sábado, 30 de janeiro de 2021

É dando que se recebe


A visão filosófica de Francisco de Assis é profundamente importante, permitindo-nos a compreensão maior do modo como ele viveu pelos caminhos do mundo.

O missionário incomparável lançou mão de instrumentos de vida muito especiais, como as coisas simples de seu tempo.

A percepção íntima de que, em última análise, ninguém é possuidor de coisa alguma no mundo das formas físicas, levou-o a continuadas renúncias e a uma viagem fundamental para dentro de si.

No íntimo de seu ser, encontrava a orientação segura de Jesus a propor que procurasse conquistar a si mesmo, pois aí estaria a riqueza verdadeira, a que não pode ser usurpada por nenhum gatuno, que nenhuma traça pode corroer e que não é consumida pela oxidação.

Entendia isso e percebia como são fugazes os haveres materiais. Como são perecíveis. Como são temporais. Tudo é extremamente vulnerável à ação indomável do tempo.

O pobrezinho de Assis nos clareia os caminhos, mostrando que devemos buscar sempre, em primeiro lugar, valores que pulsem no meio dessa atemporalidade.

O que pertence à alma é aquilo que essa alma pode conduzir consigo, onde quer que vá, onde quer que esteja.

Os únicos valores passíveis de impregnar a alma, tornando-se sua parte constitutiva, como brilho, cor, realidade, decorrem da frequência intensa, desenvolvida através do comportamento individual.

Na conclusão filosófica do jovem de Assis, é dando que se recebe, não registramos nenhuma referência a qualquer coisa material, mas às doações da alma.

É assim que, pelas leis da sintonia, da reciprocidade, ou de causa e efeito, concluiu que o que parte de nós é, de fato, o que a nós retorna.

A sementeira é sempre livre, mas a colheita é obrigatória.

Na figura apresentada por Jesus, o que se oferece ao solo, o solo devolve, ampliado, renovado, sejam aromas de flores, sejam espinhos.
* * *
Semeemos simpatia, e a teremos de volta. Espalhemos farpas e as veremos de retorno.
Distribuamos esperança e nos veremos esperançados. Semeemos agonia, e poderemos contar com a ação do desespero, logo mais.

Ofertemos nosso tempo precioso para atender ao próximo, e veremos que as preocupações do nosso próprio coração também estarão sendo atendidas.
Doemos nosso sorriso ao mundo e o mundo, dentro de nós, sorrirá satisfeito.

Perdoemos aquele familiar que falhou conosco mais uma vez, e perceberemos que, quando nós errarmos, encontraremos mais facilmente o auto perdão.

Semeemos a paz, o otimismo, em meio ao negativismo viciante dos dias atuais, e colheremos tranquilidade em meio ao caos, silêncio em meio à balbúrdia ensurdecedora.
É dando que se recebe. É dando-nos, doando-nos que receberemos a recompensa da consciência pacificada, cumpridora de todos os deveres para com Deus, o próximo e a nós mesmos.

Amemos e nos estaremos amando. Perdoemos e estaremos nos perdoando. Doemos e já estaremos recebendo.
Experimentemos a doce exortação de Francisco de Assis e nos sintamos em paz, desde agora.

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Redação do Momento Espírita, 
com base no cap.20
do livro A carta magna da paz, 
pelo Espírito Camilo,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA : MILTER 03-01-2021
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MENSAGEM DO ESE:

Advento do Espírito de Verdade (IV)

Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o espírito. 

— O Espírito de Verdade. (Havre, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 8.)

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Manter as aparências



O homem atavia-se de quinquilharias e fatuidades, embaraçando-se, depois, de tal forma, que torna o supérfluo indispensável, afadigando-se até a exaustão para manter a aparência que é perfeitamente dispensável.


A escada que conduz à perfeição tem, no entanto, as suas bases fincadas no mundo, cujos degraus devem ser conquistados, passo a passo, com segurança.


Viver pois, no mundo, com probidade, parcimônia e liberdade, deve ser a conduta natural, a fim de que se possa deixá-lo quando chamado ao retorno, sem angústia, nem saudades, nem desesperação.
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Livro: Vigilância
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Prece de Gratidão


Senhor, muito obrigado, pelo que me deste, pelo que me dás!
Pelo ar, pelo pão, pela paz!

Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!

Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Ti imploro comiseração, pois eu sei que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!

Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro.

Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.

Diante de minha capacidade de ouvir,
pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!

Muito obrigado Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola.
Pela voz que com emoção, profere uma sentida oração!

Pela minha capacidade de falar, pelos mudos eu Te quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!

Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.

Mãos de poesias, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amargura.

Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.

E meus pés que me levam a caminhar, sem reclamar.
Porque eu vejo na Terra amputados, deformados, aleijados…e eu posso bailar!!…
Por eles eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação, eles também bailarão.

Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar!
Pois é tão maravilhoso ter um lar…
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor!

O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira…
De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de um cão, porque é tão doloroso viver na solidão!

Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar…, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Ti!

Então muito obrigado porque eu nasci!
E pelo teu amor, teu sacrifício, tua paixão por nós,
Muito obrigado Senhor!
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Amélia Rodrigues/Divaldo Pereira Franco
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MENSAGEM DO ESE:

Dom de curar

Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)


“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 1 e 2.)

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ESQUEMA DE LUZ


Não chores. Trabalha sempre.
Não condenes. Abençoa.
Não te revoltes. Perdoa.
Cultiva o amor fraternal.
Não te detenhas. Prossegue.
Não reclames. Confia.
Busca a celeste alegria
Doando o Bem pelo Mal.
Não te lastimes. Espera.
Não combatas. Colabora.
Serve e serve, hora por hora
No ideal que conduz.
E encontraremos mais cedo,
No amor unido à verdade,
A luz da felicidade
Em nosso esquema de luz.
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Espírito: MARIA DOLORES
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: “A Vida Conta” – Edição C.E.U.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Tranquilidade


Comece o dia na luz da oração.
O amor de Deus nunca falha.

Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.

Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.

Faça o bem quanto possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.

Valorize os minutos.
Tudo volta, com exceção da hora perdida.

Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.

Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.

Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.

Use a gentileza, mas, de modo especial, dentro da sua própria casa.
Experimente atender aos familiares como você trata as visitas.

Em favor de sua paz, conserve a fidelidade a si mesmo.
Lembre-se que no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.
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André Luiz
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

O suicídio e a loucura

A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam.

O mesmo ocorre com o suicídio. Postos de lado os que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se pode chamar de inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por um dia e que melhores serão os dias que hão de vir, enche-se facilmente de paciência. Só se desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a vida humana, com relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas, para o que não crê na eternidade e julga que com a vida tudo se acaba, se os infortúnios e as aflições o acabrunham, unicamente na morte vê uma solução para as suas amarguras. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 14 e 15.)

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TOLERÂNCIA



Vive a tolerância na base de todo o progresso efetivo. 


As peças de qualquer máquina suportam-se umas às outras para que surja essa ou aquela produção de benefícios determinados. 


Todas as bênçãos da Natureza constituem larga seqüência de manifestações da abençoada virtude que inspira a verdadeira fraternidade. 


Tolerância, porém, não é conceito de Superfície. 


É reflexo vivo da compreensão que nasce, límpida, na fonte da alma, plasmando a esperança, a paciência e o perdão com esquecimento de todo o mal. 


Pedir que os outros pensem com a nossa cabeça seria exigir que o mundo se adaptasse aos nossos caprichos, quando é nossa obrigação adaptar-nos, com dignidade, ao mundo, dentro da firme disposição de ajudá-lo. 


A Providência Divina reflete, em toda parte, a tolerância sábia e ativa. 


Deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que corresponde. 


Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar. 


Não solicita do regato improvisada integração com o mar que o espera. 


Dá-lhe caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha. 


Assim também, de alma para alma, é imperioso não tenhamos qualquer 
atitude de violência. 


A brutalidade do homem impulsivo e a irritação do enfermo deseducado, tanto quanto a garra no animal e o espinho na roseira, representam indícios naturais da condição evolutiva em que se encontram. 


O por ódio ao ódio é operar a destruição. 


O autor de qualquer injúria invoca o mal para si mesmo. 


Em vista disso, o mal só é realmente mal para quem o pratica. 


Revidá-lo na base de inconsequência em que se expressa é assimilar-lhe o veneno.


É imprescindível tratar a ignorância com o carinho medicamentoso que dispensamos ao tratamento de uma chaga, porquanto golpear a ferida, sem caridade, será o mesmo que converter a moléstia curável num aleijão sem remédio. 


A tolerância, por esse motivo, é, acima de tudo, completo esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem. 


Quem com os lábios repete palavras de perdão, de maneira constante, demonstra acalentar a volúpia da mágoa com que se acomoda perdendo tempo. 


Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz. 


Não é dobrar joelhos ou escalar galerias de superioridade mendaz, teatralizando os impulsos do coração, mas sim persistir no trabalho renovador, criando o bem e a harmonia, pelos quais aqueles que não nos entendam, de pronto, nos observem com diversa interpretação, compreendendo-nos o idioma inarticulado do exemplo. 


Oferece-nos o Crísto o modelo da tolerância ideal, em regressando do túmulo ao encontro dos aprendizes desapontados. 


Longe de reportar-se à deserção de Pedro ou àfraqueza de Judas, para dizer com a boca que os desculpava, refere-se ao serviço da redenção, induzindo-os a recomeçar o apostolado do bem eterno. 


Tolerar é refletir o entendimento fraterno, e o perdão será sempre profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e segurança.
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Emmanuel 
Chico Xavier 


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Profilaxia contra as obsessões



(...)

Pergunta – Qual a melhor profilaxia contra as obsessões?

Chico Xavier – Nossos Benfeitores Espirituais são unânimes em declarar que o estudo das obras de Allan Kardec para que venhamos a adquirir o conhecimento e a educação de nós mesmos é o passo inicial indispensável, porque precisamos sanar as obsessões que nos flagelem, sem herdar qualquer cativeiro à superstição e ao medo negativo, de que vemos muitos irmãos prejudicados, quando conseguem a suspirada melhoria psíquica em outros setores religiosos. Explicada a necessidade de Allan Kardec para o afastamento do processo obsessivo, temos na profilaxia respectiva, a oração e o serviço ao próximo na base de toda ação restaurativa. Quem quiser estudar, orar, cumprir com os próprios deveres e trabalhar em auxílio dos outros, principalmente daqueles que atravessam dificuldades e provações maiores que as nossas, alcança libertação e tranquilidade, com toda certeza, porque os nossos adversários desencarnados são sensíveis às nossas palavras, mas só se transformam para o bem com apoio em nossas próprias ações.

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Livro: No Mundo de Chico Xavier
Elias Barbosa
IDE – Instituto de Difusão Espírita

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MENSAGEM DO ESE:

Felicidade que a prece proporciona 

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. 

Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os beneficios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. 

Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem. 

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! 

Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não 
poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai. 

- Santo Agostinho. (Paris, 1861.)
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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TALENTOS ENTERRADOS


Enterrar os talentos que a Vida te confia, não significa apenas guardar ciosamente os recursos amoedados de que dispões.


Quantos os que se fazem sovinas de sua capacidade intelectual, recusando-se a ensinar o que sabem!


Quantos os que - avaros da própria felicidade e alegria - privam as pessoas de sua convivência salutar, temerosos de que venham a ser incomodados por elas!


Mais do que aquilo que provisoriamente deténs, em tuas contas bancárias, és chamado a repartir com os outros os tesouros que acumulas no espírito.


Não te esqueças de que, na Parábola contada por Jesus, o talento que o homem se recusou a multiplicar lhe foi completamente subtraído.
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Amor e Sabedoria - Irmão José


terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Ontem, hoje e amanhã



Se receber ingratidão, humilhação, falta de respeito, não pague com a mesma moeda! 

