sábado, 15 de maio de 2021

Privações


Passei fome, passei frio — Pedro Leopoldo sempre fez muito frio, ventava muito…

 A nossa casa não era forrada… 

Às vezes, a gente não tinha o que comer — era uma panela ou duas no fogão…

Mas ninguém em casa morreu por causa das privações que passávamos. 

A gente comia só arroz, chuchu…

 De vez em quando, uma mandioca, ovos; carne era muito difícil…

Sempre tive muito bom apetite. 

Caso tivéssemos tido excesso de comida em casa, eu haveria de me empanturrar…

E a mediunidade! Como eu seria capaz de produzir de barriga cheia, se, muitas vezes, os Espíritos Amigos aproveitavam os minutos que me sobravam da folga do almoço para escrever?!

Penso que tudo que passei na Vida tinha uma razão de ser; o meio aparentemente adverso em que renasci era o que eu necessitava para servir na condição de médium…
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Ensinamentos de Francisco Cândido Xavier -
Carlos A. Baccelli
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MENSAGEM DO ESE:

O jugo leve

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”

Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 1 e 2.)

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MESMO ASSIM, CONTINUE...


O melhor exercício para a paz é a prática da caridade.


Por que a prática da caridade?


Porque para fazer a caridade é necessário dar-se. Enquanto faz a caridade a pessoa muda. Às vezes, nós estamos ajudando alguém e a pessoa está-nos tratando mal. É necessário vencer o personalismo para ter paciência, para continuar ajudando.


Quantas vezes estamos ajudando alguém e a pessoa ainda diz que é ela quem está ajudando, e a gente tem que fazer de conta que é?! Porque há pessoas tão brutalizadas, tão atrasadas, que até para serem beneficiadas, só o aceitam se a gente fica aparentemente numa posição inferior. Elas têm a ideia de que a posição superior é a da colocação no alto. Quando se mede o indivíduo da cabeça para cima e não pela fita métrica no corpo é que se tem ideia da grandeza do homem.
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Divaldo Pereira Franco
Livro: A Serviço do Espiritismo (Divaldo Franco na Europa)
Nilson de Souza Pereira, Divaldo Pereira Franco, por Espíritos Diversos
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora


sexta-feira, 14 de maio de 2021

Recorre à Meditação


O homem que busca a realização pessoal, inevitavelmente é impelido à interiorização.

Seu pensamento deve manter firmeza no ideal que o fascina, e a fé de que logrará o êxito impulsiona-o a não intimidar-se diante dos impedimentos que o assaltam na execução do programa ao qual se propõe.

A meditação torna-se-lhe o meio eficaz para disciplinar a vontade, exercitando a paciência com que vencerá cada dia as tendências inferiores nas quais se agrilhoa.

*

Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe antes de qualquer realização.

Com esta atitude acalma-se a emoção e aclara-se o discernimento, harmonizando-se os sentimentos.

Não se torna indispensável que haja uma alienação, em fuga dos compromissos que lhe cumpre atender, face às responsabilidades humanas e sociais. Mas, que reserve alguns espaços mentais e de tempo, a fim de lograr o cometimento.

*

Começa o teu treinamento, meditando diariamente num pensamento do Cristo, fixando-o pela repetição e aplicando-o na conduta através da ação.

Aumenta, a pouco e pouco, o tempo que lhe dediques, treinando o inquieto corcel mental e aquietando o corpo desacostumado.

Sensações e continuados comichões que surgem, atende-os com calma, a mente ligada à idéia central, até conseguires superá-los.

A meditação deve ser atenta, mas não tensa, rígida.

Concentra-te, assentado comodamente, não, porém, o suficiente para amolentar-te e conduzir-te ao sono.

Envida esforços para vencer os desejos inferiores e as más inclinações.

Escolhe um lugar asseado, agradável, se possível, que se te faça habitual, enriquecendo-lhe a psicosfera com a qualidade superior dos teus anelos.

Reserva-te uma hora calma, em que estejas repousado.

Invade o desconhecido país da tua mente, a princípio reflexionando sem censurar, nem julgar, qual observador equilibrado diante de acontecimentos que não pode evitar.

Respira, calmamente, sentindo o ar que te abençoa a vida.

Procura a companhia de pessoas moralmente sadias e sábias, que te harmonizem.

Dias haverá mais difíceis para o exercício. O treinamento, entretanto, se responsabilizará pelos resultados eficazes.

Não lutes contra os pensamentos. Conquista-os com paciência.

