sábado, 31 de outubro de 2015

JESUS E FAMÍLIA



Faz-se urgente o retorno de Jesus à família .

Somente a Sua presença no lar pode oferecer segurança e equilíbrio para todos quantos se encontram a mercê dos instrumentos de comunicação, preocupados com o consumidor e desinteressados totalmente da criatura .

Humanizar esses veículos, estabelecer programas de educação, de valorização humana, ao invés da exaltação das aberrações , é dever de todos aqueles que já travaram contato com o Evangelho.

Iniciando-se na intimidade da família, pelo menos uma vez por semana, em encontro fraternal com todos os seus membros, no qual sejam debatidos os problemas existentes e apresentadas as soluções que já estão delineadas na lei de amor, a reunião terá por finalidade essencial construir a paz no íntimo de cada um, para que se volte a experimentar a alegria pelas coisas simples e edificantes, sem as convulsões e apelos dos instintos primitivos .

A análise da palavra de Jesus em reunião familiar, ao invés de se manifestar como uma questão religiosa, repetitiva e automática, deve ser rica de encantamento, de fraternidade, em debate franco, filosófico e de renovação social, de maneira que expresse um cometimento para desenvolver o pensamento, a capacidade de entender a vida e a permuta de ideias .

Quando Jesus se adentra no lar, a família se reconstrói e os seus membros descobrem objetivos da consaguinidade, estabelecendo metas de dignificação, que são alcançadas a pouco e pouco .

Ninguém foge de si mesmo. As espetaculares buscas do grosseiro, de forma alguma anulam a presença de Deus na consciência que, adormecida temporariamente, despertará em momento próprio gerando aflições sem nome .

Desse modo, torna-se urgente a necessidade de introduzir Jesus como membro da família, participando da convivência doméstica e tornando-se um ser sempre presente em todos os momentos .

De princípio, uma vez por semana a sua sábia convivência mimetizará a todos, dulcificando os sentimentos e os trabalhando, de forma que a paz e a plenitude se farão naturais no íntimo de todos.

Não postergues o encontro de tua família com Jesus. Faze-o quanto antes, porque mais tarde, provavelmente será tarde demais .

De começo, apresenta-O àqueles a quem amas, de forma sutil, agradável, convidando-os à reflexão, e lentamente deixa-O tomar conta dos corações, verificando que somente através da Sua proposta a vida no lar se pode tornar realmente feliz .

Nunca te arrependerás por trazê-Lo ao convívio familiar . O oposto, porém, será diferente, e quando o lamentares, somente padecerás desnecessários remorsos .

Jesus é Vida, e Vida em abundância !

Tua família é tua vida, sem dúvida. Por isso mesmo, aproxima-se de Jesus e faculta-lhe haurir a Sua sabedoria e a Sua paz .
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JOANNA DE ÂNGELIS


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Tribulações?



Tribulações?

Não te prendas indefinidamente às teias afogueadas com que as tribulações da experiência humana te possam, talvez, barrar os passos;

se decorrem de conflitos em família, desaparecerão com o tempo;

se estão configuradas em prejuízos de ordem material, o trabalho te recomporá o equilíbrio econômico;

se vieram de provas, com as quais não contavas, lembra-te de que serão irresistivelmente dissipadas, na pressa das horas;

se resultam das incompreensões de certos amigos, console-te a certeza de que semelhantes incompreensões não partem de ti;

e se procedem de sofrimento demorado, recebe-as com paciência, trabalhando e servindo sempre, nas atividades em benefício do próximo, porque, a fim de te abençoar e auxiliar, a Providência Divina, com mais facilidade, te encontrará o endereço.
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Emmanuel
Chico Xavier




quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Erro e Reabilitação


(...)
Acusar por acusar ou perseguir por perseguir não resolve o problema que inquieta as criaturas.

O cristão, em geral, e o espírita, em particular, faz mais: ajuda o caído, ao tempo em que invectiva contra os fatores e circunstâncias responsáveis pela sua queda.

Ninguém combate as pragas de uma seara, a fim de condená-la ao abandono.

Não é justo apontar enfermidades sem cuidar dos doentes em aflição.

A atitude correta diante do mal é a prevalência do bem, assim como deve ser o comportamento do crítico, do acusador: a do amparo total e indiscriminado ao equivocado, ao infeliz.

Jesus, que não concordava com o erro em situação nenhuma, jamais deixou de educar, atender, socorrer e amparar os que haviam tombado nas malhas intrincadas da delinquência.

Vigilante e operoso, todo o Seu ministério é um poema de compreensão e fraternidade com os miseráveis, sem que jamais se vinculasse à miséria.

E o fazia, porque o Pai deseja a salvação do ímpio, ao mesmo tempo em que a impiedade deixe de existir no homem.
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Joanna de Ângelis

 
 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Feliz Coração


Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!...

Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem...

Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!...
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança...

Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinquência que os arrasa...
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!...

Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento...

Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.

Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.

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 Meimei
 Chico Xavier
 
 




terça-feira, 27 de outubro de 2015

Reerguei-vos!



Filhos, reerguei-vos da queda em que, inadvertidamente, vos arrojastes.

Não permaneçais estirados no chão do desespero e da inércia, aguardando que mãos anônimas e abnegadas tomem por vós a decisão que vos compete de prosseguir caminhando com os próprios pés.

