domingo, 8 de junho de 2025

A bênção da saúde


A saúde resulta de vários fatores que se conjugam em prol da harmonia psicofísica da criatura humana. 

Procedente do espírito, a energia elabora as células e sustenta-as no ministério da vida física, assim atendendo à finalidade a que se destinam. 

Irradiando-se através do perispírito, fomenta a preservação do patrimônio somático, ao qual oferece resistência contra os agentes destrutivos, em cuja agressão se engalfinha em luta sem cessar.

 Quando essas forças se desorganizam, aqueles invasores microbianos vencem a batalha e instalam-se, dando origem e curso às enfermidades.

 Na área dos fenômenos emocionais e psíquicos, face à delicada engrenagem do aparelho pelos quais se expressam, a incidência da onda energética do espírito, nesses tecidos sutis, responde pelo desequilíbrio, mais grave se tornando a questão dos desconcertos e aflições alienantes.

 Nesse capítulo, as estruturas profundas do ser, abaladas pelas descargas mentais perniciosas, além dos desarranjos que provocam, facultam a sintonia com outros espíritos perturbadores e vingativos, que se homiziam nos campos psíquicos, produzindo infelizes obsessões. 

A preservação da saúde exige cuidados preventivos constantes, e terapêuticos permanentes, pela excelência de que se reveste, para as conquistas a que está destinada durante a reencarnação. 

Diante das inumeráveis patologias que atribulam o ser humano, a manutenção do equilíbrio psíquico e emocional é de fundamental importância para a sustentação da saúde. 

Desse modo, visualiza-te sempre saudável e cultiva os pensamentos otimistas, alicerçado no amor, na ação dignificante, na esperança. 

Liberta-te de todo entulho mental, que te pode constituir fonte de intoxicação e estímulo às vidas microbianas perturbadoras, conservando-te em paz íntima.

 Se a enfermidade te visita, aproveita-lhe a presença para reflexões valiosas em torno do comportamento e da reprogramação das atividades. 

Pensa na saúde e deseja-a ardentemente, sem imposição, sem pressão, mas com nobre intenção. 

Planeja-te saudável e útil, antevendo-te recuperado e operoso no convívio familiar e social como instrumento valioso da comunidade. 

Vincula-te à Fonte Generosa de onde promanam todas as forças e haure os recursos necessários ao reequilíbrio.

 Reabastece o departamento mental com pensamentos de paz, de compaixão, de solidariedade, de perdão e de ternura, envolvendo-te, emocionalmente, com a Vida, de forma a te sentires nela integrado, consciente e feliz. 

Doença, em qualquer circunstância, é prova abençoada, exceto quando, mutiladora, alienante, limitadora, constitui expiação oportuna de que as Soberanas Leis se utilizam para promover os calcetas que, de alguma forma, somos quase todos nós.

 Saudável, aproveita o ensejo para te preservares, produzindo mais e melhor. 

Enfermo, agradece a Deus e amplia os horizontes mentais no amor para te recuperares, hoje ou mais tarde, seguindo adiante em paz e confiança.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Momentos de saúde
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08 de junho

Qual é o seu primeiro pensamento ao acordar?

É um pensamento de pura alegria pelo novo dia ou de desânimo pelo que o dia pode trazer?

Você faz um esforço para se harmonizar e entrar no ritmo desse dia?

Você consegue acordar com uma canção de louvor e agradecimento em seu coração?

Que diferença enorme vai fazer para a sua vida quando você conseguir fazer isso e começar o dia com uma visão rosada do mundo, mantendo essa visão durante todo o correr do dia.

Comece com o pé direito.

Não se preocupe com o amanhã; só hoje importa, o que você faz hoje e o que hoje pode lhe trazer.

Saiba simplesmente que você pode e fará deste dia um sucesso e que tudo que você fi zer será feito com perfeição.

Tudo que você disser será dito com amor, tudo que você pensar será do mais alto nível e somente o melhor virá de você neste dia.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Observai os pássaros do céu (II)

A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos.

Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos.
(Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)

A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)
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Auto castigo 


Deus não castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga. A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita. Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte. Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.

Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias. A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se. Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.

O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencê-las pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos. A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do Espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa. Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.

Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. Cada uma de nossas ações provoca uma reação da vida. A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos. Mas mesmo no auto castigo não somos abandonados por Deus, que vela por nós em nossa consciência.

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(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier/Herculano Pires)
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sábado, 7 de junho de 2025

Quem ama, nada exige


Quem ama, nada exige, apenas oferece. 

O amor é um caminho da ida e volta.

Muitas vezes exigimos o amor de alguém, o reconhecimento e a ternura esquecendo que deveríamos retribuir todos esses sentimentos.

Tudo que dermos à vida teremos de volta.

Se nada lhe oferecemos nada obteremos dela.

Tudo isso é tão simples, todos nós sabemos e comentamos esse assunto, mas continuamos a ser egoístas, exigindo muito mais do que oferecemos.

Doe todos os sentimentos bons que possuir; eles voltarão multiplicados.

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Humberto Pazian
Obra: Para viver bem
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07 de junho

Por que não fazer tudo sempre da melhor maneira possível?

Para ser perito em alguma coisa você precisa praticar até conseguir dominar todos os detalhes.

Portanto, você só vai ter resultados perfeitos nesta vida espiritual se você parar de levá-la na brincadeira.

Mergulhe nela de todo coração.

Para ter sucesso, a vida exige tudo de você; por que não dar tudo e ver o que acontece.

Nada na vida se tornará realidade se você não colocar em prática para ver como funciona.

Comece já a praticar a arte de viver esta vida espiritual.

Continue a fazer experiências com ela e não desanime se não tiver resultados imediatos.

Continue simplesmente a aplicar os seus princípios e logo você terá ótimos resultados.

Esta é verdadeiramente uma vida gloriosa quando você está disposto a se dedicar totalmente a ela.

🌷🌿🌷
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Perdão das ofensas

Quantas vezes perdoarei a meu irmão?

Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?
Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.

Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte dAquele que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas vistas e prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito séculos. Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe.

Se seus atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal. Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que não passassem de simples arranhões.

Espíritas, jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor. Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu próximo.

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— Simeão. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 14.)
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Em seus filhos e netos


"Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido senão para ser revelado." - Marcos, cap. 4 - v. 22

São muitas as pessoas que se especializam em vasculhar a vida alheia.

No intuito de ocultar as suas, querem expor, de público, as feridas morais que dizem respeito às outras.

Não nos iludamos, porém. Um dia, tudo o que pretendemos esconder em nós, há, espontaneamente, de se revelar. E, então, clamaremos por complacência no julgamento de que formos alvo.

Jesus, no texto em análise, não se referia apenas à revelação da Verdade pela Ciência, que, gradativamente, solucionará os enigmas da vida no Universo.

O sentindo profundo de suas palavras encontra aplicação em nosso mundo moral.

Sendo assim, não nos façamos agentes da desventura do próximo, espalhando conversas sobre assuntos que, mesmo correspondendo à realidade, não nos cabe divulgar com o propósito de desmerecê-lo.

Sejamos benevolentes para com as fraquezas de nossos semelhantes, recordando que, não raro, o que censuramos em outros é passível de censura muito maior em nós mesmos.

Os que se empenham em destruir a vida de quem seja não sabem que trabalham na destruição da sua.

Tudo, de bem ou de mal, que fazemos ao próximo, fazemos a nós, como, possivelmente, também àqueles que mais amamos. Sim, porque o pensamento é irresistível força, atraindo para o campo de nossa vida todos os acontecimentos, positivos ou negativos, que desejamos aos outros.

Quando não em si, muitos recebem de volta, em seus filhos e netos, a alegria ou a tristeza, a vitória ou a derrota que fizeram questão de exaltar em alguém.

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(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Respostas de Deus



Eis algumas das respostas de Deus, nos fundamentos da vida, através da Misericórdia Perfeita:

- o bem ao mal;
- amor ao ódio;
- luz às trevas;
- equilíbrio à perturbação;
- socorro à necessidade;
- trabalho à inércia;
- alegria à tristeza;
- esquecimento às ofensas;
- coragem ao desânimo;
- fé à descrença;
- paz à discórdia;
- renovação ao desgaste;
- esperança ao desalento;
- recomeço ao fracasso;
- consolo ao sofrimento;
- justiça à crueldade;
- reparação aos erros;
- conhecimento à ignorância;
- bênção à maldição;
- amparo ao desvalimento;
- verdade à ilusão;
- silêncio aos agravos;
- companhia à solidão;
- remédio à enfermidade;
- e sempre mais vida aos processos da morte.

Efetivamente podemos afirmar que Deus está sempre ao nosso lado, mas, pelas respostas de Deus, nos campos da vida, ser-nos-á possível medir sempre as dimensões de nossa permanência pessoal ao lado de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Respostas da vida
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06 de junho

Tudo que lhe acontece na vida é resultado da sua consciência.

Eleve sua consciência, seu ser, sua maneira de encarar a vida, e você começará a viver uma vida plena e gloriosa, que é sua herança por direito.

Você pode ouvir falar sobre ela, pode observar outros vivendo por ela, mas nada lhe acontecerá se você mesmo não conseguir aceitá-la conscientemente.

A alma mais simples e infantil consegue aceitar o reino do céu mais facilmente do que a alma intelectualizada que pensa que sabe todas as respostas mentalmente mas não consegue elevar sua consciência.

Cada alma consegue atingir um determinado estado de elevação de consciência, mas é algo que se consegue a partir do próprio interior, da sabedoria interna, da inspiração e intuição que não requerem conhecimento e sabedoria exterior.

Está tudo lá, dentro de cada alma, esperando ser reconhecido e trazido à tona para poder ser vivido.

🌾🌼🌾
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌾🌼🌾





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MENSAGEM DO ESE:

Retribuir o mal com o bem

Aprendestes que foi dito: “Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos.” Eu, porém, vos digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. — Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?” (S. MATEUS, cap. V, vv. 43 a 47.)

— “Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.”(S. MATEUS, cap. V, v. 20.)

“Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que os amam? — Se o bem somente o fizerdes aos que vo-lo fazem, que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo faz a gente de má vida? — Se só emprestardes àqueles de quem possais esperar o mesmo favor, que mérito se vos reconhecerá, quando as pessoas de má vida se entreajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei bem a todos e auxiliai sem esperar coisa alguma. Então, muito grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e até para os maus. — Sede, pois, cheios de misericórdia, como cheio de misericórdia é o vosso Deus.” (S. LUCAS, cap. VI, vv. 32 a 36.)

Se o amor do próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho.

Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas manifestações de simpatia que existem entre as que comungam nas mesmas idéias. Enfim, ninguém pode sentir, em estar com um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de um amigo.

A diversidade na maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num agradável eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se deva estabelecer diferença alguma entre eles e os amigos. Se este preceito parece de difícil prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo, como ao inimigo, o mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da linguagem humana obriga a que nos sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de um sentimento, à razão cabe estabelecer as diferenças, conforme aos casos.
Amar os inimigos não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contacto de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu bater, ao contacto de um amigo. Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo a reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos.