Tão natural se te tornará a realização que, diante de qualquer desafio ou problema, serás conduzido à idéia predominante em ti, portanto, a de tranqüilidade, de discernimento.

*

Gandhi jejuava em paz, por vários dias, sem sofrer distúrbios mentais, porque se habituara à meditação, à qual se entregava nessas oportunidades.

E Jesus, durante os quarenta dias de jejum, manteve-se em ligação como Pai, prenunciando o testemunho no Getsémani, quando entregue, em meditação profunda, na qual orava, deixou-searrastar pelas mãos da injustiça, para o grande testemunho que viera oferecer à Humanidade.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Meditação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 1.
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MENSAGEM DO ESE:

Motivos de resignação (I)

Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.


Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.


O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela.” Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?


Tal o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. É por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 12.)

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FUTURO


Vozes de pessimismo
Ecoam ao redor.

Vaticínios sombrios
Espalham desalento.

Profetas da descrença
Inspiram-te receio.

Tempos de transição,
Dias de turbulência...

Natural seja assim
Em um mundo de provas.

Haja o que houver,
O futuro é de luz.
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Livro: Jesus no Leme
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Aflitos bem-aventurados


1 Problema intrincado.

Muitos companheiros disseram isso, no impedimento que te aborrece.

No entanto, o Sublime Orientador te situou, à frente dele, para que lhe descubras a solução.


2 Serviço impraticável.

Outros proclamaram semelhante afirmativa, referindo-se ao encargo que te pesa nos ombros.

O Senhor, porém, te chamou a executá-lo, ciente da tua capacidade e da tua força.


3 Tentação invencível.

Vozes diferentes formularam a mesma observação, na crise interior que escalda o pensamento.

Todavia, o Eterno Amigo te permite experimentá-la para que lhe extingas o magnetismo calamitoso.


4 Parente difícil.

Opinião idêntica foi lançada por afeiçoados diversos, diante do coração querido que te incomoda no lar.

Entretanto, o Excelso Benfeitor te colocou na equipe doméstica, a fim de que o ampares, na provação que lhe agrava a existência.


5 Companheiro obsediado.

Conceituação análoga está sendo mantida por muita gente, perante o amigo que te propele a constantes desgostos.

O Mentor Infalível, contudo, te envolveu na luta, que desgasta o companheiro em perturbação, para que lhe sustentes a reabilitação.


6 Todas as dificuldades no mundo, sejam grandes inquietações ou dissabores pequenos, constituem lição e trabalho simultâneos a que nos convida o Divino Semeador, para que se intensifique na Terra a seara da libertação de todos os valores do espírito.

7 Bem-aventurados os aflitos — disse Jesus. Os aflitos bem-aventurados, porém, não são simplesmente aqueles que choram e sofrem, deitando críticas e queixumes, e sim aqueles que recebem as tribulações e dores transitórias da vida, por benditas e honrosas oportunidades de servir, com o Cristo de Deus, agindo com bondade operosa e paciência incansável na vitória do bem.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra:
Nascer e renascer
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NUNCA SE ESQUEÇA DISSO

Espíritas, nunca vos esqueçais que nas palavras, bem como nas ações, o perdão das injúrias não deve ser uma palavra vazia e inútil. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato. Esquecei o mal que vos foi feito e pensai apenas em uma coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que entrou neste caminho não deve nem mesmo em pensamento desviar-se dele, porque sois responsáveis pelo que pensais, e Deus vos conhece. Fazei, portanto, com que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que se passa no coração de cada um dos seus filhos. Feliz, portanto, daquele que pode a cada noite dizer ao deitar-se: "Nada tenho contra meu próximo".


Simeão - Bordeaux, 1862
Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec

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MENSAGEM DO ESE:

Qualidades da prece

Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. — Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. — Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.


Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.)


Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. — Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 25 e 26.)


Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. — O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.


O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.


Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 9 a 14.)


Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.


Oral, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 1 a 4.)

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A CONDUTA DOS SEUS FILHOS


(...)

Jamais dependa do sucesso alheio como uma condição sine qua non (sem a qual não) para a sua realização pessoal.


Dê o melhor de si para aqueles que estão sob a sua tutela – os filhos –, no entanto, admita: cada um será dono de seu próprio destino.


Por mais que você se empenhe em produzir neles uma boa conduta, haverá o momento em que vai depender somente deles aplicar seu bom exemplo ou tomar outro caminho na vida.


