmar-se no empreendimento a que se vincula, busca atingir o máximo, aspira por ser o número um e logra-o, às vezes.

A marcha inexorável do tempo, porém, diminui-lhe as resistências, solapando-lhe a competitividade, sendo substituído pelos novos competidores que o deixam à margem. Mesmo que ele haja alcançado o máximo, os sócios atuais consideram-no ultrapassado, prejudicial à organização por falta de atualidade e os filhos concedem-lhe postos honrosos, recreações douradas, lucros, desde que não interfira nos negócios... Ocorre-lhe a inevitável descoberta sobre a sua inutilidade, isto produzindo-lhe choque emocional, angústia ou agressividade sistemática, em mecanismo de defesa do que supõe pertencer-lhe.

O homem, realmente não se conhece. Identifica e persegue metas exteriores. Camufla os sentimentos enquanto se esfalfa na realização pessoal, sem uma correspondente identificação íntima.

A experiência, em qualquer caso, é um meio propiciador para o autoconhecimento, em razão das descobertas que enseja àquele que tem a mente aberta aos valores morais, internos. Ela demonstra a pouca significação de muitas conquistas materiais, econômicas e sociais diante da inexorabilidade da morte, da injunção das enfermidades, especialmente as de natureza irreversível, dos golpes afetivos, por defrontar-se desestruturado, sem as resistências necessárias para suportar as vicissitudes que a todos surpreendem.

O homem possui admiráveis recursos interiores não explorados, que lhe dormem em potencial, aguardando o desenvolvimento. A sua conquista faculta-lhe o autodescobrimento, o encontro com a sua realidade legítima e, por efeito, com as suas aspirações reais, aquelas que se convertem em suporte de resistência para a vida, equipando-o com os bens inesgotáveis do espírito.

Necessário recorrer a alguns valores éticos morais, a coragem para decifrar-se, a confiança no êxito, o amor como manifestação elevada, a verdade que está acima dos caprichos seitistas e grupais, que o pode acalmar sem o acomodar, tranquilizá-lo sem o desmotivar para a continuação das buscas.

Conseguida a primeira meta, uma nova se lhe apresenta, e continuamente, por considerar-se o infinito da sabedoria e da Vida.

É do agrado de algumas personalidades neuróticas, fugirem de si mesmas, ignorarem-se ou não saberem dos acontecimentos, a fim de não sofrerem. Ledo engano! A fuga aturde, a ignorância amedronta, o desconhecido produz ansiedade, sendo, todos estes, estados de sofrimento.

O parto produz dor, e recompensa com bem-estar, ensejando vida.

O autodescobrimento é também um processo de parto, impondo a coragem para o acontecimento que libera.

Examinar as possibilidades com decisão e enfrentá-las sem mecanismos desculpistas ou de escape, constitui o passo inicial.

Édipo, na tragédia de Sófocles, deseja conhecer a própria origem. Levado mais pela curiosidade do que pela coragem, ao ser informado que era filho do rei Laio, a quem matara, casando-se com Jocasta, sua mãe, desequilibra-se e arranca os olhos. Cegando-se, foge à sua realidade, ao autodescobrimento e perde-se, incapaz de superar a dura verdade.

A verdade é o encontro com o fato que deve ser digerido, de modo a retificar o processo, quando danoso, ou prosseguir vitalizando-o, para que se o amplie a benefício geral.

Ignorando-se, o homem se mantém inseguro. Evitando aceitar a sua origem tomba no fracasso, na desdita.

Ademais, a origem do homem é de procedência divina. Remontar aos pródromos da sua razão com serena decisão de descobrir-se, deve ser-lhe um fator de estímulo ao tentame. O reforço de coragem para levantar-se, quando caía, o ânimo de prosseguir, se surgem conspirações emocionais que o intimidam, fazem parte de seu programa de enriquecimento interior.

O autoencontro enseja satisfações estimuladoras, saudáveis. Esse esforço deve ser acompanhado pela inevitável confiança no êxito, porquanto é ambição natural do ser pensante investir para ganhar, esforçar-se para colher resultados bons.

