sábado, 10 de maio de 2025

Ao levantar-se


Agradeça a Deus a bênção da vida, pela manhã.

Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.

Levante-se com calma.

Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.

Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.

Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Sinal Verde
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10 de maio

Nunca deixe de agradecer por cada lição aprendida, mesmo que tenha sido difícil.

Perceba que somente o melhor resultará e cada dificuldade é somente um degrau no caminho.

Lições importantes devem ser aprendidas e quanto mais depressa, melhor.

Não tente se esquivar delas, ou rodeá-las; reconheça seu valor e encare-as de frente.

Não seja como uma agulha de vitrola presa num sulco, repetindo sempre os mesmos erros.

Quando tiver vontade de mudar, mude.

Quando quiser ser diferente e viver uma vida vitoriosa, decida-se nesse sentido e você conseguirá.

Por que não começar agora a ver somente o melhor na vida e aproveitá-la como ela deve ser aproveitada?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Injúrias e violência

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. — Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do
amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?
Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros.

Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus.

Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, itens 1 a 5.)
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Respeite seu Filho


Seu filho é abençoado aprendiz da vida. Não lhe dificulte a colheita das lições, fazendo-lhe as tarefas.

Seu filho é flor em botão nos verdes ramos da existência. Não lhe precipite o desabrochar, estiolando-lhe a vitalidade espontânea.

Seu filho é discípulo da existência. Não lhe cerceie a produtividade, tomando sobre os seus ombros os misteres que lhe competem.

Seu filho é lâmpada em crescimento de luz. Não lhe coloque o óleo viscoso da bajulação para que não afogue o pavio onde crepita a chama da esperança.

Seu filho é fruto em formação para o futuro. Não procure colher, antes do tempo, o benefício que não lhe pertence.

Lembre-se, mãe devotada que você é, que o seu filho também é filho de Deus.

Você poderá caminhar ao seu lado na estrada apertada, mas ele só terá honra quando conseguir chegar ao objetivo conduzido pelos próprios pés.

Você tem o dever de lhe apontar os abismos à frente, mas a ele compete contornar os obstáculos e descer às baixadas da existência para testar a fortaleza do próprio caráter.

Você deve ministrar-lhe o pábulo do Evangelho, mas a ele compete o murmúrio das orações, na prece continuada das ações nobres.

Seu filho é discípulo amado que Deus pôs ao alcance do seu coração enternecido, no entanto, a sua tarefa não pode ir além daquele amor que o Pai propicia a todos, ensinando no tempo próprio, corrigindo na luta e educando através da disciplina para a felicidade.

Mostre-lhe a vida, mas deixe-o viver.

Fala-lhe das trevas, mas dê-lhe a luz do conhecimento.

Mande-o à escola, mas faça-se mestra dele no lar.

Apresente-lhe o mundo, mas deixe-o construir o próprio mundo.

Tome-lhe as mãos e ponha-as no trabalho, ensinando com o seu exemplo, mas não lhe desenvolva a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.

Seu filho é vida da sua vida que vai viver na vida da Humanidade inteira.

Cumpra o seu dever amando-o, mas exercite o seu amor ensinando-o a amar e fazendo que, no serviço superior, ele se faça um homem para que o possa bendizer, mais tarde.

Ame, em seu filho, o filho de todas as mães, e ame nos filhos das outras o seu próprio filho, para que ele, honrado pelo amor de outras mães, possa enobrecer o mundo, amando outros filhos.

Seu filho é semente divina; não lhe negue, por falta de carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais será fonte de vida.

Mãe! Seu filho é a esperança do mundo; não o asfixie no egoísmo dos seus anelos, esquecendo-se de que você veio à Terra sem ele e retornará igualmente a sós, entregando-o a Deus consoante as leis sábias e justas da Criação.

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Amélia Rodrigues
Divaldo Franco 
Obra: Crestomatia da Imortalidade
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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Em nossa luta


“Segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição.” - Paulo. (II Coríntios, 13:10.)

Em nossa luta diária, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que nos foram emprestados pelo Senhor.

A idéia de destruição assalta-nos a mente em ocasiões incontáveis.

Associações de forças menos esclarecidas no bem e na verdade?

Somos tentados a movimentar processos de aniquilamento.

Companheiros menos desejáveis nos trabalhos de cada dia?

Intentamos abandoná-los de vez.

Cooperadores endurecidos?

Deixá-los ao desamparo.

Manifestações apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudência evangélica?

Nossos ímpetos iniciais resumem-se a propósitos de sufocação violenta.

Algo que nos contrarie as idéias e os programas pessoais?

Nossa intolerância cristalizada reclama destruição.

Entretanto, qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mãos, em nome do Divino Doador?

Responde-nos Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nos que recebeu faculdades do Senhor para edificar e não para destruir.

Não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado.

Renovemos para o bem, transformemos para a luz.

O Supremo Pai não nos concede poderes para disseminarmos a morte. Nossa missão é de amor infatigável para a Vida Abundante.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de Luz
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09 de maio

Nade a favor da correnteza, não contra ela.

Quando você sentir que mudanças são necessárias, mude sem resistência.

Seja bem flexível.

Mantenha-se receptivo e nunca adote a atitude "O que foi bom para os meus pais é bom para mim".

As necessárias mudanças jamais acontecerão se esta for a sua atitude, porque elas não se encaixam mais nos moldes antigos; elas cresceram e precisam de mais espaço.

Dê-lhes mais espaço expandindo-se com elas.

O processo não será doloroso se não houver resistência.

Uma planta que cresce precisa de um vaso maior para que suas raízes possam se espalhar.

Se a sua consciência cresceu além dos conceitos antigos você precisa permitir que ela se expanda por novos territórios.

Este processo deverá se processar muito naturalmente, sem pressões ou tensões.

Simplesmente solte-se, relaxe e sinta-se mudar e expandir tão naturalmente quanto você respira, transportando-se do velho para o novo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)

A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)
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Prece para ti mesmo


Deus!... Sou eu que Te falo! Eu me proponho a ler este livro, já sabendo que ele trata de assuntos altamente incômodos à minha personalidade. Pelo sumário e pelo título, nota-se o quanto temos de nos esforçar como médicos de nós mesmos, fazendo diariamente a nossa cirurgia mental, de modo que ela restabeleça o equilíbrio espiritual em nosso coração, juntamente com os sentimentos.

Conheço as minhas falhas, sei que os meus pés têm pisado em terreno que não é próprio aos pés de um verdadeiro discípulo de Jesus. No entanto, estou disposto a mudar de direção, para fazer a Tua vontade e não a minha, em todos os objetivos de servir que começam a nascer em meu íntimo.

Quero confiar em Teu amor...

Ajuda-me!

Quero sentir a Tua presença na minha vida...

Ajuda-me!

Quero facilitar o livre trânsito do amor no meu mundo interno...

Ajuda-me!

Divino Senhor! Não deixes que eu ocupe o tempo precioso vendo os defeitos alheios. Não permitas que a minha boca sirva de escândalos para alimentar a vingança, o orgulho e a vaidade. Livra-me do ambiente de discórdia e de maledicência.

Deus de eterna bondade! O Teu amor conforta-me o coração! Eu Te peço que me ajudes a melhorar, porque somente Tu sabes das minhas enfermidades morais. Estou disposto a operar-me no mesmo hospital em que vivo diariamente, onde o maior enfermo sou eu. Mas quero que me ajudes em tal disposição, para fechar os olhos aos erros de quem anda comigo no mesmo caminho, para ver com clareza o que tenho de pior, para que o bisturi da boa vontade trabalhe em mim sem o impedimento da vaidade e do amor próprio.

Ajuda-me a ajudar!

Senhor, eu Te peço para me lembrares, ao ler páginas de auto educação, do que tem de ser corrigido em meus caminhos, agradecendo aos outros pelos exemplos que me ofertam no silêncio da própria vida.