Por isso, faça o seu melhor sempre para não se arrepender depois, nem tampouco se culpar no futuro.
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Livro: Metafísica da Saúde, Volume 2: Sistemas Circulatório, Urinário e Reprodutor Valcapelli, Gasparetto
Centro de Estudos Vida & Consciência Editora

terça-feira, 11 de maio de 2021

A visita da Verdade


Certa feita, disse o Mestre que só a Verdade fará livre o homem; e, porque lhe não pudesse aprender, de imediato, a vastíssima extensão afirmativa, perguntou-lhe Pedro, no culto doméstico:

- Senhor, que é a verdade ?

Jesus fixou no rosto enigmática expressão e respondeu:

- A Verdade total é a Luz Divina total; entretanto, o homem ainda está longe de suportar-lhe a sublime fulguração.

Reparando, porém, que o pescador continuava faminto de novos esclarecimentos novos, o Amigo Celeste meditou alguns minutos e falou :

- Numa caverna escura, onde a claridade nunca surgira, demorava-se certo devoto, implorando o socorro divino. Declarava-se o mais infeliz dos homens, não obstante, em sua cegueira sentir-se o melhor de todos. Reclamava contra o ambiente fétido em que se achava.

O ar empestado sufocava-o dizia ele aos gritos comoventes. Pedia uma porta libertadora que o conduzisse ao convívio do dia claro. Afirmava-se robusto, apto, aproveitável. Por que motivo era conservado ali, naquele insulamento doloroso? Chorava e bradava, não ocultando aflições e exigências. Que razões o obrigavam a viver naquela atmosfera insuportável ?

Notando Nosso Pai que aquele filho formulava súplicas incessantes, entre a revolta e a amargura, profundamente compadecido enviou-lhe a Fé.

A sublime virtude exortou-o a confiar no futuro e a persistir na oração.

O infeliz consolou-se, de algum modo, mas, a breve tempo, voltou a lamuriar.

Queria fugir ao monturo e, como se lhe aumentassem as lágrimas, o Todo-Poderoso mandou-lhe a Esperança.

A emissária afagou-lhe a fronte suarenta e falou-lhe da eternidade da vida, buscando secar-lhe o pranto desesperado. Para isso, rogou-lhe calma, resignação, fortaleza.

O pobre pareceu melhorar, mas, decorridas algumas horas, retornou a lamentação.

Não podia respirar - clamava em desalento.

Condoído, determinou o Senhor que a Caridade o procurasse.

A nova mensageira acariciou-o e alimentou-o, endereçando-lhe palavras de carinho, qual se fora abnegada mãe.

Todavia, porque o mísero prosseguisse gritando, revoltado, o Pai Compassivo enviou-lhe a Verdade.

Quando a portadora de esclarecimento se fez sentir na forma de uma grande luz, o infortunado, então, viu-se tal qual era e apavorou-se.

Seu corpo era um conjunto monstruoso de chagas pustulentas da cabeça aos pés e, agora, percebia espantado, que ele mesmo era o autor da atmosfera intolerável em que vivia. O pobre tremeu cambaleante, e, notando que a Verdade serena lhe abria a porta da libertação, horrorizou-se de si mesmo; sem coragem de cogitar da própria cura, longe de encarar a visitadora, frente a frente, para aprender a limpar-se e a purificar-se, fugiu, espavorido, em busca de outra furna onde conseguisse esconder a própria miséria que só então reconhecia.

O Mestre fez longa pausa e terminou:

- Assim ocorre com a maioria dos homens, perante a realidade. Sentem-se com o direito à recepção de todas as bênçãos do Eterno e gritam fortemente, implorando ajuda celestial. Enquanto amparados pela Fé, pela Esperança ou pela Caridade, consolam-se e desconsolam-se, crêem e descrêem, tímidos e irritadiços e hesitantes; todavia quando a Verdade brilha diante deles, revelando-lhes em que se encontram, costumam fugir, apressados, em busca de esconderijos tenebrosos, dentro dos quais possam cultivar a ilusão.
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Autor: Neio Lúcio
Psicografia: CHICO XAVIER
Do Livro: Jesus no Lar
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MENSAGEM DO ESE:

Uma realeza terrestre

Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor:

“O meu reino não é deste mundo”? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!

Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.

Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer pira chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.

Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.

Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais.

— Uma Rainha de França. (Havre, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8.)

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CARIDADE



Caridade é um sorriso,
Uma visita amiga...

Uma conversa boa,
Um abraço fraterno...

Uma prece de paz,
Um gesto de otimismo...

Caridade, de fato,
Não se restringe ao bolso.

O dinheiro não seca
As lágrimas da alma.

