quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Seu futuro


Não precisas procurar adivinhos para saber o que te espera, nem necessitas daqueles outros que te descubram o passado que já conheces pelas próprias tendências.

A vida é o presente vivo e imperecível.

Na tela das horas, somos o ontem que se foi e seremos o amanhã que virá.

A semente plantada resume todas as nossas cogitações em torno do porvir.

Terás o que cultivas.

Não colherás figos na macieira e vice-versa.

Ciente de que todos os pensamentos e atos são sementeiras de destino, seleciona o material que consideres adequado à tua felicidade e centraliza-o no serviço do bem aos semelhantes.

Do que deres presentemente, recolherás os resultados depois.

O futuro começa agora.

Cede hoje à vida o que possuas de melhor e, amanhã, aquilo que a vida tenha de melhor te responderá.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Jóia
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13 de novembro

Esperando somente o melhor da vida, é isso que você vai atrair para si mesmo; portanto, comece agora a esperar somente o melhor de tudo e de todos e observe tudo de melhor acontecer.

Espere que todas as suas necessidades sejam atendidas.

Espere respostas para todos os problemas.

Não aceite limitações em sua vida; simplesmente saiba e aceite que todas as Minhas perfeitas dádivas são suas se você aprender os valores corretos e ordenar as prioridades em sua vida.

Espere crescer em estatura e beleza, em sabedoria e compreensão.

Espere ser usado como um canal por onde possa fluir Meu divino amor e Minha luz.

Aceite ser usado por Mim para Meu trabalho.

Faça tudo com absoluta fé e confiança e veja Meus prodígios e glórias acontecerem constantemente para que sua vida seja uma verdadeira canção de alegria e agradecimento.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material.

A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.

O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade.

Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança.

Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)
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Concurso amigo 


Observa a cooperação em todos os planos da natureza.

A rocha garante o solo, o solo alimenta o campo e o campo equilibra a cidade.

A terra sustenta a fonte, a fonte protege a árvore, a árvore ampara o homem.

Da vastidão cósmica, resplendente e infinita, vela o sol pelo derradeiro verme a ocultar-se na furna, e,
não obstante a grandeza que lhe é própria, preocupa-se o mar em fazer a nuvem que se derramará em bênçãos de chuva na floresta distante.

Não nos criaria o Senhor para a inutilidade e para a solidão, quando a vida nos pede trabalho e
devotamento.

Anota, em torno de ti mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz, esperança e consolo.

A aflição maior que a tua e os obstáculos maiores do que os teus esperam por tuas mãos.

Se possuíres a riqueza dos braços livres, lembra-te dos que jazem imobilizados no leito do infortúnio; se dispuseres de visão clara e vigilante, não te esqueças daqueles que tateiam na noite dos olhos apagados e, se te sentes dono de um cérebro que pode pensar e dirigir-se, recorda os companheiros que sofrem o insulto das sombras na mente atormentada.

Não esperes que a dor te retalhe o próprio ser, acordando-te o entendimento.

Retira-te da torre do “eu”, em que te colas ao exclusivismo e abre o coração às dores dos semelhantes.

Reflete nas vidas que morrem diariamente para que a tua existência se nutra; pensa no tributo que a tua presença na Terra constitui para a natureza que te acolhe; e não fujas do irmão mais fraco e menos feliz que te partilha o caminho.

Sustenta na própria alma a luz do concurso amigo e a cooperação em auxílio aos outros te fará descobrir os tesouros do amor e a alegria que te mostrarão, ainda entre as sombras do mundo, as elevadas revelações da Imortalidade.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Canais da vida
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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Estudando a paz


 Muita gente escuta referência à paz, acalentando a volúpia da grande preguiça.

E semelhantes ouvintes, desavisados e inconsequentes, mentalizando alegria e consolação, imaginam fortunas fáceis e aposentadorias rendosas, heranças polpudas e gratificações vitalícias.

 Aspirando, porém, o conforto da lesma, esquecem-se de que toda ociosidade quase sempre é calmaria da podridão.

Lembrando a palavra do Senhor nos ensinamentos do monte, assinalamos que todos os corações pacíficos, associados ao seu ministério de redenção, em verdade, não conheceram a imobilidade na Terra.

 Os companheiros diretos da Boa Nova, após testemunhos dilacerantes de fé, expiraram em postes de martírio ou lapidados na praça pública, entre zombaria e sarcasmo da multidão.  E muitos daqueles mesmos que ouviram do Mestre a promessa de felicidade para o fim do trabalho rude partiram da Terra, sob escabrosas perseguições, sem contar que Ele próprio, o Cristo de Deus, depois de sacrifícios ingentes a benefício de todos, foi içado no madeiro, sem qualquer nota de tranquilidade exterior a asserenar-lhe a morte.

Não te esqueças, desse modo, de que a paz verdadeira verte da ação constante no Bem Eterno, sem reclamação e sem amargura, porque à feição do grande equilíbrio que mora no imo da Esfera em movimento, a sustentar o trabalho ou a vida, a paz brilhará no recesso de nossas almas sempre que nos consagremos a exaltar e servir à Bênção do Amor de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fé, paz e amor
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12 de novembro

Nunca perca tempo achando que você tem um longo caminho pela frente nesta vida espiritual.

Em vez disso, sinta-se cheio de coragem e força percebendo o quanto você já caminhou, e dê graças por isso.

Tenha percepção do quanto você tem para agradecer.

Rodeie-se de lindos pensamentos, lindas coisas e lindas pessoas.

Veja a luz da verdade brilhando em tudo e em todos. Deixe que a sua luz brilhe intensamente vinda do fundo de seu ser.

Saiba que nada que venha do exterior pode extingui-la e que somente o seu negativismo pode fazê-lo.

Portanto, seja positivo sempre.

Escolha sempre o caminho da luz e ignore a escuridão, tirando assim toda a sua força.

Mais e mais luz é necessária à medida que a fome pelo alimento espiritual aumenta no mundo, por isso mantenha sua luz brilhando intensamente.

Seja luz e deixe que ela brilhe para fora de você, empurrando a escuridão.

Seja amor e deixe que o amor flua livremente de você, e ajude a preencher a enorme carência no mundo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Missão dos espíritas (II)

A fé é a virtude que desloca montanhas, disse Jesus. Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da impureza. Parti, então, cheios de coragem, para removerdes essa montanha de iniqüidades que as futuras gerações só deverão conhecer como lenda, do mesmo modo que vós, que só muito imperfeitamente conheceis os tempos que antecederam a civilização pagã.

Sim, em todos os pontos do Globo vão produzir-se as subversões morais e filosóficas; aproxima-se a hora em que a luz divina se espargirá sobre os dois mundos.

Ide, pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho, desta provação terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estes
receberão, com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.

Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos à obra! o arado está pronto; a terra espera; arai! Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas, atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.

Pergunta. — Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho? Resposta. — Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição.

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— Erasto, anjo da guarda do médium. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 4.)
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Dai e ser-vos-á dado


“Dai e ser-vos-á dado…”
— Jesus (Lucas, 6:38)

A palavra do Cristo ressoa até hoje nas abóbadas do tempo. Do que derdes ser-vos-á dado.

Semelhante princípio não se aplica unicamente a assistência de ordem material.

Dai a vossa paciência em auxílio aos infelizes, e a paciência alheia se vos fará reconforto no momento de vossas tribulações.

Dai as vossas desculpas aos companheiros que, porventura, vos ofendem e sereis desculpados no dia de vossos erros possíveis.

Doai o bem aos outros e o bem vos honorificará todos os dias.

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Emmanuel
(Psicografia de Francisco C. Xavier)
Obra: Tende bom ânimo
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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Sucesso ou fracasso familiar



(...)

Não há tarefa mais importante para a pessoa do que a boa convivência na família.

 Poderemos ser bons profissionais, ótimos executivos, pessoas de fama e projeção social, mas nada disso é mais importante do que o sucesso nas relações familiares.

 É na vida do lar que diminuímos o nosso egoísmo, que aprendemos a dividir, a repartir, a tolerar e a aceitar as pessoas como elas são. 

É na intimidade da família que demonstramos nossos valores morais, pois fora do lar temos de usar máscaras que nos fazem pessoas relativamente aceitáveis.

 Mas dentro de casa somos o que somos. 

O lar é o laboratório que Deus criou para que pudéssemos aprender a viver com a família humana. 

Se as famílias fracassarem, o mundo mergulhará no caos.

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José Carlos De Lucca
Obra: Para o Dia Nascer Feliz
Petit Editora
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11 de novembro

Tudo o que você precisa está dentro de você, esperando para ser reconhecido, desenvolvido e puxado para fora.

Uma bolota de carvalho contém dentro de si uma poderosa árvore. Você contém dentro de você um poderoso potencial.

Assim como a bolota tem que ser plantada e cuidada para poder crescer e se transformar num majestoso carvalho, assim também o que está dentro de você tem que ser reconhecido antes de poder ser trazido à tona e usado em todo o seu potencial; senão, vai continuar dormente dentro de você.

O que acontece com muitas almas é que este tremendo potencial nunca chega a se desenvolver nesta vida e é frequentemente carregado de uma vida para a outra.

Que processo desnecessário!

Agora é a hora de despertar e utilizar tudo o que você tem em seu interior.

Saiba que você pode fazer qualquer coisa porque EU ESTOU com você, fortalecendo e guiando cada um de seus momentos e de suas decisões, até que, como a semente de carvalho, você tenha rompido sua casca e esteja livre para crescer como o carvalho.

🌻🌾🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Mistérios ocultos aos doutos e aos prudentes

Disse, então, Jesus estas palavras: “Graças te rendo, meu Pai, Senhor do céu e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e aos pequenos.”
(S. MATEUS, cap. XI, v. 25.)

Pode parecer singular que Jesus renda graças a Deus, por haver revelado estas coisas aos simples e aos pequenos, que são os pobres de espírito, e por as ter ocultado aos doutos e aos prudentes, mais aptos, na aparência, a compreendê-las. É que cumpre se entenda que os primeiros são os humildes, são os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores a toda a gente. Os segundos são os orgulhosos, envaidecidos do seu saber mundano, os quais se julgam prudentes porque negam e tratam a Deus de igual para igual, quando não se recusam a admiti-lo, porquanto, na antigüidade, douto era sinônimo de sábio. Por isso é que Deus lhes deixa a pesquisa dos segredos da Terra e revela os do céu aos simples e aos humildes que diante dEle se prostram.

O mesmo se dá hoje com as grandes verdades que o Espiritismo revelou. Alguns incrédulos se admiram de que os Espíritos tão poucos esforços façam para os convencer. A razão está em que estes últimos cuidam preferentemente dos que procuram, de boa fé e com humildade, a luz, do que daqueles que se supõem na posse de toda a luz e imaginam, talvez, que Deus deveria dar-se por muito feliz em atraí-los a si, provando-lhes a sua existência.

O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a derrama em ondas por toda a parte, de tal sorte que só cegos não a vêem. A esses não quer Deus abrir à força os olhos, dado que lhes apraz tê-los fechados. A vez deles chegará, mas é preciso que, antes, sintam as angústias das trevas e reconheçam que é a Divindade e não o acaso quem lhes fere o orgulho. Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais convenientes, conforme os indivíduos. Não é à incredulidade que compete prescrever-lhe o que deva fazer, nem lhe cabe dizer: “Se me queres convencer, tens de proceder dessa ou daquela maneira, em tal ocasião e não em tal outra, porque essa ocasião é a que mais me convém.”

Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem os Espíritos, que são os executores da sua vontade, se lhes submetam às exigências. Inquiram de si mesmos o que diriam, se o último de seus servidores se lembrasse de lhes prescrever fosse o que fosse. Deus impõe condições e não aceita as que lhe queiram impor. Escuta, bondoso, os que a Ele se dirigem humildemente e não os que se julgam mais do que Ele.

Perguntar-se-á: não poderia Deus tocá-los pessoalmente, por meio de manifestações retumbantes, diante das quais se inclinassem os mais obstinados incrédulos? É fora de toda dúvida que o poderia; mas, então, que mérito teriam eles e, ao demais, de que serviria? Não se vêem todos os dias criaturas que não cedem nem à evidência, chegando até a dizer: “Ainda que eu visse, não acreditaria, porque sei que é impossível?” Esses, se se negam assim a reconhecer a verdade, é que ainda não trazem maduro o espírito para compreendê-la, nem o coração para senti-la. O orgulho é a catarata que lhes tolda a visão. De que vale apresentar a luz a um cego? Necessário é que, antes, se lhe destrua a causa do mal. Daí vem que, médico hábil, Deus primeiramente corrige o orgulho. Ele não deixa ao abandono aqueles de seus filhos que se acham perdidos, porquanto sabe que cedo ou tarde os olhos se lhes abrirão.

