sábado, 9 de outubro de 2021

PERDOAR-SE


Perdoar-se é não viver se martirizando por este ou aquele deslize cometido, mas também não é ignorá-lo de todo.

Se cometeres um erro, por mais grave venha a ser, não permitas que ele te anule ao ponto de que não tenhas forças para repará-lo.

Perdoar-se é obter carta de alforria da própria consciência, que apenas te irá concede-la quando, com ela, houveres quitado os teus débitos.

Acautela-te, no entanto, para que, a excessiva complacência contigo não te endosse a conduta em novas quedas e equívocos.

O perdão ilimitado, que nos aconselha Jesus, é para ser aplicado em relação aos outros e não de nós para nós mesmos.
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Irmão José
 (psic. Carlos Baccelli 
- do livro "Pai, Perdoa-lhes!")
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MENSAGEM DO ESE:

Salvação dos ricos

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (S. LUCAS, cap. XVI, v. 13.)

Então, aproximou-se dele um mancebo e disse:

 Bom mestre, que bem devo fazer para adquirir a vida eterna?

 — Respondeu Jesus: 

Por que me chamas bom? Bom, só Deus o é. Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.

 — Que mandamentos? retrucou o mancebo.

 Disse Jesus: Não matarás; não cometerás adultério; não furtarás; não darás testemunho falso. — Honra a teu pai e a tua mãe e ama a teu próximo como a ti mesmo.

O moço lhe replicou: 

Tenho guardado todos esses mandamentos desde que cheguei à mocidade. Que é o que ainda me falta? 

— Disse Jesus: 

Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.

Ouvindo essas palavras, o moço se foi todo tristonho, porque possuía grandes haveres. 

— Jesus disse então a seus discípulos: 

Digo-vos em verdade que bem difícil é que um rico entre no reino dos céus. — Ainda uma vez vos digo: É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que entrar um rico no reino dos céus. 

(S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24. — S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 18 a 25. — S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, itens 1 e 2.)

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Sublime recomendação


“Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos, 5:19.)

Eminentemente expressiva a palavra de Jesus ao endemoninhado que recuperara o equilíbrio, ao toque de seu divino amor.

Aquele doente que, após a cura, se sentia atormentado de incompreensão, rogava ao Senhor lhe permitisse demorar ao seu lado, para gozar-lhe a sublime companhia.

Jesus, porém, não lho permite e recomenda-lhe procure os seus, para anunciar-lhes os benefícios recebidos.

Quantos discípulos copiam a atitude desse doente que se fazia acompanhar por uma legião de gênios perversos!

Olhos abertos à verdade, coração tocado de nova luz, à primeira dificuldade do caminho pretendem fugir ao mundo, famintos de repouso ao lado do Nazareno, esquecendo-se de que o Mestre trabalha sem cessar.

O problema do aprendiz do Cristo não é o de conquistar feriados celestes, mas de atender aos serviços ativos, a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.

Se recebeste a luz do Senhor, meu amigo, vai servir ao Mestre junto dos teus, dos que se prendem à tua caminhada. Se não possuis a família direta, possuis a indireta. Se não contas parentela, tens vizinhos e companheiros.

 Anuncia os benefícios do Salvador, exibindo a própria cura. Quem demonstra a renovação de si mesmo, em Cristo, habilita-se a cooperar na renovação espiritual dos outros. Quanto ao bem-estar próprio, serás chamado a ele, no momento oportuno.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” 
– psic. Chico Xavier)
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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

À Margem da Estrada


Não passes pelo mundo sem acrescentar o teu tijolo à magnífica construção do bem. Não permitas que os teus dias se escoem sem que algo faças de útil em benefício do próximo.

Não deixes que a tua oportunidade de servir se perca no grande vazio das horas inúteis.

Não consintas em viver exclusivamente para
os interesses pessoais.

Não adotes o comodismo por norma de conduta, refletindo que Jesus permanece no madeiro, braços abertos, à nossa espera.

Enquanto tens forças para caminhar, sai de ti mesmo ao encontro daqueles que choram à margem da estrada...

Atende-os, como se fossem eles – e realmente o são – vida de tua própria vida.

Liberta-te dos pesados grilhões da indiferença!

Sê a fonte de água pura para os sedentos, a
côdea de pão para os famintos, a veste aconchegante para os que sentem frio, o bálsamo para as feridas que sangram, a mão amiga para os que tropeçam, o
consolo para os que sofrem....

Recordando a palavra do Mestre: “Eu vos digo em verdade, quantas vezes o fizestes com relação a um desses mais pequenos de meus irmãos, foi a mim que fizeste”, apressa-te no cumprimento do dever, porquanto, todas as vezes que te
 furtares à prática do bem, estarás, em essência, negando auxílio Àquele a quem tudo devemos.
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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Brilhe vossa Luz
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MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (II)

Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. “Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?” É exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo.  

Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.

Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos de nobreza.

– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.)

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Manual das famílias felizes


- Lar, doce lar?

Às vezes as relações de convivência estão mais próximas do vinagre que do açúcar e do afeto. Nenhuma família é um recôndito de paz as 24 horas do dia. De fato, nenhum ambiente onde convivam estreitamente dois ou mais seres humanos pode sê-lo, pelas diferentes formas de se encarar a vida.

No entanto, existem algumas formas de se preservar o afeto, a alegria e a satisfação nas relações mais intensas e ao mesmo tempo mais difíceis, mas também gratificantes e enriquecedoras que mantemos em nossa existência: as que temos com nossos parentes mais próximos.

Na família convém não haver "vencedores ou vencidos", porque, segundo um velho provérbio, "a melhor vitória é aquela na qual ganham todos".
A "chave mágica" para consegui-la tem três pilares:
harmonia, equilíbrio e comunicação.


- Trate seus parentes como amigos.


Evite reservar sua parte mais sombria - suas queixas, cansaço, impaciência, maus momentos - para dedicá-la àqueles que mais ama.

As relações familiares, assim como as existentes entre amigos, devem ser cultivadas e regadas com respeito, tolerância, demonstrações de afeto e alegria compartilhada.
No início pode parecer um pouco difícil dizer o quanto se gosta de uma pessoa, com palavras ou por meio de pequenos gestos.


- Desligue a televisão enquanto come.


 
A telinha desempenha uma atração quase hipnótica, que em algumas ocasiões faz com que a vejamos como marionetes, sem nos importar com a programação.

A menos que se trate de um programa interessante, é importante apagá-la e aproveitar esses momentos para brincar com seus filhos e o marido e mostrar ainda mais envolvimento na vida familiar.

Não é melhor aproveitar quando todos estão à mesa para falar e compartilhar experiências ou sobre o que aconteceu ao longo do dia, em vez de todos assistirem à televisão como marionetes?


- Preveja os momentos de irritação e mantenha a calma


Em vez de deixar-se levar pela ira, pelo ego ferido ou outras justificativas mesquinhas, que te afastam da real importância de um determinado assunto, procure manter-se centrado na solução, com serenidade e firmeza.

Se você percebe que está sendo levado pela impulsividade, pise no freio, respire profundamente e volta a buscar soluções e saídas, em vez de ficar obsessivo com o problema.

Discutir "em família" as diferentes opções para se sair do atoleiro, é um exercício que dá resultados surpreendentes.


- Peça perdão e tente entender


Em todas as relações próximas e contínuas é fácil "ferir o outro", sem que depois desculpas ou pedidos de perdão bastem. É preciso colocar-se no lugar da outra pessoa para compreendê-la.


- Alguns erros que todos devem evitar:


Recorrer a agressões ou ameaças;
revirar o passado;
fazer promessas que não podem ser cumpridas;
tentar solucionar a vida dos demais;
falar em vez de ouvir;
dizer as coisas por meio de terceiros;
punir alguém por dizer a verdade;
querer ter sempre a razão.

Se você evitar esses comportamentos e atitudes, sua vida familiar começará a funcionar com menos conflitos e atritos.
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Por María Jesús Ribas. E F E - REPORTAGENS
Publicado em Yahoo! Notícias
EFE Reportagens, 05/dez/2007

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

SEPARAÇÃO CONJUGAL


Se não te é possível prosseguir convivendo com real proveito espiritual com o teu cônjuge, é melhor que te separes.

Preferível que adies temporariamente a prova, em vez de mais te complicar dentro dela.

Após esgotados todos os recursos de convivência harmoniosa com quem te consorciaste em matrimônio, é razoável que, sem maiores prejuízos psicológicos e afetivos para si e para os filhos, cada qual siga o seu caminho.

Guarda, no entanto, a convicção de que tornarás a facear, mais tarde, a luta que agora postergaste.

A Lei Divina a nada nos constrange, mas a consciência nos requisita reiterados esforços de superação junto àqueles com os quais convivemos.

Antes de tomar qualquer decisão relacionada ao compromisso matrimonial, convêm que sopeses a responsabilidade de teus atos.

Dedicando-se ao cultivo de suas roseiras, é natural que, além das rosas, o jardineiro se defronte com os espinhos.

Toda estrada a ser percorrida é repleta de percalços.

Ignorar as dificuldades em qualquer área do relacionamento humano, é iludir a si próprio.

E pode ser que, deliberando fugir a determinado problema cármico que te aflige, venhas a te deparar com outro de maior complexidade.
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Obra: Teu Lar
Irmão José
Divaldo Franco
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (III)

O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los. Se, por efeito de imprevistos reveses, vos tornardes qual Job, dizei, como ele: “Senhor, tu mos havias dado e mos tiraste. Faça-se a tua vontade.” Eis aí o verdadeiro desprendimento. Sede, antes de tudo, submissos; confiai nAquele que, tendo-vos dado e tirado, pode novamente restituir-vos o que vos tirou. Resisti animosos ao abatimento, ao desespero, que vos paralisam as forças. Quando Deus vos desferir um golpe, não esqueçais nunca que, ao lado da mais rude prova, coloca sempre uma consolação. Ponderai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos do que os da Terra e essa idéia vos ajudará a desprender-vos destes últimos. O pouco apreço que se ligue a uma coisa faz que menos sensível seja a sua perda. O homem que se aferra aos bens terrenos é como a criança que somente vê o momento que passa. O que deles se desprende é como o adulto que vê as coisas mais importantes, por compreender estas proféticas palavras do Salvador: “O meu reino não é deste mundo.”

A ninguém ordena o Senhor que se despoje do que possua, condenando-se a uma voluntária mendicidade, porquanto o que tal fizesse tornar-se-ia em carga para a sociedade. Proceder assim fora compreender mal o desprendimento dos bens terrenos. Fora egoísmo de outro gênero, porque seria o indivíduo eximir-se da responsabilidade que a riqueza faz pesar sobre aquele que a possui. Deus a concede a quem bem lhe parece, a fim de que a administre em proveito de todos. O rico tem, pois, uma missão, que ele pode embelezar e tornar proveitosa a si mesmo. Rejeitar a riqueza, quando Deus a outorga, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, gerindo-a com critério. Sabendo prescindir dela quando não a tem, sabendo empregá-la utilmente quando a possui, sabendo sacrificá-la quando necessário, procede a criatura de acordo com os desígnios do Senhor. Diga, pois, aquele a cujas mãos venha o que no mundo se chama uma boa fortuna: Meu Deus, tu me destinaste um novo encargo; dá-me a força de desempenhá-lo segundo a tua santa vontade.

Aí tendes, meus amigos, o que eu vos queria ensinar acerca do desprendimento dos bens terrenos. Resumirei o que expus, dizendo: Sabei contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis os ricos, porquanto a riqueza não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais que os bens de que dispondes apenas vos estão confiados e que tendes de justificar o emprego que lhes derdes, como se prestásseis contas de uma tutela. Não sejais depositário infiel, utilizando-os unicamente em satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis com o direito de dispor em vosso exclusivo proveito daquilo que recebestes, não por doação, mas simplesmente como empréstimo. Se não sabeis restituir, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que aquele que dá aos pobres, salda a dívida que contraiu com Deus.

— Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

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Mensagem de Encorajamento


Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes.

Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.

A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm os vapores da morte e os fluidos da loucura.

Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso... Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinqüência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.

Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.

O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.

Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...

Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia...

Com o tempo, a semente pequenina incha no seio da terra, transformando-se, até um dia...

Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia...

Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.

Com o tempo, a Mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra, convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...

Enxugue o suor da ansiedade.

Guarde as lágrimas da inquietação.

Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.

Escude-se na dor dos outros e avance.

Lembre-se dos que caíram somente para os ajudar.

Olhe os vitoriosos da luta e siga com eles.

Não se preocupe por você ter tombado ontem, na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em seu caminho.

Vença a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Encha a alma com a alegria de tudo poder em Cristo.

Todas as coisas passam, na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.

No Grande Além, no entanto, há sempre luz.

Não se aflija com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.

Aceite hoje os acúleos, coroando-lhe a cabeça para que um braseiro de remorsos não lhe arda na consciência mais tarde.

Atenda e socorra o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.

Sem desfalecer nem recear, repita: Com Jesus vencerei!, e mais fácil lhe parecerá a redenção.

Amigo do Cristo, ponha-se de pé e siga arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como você mesmo, sofrimentos e aflições.
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Pelo Espírito Scheilla
FRANCO, Divaldo Pereira. Crestomatia da Imortalidade. Espíritos Diversos. LEAL.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

VIDA: DUAS VIDAS


A vida são duas vidas.

A sua vida interior é a responsável pelos reflexos no seu comportamento exterior. O que você anele e cultive na mente se tornará impulso e necessidade que se manifestarão em busca intérmina.

Assim, tente abandonar o ego, porém sem pressão nem amargura, e sim mediante a reflexão em torno daquilo que lhe é realmente importante, pois que de imediato se apresentará na face exterior da sua vida como a harmonia desejada.

O equilíbrio do seu pensamento, fazendo-o tagarelar menos e meditar mais, facultar-lhe-á um bom trânsito entre a vida interior e a exterior.

Quando você conseguir vencer no íntimo as paixões dissolventes, externamente você irradiará bem-estar, porque todo aquele que conhece a verdade corrige os excessos, e não se preocupa com os resultados imediatos.

Aquele que apenas exibe a verdade, inquieto quão infeliz, fomenta e vive a balbúrdia, incapaz de beneficiar-se com a realidade.

A vida interior saudável vincula o homem ao Mundo transcendente; enquanto o exterior, com as suas sensações,
liga-o ao mundo físico. Viva interiormente na luz, e o exterior se manifestará em tranquilidade, sem qualquer tormento.
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Eros
Divaldo Franco
Obra: Paz íntima
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MENSAGEM DO ESE:


A indulgência (II)


Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.


Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.


Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.


Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.


— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)

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Luz no Lar



Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.


Em casa, começa nossa missão no mundo.


Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.


Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.


Fujamos à frustação espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.


Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promesssa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.
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Espírito Scheilla
XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Espíritos Diversos. FEB.
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Nisto reconheceremos



Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (I João, 4:6.)


Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas:


• perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa;


• esquecendo o mal para construir o bem;


• amparando com sinceridade aos que nos aborrecem;


• cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam;


• olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos;


• guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração;


• perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem;


• negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos;


• carregando nossas dificuldades como dádivas celestes;


• recebendo adversários por instrutores;


• bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior;


• convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade;


• descortinando ensejos de servir em toda parte;


• compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados;


• amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa;


então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz”
– psic. Chico Xavier)

terça-feira, 5 de outubro de 2021

OLHOS DE MISERICÓRDIA


A maldade é, em todos os seres, um estado transitório.

Compadece-te, pois, de quem a pratica.

Mais que punição, o criminoso é alguém que requer prolongado tratamento.

Em determinadas circunstâncias, o homem é passível de cometer os maiores desatinos.

Imaginemos se Deus não nos olhasse com os olhos repletos de Misericórdia!

Quem há que não necessite de indulgência?

Que os nossos olhos se encham de misericórdia para com os semelhantes.

Na mão que apedreja e na voz que calunia, vejamos o espírito doente.

Na atitude mais absurda, detectemos a enfermidade de quem por ela se responsabiliza.

A mente adoece com mais frequência e gravidade do que o corpo.

Analisa o teor dos teus pensamentos e saberás que assim é.

O ser humano em evolução, recém-saído de seu primitivismo psicológico, é um espírito tangenciando a insanidade.
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Irmão José 
psic. Carlos Baccelli
Livro: Dias Melhores
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MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. — São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade.

– Allan Kardec.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)

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Na experiência atual


A evolução é a transição do ser da condição de escravo à condição de senhor do próprio destino.

Almas milenarmente necessitadas, somos agora discípulos do bem. E ainda no estágio da experiência, atual, por vezes, inconscientes e distraídos, se aprendemos, fazemos segredo do que sabemos; se ganhamos, erguemos o monopólio do que temos; se nos emocionamos, disfarçamos o que sentimos em prejuízo dos semelhantes.

Por isso, frequentemente, nossos Espíritos, cegos não veem as bênçãos da Providência; surdos — não ouvem as vozes que cascateiam da Altura; mudos — não confessam as próprias faltas.

Cumpre-nos considerar, entretanto, que ninguém adita um milímetro de imperfeição perene à obra Imperecível de Deus, da qual participamos inevitavelmente, desde que fomos criados, porquanto, toda manifestação impura tem a duração de um átimo, à frente da Eternidade.

Desse modo, não te amofines quanto às condições difíceis em que te encontras, na romagem terrestre, sejam elas quais forem.

Se a Lei concede o corpo conforme o Espírito, não olvides que as melhores posições, perante o mundo, são aquelas que nos oferecem as inibições físicas, as dificuldades de nascimento, as heranças fisiológicas de amargo teor, as lutas e os obstáculos incessantes, as adversidades e provações sucessivas, pois somente no círculo dessas desvantagens aparentes é que superamos os nossos antigos defeitos morais e nos candidatamos às Estâncias Resplandecentes da Vida Maior.

Estuda as tuas facilidades do momento que passa. Quase sempre a obsessão entra na vida humana de braços dados com elas…

Se trazes a consciência arpoada pelo remorso, não te entregues inerme ao aguilhão com que te prende a cabeça. Busca refazer o destino, ajudando os outros, hora após hora, sem te esqueceres de que se o sorriso é idioma internacional, o gemido também o é…

E auxiliando, age com presteza, de vez que o remédio que chega atrasado, torna-se fraco para combater a doença que já progrediu…

Auscultemos intuitivamente o báratro do pretérito, no pélago de nós mesmos, pois a culpa, em forma de tentação, se nos imiscui no presente, até o resgate final dos próprios débitos, contudo, ainda, assim, arrima-te no trabalho e asserena-te na esperança, porque, mesmo nas mais densas trevas, ninguém vive órfão da Solidariedade Divina. 
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Lameira de Andrade
(Psicografia de Waldo Vieira)

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

PESSOAS CONTROLADORAS


(...)

O bom uso do poder desenvolve as habilidades para liderança. 

As pessoas que conseguem se organizar na vida, harmonizar os pensamentos, despertam o carisma. 

Essa força contagia positivamente aqueles que estão ao redor, facultando a essas pessoas o poder da liderança.

Já aqueles que têm o poder mal resolvido, melhor dizendo, que não assumem sua própria vida nem sequer controlam os próprios pensamentos, passam a dominar negativamente a vida dos outros. 

Portanto, as pessoas controladoras são aquelas que apresentam frustrações, pois não conseguem exercer poder sobre sua própria vida.
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Livro: Metafísica da Saúde, Volume 3: Sistemas Endócrino (Incluindo
Obesidade) e Muscular
Valcapelli, Gasparetto
Editora Vida & Consciência Editora
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.
Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar.

(O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)

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Decálogo de aperfeiçoamento


1 — Diminua as próprias necessidades e aumente as suas concessões.

2 — Intensifique o seu trabalho e reduza as quotas de tempo inaproveitado.

3 — Eleve as ideias e reprima os impulsos.

4 — Liberte o “homem do presente”, na direção de Jesus e aprisione o “homem do passado” que ainda vive em você.

5 — Vigie os seus gestos, entendendo os gestos alheios.

6 — Persevere no estudo nobre, reconhecendo na vida a escola sagrada de nossa ascensão para Deus.

7 — Julgue a você mesmo e desculpe indistintamente.

8 — Fale com humildade, ouvindo com atenção.

19 — Medite realizando e ore servindo.

10 — Confie no Amor do Eterno e renda culto diário às obrigações em que Ele Mesmo nos situou.
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André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira
Obra: Ideal Espírita
Área perigosa
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O problema do julgamento


O problema do julgamento das aparências, das atitudes do próximo e da pessoa em si mesma é sempre um cometimento ingrato, para quem se coloca na condição de juiz.

Exceção feita aos nobres togados pelas leis de cada país, encarregados da delicada quão difícil tarefa de exercerem a Justiça entre os homens, a fim de preservarem a ordem, a moral e a dignidade humana, pois a ninguém mais compete à insensata posição de julgador. 

As ocorrências observadas são sempre resultado de acontecimentos desconhecidos.

Julgar um sucesso, quando este eclode, tomando uma posição apriorística, não deixa de ser precipitação em área perigosa.

Quem julga naturalmente se crê em condição de absolver, quanto de condenar.

Para tal cometimento ser-lhe-iam necessárias estrutura moral e autoridade, decorrentes de uma vivência exemplar.

Os dados de que se dispõem nos julgamentos das atitudes alheias são sempre deficientes, e a alta carga emocional da simpatia ou antipatia pessoal responde pela apreciação do que se examina com benignidade ou rudeza.

O erro é sempre desvio de rota.

Dependendo da pessoa que nele incide, há que se considerar fatores que escapam, de natureza sócio psicológica, econômica, moral, espiritual.

Quando explode uma situação ou alguém delinque, justo que se tenham em mente as raízes do problema que estruge, lamentável.

Atitude ideal será sempre a do amor.

A mulher adúltera, apresentada a Jesus pelo farisaísmo hipócrita, antes que uma pecadora era vítima em si mesma, que derrapara na insensatez por vários motivos que a infelicitavam…

A traição de Judas resultou de ser ele um Espírito débil e obsesso que, inobstante o carinho do Mestre, não conseguiu vencer a própria pusilanimidade.

A dúvida contumaz de Tomé decorria da fragilidade dos seus valores espirituais em torno da reflexão e da fé.

Não foram julgados pelo Senhor, antes amados e ajudados com carinho, a fim de que não voltassem a reincidir, sendo outras vezes infelizes infelicitadores.

Os julgamentos sobre o comportamento do próximo, antes de pretenderem ajudar, degeneram na maledicência que pretendem denegrir.

Não há lugar para essa situação perniciosa no coração do discípulo do Cristo.

O que vês suceder nem sempre é conforme se te ocorre.
Não precipites, portanto, apontamentos.

Melhor será que concedas um crédito de confiança e tenhas em bom conceito quem não os merece, pois que, se te defraudar a si mesmo se engana, do que negando oportunidade e ajuda a quem te parece sem valor, no entanto, é credor de confiança e respeito.

Quanto possas, evita que o julgamento dos pérfidos te apresente uma imagem negativa do teu irmão, desconhecido, armando-te contra ele.

Acautela-te daqueles cuja boca vã somente te envenena o coração e te perturba a mente, técnicos em acusações, pessimismos e acrimônias, muitas vezes disfarçados, habilmente sutis, mas, de qualquer forma, cruéis, perniciosos.

Não julgues e sê generosos com todos, embora a recíproca não te seja outorgada.

Área perigosa, a do julgamento.

Unge-te de amor pelos ingratos, os fracos, os caídos, os delinquentes, os desditosos, os perversos, nossos irmãos necessitados de fraternidade, pois que com a medida com que os julgares, assim também serás julgado e como os receberes também Nosso Pai de misericórdia te receberá.
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Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Obra: Oferenda

domingo, 3 de outubro de 2021

O que tens feito?


O que tens feito para transformar em obras a tua fé?

Para melhorar o teu relacionamento com as pessoas?

Para facilitar a solução dos teus problemas?

Para diminuir a distância que se fez entre ti e os teus familiares?

Para te esmerares na profissão tornando-te mais produtivo e menos suscetível de queixas?

Para não te revelares tão frágil diante das dificuldades?

Para deixar de ser vítima da própria imprevidência e insensatez?

Para conquistar maior simpatia dos que convivem contigo?

Para não te melindrares com tanta frequência?
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Irmão José 
 Carlos Baccelli
Obra: Orai e vigiai
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MENSAGEM DO ESE:

Dai a César o que é de César

Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. — Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo?

Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:

Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? 

— De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)

A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa.

Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha.

Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.

Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. 

Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)

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Sinais de Alarme


Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:

quando entramos na faixa da impaciência;

quando acreditamos que a nossa dor é a maior;

quando passamos a ver ingratidão nos amigos;

quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;

quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;

quando reclamamos apreço e reconhecimento;

quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;

quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;

quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente;

quando julgamos que o dever é apenas dos outros.

Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou na luz do discernimento.
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Scheilla
Chico Xavier
Obra: Ideal Espírita