O que dás de ti mesmo
É dádiva sem preço.
🌷🌺🌷
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Do livro "PÃO DA ALMA", ed. Didier, 2002

segunda-feira, 10 de maio de 2021

OS QUE REJEITAM O AMOR


(...) Na Pátria Espiritual, os espíritos costumam se reunir de acordo com a simpatia que possam nutrir uns pelos outros, porque a verdadeira família é a do coração. Os mais evolvidos, embora não releguem a completo esquecimento os retardatários, não sustentam qualquer vínculo de convivência próxima com eles, deixando-os entregues às suas próprias escolhas de vida.

Os Espíritos Superiores, periodicamente, se submetem ao sacrifício da reencarnação para impulsionarem o progresso humano, porém, finda a tarefa, regressam ao convívio daqueles com os quais comungam pensamentos e emoções, desfrutando da paz que fizeram por merecer.

(...)

Necessário se torna que aqueles que não sabem valorizar os laços afetivos, através dos que lhes devotam carinho e amor, venham a vivenciar experiências em que não mais contem com a sua proteção, sempre prontos, em quaisquer circunstâncias, a lhes estender a mão.

A aproximação com espíritos generosos, seguida posteriormente de separação, igualmente serve de incentivo àqueles que não lhes souberam valorizar a presença, que, então, permanecendo a sós com os seus pensamentos, começam a se esforçar para lhes reaver a companhia.

Os espíritos rebeldes, que não desejam aprender com os que poderiam lhes ensinar somente através da cartilha do amor, aprenderão as lições que voluntariamente rejeitam através do concurso de outros “mestres”, que apenas sabem lhes ensinar através da cartilha do sofrimento.
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Livro: O Cristo Consolador
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier
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MENSAGEM DO ESE:

Caridade para com os criminosos

A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina. Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.


Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?


A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis. Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo. Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor supremo.


Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamentos. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade. Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem.” Não, não é assim que vos compete falar. Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra. Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé. É tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele.

Isabel de França. (Havre, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 14)

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Mensagem de Eurípedes Barsanulfo



Meus amigos, que a paz do Senhor nos fortaleça o coração na grande jornada.


*


O Espiritismo Cristão é a porta de luz que se abre à humanidade.


*


Amigos, nunca nos cansaremos de vos conclamar ao serviço da verdade e do bem.


Falando-vos, guardamos a impressão de endereçar a palavra às fileiras da frente, àqueles que sustentam as lutas mais ásperas, que sofrem o mais perigoso assédio das forças das trevas.


*


Conhecemos a dificuldade, a dor, o fel que vos amarga o coração, ante os ataques da sombra; entretanto, somos os felizes depositários da fé viva, lutadores que se rejubilam com as próprias chagas e encontram benditas claridades nas lutas de cada dia, porquanto nos encontramos a serviço d'Aquele que é a Luz dos Séculos.


*


Muitas escolas religiosas foram chamadas para ser-vi-Lo, entretanto, esquecem-se os expositores respectivos do trabalho universal da paz e do amor com o Cristo, perdendo-se nos desfiladeiros do sectarismo destruidor.


Procuram Jesus, através das dissenções e da separatividade como se não bastassem quase dois mil anos de ódio e separação entre as criaturas de Deus.


*


Nossa tarefa é mais alta.


Propomo-nos a atender ao chamado do Mestre através de nossa própria renovação, para que a nossa existência se constitua em pregação viva do Evangelho.


*


Não alimenteis qualquer dúvida.


O triunfo integral ainda permanece à distância.


Até lá, é preciso subir o Calvário, negando a nós mesmos e suportando a cruz que nos diz respeito.


Pedradas da ignorância, açoites da ingratidão, surpresas inquietantes dos caminhos escuros vos surpreenderão na marcha para o Alto, no entanto, mantende a vossa fé, porque Jesus, o Mestre Divino, socorrerá o discípulo fiel, onde quer que se encontre, estendendo-lhe a mão amiga.


Jesus estabelecerá, entre os homens, o prometido Reino de Paz e Amor.


*


Lembrai-vos dos companheiros dos tempos apostólicos.


Eles não morreram.


Ressurgem das catacumbas distantes para falar-vos da necessidade de servir aos propósitos do Senhor até o fim da edificação do Mundo Melhor.


*


Vigorosas energias fluem para nós outros, do mais alto.


É preciso não desanimar. O futuro com a vitória do bem, nos pede esforço supremo.


Confiai, trabalhai sempre e esperai na Paz de Jesus.


Que Ele nos fortaleça e revigore o ânimo, concedendo-nos a armadura interior da consciência tranquila, são os votos do amigo de sempre.
🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Doutrina e Vida. Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha