sábado, 9 de setembro de 2023

A viagem da vida



A cada vez que a Bondade Divina nos convida a reencarnar, se abre um imenso leque de oportunidades na História de nossa vida enquanto Espíritos imortais que somos.

Nascer novamente num corpo físico é programação complexa e de altíssima importância.

O projeto de uma nova existência se inicia, muitas vezes, décadas antes de nos vincularmos ao novo corpo físico.

Escolhemos a família que nos receberá, as possibilidades de aprendizado, a concretização ou não do casamento, a profissão e tantos outros fatores significativos.

Porém, como toda viagem, mesmo que programada minuciosamente, poderá ter seu planejamento alterado.

Ao iniciarmos o percorrer dos trajetos estabelecidos, podemos tomar um atalho, determo-nos em lugares não planejados, optar por outros caminhos.

Podemos melhorar ou piorar o planejado.

Tudo dependerá de nossa vontade e decisões.

Os antigos navegadores, para não se perderem em mares bravios, levavam consigo cartas náuticas e uma bússola.

Para definir o rumo a tomar, consultavam, minuciosa e atentamente, esses instrumentos.

Foi dessa forma que contornaram a África e chegaram até as Índias, de tantas e raras especiarias.

Seguiram resolutos até que o oceano sem fim lhes apresentasse o novo mundo, que denominaram América.

Sem esses instrumentos e informações seguras, dificilmente teriam sucesso em suas viagens.

Nada diferente acontece conosco, ao navegarmos pela vida.

O barco de nossa História, ao desatracar do cais da Espiritualidade, singra as águas da nova existência a fim de renovar e incrementar aprendizados e conhecimentos.

Exatamente como os antigos navegadores, enfrentaremos dias de mares tranquilos e fáceis de navegar. Igualmente, horas de tempestades que exigirão muito das nossas habilidades para não perecermos.

Haverá momentos em que necessitaremos tomar decisões importantes e destemidas. E, o bom resultado da viagem dependerá do que determinarmos realizar.

Para isso, precisamos dispor dos instrumentos necessários e precisos, que possam ser consultados.

Não serão a bússola e as cartas náuticas dos destemidos navegadores de outrora.

Nossa melhor bússola será a mente lúcida, amparada pelos sentimentos nobres do coração.

E nossa carta náutica deverá ser o Evangelho de Jesus.

As turbulências mais perigosas e as maiores ondas que iremos enfrentar, nessa viagem chamada vida, serão as que se encontram em nossa própria intimidade.

Por isso, a melhor orientação para as acertadas decisões, que nos conduzirão por rumo seguro e feliz, dependerá destes três instrumentos: mente, coração, Evangelho.

Sondemos nosso coração e nossa mente, a cada passo da existência, para nos certificarmos de que estamos pautando nosso caminho por valores nobres, evitando nos perdermos nas ilusões do mundo.

Consultemos, reflitamos, meditemos em torno das propostas de Jesus.

Assim procedendo, teremos a certeza de que, mesmo singrando mares bravios, ou enfrentando tempestades desafiadoras, haveremos de atracar, novamente, no porto seguro da Espiritualidade, tendo realizado com êxito a viagem e concluído o bom combate.

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Redação do Momento Espírita
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09 de setembro

Quando uma alma pretende aproveitar a vida ao máximo sem nada doar em troca, é impossível querer também verdadeira e duradoura felicidade e alegria; porque é pensando nos outros e vivendo pelos outros que se encontra profunda alegria e satisfação interior.

Ninguém pode viver só para si mesmo e ser feliz.

Se você se sentir descontente e insatisfeito com a vida, pode estar certo que é porque você deixou de pensar nos outros e se tornou muito envolvido consigo mesmo.

A maneira de inverter isso é começar a pensar no seu próximo e fazer algo por ele de maneira a esquecer-se de si mesmo.

Existem tantas almas necessitadas, que há sempre algo que você pode fazer por alguém.