Levantai-vos e continuai, vacilantes embora.

Reconsiderai a trajetória e acautelai-vos contra possíveis novas quedas.

Mantende-vos o tempo todo vigilantes e não vos descureis um só instante da armadilha traiçoeira de vossas mazelas.

Apoiai-vos nos encargos que vos cabe cumprir, em relação ao próximo, e não vos concedais excessivo tempo nas necessidades pessoais.

Esquecei-vos, quanto puderdes, nas tarefas do bem.

Se magoastes o coração de alguém, não hesiteis em lhe pedir perdão sucessivas vezes, porquanto, se temos a obrigação de perdoar setenta vezes sete a quem nos ofenda, caso sejamos nós os algozes, peçamos às nossas vitimas um perdão ilimitado através de nossas atitudes de regeneração.



A verdade, não vos esqueçais disto, nunca está do lado de quem acusa e fere.


Humilhados por aqueles que vos conheçam os pontos vulneráveis da personalidade, aprendei a contar com a Compaixão Divina que vos ama como sois e não vos aponta o dedo em riste.

Sobre a Terra, a cavaleiro da situação que examina, não há quem possa censurar ninguém ou atirar a primeira pedra.

Por certo, na jornada que cumprimos, muitos tropeços ainda nos esperam, todavia não nos seja isto pretexto para contemporizarmos com o mal ou exercermos excessiva tolerância em causa própria, nos equívocos que perpetramos.

Filhos, que o Senhor vos abençoe e vos fortaleça.

Não olvideis que, se os homens são faltos de misericórdia para com os seus irmãos em Humanidade, Deus não se nega ao perdão a nenhum de seus filhos, mas concede sempre aos que se revelam mais débeis dentre eles a bênção do recomeço no clima da lição.
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 Bezerra de Menezes
 Carlos A. Baccelli




segunda-feira, 26 de outubro de 2015

VIRTUDE SOBRE VIRTUDE



... E o mentor amigo nos contou com alegria e espontaneidade.

Tendo Jesus terminado uma de suas preleções, ao entardecer, junto às águas do lago, entrou em conversação com os discípulos, perguntando a eles qual seria a virtude que avançasse além dela própria.

-É a paciência...- replicou Bartolomeu.

E o diálogo prosseguiu.

- Bartolomeu – elucidou o Divino Mestre – a paciência é integra. Não se elastece.
- É o amor ao próximo – aventou Simão Pedro.

- O amor ao próximo é um dever inarredável. Não se modifica.
- É o espírito de serviço - aventurou Mateus.

Jesus sorriu e explicou:

- Entretanto, o espírito de serviço expressando boa vontade e benevolência, é uma obrigação que não se altera.

- É o perdão das ofensas – disse João, acanhado.

- João, já aprendemos que o perdão das ofensas deve ser repetido setenta e sete vezes.
- É a fé – adiantou Tiago.

- A fé, porém, é um estado de sublimação da alma que não se desloca.
- É a brandura no trato com os nossos semelhantes – sugeriu André com timidez.

- A brandura pra nós, no entanto, é uma atitude compulsória.
O silêncio caiu sobre a turma, qual se os acompanhantes do Mestre estivessem confessando a própria impossibilidade para formular uma resposta à altura da indagação.

Depois de alguns minutos de expectação, o Cristo lançou compassivo olhar sobre os presentes e arrematou:

- Meus amigos, a virtude que se desdobra além de si mesma será sempre o ato de perdoar aos bons, quando os bons aceitam a infelicidade de errar..
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Augusto Cezar
Francisco Cândido Xavier
 


 

domingo, 25 de outubro de 2015

Notas de Esperança




Se algum dia vieres a cair, levanta-te e anda.

Recorda que ninguém recebe um corpo na Terra para estações de repouso.

Todos nós – seja no Plano Físico ou na Vida Maior – somos chamados à construção do Bem. 
E o Bem aos outros será sempre a garantia de nosso próprio Bem.

Se dificuldades repontam da estrada, não te omitas.

Segue adiante, reconhecendo que nos cabe a todos ofertar esforço máximo para que se realize o melhor em nós e em derredor de nós.

Não pares.

A estagnação é ponto obscuro no caminho em que, bastas vezes, os mais nobres valores da existência se corrompem.

Não existe fatalidade para o mal, porquanto o Bem geral triunfa sempre.

Os únicos vencidos no movimento criativo da vida são aqueles que descreram de Deus e de si mesmos, apagando-se, pouco a pouco, no vazio do nada a fazer; 
os que atravessam o tempo, perguntando o porquê das ocorrências e das coisas, sem se dar ao trabalho de conhecer-lhes a origem, a fim de aperfeiçoar-lhes resultado e proveito; 
os que se instalam nas torres de marfim do exclusivismo, temendo os problemas que possam surgir no relacionamento com o próximo; 
os que não acreditam na obrigação de trabalhar, incessantemente; 
e os que se observam caídos nessa ou naquela falta sem a precisa coragem de se reerguerem para começar de novo a tarefa construtiva a que se propõem.

Ainda mesmo que tudo te pareça amargura e sombra na paisagem de moradia, não esmoreças e continua agindo e servindo, porque a fidelidade ao trabalho te iluminará o coração, a fim de que não te afastes do caminho para o encontro com Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier