domingo, 16 de março de 2025

Não somos nossos problemas


Conta-se que Victor Hugo, o admirável escritor francês, quando no exílio, tinha por hábito, ao cair da tarde, chegar a uma parte em que havia uma colina próxima ao mar, e ali sentava-se, mergulhando em reflexões demoradas.

Enquanto o grande gênio da língua neolatina meditava, crianças brincavam à sua volta.

Depois de haver reflexionado suficientemente, o gigante da pena erguia-se, dobrava-se, tomava de uma pedra e a atirava ao mar.

Tornara-se-lhe tão habitual este movimento que já o fazia por automatismo.

Certo dia, porém, uma das crianças, vendo o grande escritor repetir o gesto de atirar ao mar uma pedra, perguntou, com o olhar traquinas e o sorriso infantil:

Senhor Hugo, por que o senhor, depois de meditar tanto, toma de uma pedra e a joga no mar?

E o admirável exilado respondeu, com um toque de melancolia:

É que tenho muitos problemas e resolvi, diariamente, por meditar em um problema.

Após equacioná-lo, atirá-lo ao mar do esquecimento.

* * *
Não permitamos que os problemas tomem conta de nossa vida e exaurem todas as nossas energias.

É necessária a compreensão de que estamos no problema, mas não somos o problema.

Somos a solução para ele.

Quando analisarmos cada um deles, devemos pensar: Aqui está o meu problema.

Fora de mim.

Não somos este momento de aflição.

Apenas transitamos por ele temporariamente.

Encaremos cada problema como um desafio, algo que veio para fazer-nos crescer, amadurecer.

E não para nos destruir.

Isso permitirá que a vida o solucione com tranquilidade, sem desgastar-nos em demasia.

Contemos com ajuda externa.

Não acreditemos que tenhamos que resolver tudo sempre sozinhos.

Há tanta gente disposta a nos ajudar, no mundo material, e no mundo invisível, onde encontramos os amores do ontem e os protetores de nossa reencarnação.

Então, após resolver cada problema, atiremo-lo ao mar do esquecimento, não permitindo que ele permaneça em nossa casa mental.

Renovemo-nos diariamente, não permitindo que resquícios de crises e dores amarguem a alma, e se transformem em prisão indesejada.

Não nos assustemos com a palavra problema.

Se ela nos parecer assustadora, troquemo-la por outra, como desafio ou obstáculo.

Obstáculos existem para serem observados, compreendidos e transpostos.

Saímos mais fortes de cada um deles, se desejarmos, em vez de mais fracos e abalados.

Libertemo-nos desse negativismo que, por vezes, estraga nosso dia, quando a lente do pessimismo nubla nossa vista imperceptivelmente.

Libertemo-nos do cinza, do escuro dos pensamentos que tanto nos aborrecem a alma.

Nascemos para ser livres, então, libertemo-nos.

Não somos nossos problemas.

Apenas transitamos por eles temporariamente.

Pensemos nisso.

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Redação do Momento Espírita com base na faixa 1, do CD Visualizações terapêuticas, de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
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16 de Março

Que não exista espírito de competição em você.

Quando você perceber que cada ser humano tem seu papel específico para atuar no conjunto, todo o espírito de competição irá desaparecer e você será capaz de relaxar e ser você mesmo.

Como a vida se torna mais simples quando você não precisa mais pretender ser o que não é!

Você tem a sua tarefa específica no todo, portanto cumpra a da melhor maneira possível.

Eu lhes digo para amar, amarem-se uns aos outros.

Você está realmente dando seu amor ou está somente sendo tolerante, inventando desculpas e dizendo que há certas almas com as quais você não pode mesmo se misturar porque são pólos opostos?

Vocês são todos Meus bem amados e quanto mais cedo vocês se convencerem disso melhor, porque vocês são todos um para Mim e Meu amor flui para todos igualmente.

Quando vocês conseguirem aceitar esta unidade coMigo, vocês conseguirão aceitar a unidade uns com os outros.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Maneira de orar

O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?

A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.

A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.” Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.”

Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós.

Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!

Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional.

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— Monod. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 22.)
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Reflexões do caminho


Cobiça, ambição, domínio…

Lembra esta nota vulgar:

Quem enche demais a boca

Não consegue mastigar.


Nas áreas de causa e efeito,

A vida opera veloz,

Bem ou mal que pratiquemos

Reverterão sobre nós.


Serve e serve… Quem trabalha

Não acha hora perdida;

Trabalho é a força que conta

Na conta de cada vida.


Censuras e julgamentos…

Foge de sombra e afoiteza.

O lodo suja o cristal

Mas não lhe altera a pureza.


Há leis que se contradizem,

Mas que se cumprem fatais.

Observa: Deus perdoa,

A Consciência jamais.

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Plínio Motta
Chico Xavier
Obra: Paz e alegria
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2 comentários:

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