Então, abra seus olhos e seu coração e deixe que a luz lhe mostre o caminho, deixe que o amor guie as suas ações.

Deixe Meu amor preenchê-lo e envolvê-lo e sinta-se em perfeita paz.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.

Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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Mini depósitos


Uma frase de louvor para quem trabalha.

Silenciar reclamações mesmo justas.

Abster-se de falar em momentos de irritação.

Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.

Adicionar esperança e otimismo à conversação.

Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.

Evitar perguntas claramente desnecessárias.

Calar os defeitos do próximo.

Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.

Silenciar gracejos e ironias.

Falar motivando as criaturas para o Bem.

Cultivar gentileza.

Observar respeito pelas tarefas alheias.

Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência
nos assuntos que lhes pertençam à vida.

Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.

Querer os amigos em regime de liberdade.

Prestar serviço espontâneo.

Auxiliar sem ferir.

Admirar sem invejar.

Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir.

Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre.

Alguns instantes de presença afetuosa onde alguém necessite de reconforto.

Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores.

Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer.

Evitar complicações.

Experimente lançar estes mini depósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Respostas da vida
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COMEÇAR OU RECOMEÇAR ...


Decisão difícil de ser tomada ou assumida.
Existem épocas em que começamos voluntariamente as mudanças em nossa vida; não porque tenhamos errado em nossas escolhas, mas sim porque já é hora de uma evolução neste sentido.

Nesses momentos nos questionamos e acreditamos em nós mesmos, num impulso de crescimento.
Ou pode ser que a vida faça romper inesperadamente alguma situação que já existia e era parte de nossa rotina. Essa sim nos pega de surpresa e nos obriga, através da dor, a crescer obrigatoriamente.
No momento, nos sentimos como se tudo desabasse sobre nós; como se um grande buraco se abrisse sob nossos pés...

Calma ...

Só com o tempo é que se entenderá essa transformação.
Essa época não é fácil e será necessária a fé para poder acreditar que não se está sozinho ou abandonado.

Acabar uma profissão ou trabalho depois de muito tempo, um casamento ou relacionamento que se rompe ou “perder alguém de que tanto gostamos”, são momentos que já acostumamos a ver outras pessoas passarem, mas quando é na nossa vida que ocorre, o entendimento fica às voltas com uma grande dor, mágoa ou revolta que nos violenta mais ainda.

A fé que dizíamos ter nessa hora desaparece independente da crença de cada um.
Não se pode esquecer que nada acontece por acaso.

Essas situações em que nos sentimos perdidos e feridos nos fará voltar para dentro de nós mesmos para refletirmos e definirmos com maior clareza que rumo ser tomado e termos a confiança em um novo recomeço, um novo renascer; só que agora mais maduro.

Podemos, entretanto, ficar lamentando incessantemente, ao invés de despertarmos para esse novo horizonte que se abre para nós.

Essas situações vêm, muitas vezes, nos fazer valorizar alguma situação que não dávamos a devida atenção e através dessa transformação estaremos aprendendo novos valores.

Quando decidimos recomeçar antes dessas inesperadas transformações é porque já sentimos uma necessidade de crescimento e acabamos nos preparando para uma nova etapa na vida.

Cuidar da autoestima, ter confiança e coragem para esses novos começos facilitarão esse novo recomeço; confiando sempre na força maior "DEUS", que não nos desampara nunca.

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UM IRMÃO DE LUZ
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER-08-09-2019
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Anotação simples


Você, meu amigo, se declara desalentado e assevera em desconsolo: “Estou positivamente vencido, sem estímulo para trabalhar. Sonhei a realização de tarefas sublimes e vejo tudo acabando em frustração. Depositei confiança e carinho em companheiros que me abandonaram, amigos outros me iludiram, largando-me em penosas experiências. Vivo sitiado pela incompreensão, batido no pó da dificuldade… Que fazer para revigorar-me, sobreviver?”

Não dispomos, caro irmão, de específico mais adequado para a cura do esmorecimento que a aplicação do Evangelho de Jesus, pois não foi ele mesmo, o divino Mestre, que nos advertiu: “Tende bom ânimo! Eu venci o mundo.”?

Ainda assim, para a nossa reflexão, recordaremos uma fábula antiga que já ouvi de fontes diversas e que se nos adapta, proveitosamente, ao assunto.

Conta-se que o Espírito das Trevas, certa feita, deliberou efetuar uma liquidação na loja de sua propriedade, colocando à venda as ferramentas de sua atividade usual.

No balcão, desse modo, jaziam expostas muitas delas com os rótulos que as definiam: “Ódio”, “Maledicência”, “Desespero”, “Inveja”, “Crime”… Em meio de todas, uma, porém, se sobressaía, em dourado, na forma de cunha, com o nome “Desânimo”. Semelhante utensílio mostrava enorme desgaste, entretanto era marcado como sendo o mais caro de todos. E quando alguém indagou quanto ao motivo de preço tão alto o Espírito da Sombra respondeu, simplesmente: “Esta ferramenta é a que uso com mais facilidade e a que me serve muito mais que as outras, porque pouca gente sabe que ela me pertence.
É por isso que abro com ela milhares de corações que não consigo descerrar com as outras. E uma vez que me vejo no íntimo dessa ou daquela pessoa posso manejar todas as demais, à vontade, conseguindo alcançar a realização de todos os meus intentos”.

Como vê, meu caro, estudemos essa fábula simples e procuremos pensar.

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Irmão X
Chico Xavier
Obra: Cartas do Alto
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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Adágios


Não compliques teu caminho.
Simplicidade é um dever.
Por mais alto voe a garça
Descerá para comer.

Estima a frugalidade.
Depois de ruído e festa,
Há sempre dor de cabeça,
Coceira e calor na testa.

Tens filhos para educar?
Não te apaixones, de leve...
Recorda que para o corvo
O filho é de arminho e neve.

Se sofres perseguições,
Que o perdão te guarde a vida.
Onde falta o amor de Cristo
Sobra a queixa descabida.

O diabo tenta o servo
Que leva o trabalho a cabo.
Mas o homem preguiçoso
É o tentador do diabo.

No cruzeiro do sovina
De sentimentos escravos,
Tem o demônio ao dispor,
Noventa e nove centavos.

Na tempestade, na luta,
Na ameaça, no atoleiro,
É que encontramos de fato,
O pulso do cavalheiro.

Preguiça é como a ferrugem
Que ataca bigorna e malho;
Consome com mais presteza
Que os atritos do trabalho.

Na jornada para Deus,
Quem possui casa e moinho
Precisa muito cuidado
Para andar em bom caminho.

A alegria que não passa
E que não fere a ninguém,
Nasce forte, rica e pura
Naquele que faz o bem.

🌻🍃🌻
Casimiro Cunha
Chico Xavier
Obra:Coletâneas do Além
🌻🍃🌻

08 de setembro

Permita-Me trabalhar em você e através de você.

Deixe Minha luz e Meu amor fluírem em você e através de você para o mundo que o cerca.

Perceba que era assim no começo, quando caminhávamos juntos, e que você agora completou todo o círculo e voltou para Mim, tornando-se um coMigo, o Bem-Amado.

Não fique sonhando com isso.

Nem desejando que seja assim; simplesmente saiba que é assim agora e que não existe mais separação.

Você não precisa mais vagar pelo desconhecido, se sentindo perdido e solitário, sem saber que direção tomar.

Acredite que cada passo seu é guiado e dirigido por Mim, e que você jamais se perderá outra vez se você se mantiver cada vez mais consciente de Mim e da Minha divina presença.

Portanto, dê graças eternas e deixe seu coração ficar tão cheio de alegria e gratidão que você as expressará em todos os momentos, e cada respiração Me dirá "Eu lhe agradeço, Bem-Amado".

🌻🍃🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌻🍃🌻






🌻🍃🌻

MENSAGEM DO ESE:

Piedade filial (II)

Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão.