Quer, porém, que isso se dê de moto-próprio, quando, vencidos pelos tormentos da incredulidade, eles venham de si mesmos lançar-se-lhe nos braços e pedir-lhe perdão, quais filhos pródigos.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 7 a 10.)
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Em casa


O templo doméstico é uma bênção do Céu na Terra, porque dentro dele é possível realizar o verdadeiro trabalho da santificação.

Aí temos o valioso passadiço da alma, em trânsito para as Esferas Superiores.

Nesse divino corredor para a Vida Celestial, a criatura encontra todos os processos de regeneração, de modo a aperfeiçoar-se devidamente.

É na consanguinidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeições, mas é igualmente nela que reencontra as suas aversões mais profundas.

Nossa alma é arrojada à organização familiar, no mundo, assim como o metal inferior é precipitado ao cadinho fervente.

Precisamos suportar a tensão elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar nossas qualidades mais nobres.

Não vale fugir ou rebelar-se.

Retroceder seria retornar às sombras do passado e indisciplinar-se equivaleria relegar ao amanhã abençoadas realizações que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.

Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreensão e a tolerância, se desejamos reduzir o tempo do nosso curso educativo na recuperação espiritual.
Com alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.

Redimindo-nos perante o adversário de ontem, nosso coração vitorioso circulará no grande entendimento da Humanidade.

Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que te sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na hesitação ou na dúvida.

Suporta os conflitos indispensáveis à própria redenção, com o valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.

Não te esqueças de que o Lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo, intrépidos e tranquilos nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-lo e santificá-lo.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fé, paz e amor
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domingo, 10 de novembro de 2024

Dia de desapego



Gosto muito de uma canção de Lulu Santos chamada Como Uma Onda, que você talvez conheça. A música começa com a seguinte estrofe: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia; tudo passa, tudo sempre passará; a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito. Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo; tudo muda o tempo todo no mundo”. O compositor mostra a impermanência da vida, ou seja, as constantes transformações a que tudo e todos estão sujeitos. Tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em onda, ou seja, hoje estamos de um jeito, amanhã de outro. Hoje temos saúde, amanhã enfermidade. Hoje moramos numa cidade, amanhã estamos em outro país. Hoje temos o convívio de uma pessoa querida, amanhã ela nos deixará. Hoje temos prestígio social, amanhã estaremos no anonimato. Hoje temos posses, amanhã as finanças estarão em crise. Tudo muda. A vida vem em ondas, horas de mar calmo, períodos de mar agitado.

Todavia, nem sempre nos preparamos para as inevitáveis mudanças, temos um sentimento de apego muito forte. Joanna [de Ângelis] nos esclarece que esse apego às pessoas e coisas é o grande responsável por muitos sofrimentos*. O apego representa a ilusão que temos para deter a marcha dos acontecimentos.

Para viver sem sofrimento devemos evitar o apego exagerado às pessoas e às coisas. Não é viver indiferente, sem paixão, sem intensidade. É viver sem o sentido de posse. É viver aproveitando cada experiência, cada relacionamento, com se fosse a última vez que você estivesse naquela situação. Se soubesse que hoje seria o último dia de sua vida, como você se comportaria? Ligaria para quem? Declararia seu amor a alguém? Pediria perdão? Perdoaria? Visitaria algum amigo? Abraçaria seu filho, sua esposa, seu marido? Ouviria sua música preferida? Isso é viver cada segundo da sua existência como se fosse a própria eternidade.

Lembre-se: você é apenas um passageiro da vida. Sinta-se como uma onda no mar; um dia as areias da praia receberão seus braços. Não se apegue a nada. Nada lhe pertence definitivamente. As pessoas da sua família não são sua propriedade, apenas lhe fazem companhia na grande viagem que fizemos a este planeta. O dinheiro, o poder, o prestígio social, a cultura e a própria beleza são ferramentas que a vida nos emprestou para alcançarmos o desenvolvimento das nossas potencialidades. Você não é o seu carro, a sua empresa, a sua família, a sua religião, o seu país, o seu clube esportivo, os seus títulos acadêmicos. Não somos donos de nada, temos apenas a posse temporária dos bens e o convívio momentâneo das pessoas. Se assim conseguirmos viver, nossa vida ganhará paz e alegria, valorizando cada oportunidade que surgir em nosso caminho, bem como cada pessoa que atravessar o rio da nossa existência. Somos viajantes do Universo, passageiros com a missão de aproveitar as estações da vida, vivendo-as em plenitude, para um dia retornarmos ao país de origem e dizermos da nossa viagem: “Valeu a pena”.

