sexta-feira, 4 de abril de 2014

O Mergulho em si Mesmo



Para alcançar uma esfera mais alta de consciência, precisamos mergulhar profundamente em nosso interior e renascer libertos dos medos, dúvidas, vícios e conflitos.

Meus amigos, não esperem a morte chegar para desenfaixá-los da carne. 

Comecem imediatamente um processo interno de profunda renovação consciencial. 
Morrer não significa crescer!
 Viver é crescer. 
A morte apenas faz o espírito mudar de endereço vibracional. 
A pessoa é a mesma, com suas virtudes e defeitos, seja dentro ou fora do corpo, em qualquer dimensão.

Não tenham medo de mergulhar em si mesmos e escalpelar o próprio ego.

 Rasguem a pele do medo nas trilhas do discernimento!
 Contudo, não se enganem. Há dor nesse processo. 
Não é fácil, mas é factível a quem quer crescer municiado de plena luz interior.
O mergulho em si mesmo é uma espécie de morte: a morte do ser velho e seu renascimento constante.

Se vocês padecem do medo da dor de crescer e olhar objetivamente a si mesmos, então, pensem nas dores que já lhes acompanham tão frequentemente: 

violência íntima, agonia, medo, vazio existencial, falta de motivação, falta de espiritualidade e uma terrível treva espiritual, envolvendo suas melhores aspirações.

Façam uma medição na balança de seus corações e observem o que dói mais:
 crescer ou ser súdito da agonia do vazio consciencial?
 O que dói mais:
 Ser medíocre e desconhecido de si mesmo ou lutar para evoluir e seguir?
 O que dá mais trabalho:
 Manter vícios que custam tanto ou lutar para vencê-los? 
Quais são seus objetivos vitais: 
Agonia íntima ou crescimento consciencial?

Vocês esperarão a morte sendo súditos da inércia? 
Ou aumentarão a motivação de viver e aprender?
 Quando esse ser velho e medroso será cremado no fogo do discernimento? 
Quando será o funeral de suas dores íntimas? 
Quando a fagulha divina que já mora em seus corações há de brilhar mais?

Renasçam a cada instante!
 Presenteiem suas vidas com uma nova luz nos pensamentos e sentimentos.
 Promovam aquela alquimia íntima: ser antigo, fora!, ser renovado, agora!

Quem poderá crescer por vocês?
Quem irá pôr fim à dor de vocês?
Que salvador poderá evoluir por vocês?
Quem poderá digerir essas toneladas de mágoas?
Quem promoverá o apocalipse do ego dentro do calendário da própria alma?
Quem liquidará o asteroide do medo no planeta de seus corações?

Mergulhando em si mesmos, sem medo, sem trevas, vocês encontrarão dores, sim, mas qual renascimento é isento de dor? 
Pior já é a dor de sentir-se um estranho no próprio mundo íntimo.

Usem a água da espiritualidade e o remédio da sabedoria para lavar os sofrimentos e curar as feridas internas. Usem o antiácido da alegria e curem as úlceras emocionais. Agradeçam as dores do parto de um ser divino dentro de vocês. É a dor de um mestre nascendo!

Há um menino Jesus, um menino Krishna e a paz do Buda nascendo no menino-coração de cada um de vocês.
 Confraternizem mais, sorriam sem medo!
 Ninguém morre vítima da morte, que apenas devolve a consciência à sua casa celestial. 
Mas é possível morrer em vida, de agonia e falta de lucidez. 
É possível ser um cadáver vivo: basta sentir-se vazio, sem alma, murcho de alegrias e renovações.

Meus amigos, cremem o ego e renasçam das cinzas. 
Façam uma fogueira de seus medos. 
Depois, joguem as cinzas ao vento da vida e gritem bem alto:
"Meus medos já eram! 
Só tem luz em meu coração!
 Sou divino e há um sol interno despertando na aurora de minha vida!"

Não esperem a morte para morrer só de corpo. 
Aliem-se à vida para que morram seus dramas e seus egos. 
Que esses escritos possam matar suas dores de vazio espiritual, e que possam enchê-los de vida, de luz e de um grande amor.
Que Deus abençoe seus renascimentos!
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Wagner Borges





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