Lembra-me, meu Deus, para que eu não imponha as minhas ideias
nos corações dos que me cercam e vivem comigo.
Lembra-me, Senhor, para que eu adquira a obediência e a autoeducação.
E quando eu tiver cultivado alguma virtude, não critique quem ainda não teve tal oportunidade.

Sei que o amor não ofende, não maltrata, não enxovalha, não fere e não exige. Porém, na hora em que o bem-estar invade o meu coração, pela Tua misericórdia, eu faço tudo isso, pelo prazer de diminuir o próximo, exaltando-me naquilo que não possuo. Quero Te pedir para me ajudar a combater o egoísmo que veste, dentro de mim, variadas roupas, disfarçando-se em modalidades diversas para que eu me engane a mim mesmo, deixando imperar o orgulho.

Ajuda-me, Senhor, a ajudar a mim mesmo, na escala em que permaneço, sem ofender os outros e sem diminuir a quem quer que seja.
Abençoa-me, e a todos, mostrando-me o que devo fazer, sem desculpas, dentro de mim mesmo.

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Lancellin
João Nunes Maia
Obra: Cirurgia moral
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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Questões de pureza


 A pretexto de seres bom, não desampares aquele que o mundo categoriza por mau, de vez que amanhã, esclarecidas as nossas contas, na Justiça Divina, é possível que as nossas virtudes venham a desejar.

 A pretexto de seres humilde, não te distancies daquele que a Terra classifica por orgulhoso, porquanto, um dia, é provável que a nossa singeleza exterior, ao sol da Verdade Eterna, se reduza à vaidade e ilusão.

 A pretexto de seres paciente, não menosprezes aquele que muitos acreditam impulsivo e violento, porque, na esfera da realidade sem mescla, bastas vezes, a nossa suposta serenidade não passa de ociosidade da mente e do coração.

A pretexto de seres caridoso, não fujas daqueles que a sociedade define como sendo ingrato e insensível, entendendo-se que, em muitas ocasiões, ante a luz meridiana do conhecimento superior, a nossa pretensa superioridade é simples tirania do sentimento.

*
Recorda que a semente limpa em que se te baseia o prato de cada dia procede do chão escuro.

Há, na Terra, muita veste alva que, na essência, se tinge com o suor e com o sangue de irmãos sacrificados por duras exigências e há muita roupa andrajosa e aparentemente enlameada ocultando corações sublimes e heroicos, de cuja abnegação se derrama resplendente brilho solar.

Aprendamos com Jesus a socorrer os pântanos da estrada e, decerto, do lodo que nos mereça compreensão e devotamento, surgir-nos-á o lírio sublime do reconhecimento e do amor que, em se levantando das trevas do charco para a glória da Altura, nos indicará ao Espírito deslumbrado o excelso caminho da própria ressurreição.

🍄🌵🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Passos da vida
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08 de maio

Esta vida espiritual exige almas completamente dedicadas, pois, sem dedicação, elas não aguentarão a caminhada.

Se você não está firmemente direcionado e completamente dedicado, muitos fatores poderão desequilibrá-lo.

Uma vida plena e gloriosa deve ser vivida em tempo integral.

Você tem que se manter alerta dia e noite para poder entrar em ação assim que for necessário, sem nenhuma preocupação por si próprio.

Haverá momentos em que será necessário agir baseado somente na fé e na confiança, sem nem mesmo perguntar as razões.

Você terá que agir de acordo com sua intuição e inspiração sem que haja nenhuma razão aparente para justificar o que você está fazendo.

Mas quando você souber que uma coisa está certa, vá em frente, com a certeza que a força da luz o estará acompanhando, porque EU ESTOU com você.

🍄🌵🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)
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Um fofoqueiro no centro...


