quinta-feira, 25 de abril de 2019

CONSTATAÇÕES




Todos os que fazem na vida a opção incorreta não se eximem de suas consequências.

Ninguém logra atravessar incólume a existência humana, no que tange à semeadura e à colheita.

Os que sofrem são, inegavelmente, mais venturosos que os que fazem sofrer.

Os que burlam a justiça dos homens, por não lograrem ludibriar a consciência, atingem o ocaso da vida com tremendo vazio no coração.

Aproxima-te do leito dos que agonizam e perceberás, em seu semblante, a diferença entre os que deixam o corpo sem o peso da culpa e os que partem tangidos pelo remorso.

Diante de tais constatações, não te perguntes mais se vale a pena ser bom. 
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Amor e Sabedoria”) 




MENSAGEM DO ESE: 

Se fosse um homem de bem, teria morrido

Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido.” Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.

Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: “Antes fosse este.” Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.

Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira.

 — Fénelon. (Sens, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 22.)



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