°
Nada na vida me pertence, sou apenas usuário dos bens.

As pessoas são livres, podem seguir seus caminhos.

Aceito as mudanças que a vida me traz.

Nada espero das pessoas, deixo cada um partir na hora que desejar.

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José Carlos De Lucca
Obra: Para o Dia Nascer Feliz
(*) – Plenitude / Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.
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10 de novembro

Dia a dia você percebe novos progressos dentro e fora de você.

Você se descobre absorvendo novas ideias e novas maneiras.

Sua consciência se expande e se torna capaz de aceitar mais e mais.

Algumas pessoas aprendem mais depressa que as outras: portanto, aderir à Nova Era não vai ser o mesmo tipo de processo para todos.

Algumas almas vão mergulhar nela.

Outras entrarão devagarinho, testando cada passo do caminho.

Algumas rastejarão e sentirão dificuldade em cada passo, porque estarão resistindo às mudanças que vão acontecer.

Estas se ressentem das novas maneiras e das novas ideias e desejam ser deixadas em paz para viver como sempre viveram, com a atitude de que "o que foi bom para meus pais é bom para mim".

A resposta para essa atitude é parar de lutar contra e sintonizar e fluir com a vida.

Os tempos estão mudando e mudando depressa, e, a não ser que você mude junto, será deixado para trás.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Há muitas moradas na casa de meu pai

Não se turbe o vosso coração. — Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. — Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. (S. JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.)

A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.

Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 1 e 2.)
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Não perdoar


Bezerra de Menezes, já devotado à Doutrina Espírita, almoçava, certa feita, em casa de Quintino Bocaiúva, o grande republicano, e o assunto era o Espiritismo, pelo qual o distinto jornalista passara a interessar-se.

Em meio da conversa, aproxima-se um serviçal e comunica ao dono da casa:

- Doutor, o rapaz do acidente está aí com um policial.

Quintino, que fora surpreendido no gabinete de trabalho com um tiro de raspão, que, por pouco, não lhe atingiu a cabeça, estava indignado com o servidor que inadvertidamente fizera o disparo.

- Manda-o entrar – ordenou o político.

- Doutor – roga o moço preso, em lágrimas -, perdoe o meu erro! Sou pai de dois filhos... Compadeça-se! Não tinha qualquer má intenção... Se o senhor me processar, que será de mim? Sua desculpa me livrará! Prometo não mais brincar com armas de fogo! Mudarei de bairro, não incomodarei o senhor...

O notável político, cioso da própria tranquilidade, respondeu:

- De modo algum. Mesmo que o seu ato tenha sido de mera imprudência, não ficará sem punição.

Percebendo que Bezerra se sentia mal, vendo-o assim encolerizado, considerou, à guisa de resposta indireta:

- Bezerra, eu não perdoo, definitivamente não perdoo...

Chamado nominalmente à questão, o amigo exclamou desapontado:

- Ah!... você não perdoa!

Sentindo-se intimamente desaprovado, Quintino Bocaiúva falou irritado:

- Não perdoo erro. E você acha que estou fora do meu direito?

O Dr. Bezerra cruzou os braços com humildade e respondeu:

- Meu amigo, você tem plenamente o direito de não perdoar, contanto que você não erre...

A observação penetrou Quintino Bocaiúva como um raio.

O grande político tomou um lenço, enxugou o suor que lhe caía em bagas, tornou à cor natural, e, após refletir alguns momentos, disse ao policial:

- Solte o homem. O caso está liquidado.

E para o moço que mostrava profundo agradecimento:

- Volte ao serviço hoje mesmo, e ajude na copa. Em seguida, lançou inteligente olhar para Bezerra, e continuou a conversação no ponto em que haviam ficado.

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Pelo Espírito Hilário Silva
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Obra: Almas em desfile
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