Quando a aflição te bata à porta, é natural te preocupes, no entanto, pensa igualmente naqueles que te rodeiam.
Todos eles te aguardam a coragem para que se lhes garanta a resistência.
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Ninguém te pede a indiferença da estátua.
Roga-te a serenidade daquele que se dispõe a ser útil.
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Quando a provação se te apresente nas características do inevitável, é que determinadas manifestações da lei de causa e feito estão em andamento, reclamando-nos adaptação à realidade que, por vezes, somente muito depois, reconheceremos como sendo aquilo de melhor que a vida nos podia oferecer.
Algum ente amado terá perdido a existência no Plano Físico, impondo-te espessa carga de saudades e lágrimas... Entretanto, é possível que, no futuro, venhas a considerar semelhante ocorrência à feição do resultado de uma portaria celeste, liberando a criatura que partiu de pesados sofrimentos que talvez lhe atingissem a paralisação dos movimentos ou o desequilíbrio das faculdades cerebrais.
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Em vários episódios da experiência humana, certa pessoa querida ter-nos-á trocado a presença pela companhia de outra pessoa, esquecendo-nos, em muitas ocasiões, o carinho e o devotamento... É provável, no entanto, que, depois de algum tempo venhamos a saber que o acontecido terá sido a resultante de inspirações do Mais Alto, porquanto, aprenderemos que se essa ou aquela pessoa houvesse permanecido compulsoriamente, ao nosso lado, talvez tivesse caído nas calamidades do homicídio ou do suicídio, já que não nos é dado conhecer o íntimo daqueles que nos compartilham a vida.
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Em qualquer crise da existência, conserva a calma construtiva, de vez que os nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos especialmente agindo em auxílio a nós.
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Ainda que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação, Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paciência
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MENSAGEM DO ESE:
A nova era (III)
Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso, encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange do Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas palavras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam.
— Erasto, discípulo de S. Paulo. (Paris, 1863.).
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 11.)
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FARDO
Não há ninguém sem um fardo para carregar.
O parente difícil, o filho-problema, o amigo inconstante,
o cônjuge irresponsável...
Se há quem nos seja um fardo, é possível que igualmente sejamos um fardo para alguém.
Em todo grupo familiar há sempre um ou outro espírito recalcitrante, ali colocado pelas Leis da Vida para a imprescindível permuta de experiências.
Quem tem mais é chamado a dar a quem tem menos.
A pessoa difícil com a qual convivemos é sempre um examinador às avessas na aferição de nossos reais valores.
Todo fardo carregado com amor pode se transformar em escora, impedindo a queda de quem o sustenta.
Não maldigamos o fardo de nossas penosas obrigações cotidianas, convictos de que é justamente ele o instrumento de nosso aperfeiçoamento.
Ninguém irá a parte alguma abandonando o seu fardo à margem da estrada.
Todo débito, cuja quitação se adia, deverá, mais tarde, ser saldado com juros.
Meditemos nestas palavras inseridas em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "Todos aqueles que carregam o seu fardo e assistem seus irmãos são os meus bem-amados".
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, ed. Didier
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