Deus disse: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.” Por que promete ele como recompensa a vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “que Deus vos dará” , as quais, suprimidas na moderna fórmula do Decálogo, lhe alteram o sentido. Para compreendermos aqueles dizeres, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham, pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam. Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se se dirigisse a crianças, põe-lhes em perspectiva o que os pode satisfazer.

Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, objetivo das suas aspirações. Nada mais desejavam do que isso; Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo tempo, se observarem seus mandamentos.

Mas, ao verificar-se o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas idéias. Chegada a ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na vida espiritual, dizendo: “Meu reino não é deste mundo; lá, e não na Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras.” A estas palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria celeste.

Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, já não é a Terra que lhes promete e sim o céu. (Caps. II e III.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, itens 3 e 4.)
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OSTENTAÇÃO


Alarde é ramificação do orgulho, que nos leva à vaidade perigosa.

Aparato é roupa falsa, consigo o amor-próprio.

Arrogância usa todos os meios falsos para dizer o que não é.

Esplendor tem um preço e, quando é verdadeiro, não gosta de mostrar-se; ilumina por si mesmo.

Pompa é requinte exterior, que estraga a economia da coletividade.

Prova de saber é para o pseudo-sábio; o verdadeiro mestre sabe que ainda nada entende da vida que o circunda.

Ruído em demasia somente anuncia uma coisa com bastante nitidez: ignorância.

Apregoar os valores alheios, porque os teus, se os tens, é tarefa de outros anunciá-los, caso queiram.

Mostrar, todo vaidoso gosta de fazê-lo, sendo sempre o que não é; não suporta calar-se, sem anunciar o que pensa fazer.

Autovalorização é cegueira crônica, se comparada aos valores dos outros; aquilo que anunciamos de nós mesmos existe nas outras pessoas que, por vezes, estão em silêncio há muito tempo.

O gazofilácio da tua vaidade não deve ser tocado, para não desmereceres algumas das tuas virtudes. Esquece o eu, e lembra-te do nós, que é a única realidade, e estarás praticando o segundo mandamento anunciado por Cristo.

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João Nunes Maia, pelo Espírito Loester
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Saibamos confiar


“Não andeis, pois, inquietos.” – Jesus. (Mateus, 6:31.)

Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.

O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.

Pede apenas combate ao pessimismo crônico.

Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.

Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.

Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.

Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.

Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.

Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.

Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.

Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios…

Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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Simplifica


Se desejas a bênção da paz, simplifica a própria vida para que a tranquilidade te favoreça.

Muitos recorrem ao auxílio dos outros, esquecendo a necessidade do auxílio a si mesmos.

Encarceram-se no cipoal das preocupações sem proveito, adquirindo compromissos que lhes prejudicam a senda e acabam suplicando o socorro da caridade, quando, mais avisados, poderiam entesourar amplos recursos para a assistência generosa aos mais desfavorecidos do mundo, empregando o talento das horas nas mais ricas sementeiras de simpatia.

É que se extraviam nas ambições desregradas, buscando para si próprios os grilhões de angústia ou afixando aos ombros frágeis pesados fardos, difíceis de suportar.

Não se contentam em viver com segurança o dia que o Senhor lhes concede.

Preferem sofrer por antecipação as tempestades morais do amanhã remoto que, talvez, jamais sobrevenham.

Não se conformam com o pão abençoado de hoje.

Reclamam celeiro farto para longos anos, à frente da luta que lhes é própria, ignorando se a morte lhes espreita os passos na vizinhança.

Não se alegram com o agasalho valioso de agora.

Exigem guarda-roupa repleto e variado de que provavelmente não mais se utilizarão, enquanto companheiros da marcha humana exibem a pele desnuda e fria.

Não se resignam a possuir o dinheiro prestimoso que lhes soluciona os problemas da hora em curso.

Suspiram pela caderneta de banco, dominadora e invejável, que lhes marque o nome com a melhor expressão financeira, não obstante a penúria que, [muitas vezes,] magoa implacável, o lar alheio.