Amar os inimigos é, para o incrédulo, um contra-senso. Aquele para quem a vida presente é tudo, vê no seu inimigo um ser nocivo, que lhe perturba o repouso e do qual unicamente a morte, pensa ele, o pode livrar. Daí, o desejo de vingar-se. Nenhum interesse tem em perdoar, senão para satisfazer o seu orgulho perante o mundo. Em certos casos, perdoar-lhe parece mesmo uma fraqueza indigna de si. Se não se vingar, nem por isso deixará de conservar rancor e secreto desejo de mal para o outro.
Para o crente e, sobretudo, para o espírita, muito diversa é a maneira de ver, porque suas vistas se lançam sobre o passado e sobre o futuro, entre os quais a vida atual não passa de um simples ponto. Sabe ele que, pela mesma destinação da Terra, deve esperar topar aí com homens maus e perversos; que as maldades com que se defronta fazem parte das provas que lhe cumpre suportar e o elevado ponto de vista em que se coloca lhe torna menos amargas as vicissitudes, quer advenham dos homens, quer das coisas. Se não se queixa das provas, tampouco deve queixar-se dos que lhe servem de instrumento.

Se, em vez de se queixar, agradece a Deus o experimentá-lo, deve também agradecer a mão que lhe dá ensejo de demonstrar a sua paciência e a sua resignação. Esta idéia o dispõe naturalmente ao perdão. Sente, além disso, que quanto mais generoso for, tanto mais se engrandece aos seus próprios olhos e se põe fora do alcance dos dardos do seu inimigo.

O homem que no mundo ocupa elevada posição não se julga ofendido com os insultos daquele a quem considera seu inferior. O mesmo se dá com o que, no mundo moral, se eleva acima da humanidade material. Este compreende que o ódio e o rancor o aviltariam e rebaixariam. Ora, para ser superior ao seu adversário, preciso é que tenha a alma maior, mais nobre, mais generosa do que a desse último.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 1 a 4.)
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Livre-arbítrio e caridade 


Nunca será demasiado entretecer-se considerações sobre a caridade.

A caridade é sempre luz que abençoa aqueles que jornadeiam na aflição. Mesmo quando não é vista, à semelhança dos raios solares, quando o Astro Rei está ausente, beneficia, penetrando as vidas e renovando-as.

Assim, a caridade, seja no seu aspecto material ou moral, reflete o amor de DEUS que alcança
as almas, socorrendo-as.

Quando a caridade material não se faz necessária, jamais será secundária aquela de natureza
moral, porquanto vital o ar, penetra e sustenta a vida.

São caridades morais:
O Sorriso de afabilidade ao atormentado que perdeu a esperança;
A palavra de estímulo quando todos os outros recursos ficaram baldos de resultados;
O gesto de simpatia ante a circunstância aziaga e infeliz;
A compreensão fraterna, face à ofensa e à maldade;
A oração intercessória, em favor do adversário em sofrimento;
O apoio emocional no momento áspero da desgraça.
O perdão da ofensa e a dedicação ao tombado;
A gentileza de um socorro espiritual...

Quem pode, por acaso, no transe da dor, dispensar qualquer uma destas concessões? Qual a pessoa que se sinta tão completa que dispense um amigo ou uma palavra de reconforto?

A caridade é luz que deve ser considerada como benção de DEUS nas estradas do mundo.

Praticá-la ou não é opção de cada indivíduo. Aquele que a utiliza, favorece o crescimento da luz que se esparze; quem se nega a realizá-la, faculta a ampliação da sombra que predomina.

O livre-arbítrio e a caridade constituem alavancas para o progresso do homem na direção da sua meta
final, que é a felicidade.

JESUS, todo amor por excelência, em instante algum deixou de esparzi-la, iluminando as vidas que, desde então, jamais perderam a diretriz.

Caridade, portanto, hoje e sempre.

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(Obra: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis)
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quinta-feira, 5 de junho de 2025

Dever simples


Trabalho aparentemente simples e que o dever nos aponta como sendo dos mais importantes nas relações humanas: podar os atritos.

 Notadamente no grupo de serviço, tanto os que administram quanto os que obedecem precisam daqueles que lhes assessorem as atividades na preservação da harmonia e da segurança.

E essa tarefa positivamente necessária na conservação da paz é acessível a todos.

Cada obreiro dentro dela dispensará designações de qualquer natureza para atuar.

Todos somos convidados a sustentá-la e exercê-la.

