Insignificante é o pingo d’água, todavia, com o tempo, traça um caminho no corpo duro da pedra.
Humilde é a semente, entretanto, germina com firmeza e produz a espiga que enriquece o celeiro.
Frágil é a flor, contudo, resiste à ventania, garantindo a colheita farta.
Minúscula é a formiga, mas edifica, à força de perseverança, complicadas cidades subterrâneas.
Submissa é a argila, no entanto, com o auxílio do oleiro, transforma-se em vaso precioso.
Branda é a veste física, que um simples alfinete atravessa, todavia, suporta vicissitudes incontáveis e sustenta o templo do Espírito em aprendizado, por dezenas de lustros, repletos de necessidades e padecimentos morais.
O verdadeiro progresso prescinde da violência.
Tudo é serenidade e sequência na evolução.
Aprendamos com a Natureza e adotemos a brandura por diretriz de nossas realizações para a vida mais alta, mas não a brandura que se acomoda com a inércia, com a perturbação e com o mal, e, sim, aquela que se baseia na paciência construtiva, que trabalha incessantemente e persiste no melhor a fazer, ultrapassando os obstáculos que a ignorância lhe atira à estrada e superando os percalços da luta, a sustentar-se no serviço que não esmorece e na esperança fiel que confia, sem desânimo, na vitória final do bem.
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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Caridade
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MENSAGEM DO ESE:
Caracteres da Perfeição
2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.
Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é
vosso Pai celestial.”
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Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XVII - Sede perfeitos > Caracteres da perfeição
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Más companhias
Seleciona as tuas companhias.
Os maus companheiros tornam-se presenças inconvenientes na tua vida e perturbam-te a marcha.
Ninguém é tão independente e pleno que não corra o perigo de contaminar-se, com aqueles que estagiam e se comprazem na delinquência ou na insensatez viciosa.
Sê gentil com os maus e estúrdios, porém, não te imiscuas com eles, seu comportamento, suas atividades e filosofia de vida.
As enfermidades morais também contagiam os incautos que delas se aproximam.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Vida feliz
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