quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Perdoa agora

Não te detenhas. 

 Torna à presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a recuperar-se. 
 Reflete e ampara-o. 

Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma, antes que a palavra dele se erguesse para ofender-te ou antes que o braço se lhe armasse pela incompreensão e desferisse contra ti o golpe deprimente? 

 Guarda a calma e auxilia sem cessar.
Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez, suportar o assalto da ira e reclamarás igualmente o bálsamo da alheia compreensão. 

 Retorna ao lar ou à luta que talvez hajas deixado, e espalha, de novo, a bênção do amor com todos os corações que jazem envenenados pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
 Não hesites, porém. 
Perdoa agora, enquanto a oportunidade da reaproximação te favorece os bons desejos  porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti, senão a cinza do arrependimento e o choro amargo de improdutiva lamentação.
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Emmanuel
Chico Xavier 




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