Aprende a viver o minuto que Deus te empresta no corpo físico, amealhando a luz do conhecimento nobre e fazendo aos outros o bem que possas.

Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.

E, simplificando as próprias experiências, reconhecer-te-ás mais leve e mais feliz, habilitando-te, por fim, à libertação espiritual que, infalivelmente, convocar-te-á, hoje ou amanhã, para o regresso à Vida Maior.

🌻🍃🌻
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Mentores e seareiros
🌻🍃🌻

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Independência do Brasil



Por todo o País se fazem presentes as comemorações.

São desfiles militares, escolares, civis. Discursos, bandas, orquestras.

Evoca-se 1822, em verso e prosa.

Enaltece-se Dom Pedro I como o libertador.

Desde a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa, não regressando a Portugal, estava proclamada a Independência do Brasil.

O príncipe tinha suas noites povoadas de sonhos de amor à liberdade.

Desenvolvia no Espírito as noções da solidariedade humana.

Não representava o tipo ideal necessário à realização dos projetos espirituais, mas era voluntarioso. E ele era a autoridade.

Os patriotas já não pensavam noutra coisa que não fosse a organização política do Brasil.

A imprensa da época concentrava as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria.

As pessoas viviam a expectativa. Todos os corações aguardavam.

Então, no retorno da sua viagem a São Paulo, um correio leva ao conhecimento de Dom Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa.

Ali mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixa escapar o grito: Independência ou morte!

Sem suspeitar, Dom Pedro I era dócil instrumento de um emissário Divino, que velava pela grandeza da pátria.

Consumou-se o fato e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: Já podeis da pátria filhos, ver contente a mãe gentil. Já raiou a liberdade, no horizonte do Brasil.

A Independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. Muitos homens deram a vida por este ideal.

São passados cento e noventa e cinco anos da nossa independência.

Olhamos o nosso imenso País, um gigante geográfico e nos indagamos: Somos realmente livres?

A verdadeira independência é moral.

Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson não seremos livres.

Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres.

Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela.

Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do pano pátrio brilharão com maior intensidade.

Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do pavilhão nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz.

Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo.

Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso gigante.

Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. A mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço.

Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho.

Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos. E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos.

Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela justiça, pela verdade.

Independência moral. Crescimento real. Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?

* * *

Relatam as tradições espirituais que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil.

Ele estava com o príncipe regente Dom Pedro no grito do Ipiranga.

Isso demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos ideais abraçados.

Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral.

🇧🇷 💚💛 🇧🇷
Redação do Momento Espírita, com base nos cap.18 e 19 do livro Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho, pelo Espírito
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP.
Em 7.9.2017.
🇧🇷 💚💛 🇧🇷

07 de setembro

Na próxima vez que você tiver que fazer uma tarefa que não lhe agrada, pare antes de começar e mude toda a sua maneira de encará-la. 

Pense que você estará fazendo o trabalho por Mim, e se o seu amor por Mim é como deveria ser, então você encontrará verdadeira alegria e prazer em executá-lo com perfeição. 

E mais, você perceberá que lhe sobra tempo para fazer tudo o mais que é preciso fazer. 

Não desperdice seu tempo tentando se convencer que você não tem tempo e é muito ocupado. 

Simplesmente vá em frente e faça o que tem que ser feito.

 Permita que sua vida corra suave e calmamente, sem sensação de pressa.

 Começando o dia da maneira certa, com o coração cheio de amor e gratidão e a certeza que será um dia ótimo e que tudo vai correr perfeitamente, você vai atrair tudo isso para si mesmo. 

🇧🇷 💚💛 🇧🇷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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🇧🇷 💚💛 🇧🇷 

MENSAGEM DO ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)
A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.) 
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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Abençoa sempre


Seja onde for, abençoa para que a bênção dos outros te acompanhe.

Todas as criaturas e todas as cousas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.

 Abençoa teu lar com a luz do amor; em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.

 Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva de teu carinho e a árvore de tua casa abençoar-te-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.

Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague da censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.

 Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterás rebeldia e aspereza.

 Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extingui-lo.

 Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.

Não amaldiçoes nem mesmo por pensamento.

A ideia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.

 Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como eximir-se da delinquência.

 Abençoa o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.

 Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.

Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.

Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.


Não olvides o Divino Mestre da Bênção.

 Jesus abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida; e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressurreição imperecível.

Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.

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Scheilla
Chico Xavier
Obra: Visão nova
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06 de setembro

Viva um dia de cada vez.

Não tente se apressar, ajeitando as coisas para amanhã, porque amanhã pode nunca vir a ser.

Aproveite plenamente o dia de hoje: aproveite como se fosse o último.

Faça todas as coisas maravilhosas que sempre quis fazer, não de qualquer maneira e apressadamente, mas com verdadeira alegria.

Seja como uma criança que não pensa no amanhã e já esqueceu o que aconteceu ontem, que vive como se só o agora importasse.

O agora é o momento mais importante que você já viveu, portanto não desperdice nem um segundo dele.

Viva sempre alerta, pronto para o que der e vier.

Vivendo assim você estará pronto e aberto para qualquer coisa que aconteça.

Mudanças virão, e com muita rapidez.

Eleve seu coração em profunda gratidão à medida que as mudanças forem chegando.

Enxergue sempre o lado melhor das mudanças que forem acontecendo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Não vos afadigueis pela posse do ouro

Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. — Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.

Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. — Entrando na casa, saudai-a assim: Que a paz seja nesta casa. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.

Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. — Digo-vos, em verdade: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (S. MATEUS, cap. X, vv. 9 a 15.)

Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou, pela primeira vez, anunciar a boa-nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus aposto-los: “Ponde-vos a caminho sem provisões.”

A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que confiassem na Providência. Ao demais, eles, nada tendo, não despertariam a cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis.

Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade.

O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranqüilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 9 a 11.)
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SOMOS DE DEUS


“Nós somos de Deus.” – João (I João, 4:6.)

Não nos é fácil desvencilharmos dos laços que nos imantam aos círculos menos elevados da vida aos quais ainda pertencemos.

Apesar de nossa origem divina, mil obstáculos nos prendem à ideia de separação da Paternidade Celeste.

Cega-nos o orgulho para a universalidade da vida.

O egoísmo encarcera-nos o coração.

A vaidade ergue-nos falso trono de favoritismo indébito, buscando afastar-nos da realidade.

A ambição inferior precipita-nos em abismos de fantasia destruidora.

A revolta forma tempestades de ódio sobre as nossas cabeças.

A ansiedade fere-nos o ser.

E julgamos, nesses velhos conflitos do sentimento, que pertencemos ao corpo físico, ao preconceito multissecular e à convenção humana, quando todo o patrimônio material que nos circunda representa empréstimo de forças e possibilidades para descobrirmos nós mesmos, enriquecendo o próprio valor.

Na maioria das vezes, demoramo-nos no sombrio cárcere da separação, distraídos, enganados, cegos…

Contudo, a vida continua, segura e forte, semeando luz e oportunidade para que não nos faltem os frutos da experiência.

Pouco a pouco, o trabalho e a dor, a enfermidade e a morte, compelem-nos a reconsiderar os caminhos percorridos, impelindo-nos a mente para zonas mais altas. Não desprezes, pois, esses admiráveis companheiros da jornada humana, porquanto, quase sempre, em companhia deles, é que chegamos a compreender que somos de Deus.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier
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Anotações de além-túmulo - Memórias de um Suicida -