Certamente, não vem prematuramente o triunfo, nem se torna necessário. Há ocasião para semear, empreender, e momento outro para colher, ter resposta. O que se não deve temer é o atraso dos resultados, perder o estímulo porque os frutos não se apresentam ou ainda não trazem o agradável sabor esperado. Repetir o tentame com a lógica dos bons efeitos, conservar o entusiasmo, são meios eficazes para identificar as próprias possibilidades, sempre maiores quanto mais aplicadas.

Ao lado do recurso da confiança no êxito, aprofunda-se o sentimento de amor, de interesse humano, de participação no grupo social, com resultado em forma de respeito por si mesmo, de afeição à própria pessoa como ser importante que é no conjunto geral.

Discute-se muito, na atualidade, a questão das conquistas éticas e morais, intentando-se explicar que a falta de sentimento e de amor responde pelos desatinos que aturdem a sociedade.

Têm razão, aqueles que pensam desta forma. Todavia, parece-nos que a causa mais profunda do problema se encontra na dificuldade do discernimento em torno dos valores humanos, O questionamento a respeito do que é essencial e do que é secundário inverteu a ordem das aspirações, confundindo os sentimentos e transformando a busca das sensações em realização fundamental, relegando-se a plano inferior as expressões da emoção elevada, na qual, o belo, o ético, o nobre se expressam em forma de amor, que não embrutece nem violenta.

A experiência do amor é essencial ao autodescobrimento, pois que, somente através dele se rompem as couraças do ego, do primitivismo, predominante ainda em a natureza humana. O amor se expande como força cocriadora, estimulando todas as expressões e formas de vida. Possuidor de vitalidade, multiplica-a naquele que o desenvolve quanto na pessoa a quem se dirige. Energia viva, pulsante, é o próprio hálito da Vida a sustentá-la. A sua aquisição exige um bem direcionado esforço que deflui de uma ação mental equilibrada.

Na incessante busca da unidade, ora pela ciência que tenta chegar à Causalidade Universal, ou através do mergulho no insondável do ser, podemos afirmar que os equipamentos que proporcionaram a desintegração do átomo, complexos e sofisticados, foram conseguidos com menor esforço, em nosso ponto de vista, do que a força interior necessária para a implosão do ego, em que busque a plenitude.

A formidanda energia detectada no átomo, propiciadora do progresso, serviu, no começo, para a guerra, e ainda constitui ameaça destruidora, porque aqueles que a penetraram, não realizaram uma equivalente aquisição no sentimento, no amor, que os levaria a pensar mais na humanidade do que em si e nos seus.

Amar torna-se um hábito edificante, que leva à renúncia sem frustração, ao respeito sem submissão humilhante, à compreensão dinâmica, por revelar-se uma experiência de alta magnitude, sempre melhor para quem o exterioriza e dele se nutre.

Na realização do cometimento afetivo surge o desafio da verdade, que é a meta seguinte.

Ninguém deterá a verdade, nem a terá absoluta. Não nos referimos somente à verdade dos fatos que a ciência comprova, mas àquela que os torne verazes: verdade como veracidade, que depende do grau de amadurecimento da pessoa e da sua coragem para assumi-la.

Quando se trata de uma verdade científica, ela depende, para ser aceita, da honestidade de quem a apresenta, dos seus valores morais. Indispensável, para tanto, a probidade de quem a revela, não sendo apenas fruto da cultura ou do intelecto, porém, de uma alta sensibilidade para percebê-la. Defrontamo-la em pessoas humildes culturalmente, mas probas, escasseando em indivíduos letrados, porém hábeis na arte de sofismar.

A verdade faculta ao homem o valor de recomeçar inúmeras vezes a experiência equivocada até acertá-la.

Erra-se tanto por ignorância como pela rebeldia. Na ignorância, mesmo assim, há sempre uma intuição do que é verdadeiro, face à presença íntima de Deus no homem. A rebeldia gera a má fé, o que levou Nietzsche a afirmar com certo azedume: “Errar é covardia!”, face à opção cômoda de quem elege o agradável do momento, sem o esforço da coragem para lutar pelo que é certo e verdadeiro.

A aquisição da verdade amadurece o homem, que a elege e habitua-se à sua força libertadora, pois que, somente há liberdade real, se esta decorre daquela que o torna humilde e forte, aberto a novas conquistas e a níveis superiores de entendimento.

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Do livro O Homem Integral, Terceira Parte, cap. 11, obra de Joanna de Ângelis, obra psicografada pelo médium Divaldo Franco.
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