Considera a tua ação e o modo pelo qual a exerces, a fim de que a paz te abençoe a vida.
Surpreendeste o amigo de quem tiveste mágoa por algum desentendimento… Reflete na carreira dos dias e esquece o conflito que te perturba.
Entretanto, faze algo mais. Envolve-o nas melhores vibrações do sorriso fraterno para que o vejas tranquilo.
Guardaste a obrigação de saldar essa ou aquela dívida… Pensa na velocidade das horas e dentro das possibilidades de que disponhas, procura resgatá-la.
Não te circunscreva, porém, a isso. Oferece ao credor a tua mensagem de gratidão e alegria por te haver esperado.
Conservas a intenção de auxiliar alguém ou de levar a alguém o testemunho de tua confiança e carinho… Medita na rapidez dos minutos e não atrases a manifestação afetiva, que te nasce do íntimo.
Vai, todavia, mais além. Ajuda a pessoa a quem beneficias para que se convença de que assim procedes, por verdadeira fraternidade, sem a menor ideia de recompensa.
Encontraste o adversário que te criou inúmeros contratempos, hoje faminto de amizade e compreensão… Observa a brevidade do tempo e não lhe negues a mão de companheiro.
Realiza, entretanto, algo mais. Dá-lhe a bênção da palavra generosa, por certidão viva de teu respeito.
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Em tudo o que seja tarefas a realizar, opiniões a emitir, providências a compor e questões a resolver, recorre ao amor para que o amor te inspire e age sem delongas na demonstração da tua capacidade de compreender e servir porque, em verdade, os minutos da reencarnação se escoam, vertiginosos, e realmente não sabes, quanto ao tempo que a reencarnação te reserva, se estás vendo e ouvindo essa ou aquela pessoa e fazendo isso ou aquilo pela última vez.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Passos da vida
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22 de maio
Se você não deixar uma criancinha fazer as coisas sozinha, como se alimentar, andar, se vestir, escrever, desenhar, se expressar, ela nunca se desenvolverá a ponto de se tornar independente e conseguir tomar suas próprias decisões.
Você tem que lhe dar espaço e permitir que ela erre, dando-lhe tempo para que ela possa adquirir segurança sobre suas ações.
Você tem que ter paciência e ficar só observando, não importa quão tentado esteja em ajudá-la para ganhar tempo.
Abra seus olhos e perceba que a vida é como uma sala de aula numa escola, e que você está aprendendo o tempo todo.
Quantas vezes Eu não tenho que ficar amorosamente observando você de longe, vendo você se atrapalhar com a vida a fim de aprender lições importantes, lições que jamais serão esquecidas uma vez que forem aprendidas e dominadas?
Eu tenho paciência e amor infinitos.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A fé religiosa. Condição da fé inabalável
Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões.
Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão.
Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade; preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão.
Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários.
Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe, ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la. Tende, pois, como certo que os que dizem: “Nada de melhor desejamos do que crer, mas não o podemos”, apenas de lábios o dizem e não do íntimo, porquanto, ao dizerem isso, tapam os ouvidos. As provas, no entanto, chovem-lhes ao derredor; por que fogem de observá-las? Da parte de uns, há descaso; da de outros, o temor de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria de curvar-se diante dela.
Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardatárias. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm de aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.
A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É principalmente contra essa fé que se
levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa.
A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 6 e 7.)
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NUNCA É DEMAIS
“Sede, na oração, perseverantes.” (Paulo – Romanos – 12:12)
Diretamente convidado a uma decisão, no tumulto dos conflitos complexos,
busque a inspiração superior através da prece.
Um momento de prece dirime problemas largamente cultivados.
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Instado por dificuldade à rebeldia e ao desequilíbrio, faça uma pausa para a prece.
A prece não apenas aponta rumos quanto tranquiliza interiormente.*
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Açodado pelas paixões inferiores e vencido na psicosfera negativa
do ambiente em que vive, erga-se à prece edificante.
A prece não somente sustenta o bom ânimo como também luariza os sentimentos.
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Tombado por falta de apoio e aturdido nos melhores propósitos acalentados,
tente o convívio da prece antes de desertar.
A prece não é só uma ponte que o leva a Deus, porém uma alavanca a impeli-lo para sair do desânimo que o prostra.
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Atordoado por informações infelizes e vitupérios; apedrejado por incompreensões indevidas, mergulhe a mente na prece antes do revide.
A prece não constitui um paliativo exclusivo, sendo, também, inexaurível e abençoada fonte de renovação e entusiasmo.
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Examinando o problema imenso que se avulta, aquietado pelas complexas engrenagens das decisões, estugue o passo, faça uma prece.
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A prece tem o poder de clarificar os horizontes e içar o homem do abismo às cumeadas libertadoras.
Concluída a tarefa em que recolheu bênçãos e júbilos, não se esqueça da prece.
A prece não lhe constitua um instrumento de rogativa e solicitação incessantes, tornando-se, também, um telefônio para expressar o reconhecimento e a gratidão
com que você exporá os sentimentos renovados ao Pai Celestial.
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Não se trata de beatice, nem tampouco de pieguismo emocional.
Se lhe é justo permitir-se o pessimismo e o desaire, conservando a negação e o dissabor, a prece contituir-lhe-á bastão de apoio, medicamento reconfortante, pão nutriente porquanto cada um sintoniza com aquilo em que pensa e vibra.
Orando, você, naturalmente, haurirá nas fontes inesgotáveis da Divina Providência as energias necessárias para o êxito dos seus cometimentos.
Não se deixe vencer pelos que o abordam com ceticismo
e preferem a manifestação cínica diante do seu estado de prece e de confiança.
Uma prece a mais nunca é demais.
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Marco Prisco
Divaldo P. Franco
Obra: Momentos de decisão
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