1 - É o homem um composto de tríplice natureza: - humana, astral e espiritual, isto é - matéria, fluido e essência. Esse composto poderá também ser traduzido em expressão mais concreta e popular, assimilável ao primeiro grau de observação: - corpo carnal, corpo fluídico ou perispírito, e alma ou Espírito, sendo que do último é que se irradiam Vida, Inteligência, Sentimento, etc., etc. - centelha onde se verifica a essência divina e que no homem assinala a hereditariedade celeste! Desses três corpos, o primeiro é temporário, obedecendo apenas à necessidade das circunstâncias inalienáveis que contornam o seu possuidor, fadado à desorganização total por sua própria natureza putrescível, oriunda do limo primitivo: - é o de carne. O segundo é imortal e tende a progredir, desenvolver-se, aperfeiçoar-se através dos trabalhos incessantes nas lutas dos milênios: - é o fluídico; ao passo que o Espírito, eterno como a Origem da qual provém, luz imperecível que tende a rebrilhar sempre mais aformoseada até retratar em grau relativo o Fulgor Supremo que lhe forneceu a Vida, para glória do seu mesmo Criador - é a essência divina, imagem e semelhança - (que o será um dia) - do Todo-Poderoso Deus!

2 - Vivendo na Terra, esse ser inteligente, que deverá evolver pela Eternidade, denomina-se Homem! sendo, portanto, o homem um Espírito encarcerado num corpo de carne ou encarnado.

3 - Um Espírito volta várias vezes a tomar novo corpo carnal sobre a Terra, nasce várias vezes a fim de tornar a conviver nas sociedades terrenas, como Homem, exatamente como este é levado a trocar de roupa muitas vezes...

4 - O suicida é um Espírito criminoso, falido nos compromissos que tinha para com as Leis sábias, justas e imutáveis estabelecidas pelo Criador, e que se vê obrigado a repetir a experiência na Terra, tomando corpo novo, uma vez que destruiu aquele que a Lei lhe confiara para instrumento de auxílio na conquista do próprio aperfeiçoamento - depósito sagrado que ele antes deveria estimar e respeitar do que destruir, visto que lhe não assistiam direitos de faltar aos grandes compromissos da vida planetária, tomados antes do nascimento em presença da própria consciência e ante a Paternidade Divina, que lhe fornecera Vida e meios para tanto.

5 - O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno em condições muito penosas de sofrimento, agravadas pelas resultantes do grande desequilíbrio que o desesperado gesto provocou no seu corpo astral, isto é, no perispírito.

6 - A volta de um suicida a um novo corpo carnal é a lei. É lei inevitável, irrevogável! É expiação irremediável, à qual terá de se submeter voluntariamente ou não, porque a seu próprio benefício outro recurso não haverá senão a repetição do programa terreno que deixou de executar.

7- Sucumbindo ao suicídio o homem rejeita e destrói ensejo sagrado; facultado por lei, para a conquista de situações honrosas e dignificantes para a própria consciência, pois os sofrimentos, quando heroicamente suportados, dominados pela vontade soberana de vencer, são como esponja mágica a expungir da consciência culposa a caligem infamante, muitas vezes, de um passado criminoso, em anteriores etapas terrenas. Mas, se, em vez do heroísmo salvador, preferir o homem a fuga às labutas promissoras, valendo-se de um auto-atentado que bem revelará a vasa de inferioridade que lhe infelicita o caráter, retardará o momento almejado para a satisfação dos mais caros desejos, visto que jamais se poderá destruir porque a fonte de sua Vida reside em seu Espírito e este é indestrutível e eterno como o Foco Sagrado de que descendeu!

8 - Na Espiritualidade raramente o suicida permanecerá durante muito tempo. Descerá à reencarnação prestamente, tal seja o acervo das danosas consequências acarretadas; ou adiará o cumprimento daquela inalienável necessidade caso as circunstâncias atenuantes forneçam capacidade para o ingresso em cursos de aprendizado edificante, que facilitarão as pelejas futuras a prol de sua mesma reabilitação.

9 - O suicida é como que um clandestino da Espiritualidade. As leis que regulam a harmonia do mundo invisível são contrariadas com sua presença em seus páramos antes da época determinada e legal; e tolerados são e amparados e convenientemente encaminhados porque a excelência das mesmas, derramada do seio amoroso do Pai Altíssimo, estabeleceu que a todos os pecadores sejam incessantemente renovadas as oportunidades de corrigenda e reabilitação!