 Surpreendes diminuta questão a resolver ou espinhosa providência a executar e, desde que não afetes as responsabilidades dos outros, não peças a alguém para interferir.

Toma sobre ti mesmo o encargo de atender ao que deve ser feito, sem cobrar aplausos dos que te compartilhem a experiência.

 Se ali ouves conversações descabidas, evidentemente destinadas a fomentar desentendimento ou perturbação, promete à própria consciência que trabalharás sem alarde para refazer a concórdia.


 Diante de algum problema, não lhe dês expansão aos aspectos negativos.

Perante companheiros, transitoriamente desanimados ou tocados de influência obsessiva, administra-lhes esperança e renovação sem comentários.

 Não te digas incapaz de contribuir nas fileiras da caridade.

A todo instante, com qualquer pessoa, em toda parte e nas mínimas circunstâncias, podes evitar a mágoa ou sustar o desequilíbrio.

E basta reduzir as áreas do mal para que nos coloquemos, de imediato, sob a força do bem.

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Batuíra
Chico Xavier
Obra: Mais luz
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05 de junho

Você sabe o que significa amar, sentir seu coração transbordar de amor e gratidão, atingindo a todos que o rodeiam?

É uma deliciosa sensação de bem estar e unidade com a vida.

Todo temor e ódio, toda inveja e mesquinharia desaparecem quando existe o amor, porque então não sobra lugar para as forças destrutivas e negativas.

Quando seu coração estiver frio e você não sentir amor, não desanime, procure algo para amar.

Pode ser algo bem pequeno, mas essa pequena faísca pode inflamar seu coração de amor.

Uma pequena chave pode destrancar uma pesada porta.

O amor é a chave para todas as portas trancadas.

Aprenda a usá-la até que todas as portas tenham sido abertas.

Comece bem aí onde você está.

Abra seus olhos, abra seu coração, perceba uma necessidade e solucione-a.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Limites da encarnação

Quais os limites da encarnação?

A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.

O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.

Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.

Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado.

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– São Luís. (Paris, 1859.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)
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A outra vida


A vida no Além é também atividade, trabalho, luta, movimento.

Se as almas estão menos submetidas ao cansaço, não combatem menos pelo seu aperfeiçoamento.

A lei das afinidades a tudo preside, entre os seres despidos dos indumentos carnais, e, liberto o Espírito dos laços que o agrilhoavam à matéria, recebe o apelo de quantos se afinam pelas suas
preferências e inclinações.

Bem-aventurados todos aqueles que, ao palmilharem seus derradeiros caminhos, encontram a alvorada da paz, luminosa e promissora; nos celeiros da luz, recolhem o pão da verdade e da sabedoria, porque bem souberam cumprir suas obrigações morais.

A sombra das árvores magnânimas que plantaram com os seus atos de caridade, de fé e de esperança, repousam a cabeça dilacerada nos amargores da Terra; divinas inspirações descem das Alturas sobre as suas mentes, que iluminam como tabernáculos sagrados e, interpretando fielmente as disposições da vontade diretora do Universo, transformam-se em mensageiros do Altíssimo.

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(Obra: Emmanuel - Chico Xavier/Emmanuel)
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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Pesquisa em nós



 Ante as crises da renovação que abarca, presentemente, quase todos os campos da Terra, sinceramente ignoramos onde se encontram aqueles irmãos que não necessitam de compreensão e simpatia.

Levantemos qualquer pergunta, nesse sentido e a lógica responderá em nós mesmos.

Certos administradores, em vários episódios de serviço, demonstram dificuldades e deficiências no desempenho dos encargos que lhes competem…

No entanto, que estaremos realizando, a fim de apoiá-los com segurança para que se reconheçam firmes e equilibrados na espinhosa tarefa de orientar?

Determinados religiosos, por vezes, evidenciam falhas no ministério que lhes foi atribuído…

Qual terá sido, porém, a nossa colaboração para que se mantenham valorosos e irrepreensíveis na elevada missão em que se viram colocados?