Realizava palestra em determinada cidade do interior de um estado brasileiro qualquer, quando, após a apresentação, um senhor me procura e narra sua experiência:

“Moço, corria o ano de 1977 e eu labutava num centro espírita aqui da cidade. Nesta casa tínhamos um companheiro complicado, sujeito do vinagre, azedo, sua boca era um veneno só. Falava mal de todos, disseminava a fofoca, enfim, homem terrível de conviver. Mas eis que a vida não manda avisar quando a senhora da foice virá buscar e, num certo dia, recebemos a notícia do desencarne daquele indivíduo. Ataque cardíaco, fulminante! Enfim, estávamos livres dele!

Bom... O tempo passou e eu me esqueci completamente daquela pessoa desagradável, até que, no ano de 1997, numa reunião mediúnica, eu, que tenho vidência, vi um homem sorridente vindo em minha direção. Ele, oh! estava bem, como se fosse uma entidade bem resolvida com seus traumas. Por Deus! Identifiquei a presença daquele fofoqueiro. Era ele. Mas como? Como alguém tão malvado poderia apresentar-se bem no mundo dos Espíritos? Até que o mentor da reunião disse-me: Amigo, admira-se de nosso irmão? Pois bem, e eu me admiro de você... Não percebeu que já se passaram 20 anos? Pelo visto, ele caminhou e você ficou estagnado, a julgar os outros, esquecendo-se de que, com o tempo, seja aqui ou no além, todos crescemos!”

Jesus! Como ficamos presos ao que passou. Não sem motivo, Deus estabeleceu como condição reencarnatória o esquecimento temporário. Claro. É preciso desvencilhar-se do passado e de todos os passados, tanto o nosso quanto o dos outros.

Passado, apenas para agregar experiência, jamais para servir como elemento de condenação. Cada um de nós arca com as consequências de seus atos passados, que repercutem, não raro, de forma dolorosa no presente. Portanto, o que não precisamos é de julgamentos, sentenças, vibrações contrárias, haja vista que responderemos pelos nossos atos.

Todavia, o mais interessante é nossa visão limitada, de rótulos, que estigmatiza este ou aquele pelos seus equívocos do passado.

Sem perceber, sem refletir, condenamos o outro às trevas quando fechamos o caminho para a luz.

Explico-me: O sujeito errou demais. Tenta recomeçar, vai à igreja, ao centro, ou sei lá, e vamos nós: “Você viu o fulano? Fez um monte de besteira na vida e hoje vai ao centro”. Isso é cruel de nossa parte. As pessoas têm o direito de recomeçar suas vidas, de levantar a poeira e dar a volta por cima.

O que devemos fazer? Simples: orar por elas, orar para que prossigam firmes em seus propósitos. Não podemos ser os fiscais da vida alheia, aqueles que tentam impedir o outro de recomeçar. Que bom! Que bom poder reconhecer os erros e procurar uma religião, enfim, mudar de vida.

Deus possibilita-nos todas as chances do mundo. Ninguém está deserdado ao erro, ao equívoco, ao vício.

Irmã Rosália, em O Evangelho segundo o Espiritismo, deixa a mensagem de que, não incomodar com as faltas alheias, é caridade moral.

É bem por aí. Caridade moral. Com a mesma ênfase que atendemos o pobre, o necessitado do pão material, precisamos atender aquele que necessita do pão do espírito, ou seja, da compreensão, do carinho, da porta aberta para recolocar as coisas no lugar e seguir adiante. Nada de colocar o outro num balaio, estigmatizar. Quem nesta vida não erra?

Se ainda não conseguimos esquecer nossos erros desta existência, que ao menos não lembremos os dos outros para que eles possam recomeçar. Recomeçar a busca pela felicidade... Afinal, todos temos o direito de prosseguir, e, se não queremos prosseguir, que ao menos não impeçamos os outros de “ajeitar” novos caminhos rumo ao progresso.

Pensemos nisto!

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Wellington Balbo – Bauru SP
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quarta-feira, 7 de maio de 2025

Fortaleçamo-nos


"Sede fortalecidos no Senhor."
Paulo. (Efésios, 6:10.)

Há muita gente que se julga forte...

Nos recursos financeiros, que surgem e fogem.

Na posse de terras, que se transferem de dono.

Na beleza física, que brilha e que passa.

Nos parentes importantes, que se transformam.

Na cultura da inteligência que, muitas vezes, se engana.

Na popularidade, que conduz à desilusão.

No poder político, que o tempo desfaz.

No oásis de felicidade exclusiva, que a tempestade destrói.

Sim, há muita gente que supõe vencer hoje para acabar vencida amanhã.

Todavia, somente a consciência edificada na fé, pelos deveres bem cumpridos à face das Leis Eternas, consegue sustentar-se, invulnerável, sobre o domínio próprio.

Somente quem sabe santificar-se por amor encontra a incorruptível segurança.

Fortaleçamo-nos, pois, no Senhor e sigamos, de alma erguida, para a frente, na execução da tarefa que o Divino Mestre nos confiou.

🥀🌱🥀
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva
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07 de maio

Mantenha seu centro interior imóvel como um espelho d'água, para que você possa refletir tudo que há de melhor sem distorções e, então, possa irradiar o melhor para fora de você.

Não permita que nada o perturbe ou desanime; saiba que tudo vai indo bem e assuma seus passos sem preocupações.

Aprenda a rir de si mesmo, especialmente quando perceber que está levando tudo muito a sério e está começando a se curvar sob o peso do mundo.

Quando você se surpreender muito sério, solte-se, relaxe e comece a desfrutar a vida e a tensão desaparecerá.

Se você estiver carregando um fardo pesado demais para seus ombros, solte-o, descanse e relaxe.

Descansado e relaxado você será capaz de render muito mais do que quando você está tenso como um elástico esticado a ponto de arrebentar a qualquer momento.

🥀🌱🥀
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🥀🌱🥀


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Mensagem do ESE:

A desgraça real

Toda a gente fala da desgraça, toda a gente já a sentiu e julga conhecer-lhe o caráter múltiplo. Venho eu dizer-vos que quase toda a gente se engana e que a desgraça real não é, absolutamente, o que os homens, isto é, os desgraçados, o supõem. Eles a vêem na miséria, no fogão sem lume, no credor que ameaça, no berço de que o anjo sorridente desapareceu, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e com o coração despedaçado, na angústia da traição, na desnudação do orgulho que desejara envolver-se em púrpura e mal oculta a sua nudez sob os andrajos da vaidade.

A tudo isso e a muitas coisas mais se dá o nome de desgraça, na linguagem humana. Sim, é desgraça para os que só vêem o presente; a verdadeira desgraça, porém, está nas conseqüências de um fato, mais do que no próprio fato. Dizei-me se um acontecimento, considerado ditoso na ocasião, mas que acarreta conseqüências funestas, não é, realmente, mais desgraçado do que outro que a princípio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. Dizei-me se a tempestade que vos arranca as arvores, mas que saneia o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade.

Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as conseqüências.

Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura.

Vou revelar-vos a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais com todas as veras de vossas almas iludidas. A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir.

Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo.
Que, pois, o Espiritismo vos esclareça e recoloque, para vós, sob verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão singularmente deformados pela vossa cegueira! Agireis então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as lutas dos combates arriscados à paz que lhes não pode dar glória, nem promoção! Que importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no reino celeste?

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— Delfina de Girardin. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 24.)
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Em Família Espiritual


Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.

Daí a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros, não para criticar-nos, mas para entender-nos, através de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa, no clima da evolução terrestre.

Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro:

que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte;

que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto;

que apenas se lembra dos adversários
com o propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhe as dificuldades e os sofrimentos;

que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes;

que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum;

que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose;

que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias;

que não se dispões a pronunciar uma só
frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral;

que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir...

Será talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Livro: Ceifa de Luz
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terça-feira, 6 de maio de 2025

Bens e males


Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens.

 Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas.

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo.

Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois.

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina.

 Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males do espírito e há quem geme nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior.

 Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo.

Se desejas entesourar na estrada o bem dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva.

 Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

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Scheilla
Chico Xavier
Obra: Passos da vida
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06 de maio

Se sua vida está atrapalhada, não se acomode, mas procure orientação em seu interior e esteja pronto a aceitar ajuda do exterior.

Muitas vezes Eu preciso usar vários canais para lançar luz a uma situação, especialmente quando existem pontos cegos ou quando você está próximo demais de uma situação para conseguir focalizá-la.

Nesses momentos, esteja disposto a aceitar ajuda externa, apesar de que isso não quer dizer que você deva correr para pedir ajuda a alguém toda vez que tiver um problema para resolver.

É importante que você aprenda a se equilibrar sobre suas próprias pernas e seja capaz de pensar sozinho, procurando ajuda interior sempre que possível.

Você não deve ser preguiçoso espiritualmente, dependendo de outra pessoa para fazer o seu trabalho. É preciso tempo e paciência para se aquietar e se recolher para procurar as respostas, mas você só vai crescer espiritualmente se colocar estas lições em prática.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?

Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – S. Luís. (Paris, 1860.)

20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?

Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – S. Luís (Paris, 1860.)

21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

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– São Luís (Paris, 1860.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo
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Mensagem de Eurípedes Barsanulfo


Meus amigos, que a paz do Senhor nos fortaleça o coração na grande jornada.

*
O Espiritismo Cristão é a porta de luz que se abre à humanidade.

*
Amigos, nunca nos cansaremos de vos conclamar ao serviço da verdade e do bem.

Falando-vos, guardamos a impressão de endereçar a palavra às fileiras da frente, àqueles que sustentam as lutas mais ásperas, que sofrem o mais perigoso assédio das forças das trevas.

*
Conhecemos a dificuldade, a dor, o fel que vos amarga o coração, ante os ataques da sombra; entretanto, somos os felizes depositários da fé viva, lutadores que se rejubilam com as próprias chagas e encontram benditas claridades nas lutas de cada dia, porquanto nos encontramos a serviço d'Aquele que é a Luz dos Séculos.

*
Muitas escolas religiosas foram chamadas para ser-vi-Lo, entretanto, esquecem-se os expositores respectivos do trabalho universal da paz e do amor com o Cristo, perdendo-se nos desfiladeiros do sectarismo destruidor.

Procuram Jesus, através das dissenções e da separatividade como se não bastassem quase dois mil anos de ódio e separação entre as criaturas de Deus.

*
Nossa tarefa é mais alta.

Propomo-nos a atender ao chamado do Mestre através de nossa própria renovação, para que a nossa existência se constitua em pregação viva do Evangelho.

*
Não alimenteis qualquer dúvida.

O triunfo integral ainda permanece à distância.

Até lá, é preciso subir o Calvário, negando a nós mesmos e suportando a cruz que nos diz respeito.

Pedradas da ignorância, açoites da ingratidão, surpresas inquietantes dos caminhos escuros vos surpreenderão na marcha para o Alto, no entanto, mantende a vossa fé, porque Jesus, o Mestre Divino, socorrerá o discípulo fiel, onde quer que se encontre, estendendo-lhe a mão amiga.

Jesus estabelecerá, entre os homens, o prometido Reino de Paz e Amor.

*
Lembrai-vos dos companheiros dos tempos apostólicos.

Eles não morreram.

Ressurgem das catacumbas distantes para falar-vos da necessidade de servir aos propósitos do Senhor até o fim da edificação do Mundo Melhor.

*
Vigorosas energias fluem para nós outros, do mais alto.

É preciso não desanimar. O futuro com a vitória do bem, nos pede esforço supremo.

Confiai, trabalhai sempre e esperai na Paz de Jesus.

Que Ele nos fortaleça e revigore o ânimo, concedendo-nos a armadura interior da consciência tranquila, são os votos do amigo de sempre.

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Francisco Cândido Xavier. Da obra: Doutrina e Vida. Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha
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