quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Irmãos problemas


 Estudando as lições da consanguinidade, não olvides o irmão problema que se te associa ao roteiro nas provações da família.

 É o velhinho entregue à caducidade celular, reclamando tolerância e carinho, pela inconveniência das manifestações em que se desequilibra.

É o doente cronificado, exigindo compaixão e devotamento no leito a que se recolhe.

É o obsidiado imerso em profundas perturbações, pedindo caridade para que se lhe atenue o padecimento.

 É a criança retardada, solicitando ternura a fim de cumprir a pena redentora a que se impôs na Vida Espiritual, para ressarcir os débitos que lhe oneram o campo íntimo.

 É o delinquente abatido, que requisita abnegação para que se lhe soergam as forças no trabalho da regeneração e da cura.

 Decerto, muitas vezes, desejarás o asilo para o ancião, o hospital para o enfermo, o sanatório para a cabeça demente, a casa de reajuste para a criança infeliz e o presídio para o companheiro que se arrojou às obscuridades do crime, contudo, não te esqueças de que o irmão problema é alguém que chega de longe, a reaproximar-se de ti, no instituto genético para que, na partilha do mesmo sangue, se consagre contigo ao pagamento das dívidas que ainda te enodoam também os passos perante a Divina Justiça.

 Lembra-te de semelhante realidade e tanto quanto possível abraça nele a obra de teu próprio burilamento, na certeza de que auxiliá-lo a desenfaixar-se das teias da sombra é levantar a ti mesmo para a bênção da luz.

🌿🍄🌿
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Juntos venceremos
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24 de novembro

"Por seus frutos eles serão reconhecidos", se eles são a meu favor ou não, se eles são da luz ou das trevas. 

Abra seus olhos e você saberá sem sombra de dúvidas. Interiorize-se e seu coração lhe dirá. 

Faça a sua própria avaliação e não dê ouvidos ao que vem de fora; porque se você escutar a muitos sussurros e rumores externos, você ficará tão perplexo que não mais saberá o que é e o que não é verdade, e você perderá o seu caminho. 

Toda pessoa pode encontrar a verdade em seu interior, mas isso significa que ela tem que se dar um tempo para se interiorizar; tem que pensar por si mesma e encontrar seu próprio caminho, mas muitas pessoas são preguiçosas demais para fazer isso. 

Elas acham muito mais fácil escutar e aceitar o que os outros dizem, sem ouvir sua própria voz interior. 

Fique quieto e você saberá a verdade, e a verdade o libertará.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Mediunidade gratuita (II)

A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar.

Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa idéia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. — O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.)

A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.
 
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 9 e 10.)
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De imediato


Se alguém te ofendeu, perdoa sem delonga.
Se feriste a outrem, reconsidera o gesto impensado e solicita desculpas, de imediato.
Ressentimento e remorso são atitudes negativas, gerando azedume e abatimento, suscetíveis de arrasar-nos o máximo de forças.

Deixa que a luz da compreensão te guie as palavras e não admitas que o desequilíbrio se te instale no mundo intimo.

De alma contundida pela manifestação infeliz de alguém, esquece para logo o choque sofrido e se houveres, porventura, farpeado os sentimentos dessa ou daquela pessoa, pede-lhe perdão, com o reconhecimento da própria falta.

A desarmonia espiritual, quando não extinta no nascedouro, cria perturbações de resultados imprevisíveis, semelhante ao processo infeccioso que, não debelado com a urgência devida, acaba intoxicando todas as forças corpóreas, muitas vezes, carreando a morte prematura.

É por este motivo, certamente, que Jesus, o Divino Mestre, não apenas nos recomendou:
“reconcilia-te com o teu adversário”, mas nos esclareceu, de modo convincente, afirmando:

“reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.”

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pronto socorro
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Tranquilidade


“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.” – Jesus. (João, 16:33.)

A palavra do Cristo está sempre fundamentada no espírito de serviço, a fim de que os discípulos não se enganem no capítulo da tranquilidade.

De maneira geral, os aprendizes do Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante nada significa além de estacionamento por vezes delituoso. No conceito da maioria, a segurança reside em garantia financeira, em relações prestigiosas no mundo, em salários astronômicos. Isso, no entanto, é secundário. Tempestades da noite costumam sanear a atmosfera do dia, angústias da morte renovam a visão falsa da experiência terrestre.

Vale mais permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no descanso provisório e encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive defrontado por fantasmas.

A Terra é escola de trabalho incessante.

Obstáculos e sofrimentos são orientadores da criatura.

É indispensável, portanto, renovar-se a concepção da paz, na mente do homem, para ajustá-lo à missão que foi chamado a cumprir na obra divina, em favor de si mesmo.

Conservar a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É encontrar o tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia. Não é fugir ao serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade dAquele que prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.

Muitos homens costumam buscar a tranquilidade dos cadáveres, mas o discípulo fiel sabe que possui deveres a cumprir em todos os instantes da existência. Alcançando semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos, trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque atingiu o luminoso caminho da tranquilidade fundamental.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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