Neste Planeta de provas e expiações, estamos colhendo o que plantamos e plantando o que iremos colher. 

Em outras épocas, humilhamos, prejudicamos, traímos, fomos ingratos, complicamos a vida de muitos irmãos de jornada. 

Tudo que passamos hoje, é por merecimento e para nos tornar melhores e mais fortes.

Dependendo do aceitamento e aprendizado de agora, será nosso futuro.
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Bete Mensagem do dia
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MENSAGEM DO ESE:

Os tormentos voluntários

Vive o homem incessantemente em busca da felicidade, que também incessantemente lhe foge, porque felicidade sem mescla não se encontra na Terra. Entretanto, mau grado às vicissitudes que formam o cortejo inevitável da vida terrena, poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis; em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele se mostra ávido de tudo que o agitará e turbará, e, coisa singular! o homem, como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar.

Haverá maiores do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias. 

Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais; toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos, toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida! 

Não é a eles, decerto, que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, visto que as suas preocupações não são aquelas que têm no céu as compensações merecidas.

Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para, cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida? 

— Fénelon. (Lião, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 23.)

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As 10 maneiras de uma boa convivência



I – Tenha controle de sua língua. Sempre diga menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. A maneira como se fala muitas vezes impressiona muito mais do que aquilo que se fala.

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II – Pense antes de fazer uma promessa e depois não dê importância ao quanto lhe custa. 
*
III – Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela. 
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IV – Tenha interesse nos outros, em suas ocupações, seu bem-estar, seus lares e famílias. Seja alegre com os que riem e lamente com os que choram. Deixe cada pessoa com quem encontra, sentir que você lhe dispensa importância e atenção.
*
V – Seja alegre. Conserve para cima os cantos da boca. Esconda as suas dores, seus desapontamentos e inquietações sob um sorriso. Ria de histórias boas e aprenda a contá-las. 
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VI – Conserve a mente aberta para todas as questões da discussão. Investigue, mas não argumente. É marca de ser superior… discordar e ainda conservar a amizade. 
*
VII – Deixa as suas virtudes falarem por si mesmo e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros. Desencoraje murmúrios. Faça uma regra de falar coisas boas aos outros. 
*
VIII – Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e humor não valem a pena e frequentemente magoam quando menos se espera. 
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IX – Não faça caso das observações más a seu respeito. Só viva de modo que ninguém acredite nelas. Nervosismo e indigestão são causas comuns para maledicência. 
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X – Não seja tão ansioso a respeito de seus direitos. Trabalhe, tenha paciência, conserve seu temperamento calmo, esqueça de si mesmo e receberá a sua recompensa. 
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Cirilo Veloso Moraes



segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A melhor medida


“Mas é preciso que a perseverança produza obra perfeita, a fim de serdes
perfeitos e íntegros sem nenhuma deficiência.”
Tiago 1:4

Mais que as doenças vulgares do corpo, sofres os problemas da alma, agravando-te a tensão, cada dia.

Mais que os micróbios patogênicos a te assaltarem os tecidos do instrumento físico, padeces a intromissão de agentes mentais inquietantes, atormentando-te as fibras da alma.

Levantas-te, cada manhã, muita vez, com as lutas da véspera e, antes que se te rearmonizem as forças, cambaleias mentalmente ao impacto da
irritação de familiares incompreensivos…

Prestas longas explicações, a benefício da tranquilidade ambiente; contudo, mal terminas o arrazoado afetuoso, há quem te malsine a palavra,complicando as questões em torno…

Movimentas correção e sinceridade, honrando os próprios deveres; todavia, quando te julgas a cavaleiro de toda a crítica, aparece alguém arrastando-te o coração ao mercado da injúria…

Empenhas carinho e abnegação no cultivo do amor ao lado de alguém; contudo, quando te crês em segurança no caminho do entendimento, observas que a ingratidão te envenena os melhores gestos…

Entretanto, há frente de toda dificuldade não te lastimes, nem desfaleças…

Para toda a perturbação, a paciência é a melhor medida.

