domingo, 22 de junho de 2025

A importância do adversário


O amigo é uma bênção em nossas vidas.

O inimigo, ou adversário, é também um auxílio, desde que saibamos aproveitar suas observações, até mesmo aquelas que nos soam como maldosas.

O amigo enxerga os nossos acertos e nos estimula na construção do melhor de que sejamos capazes.

O adversário identifica os nossos erros.

Apontando-os nos permite suprimir a parte menos desejável de nossa vida.

O amigo se alegra conosco, diante de pequeninos trechos de tarefa executada.

Por sua vez, o inimigo aponta o não feito, o não realizado, o que ainda nos compete concretizar.

O amigo nos dá força.

O adversário nos mede a resistência.

Ele nos combate.

Isso nos assegura que ele reconhece a nossa presença em ação.

Na fase deficitária da evolução que ainda nos caracteriza, precisamos do amigo que nos encoraja e do inimigo que nos observa.

Sem o amigo, estamos sem apoio.

Sem o adversário, corremos o risco de nos desequilibrarmos, seja por excesso de entusiasmo ou por descuido.

Isso porque a crítica dele nos ajuda na solução dos problemas de reajuste, que nos compete realizar em nós ou naquilo em que nos empenhamos em executar.

O amigo sempre traz a cooperação e o inimigo forma o teste.

Compete-nos nos alegrarmos com o amparo do amigo.

Também não desconsiderar a crítica de quem se elege como nosso adversário.

* * *

Uma das maiores revoluções trazidas nas lições de Jesus foi, sem dúvida, a prescrição do Amai os vossos inimigos.

Ensino que traz nuances inigualáveis de beleza e que atende a cada um, no momento evolutivo em que se encontra.

Não se trata de ter para com eles a mesma afeição, a mesma afinidade que temos com aqueles que chamamos de entes queridos, que chamamos de família.

Não ainda.

Quem sabe um dia.

No entanto, o germe desse amor pode estar no entendimento de que aqueles que hoje nos querem mal, que nos criticam acidamente, que nos despejam a dor que lhes invade a própria alma, são instrumentos de nosso crescimento.

Eles são nossas provas.

Eles são nossa escola.

São nosso freio que, muitas vezes, impede que disparemos pelas altas velocidades da vaidade e de tantos outros vícios.

Quase sempre, apenas eles identificam nossas faltas com clareza.

São nossos espelhos.

O que os amigos amiúde não conseguem dizer, por falta de tato, por falta de jeito, os adversários anunciam em alto e bom som.

É certo que machucam, porque não medem palavras, nem expressões para nos atingir.

Mas o serviço está realizado.

O que precisou ser dito está dito.

Dessa maneira, concedamos aos adversários a oportunidade de existirem, dando-lhes o direito à palavra, à crítica e façamos, depois, nossa própria avaliação.

Retiremos os ruídos, a contaminação da raiva, dos conteúdos exagerados e extraiamos o que nos pode ser útil.

Esse o comportamento do sábio.

Iniciar uma guerra com eles é perdê-la desde o seu início.

Não temamos os adversários.

Não tenhamos medo dos que somente têm críticas a nosso respeito.

Aprendamos a conviver com eles.

Hoje são adversários.

Quem sabe muito em breve farão parte dos que chamamos amigos.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap.13,
Emmanuel 
Chico Xavier 
Obra: Passos da vida
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22 de junho

Mudança é a chave que lhe abrirá todas as portas, mudará seu coração e sua mente.

Quando sua segurança está em Mim, você não tem medo das mudanças, por mais drásticas que elas pareçam.

Saiba simplesmente que cada mudança é para o bem do todo, sejam elas mudanças pessoais, mudanças no país ou no mundo.

Aceite que elas são necessárias e as acompanhe.

Siga em frente e para o alto quando Eu lhe disser que o melhor ainda está por vir.

Você achará o novo muito mais interessante do que o velho à medida que você se incorporar a ele sem resistência.

Por que tornar as coisas mais difíceis para si mesmo?

Nada fica na Minha mão. A bola já começou a rolar: o novo dia está aqui e você só será parte dele se o aceitar e fluir com ele; do contrário, você será deixado para trás.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Uma realeza terrestre

Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: “O meu reino não é deste mundo”? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!

Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.

Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer pira chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.

Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.

Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais.

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— Uma Rainha de França. (Havre, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, item 8.)
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40 pensamentos de CARLOS AUGUSTO

1 Alicerces demandam segurança. E, por isso, não se justificam decisões apressadas.

2 O amor é gravitação sem ser cativeiro.

3 Não se renda às sugestões da tristeza e nem às requisições do desalento.

4 Somos jardineiros, colhendo rosas no espinheiral, semeadores compelidos à lama da Terra, a fim de que a nossa lavoura produza para o Bem, e operários da Luz, constrangidos a sofrer o assédio da sombra para que a nossa tarefa se faça proveitosamente cumprida.

5 Desculpemos o espinheiro da senda e esqueçamos o pedregulho do caminho…
Espinhos espirituais dão rosas de paciência e renúncia e pedras morais trazem consigo o ouro do Conhecimento Superior.

6 Desculpemos sem condições.

7 É preciso servir sem desanimar e compreender sem exigência.

8 Ame, tolere, aguarde, trabalhe, auxilie e perdoe… Seis verbos tão simples na formação labial e tão importantes à nossa felicidade!…

9 O triunfo na Terra pede o esquecimento de qualquer sombra, para que a luz da Divina Providência não nos encontre inabordáveis.

10 Com Jesus, a saudade é anseio sem ser angústia, sede espiritual sem ser desespero…

11 Não fosse a noite e jamais saberíamos identificar os esplendores do dia.

12 Somos associados de muitas empresas, batalhadores de muitos combates, irmãos de ideal e de alegria, de aflição e de luta em muitas jornadas na Terra.

13 Confiemos no Cristo para que o Cristo confie em nós.

14 Continuemos caminhando sob a inspiração do Divino Mestre. É tudo o que nos será possível fazer de melhor.
De nós mesmos, atentos à insegurança de nossas aquisições, nosso passo seria vacilante entre a luz e a sombra, entre o bem e o mal… Com Cristo, porém, cessam as dúvidas. O sacrifício de nossos desejos aos Desígnios do Senhor é a chave de nossa felicidade real.

15 Somos na Terra confiados ao cadinho purificador do sofrimento e talvez que a estabilidade no mundo fosse apenas estagnação. Zurzem sobre nós azorragues expiatórios e regeneradores, por todos os lados e, por essa razão, ainda mesmo alcançando o desejável equilíbrio material e espiritual no campo da experiência humana, o sofrimento alheio não nos permitiria repouso.

16 No serviço aos nossos semelhantes, vamos descobrindo a estrada necessária à nossa própria elevação.

17 Todos estamos no mundo em processo de renovação.

18 Em torno de nossa embarcação, há muitos náufragos a se debaterem no perigo e no temor, na necessidade e na aflição… Exerçamos a coragem de auxiliá-los.

19 A Providência Divina tudo renova para que se faça o Bem, e com isso as nossas esperanças renascem.

20 Tenhamos serenidade e confiança em Deus na travessia do grande mar, em que simbolizamos a existência na Terra.

21 O amor vence a morte.

22 A evolução caminha na pauta dos séculos, no entanto, podemos seguir adiante, passo a passo, nas linhas sinuosas do aprendizado.

23 Cabe-nos estudar e servir, lutar e enriquecermo-nos com a luz do Conhecimento Superior, tanto quanto se nos faça possível, seja no mundo físico ou na Vida Espiritual.

24 Ainda mesmo, a preço de lágrimas e sacrifícios, avancemos para diante, trabalhando e servindo.

25 O sofrimento é o sinal dos que trabalham pela evolução comum e pelo crescimento espiritual de todos.

26 Atendamos às exigências da jornada evolutiva, recebendo a dor por nossa instrutora divina.

27 Não apagues o sorriso de entendimento nos lábios e conserva, sempre acesa, a chama da esperança no coração.

28 Todos nós, dentro da Lei, somos impelidos a seguir juntos, segundo os compromissos que esposamos. Em conjunto, adquirimos débitos pesados que, em conjunto, devemos ressarcir.

29 Ninguém se renda às sugestões do desalento.

30 É preciso servir sem desanimar e compreender sem exigência.

31 O triunfo na Terra pede esquecimento de toda sombra, para que a luz não nos encontre inabordáveis.

32 Em qualquer dificuldade, asilemos o pensamento na oração. Ante a luz da prece, os problemas se reduzem e a paz triunfa, invariável.

33 A existência no Plano Físico é na essência, um ato de fé em Deus e em nós mesmos se anelamos a vitória total, no rumo do Plano Superior.

34 O presente é apenas um ponto de passagem no Espaço e no Tempo, ao qual estamos chegando, de muito longe, de viagem para o Grande Futuro…

35 A morte é vida em um novo modo de ser.

36 Ferramentas não nos faltam para lavrar a terra com eficiência e beleza. Saibamos suportar as chuvas de suor que nos encharcam no trabalho e tolerar sem reclamação a canícula das provas que tantas vezes procuram ressecar-nos o coração, para que o título de cultivadores fiéis nos fulgure, um dia na fronte.

37 Doar, aprender, trabalhar e servir sempre são verbos a conjugar em nossa caminhada.

38 Não lhes surpreendam os percalços da marcha. Onde se fecha um caminho, abre-se outro.

39 Nos dias de temporal, por dentro do coração, refugiemo-nos no santuário da prece.
A prece é força da vida ao nosso dispor; por ela, anjos e homens se encontram, facilitando-nos a comunhão com Jesus para a execução de nossas tarefas.

40 Não nos arrependeremos de auxiliar, porque os dias se desdobrarão, imperturbáveis, repondo cada pessoa no círculo que lhe cabe e cada situação no lugar que lhe é próprio.

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Carlos Augusto / Chico Xavier

Opúsculos — F. C. Xavier — Carlos Augusto IDENTIFICAÇÃO
Carlos Augusto, também conhecido pelo nome de Gugu, chama-se Carlos Augusto Ferraz Lacerda, é filho do médico Dr. Oswaldo Lacerda, de saudosa memória e de D. Ynayá Ferraz Lacerda, residente na Capital do Rio de janeiro.

Carlos Augusto faleceu no desabamento do cine Rink, em Campinas, Estado de S. Paulo, em 16 de setembro de 1951. — Nota do Médium
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sábado, 21 de junho de 2025

Continuar e recomeçar


Continuemos firmes em nossa tarefa abençoando aqueles que nos firam e orando pelos que nos perseguem e caluniam.

 Edificar e edificar.

Jesus era sozinho e nós somos uma família de corações pulsando à luz do Evangelho.

 Sofrer, sim.

Recuar, nunca.

 O Senhor segue à frente.

Ainda que lágrimas se nos constituam salário permanente, é indispensável seguir-lhe os passos, trabalhando e amando sempre.

Em nosso favor, os créditos do equilíbrio, da paz e da felicidade íntima, no dever retamente cumprido, com o serviço em nossas mãos.

Recomeçar, sim, porque Deus também, cada dia, recomeça no mundo os processos de criação e renovação.

 Cada manhã se envolve a Terra de nova luz e cada dia experiências humanas são transfiguradas para melhor em todas as direções.

 A própria semente obscura e anônima é chamada a reconstituir-se e ressurgir na sombra do solo. Não nos faltarão trabalho, cooperação, solidariedade, esperança.

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Batuíra
Chico Xavier
Obra: Mais luz
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21 de junho

Se as coisas não correram muito bem ontem, não se preocupe; já passou e você não pode fazer mais nada.

Hoje já é outra história: o dia se abre à sua frente intocado e sem manchas, e depende de você fazer dele um dia maravilhoso.

Como é que você começa cada dia?

Lembre-se que ninguém tem nada com isso; depende apenas de você a maneira como seu dia vai se desenrolar.

Tente começar seu dia com paz interior e contentamento, aquietando-se e deixando esta paz o preencher e o envolver.

Não se apresse a começar o dia despreparado e sem harmonia ou você carregará esse estado de espírito pelo dia afora e isso afetará não somente o seu dia, mas também as almas com as quais você entrar em contato.

Depende de você escolher como o seu dia vai ser.

Por que não escolher já?

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Os trabalhadores da última hora

O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. — Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, — disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. — Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. — Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? — É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. — Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. — Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. — Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, — dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. — Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: “Parábola do festim das bodas”, cap. XVIII, nº 1.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 1.)
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Mansidão e Piedade


Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.

Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.

Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.

Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.

Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção, não te descures da mansidão nem da piedade.

Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.

Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão da piedade.

Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.

Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos, persevera com mansidão e trabalha com piedade.

Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.

A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.

A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou sequelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.

A mansidão acalma; a piedade socorre.

Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.

A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.

"Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.

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Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
Obra: Otimismo
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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Provação e fé


 Os momentos das grandes provações são igualmente os instantes mais significativos da fé.

 Terás talvez alcançado o apogeu de semelhantes tribulações.

 Encontraste esse topo do sofrimento na enfermidade que provavelmente se demora contigo, flagelando-te a vida orgânica.

 Criaturas queridas se desvincularam de ti, violentamente, arrojando-te à inquietação e ao desânimo.

 Sofreste a perda de entes amados nas brumas da morte e trazes o coração encharcado de lágrimas.

 Golpearam-te os interesses e despojaram-te dos recursos indispensáveis à própria manutenção, compelindo-te a vaguear em tristeza e penúria.

 Empenhaste as melhores forças na causa do bem de todos e situaram-te num cipoal de incompreensões e desafetos gratuitos que te prendem à dor.

 É possível hajas atingido esses dias de conflitos e aflições, tumultuando-te o ser.

Mágoas novas somadas a desgostos antigos te atormentam o campo íntimo.

 Seja qual seja a espécie de provação que te visita, não te rebeles, nem desanimes.

 Não te deixes mergulhar nas correntes das palavras inúteis.

Ama e serve sempre.

 Por mais dolorosa a crise em que te vejas, permanece firme na coragem da fé, porquanto no momento em que a criatura se imagina esquecida pelo Céu, o ápice do sofrimento significa que o socorro de Deus se encontra em caminho.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
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20 de junho

Como é importante adotar a atitude certa na hora de doar.

Doe sem alarde, com segurança e, acima de tudo, com amor e alegria.

Tudo que é dado de má vontade carrega más vibrações e não resulta em nada de bom.

Certifique-se que tudo que você faz seja feito com amor, mesmo que você não entenda bem porque está fazendo.

A tarefa mais simples pode redundar em resultados surpreendentes e maravilhosos se for feita com amor.

Portanto, deixe o amor fluir livremente em tudo que faz.

Perceba que o que você está fazendo é necessário e que nenhum serviço é pequeno ou insignificante.

Quando todas as almas doam o melhor de si, o peso das responsabilidades não é assumido só por uns poucos.

A carga compartilhada se torna mais leve para todos, ao ponto de se transformar em verdadeira alegria e prazer.

Policie suas atitudes e contribua para a alegria e o bem estar do todo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

A afabilidade e a doçura

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.

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— Lázaro. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.)
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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Para viver melhor


A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.

 O Espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente.

 Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.

Quanto mais repetidos os acessos de amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.

 Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.

Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído.

 Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.

O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais quais são, sem exigir que nos amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.

 Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.

Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não funciona inutilmente.

A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.

Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será justo chamar a nós, as consequências das empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.

 Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa paz íntima.

 Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de resultados imprevisíveis.

 Ensinou-nos o Cristo: — “Perdoa não sete vezes mas setenta vezes sete vezes.” ( † )

 Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.

 Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver sempre melhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
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Corpus Christi:


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19 de junho

O que a idade significa para você?

Você tem medo de envelhecer?

Ou você é daqueles que encara tudo positivamente e entende que a fonte da juventude é a sua consciência?

Mantendo sua mente jovem, fresca e alerta, você não envelhecerá.

Se você tem muitos interesses e aproveita plenamente a vida, como poderá envelhecer?

Os seres humanos se limitam ao pensar que os 70 anos sejam o auge da vida.

Pode ser apenas o começo para muitas almas que acordam para as maravilhas da vida, e, acordando, começam a aproveitá-la.

Elimine todos os pensamentos de velhice.

A velhice é somente uma forma de pensamento universal que se solidificou como a casca de uma noz, e é dura de quebrar.

Comece já a reformular seus pensamentos a respeito de idade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Não julgueis, para não serdes julgados. Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado

Não julgueis, a fim de não serdes julgados; — porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que voz tenhais servido para com os outros. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 1 e 2.)
Então, os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do povo, — disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério; — ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual sobre isso a tua opinião?” — Diziam isto para o tentarem e terem de que o acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo. — Como continuassem a interrogá-lo, ele se levantou e disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” — Em seguida, abaixando-se de novo, continuou a escrever no chão. — Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus a sós com a mulher, colocada no meio da praça.
Então, levantando-se, perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusaram? Ninguém te condenou?” — Ela respondeu: “Não, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar.” (S. JOÃO, cap. VIII, vv. 3 a 11.)

“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante? Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus haja proibido se profligue o mal, uma vez que ele próprio nos deu o exemplo, tendo-o feito, até, em termos enérgicos. O que quis significar é que a autoridade para censurar está na razão direta da autoridade moral daquele que censura. Tornar-se alguém culpado daquilo que condena noutrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. A consciência íntima, ao demais, nega respeito e submissão voluntária àquele que, investido de um poder qualquer, viola as leis e os princípios de cuja aplicação lhe cabe o encargo. Aos olhos de Deus, uma única autoridade legítima existe: a que se apóia no exemplo que dá do bem. É o que, igualmente, ressalta das palavras de Jesus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 11 a 13.)
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Tolerância Divina


“E dizia Jesus: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” — (Lucas, 23:34)

Ouvem-se as opiniões mais disparatadas no que concerne ao perdão e à tolerância de Deus.

Aprendizes levianos, a todo instante, referem-se ao problema, com mais infantilidade que espírito de observação e obediência.

São raros os que se compenetram da magnitude do assunto.

O perdão divino jamais será entendido no quadro da preguiça, do egoísmo pessoal ou da inconstância da criatura.

As palavras do Mestre, na cruz, oferecem um roteiro de pensamentos profundos, nesse sentido: “Perdoa-lhes, meu Pai, porque não sabem o que fazem”, representa uma sentença básica da responsabilidade que o assunto envolve em si mesmo.

Num momento, qual o do Calvário, em que a dor se lhe impunha ao Espírito Divino, Jesus roga o perdão de Deus para as criaturas, mas não esquece de assinalar o porquê de Sua solicitação.

Seu motivo profundo era o da ignorância em que os homens se mergulhavam.

O Mestre compreendia que não se deve invocar a tolerância de Deus sem razão justa, como nunca se abusa de um Pai abnegado e carinhoso.

Tornava-se preciso explicar que o drama do Gólgota era forma de animalidade de quantos o rodeavam.

E a expressão do Cristo foi guardada no Evangelho, a fim de que todos os aprendizes venham a compreender que tolerância e perdão de Deus não são forças que se reclamem a esmo.

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Emmanuel
Chico Xavier
Alma e Luz
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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Na saúde, na doença



Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.

Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.

O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.

Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.

Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.

Conquanto a existência em torno possa mostrar-se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes, na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.

Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.

Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranquilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...

Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.

Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.

O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.

Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.

Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
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18 de Junho

Ideias e maneiras conflitantes surgirão nos próximos tempos.

Você será testado exaustivamente e depois será deixado por conta própria.

Não tente se agarrar a todo graveto que passar por você.

Recolha se e, em seu interior, retire sua força de Mim e siga seu caminho em paz.

Todas as dúvidas e temores o abandonarão e você se manterá firme e inabalável como uma rocha, apoiando-se nesta sabedoria interior.

Ventos, tempestades podem surgir lá fora, mas não o afetarão.

Eu preciso de você forte e corajoso, certo da verdade interior que ninguém pode lhe tirar.

Não se deixe sugar pelo torvelinho do conflito e da desesperança que existe no mundo atualmente; encontre seu santuário interior e Me reconheça, porque EU SOU a sua âncora, EU SOU o seu santuário.

Deixe que a Minha paz e o Meu amor o preencham e o envolvam.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

II – Missão do Homem Inteligente na Terra

13 – Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais um das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer. Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus. A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Diríeis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso. Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade. Muitos, infelizmente, a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.

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(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO)
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