 Muitas pessoas sem trabalho procuram socorro alheio, patenteando frequentemente relativa saúde…

De que modo censurá-las, receitando-lhes dedicação ao serviço, se não dispomos de meios para mobilizá-las na atividade profissional?

 Comenta-se que o lar na Terra vem sendo dilapidado na organização que lhe é própria…

Será justo, entretanto, indagarmos de nós próprios, enquanto no Plano Físico, relativamente ao que fazemos para fortalecê-lo.

 Amplia a visão sobre as múltiplas faixas em que se subdividem os grupos sociais da Terra e observaremos que em todos os lugares renteamos com aqueles que nos pedem compreensão e simpatia.

 Os que trabalham mais e os que trabalham menos, os que agem ativamente e os que repousam, além do necessário, solicitam sustentação e amparo, estímulo e bênção, a fim de serem ou continuarem a ser o que devem ser.

 À frente de quaisquer problemas de que a experiência humana te cerque, mergulha o pensamento na luz do amor que Jesus nos legou e perceberemos que atualmente no mundo ninguém existe fora das áreas da compaixão.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
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04 de junho

Nunca se satisfaça com a sua visão da vida.

Existe sempre algo novo e excitante para se aprender e é preciso que você esteja receptivo e sensível para perceber o que está acontecendo à sua volta.

O novo nem sempre é fácil de entender.

Não se preocupe; esteja disposto a aceitar com fé, para que, agindo assim, sua compreensão possa crescer.

Você saberá, com aquela percepção interior, se essas novas ideias e maneiras são boas ou não.

Se você sentir profundamente que são corretas, permita-se absorver essas verdades mesmo sem compreendê-las totalmente.

Gradualmente a luz nascerá e você acordará para o significado de tudo.

Você não pode continuar pela vida sempre apegado aos antigos hábitos.

Você precisa estar disposto a ramificar, a estender seus braços para as mudanças.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Cuidar do corpo e do espírito

Consistirá na maceração do corpo a perfeição moral? Para resolver essa questão, apoiar-me-ei em princípios elementares e começarei por demonstrar a necessidade de cuidar-se do corpo que, segundo as alternativas de saúde e de enfermidade, influi de maneira muito importante sobre a alma, que cumpre se considere cativa da carne. Para que essa prisioneira viva, se expanda e chegue mesmo a conceber as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são, disposto, forte. Façamos uma comparação: Eis se acham ambos em perfeito estado; que devem fazer para manter o equilíbrio entre as suas aptidões e as suas necessidades tão diferentes? Inevitável parece a luta entre os dois e difícil achar-se o segredo de como chegarem a equilíbrio.

Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma. Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra. Ao lado desses dois grandes partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar. Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos. Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.

Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus. Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre-arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa. Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso: está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição.

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Jorge, Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 11.)
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Jamais esmoreçamos


A dor é nossa companheira - lanterna acesa em escura noite - guiando-nos, de retorno, à Casa do Pai Celestial.

E, além da dor, só o trabalho no dever bem cumprido, na caridade e no estudo, é bastante forte para auxiliar-nos a subir.

Trabalhemos e reajustar-nos-emos.

Observemos a grandeza das bênção que nos cercam e esforcemo-nos por merecer a chave dos conhecimentos sublimes.

O corpo de carne é uma sombra de que nos valemos para encontrar a verdadeira luz.
A bondade que se desdobra na cooperação fraternal e ajuda sempre é o clima abençoado em que nossas imperfeições se desfazem.

A romagem na Terra é simples estação de luta curativa para nossa alma.
Tudo prossegue e tudo se aprimora.

Quem se desvela no serviço do bem, quem se faz grande buscando ser pequenino entre os homens, descobre novos roteiros de ascensão.

Jamais esmoreçamos.

Trabalhemos com renovado fervor.

A morte não é o fim, mas apenas breve intervalo.

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(Obra: Cartas do Coração - Chico Xavier/Raymundinho)
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terça-feira, 3 de junho de 2025

Dinheiro e amor


Diante do bem, não pronuncies a palavra “impossível”.

 Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por preço das menores aquisições. Ainda assim, lembra-te de que a virtude não reside no cofre.

Onde encontrarias ouro puro a fazer-se pão na caçarola dos infelizes?

Em que lugar surpreenderias frágil cobertor tecido de apólices para agasalhar a criança largada ao colo da noite?

Entretanto, se o amor te faz lume no pensamento, arrebatarás à imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a no caldo reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o abrigo providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.

Uma garganta de pérolas não emite pequenina frase consoladora e um crânio esculpido de pedras raras não deixa passar leve fio de ideação.

 Todavia, se o amor te palpita na alma, podes falar a palavra renovadora que exclui o poder das trevas e inspirar o trabalho que expresse o apoio e a esperança de muita gente.

 Respeita a moeda capaz de fazer o caminho das boas obras, mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.

 Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te os gestos de fraternidade e compreensão.

Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo e não descreias da possibilidade de auxiliar.

 Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem finança terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou simpatia aos que lhe buscavam a convivência, confortou os enfermos da estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a caridade tem o tamanho do coração.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
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03 de junho

Onde estão sua fé e confiança?

Você não pode viver esta vida espiritual se não tiver fé e confiança em Mim.

Deixe que Eu guie cada um de seus passos.

Procure sempre por Mim no silêncio e deixe que Eu lhe revele o próximo passo; e, então, dê esse passo sem medo e com verdadeira alegria.

Como é que você pode querer receber tarefa mais importante e maiores responsabilidades nesta vida antes de aprender a obedecer e cumprir as ordens mais simples?

Como é que você pode querer abraçar o mundo se ainda não aprendeu a amar seus semelhantes e a conviver em paz e harmonia com eles?

Uma criança tem que aprender a andar antes de aprender a correr.

Você tem que aprender a amar seu próximo e trazer paz e harmonia para o ambiente que o cerca antes de ser capaz de trazer harmonia para o mundo.

Entenda-se a si próprio primeiro, e, então, Eu poderei usá-lo para ajudar e servir seus semelhantes.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Mundos de expiações e provas

Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um Planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito.

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– Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)
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FAMÍLIA


Há, pois, duas espécies de família: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Allan Kardec – Cap. XIV, Item 8

De todas as associações existentes na Terra – excetuando naturalmente a Humanidade – nenhuma talvez mais importante em sua função educadora e regenerativa: a constituição da família.

De semelhante agremiação, na qual dois seres se conjugam, atendendo aos vínculos do afeto, surge o lar, garantindo os alicerces da civilização.

Através do casal, aí estabelecido, funciona o princípio da reencarnação, consoante as Leis Divinas, possibilitando o trabalho executivo dos mais elevados programas de ação do Mundo Espiritual.

Por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da Vida Superior.

Daí, as fontes de alegria que se lhes rebentam do ser com as tarefas da procriação.

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do Mundo Maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.

Na arena terrestre, é justo que determinada criatura se faça assistida por outras que lhe respiram a mesma faixa de interesse afetivo.

De modo idêntico, é natural que as inteligências domiciliadas nas Esferas Superiores se consagrem a resguardar e guiar aqueles companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento.

A parentela no Planeta faz-­se filtro da família espiritual sediada além da existência física, mantendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima.

Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, assim, de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos.

Para os ajustes e reajustes indispensáveis, ante as leis do destino.

Apesar disso, importa reconhecer que o clã familiar evolve incessantemente para mais amplos conceitos de vivência coletiva, sob os ditames do aperfeiçoamento geral, conquanto se erija sempre em educandário valioso da alma.

Temos, dessa forma, no instituto doméstico uma organização de origem divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do Mundo Melhor.

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(Obra: Vida e Sexo - Chico Xavier/Emmanuel)
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