10 - Renascendo em novo corpo carnal, remontará o suicida à programação de trabalhos e prélios diversos aos quais imaginou erradamente poder escapar pelos atalhos do suicídio; experimentará novamente tarefas, provações semelhantes ou absolutamente idênticas às que pretendera arredar; passará inevitavelmente pela tentação do mesmo suicídio, porque ele mesmo se colocou nessa difícil circunstância carreando para a reencarnação expiatória as amargas sequências do passado delituoso! A tal tentação, porém, poderá resistir, visto que na Espiritualidade foi devidamente esclarecido, preparado para essa resistência. Se contudo vier a falir por uma segunda vez - o que será improvável -, multiplicar-se-á sua responsabilidade, multiplicando-se, por isso mesmo, desastrosamente, as séries de sofrimentos e pelejas reabilitadoras, visto que é imortal!

11 - O estado indefinível, de angústia inconsolável, de inquietação aflitiva e tristeza e insatisfações permanentes; as situações anormais que se decalcam e sucedem na alma, na mente e na vida de um suicida reencarnado, indescritíveis à compreensão humana e só assimiláveis por ele mesmo, somente lhe permitirão o retorno à normalidade ao findar das causas que as provocaram, após existências expiatórias, testemunhos severos onde seus valores morais serão duramente comprovados, acompanhando-se de lágrimas ininterruptas, realizações nobilitantes, renúncias dolorosas de que se não poderá isentar... podendo tão dificultoso labor dele exigir a perseverança de um século de lutas, de dois séculos... talvez mais... tais sejam o grau dos próprios deméritos e as disposições para as refregas justas e inalienáveis!

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Autor: Camilo Cândido Botelho
Psicografia de Yvonne A. Pereira.
Livro: Memórias de um Suicida
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De lá pra cá


Ninguém julgue que a morte represente salvoconduto para a beatitude celeste.

Muitas existências em que o programa do bem padece frustração pela nossa rebeldia ou indiferença somente recolhem, depois do túmulo, a aflitiva purgação de nossos erros deliberados.

O inferno mental estabelecido por nós, dentro de nossas próprias almas, exige-nos o retorno à matéria densa para que as chamas do remorso ou do arrependimento se apaguem ao contato de novas lutas…

Aqui, é o usurário que deseja desvencilhar-se da obsessão do ouro usando a túnica da pobreza.

Ali é o tirano que se propõe a aprender humildade nas linhas do anonimato e da angústia.

Mais além, é o delinquente que suspira por reencontrar as vítimas de ontem a fim de resgatar os débitos contraídos.

Na conquista, porém, do recomeço, é indispensável se esforcem com devotamento e renúncia, por alcançar a reencarnação que os investirá na posse da oportunidade pretendida.

Para isso, empenham-se em rasgos de sacrifício, plantando entre os encarnados a bênção da simpatia, o indispensável passaporte para a estação do lar humano, em que se renovarão, à frente do progresso.

Eis porque, a experiência na Terra não representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço que não devemos menosprezar.

Pela instrumentalidade do Plano Físico, reaproximamo-nos de antigas dificuldades ou de passados desafetos para que a obra do amor se reajuste e se consolide, conosco e junto de nós.

Não menoscabes o ensejo de elevação que a atualidade te confere.

A máquina fisiológica em que provisoriamente estagias pode ser uma escada para a Esfera superior ou declive sutil para regiões expiatórias, dependendo de ti fazê-la degrau para a luz ou novo salto ao despenhadeiro da sombra.

Valoriza a existência terrestre e caminha para diante, convertendo a luta redentora em recurso de ascensão.

Recorda que o tempo é o mordomo fiel da vida e se a Bondade do Senhor te concedeu para hoje a riqueza do corpo físico, a justiça d’Ele mesmo, espera-te, amanhã, para a conta imprescindível.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Atenção
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