domingo, 19 de maio de 2024

Valores do corpo e do espírito


Viver no mundo é estar em contato permanente com o desejo de ter coisas, pessoas, riquezas.

Nos shoppings e meios de comunicação, o apelo é sempre para comprarmos mais, consumirmos mais, acumularmos mais.

O que fazer, já que somos treinados, desde pequenos, para desejar conforto, prazeres, bens?

Como escapar a esse verdadeiro fascínio que as coisas materiais exercem sobre nós e nos tornam escravos do trabalho e do dinheiro?

Havia um homem muito rico, um milionário cujas terras pareciam não ter fim. Certa noite, ele olhava para a extensão de suas propriedades e alegrava-se profundamente.

Via os imensos campos, os trigais maduros, os celeiros cheios, as moedas que enchiam os cofres.

Ele pensava: Tenho tanta coisa que já nem cabe nos depósitos. Amanhã mandarei derrubar estes celeiros e construirei outros maiores.

E o homem dizia para si mesmo: Alegra-te, minha alma, pois tens riquezas para muitos anos. Descansa, come, bebe, diverte-te.

O que esse homem não sabia é que naquela mesma noite morreria. Suas terras, riquezas e todos os seus bens materiais ficariam para trás.

A história desse homem rico é adaptação de uma parábola contada por Jesus.

Era uma ocasião em que o Mestre queria ensinar que não devemos nos fixar excessivamente nas coisas materiais, pois elas são temporais, passageiras.

Ensinava Jesus que os verdadeiros valores são os do Espírito. Esses continuam conosco: seguem com a nossa alma quando a morte chega. Por isso eles devem ser a nossa principal fonte de atenção.

O mundo exerce um enorme fascínio sobre as pessoas. Ao nascermos, esquecemos nossa verdadeira origem: a natureza espiritual. E mergulhamos em um ambiente onde quem é mais esperto e competitivo leva a melhor.

Para piorar, somos julgados pelo modo de vestir, pelo lugar em que moramos, pelo tamanho da conta bancária.

Muitas vezes desejamos escapar dessa lógica perversa, mas como fazer isso?

Alguns mais radicais acreditam que a solução é fugir do mundo, escapar das regras sociais, viver como ermitão, longe de tudo e de todos.

É uma opção extrema, mas não é a solução.

A vida em sociedade lapida os nossos relacionamentos. Isolar-se é fugir. No relacionamento com as pessoas é que podemos ver quem realmente somos.

Viver em isolamento é uma artificialidade. Coragem real é expor-se às situações e tornar-se vencedor.

Por isso, para escapar da atração das coisas materiais a solução é o equilíbrio. Trabalhar sim, mas sem se tornar escravo.

Acumular o suficiente para o sustento do corpo, mas sem ceder à ganância. Desejar as coisas boas, mas sem exageros.

Uma frase resume tudo isso: viver no mundo e não para o mundo.

E a fórmula para manter os pés no chão é bem simples: basta lembrar que um dia deixaremos roupas, joias, imóveis, dinheiro. Tudo ficará aqui na Terra.

E, ao morrermos, a pergunta então será: O que levamos com a nossa alma? Que exemplos deixaremos? Que boas lembranças nossos amigos e parentes terão de nós? Acredite: isso, sim, é essencial.

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Redação do Momento Espírita
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19 de maio

Deixe o ontem para trás e não perca mais tempo se lamentando dos erros e falhas que possam ter atrapalhado o seu dia; eles já são o passado.

Agradeça por este novo dia, um dia ainda sem nenhuma marca.

Ele ainda está puro e glorioso e só depende de você mantê-lo assim.

Depende de você ir em frente com absoluta fé e confiança que este vai ser um ótimo dia, um dia perfeito: tudo vai correr bem e suavemente.

Você só encontrará pessoas alegres e agradáveis e nenhuma ideia negativa ou desagradável chegará até sua consciência.

Neste começo de dia, tudo vai indo muito bem.

Tudo é perfeito e você vai mantê-lo assim com a Minha ajuda e orientação, conservando-se constantemente consciente de Mim e da Minha divina presença e esperando por Mim na quietude e confiança.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A verdadeira propriedade

O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.

Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará:

Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo.

Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres.

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— Pascal. (Genebra, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 9.)
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Hoje Contigo


Não olvides que permanecem hoje contigo as sombras que trazes de ontem para a regeneração do próprio destino.

Evidenciam-se, a cada passo, impondo-te os problemas que te assaltam a marcha, propondo-te aprimoramento e progresso, trabalho e melhoria.

São elas, quase sempre:

o berço menos feliz em que renasceste;
o corpo enfermiço que te serve de residência;
o campo atormentado da consanguinidade incompreensiva em que experimentas angústias e solidão;
o posto social apagado e triste, recomendando-te humildade;
o carinho recusado e envilecido pela deserção de quantos te mereceriam afetividade e confiança;
o esposo difícil;
a companheira complicada;
os filhos que se desvairam nos labirintos da ingratidão;
os amigos que fogem;
o trabalho de sacrifício em desacordo com as próprias aspirações;
e, sobretudo, a insatisfação na própria alma, denunciando-te os desajustes da consciência.

À frente de semelhantes sinais, unge-te de coragem e escuda-te na paciência incansável, oferecendo o Bem pelo mal para que a luz vença a treva em teu caminho, porque se a evolução pede esforço, a redenção exige renúncia se quisermos fitar novamente o sol de pensamento tranquilo.

Lembra-te de que a dificuldade de agora é a enquistação dos nossos erros no antes, rogando entendimento e bondade para que a alegria e a vitória venham felicitar-nos depois.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Família
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