Não profiras qualquer palavra de que te possas arrepender.

Silencia e abençoa sempre, porque, amanhã, quantos hoje se precipitam na sombra voltarão novamente à luz.

Esquecido, usa a paciência e ajuda sem exigir.

Insultado, recorre à paciência e esquece o mal.

Em todas as dores, arrima-te à paciência.

Em todo o embaraço, espera com paciência.

Todo progresso humano surge da Paciência Divina. 

Conserva-te, pois, na força da paciência e, onde estejas, farás sempre o melhor.
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Emmanuel
Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

A fé humana e a divina

No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.


Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?


A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendures que se não chegue a vencer.


O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.


Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. 

Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 12.)

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Perto de nós


Ama o Lugar em que a Divina providência te situa.


Distribui simpatia e bondade para com todos aqueles que te desfrutam a convivência.


Aproveita as tuas oportunidades de trabalho.


Na Terra, chega sempre um instante no qual reconhecemos que os afetos mais queridos e as situações mais valiosas estiveram sempre perto de nós.
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Emmanuel
Chico Xavier 

domingo, 24 de janeiro de 2021

Aos enfraquecidos na luta


Almas enfraquecidas, que tendes, muitas vezes, sentido sobre a fronte o sopro frio da adversidade, que tendes vertido muito pranto nas jornadas difíceis, em estradas de sofrimento, buscai na fé os vossos imperecíveis tesouros.

Bem sei a intensidade da vossa angústia e sei da vossa resistência ao desespero.

Ânimo e coragem!

No fim de todas as dores, abre-se uma aurora de ventura imortal; dos amargores experimentados, das lições recebidas, dos ensinamentos conquistados à custa de insano esforço e de penoso labor, tece a alma sua auréola de imortalidade luminosa; eis que os túmulos se quebram e da paz, além das cinzas e das sombras dos jazigos, emergem as vozes comovedoras dos supostos mortos.

Escutai-as!… Elas vos dizem da felicidade do dever cumprido, dos tormentos da consciência culpada, das obrigações que se nos fazem necessárias…

Orai, trabalhai e esperai.

Palmilhai todos os caminhos da prova com destemor e serenidade.

As lágrimas que dilaceram, as mágoas que pungem, as desilusões que fustigam o coração, constituem elementos atenuantes da vossa imperfeição no Tribunal Augusto, onde pontifica o mais justo, magnânimo e íntegro dos juízes.

Sofrei e confiai que o silêncio da morte é o ingresso em outra vida, onde todas as ações estão contadas e gravadas com as menores expressões dos nossos pensamentos.

Amai muito, embora com amargos sacrifícios, porque o amor é a única moeda que assegura a paz e a felicidade no Universo.
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Emmanuel 
Chico Xavier 
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MENSAGEM DO ESE:

O jugo leve

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”

Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 1 e 2.)

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DIAS IMPREVISÍVEIS 


Mente – vida; paz – vitalidade da mente. Aquele que trabalha os filões sublimes da fonte mental desenvolve a vida e fá-la crescer até que, adornada de paz, glorifica a vida.


Antes do amor não existia a vida, porque Deus é amor. Sem paz não se vencem os óbices que surgem na conquista da vida.


Tenhamos a paz como valioso tesouro que nos compete guardar com sacrifício e zelo. Resguardemo-la, todavia, em nós de tal modo que os ladrões do desespero não n’a possam tomar, quando visitarem o domicílio de nossa alma.


Realizada a paz interior não há como temer dias imprevisíveis, porque ao conquistar o hoje tranquilo, o amanhã será reflexo dessa realização em caráter de perenidade.


Quem deseje integração no espírito da vida realize disciplina de hábitos e costumes e comande a razão para desfrutar de paz.
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Livro: Poemas de Paz
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Simbá
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora