Você costuma se queixar?
Poucas coisas são tão desagradáveis quanto a queixa sistemática, mas a pessoa queixosa perturba muito mais a si mesma do que às outras que a cercam.
Deve-se reconhecer que a vida é difícil, que a luta diária pela sobrevivência requer muito esforço e esse esforço redunda, não poucas vezes, insuficiente para vencer todos os compromissos que a sociedade impõe.
Entretanto, essa é a situação de mais da metade do povo brasileiro.
O queixoso não se dá conta disso, e julga-se o único atingido pelas vicissitudes da existência.
Conta-se que uma senhora adentrou desesperada numa sociedade espírita. Imediatamente foi atendida naquilo que chamamos Diálogo Fraterno.
Em particular, ela recebeu a atenção de um senhor muito prestativo e sorridente. Relatou-lhe, então, a razão de sua angústia, entremeando a narrativa com lágrimas muito sentidas.
O senhor não imagina o meu sofrimento. Acontece que, há vinte anos, o meu marido me deu um anel de brilhantes como presente de aniversário. Isso foi bem antes de ele morrer e me deixar viúva.
Continue, encorajou-a o homem, interessado.
Pois veja o senhor meu sofrimento: nesta manhã, dei-me conta que o anel havia sumido... O senhor não é capaz de imaginar o tamanho da minha dor.
Será que vocês, aqui no Centro Espírita, não podiam localizar meu anel? É a única recordação que tinha da minha felicidade com meu marido!
Revelando compaixão e serenidade, o homem atencioso esclareceu-a, explicando que os centros espíritas não se prestavam a tais serviços. Mas que ela deveria confiar na bondade de Deus, pois, talvez, antes do que pudesse acreditar, teria a alegria de encontrar o anel, caído em algum canto da casa.
A seguir, falou-lhe da beleza da vida e das lembranças emotivas que deveria guardar, com otimismo, em relação ao marido que, apesar de morto para a realidade física, prosseguia vivendo no mundo invisível.
A mulher, finalmente, se acalmou.
Somente na despedida, quando foi agradecer pela atenção recebida, é que ela pôde perceber que o homem que a tranquilizara pela perda de um anel não tinha os dois braços.
* * *
De modo algum podemos cerrar os olhos para as verdades dolorosas da existência, contudo, essas dores se tornam muito mais amenas quando paramos para pensar e socorrer aqueles que suportam pesos ainda maiores do que os nossos.
Assim, espanquemos a nuvem da queixa com os instrumentos de segurança plena, e apaguemos a fogueira da impulsividade que nos impele aos atos impensados, afastando-nos dos deveres para com a vida.
A queixa pode ser comparada a um ácido perigoso que sempre produz dano.
Antes de nos lamuriarmos, olhemos para trás e contemplemos os que estão na retaguarda.
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Redação do Momento Espírita com base no verbete Queixa, do livro
Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco
ed. Leal.
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06 de outubro
Você pode fazer deste dia aquilo que você quiser.
No exato momento em que você acorda de manhã, você pode decidir que tipo de dia você quer ter.
Pode ser o dia mais maravilhoso e inspirado possível, mas depende de você.
Você é livre para escolher.
Então, por que não começar agradecendo, para abrir seu coração?
Quanto mais agradecido você é, tanto mais aberto você estará para os maravilhosos acontecimentos que este dia trará.
Amor, elogios e gratidão escancaram as portas e permitem que a luz entre e revele o que há de melhor na vida.
Esteja determinado a ser ultrapositivo hoje, a esperar o melhor e atrair o melhor para você.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
A indulgência (II)
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.
Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta.
Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.
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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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União a dois
Lutas do casamento!... Provas do casamento!...
Quem disse, porém, que a concretização do matrimônio é felicidade estruturada a toques de figurino, não atingiu a realidade.
A união a dois, no culto da afinidade ou na execução de tarefas mais amplas da família, é um encargo honroso, qual sucede a tantas obrigações dignas. Nem por isso deixa de ser trabalho por efetuar. E trabalho tão importante que, não sendo possível a um coração apenas, foi preciso reunir dois para realizá-lo.
Quando um companheiro delibera empreender certa pesquisa, ou se outro abraça determinada profissão, não nos aventuramos a iludí-los com visões de felicidade imaginária. Ao invés disso, reconhecemos que escolheram laborioso caminho de serviço em que lhes auguramos o êxito desejado.
De igual modo, o casamento não é construção sem bases, espécie de palácio feito sob medida para os moradores.
Entre os cônjuges é imperioso que um aprenda a compreender o outro, de maneira a desenvolver as qualidades nobres que o outro possua, transformando-lhe consequentemente as possível tendências menos felizes em aspirações à Vida Melhor.
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Claramente, todos temos vinculações profundas, idiossincrasias, frustrações e dificuldades. A reencarnação no informa com segurança quanto a isso, indicando para que lado gravitamos em família, segundo os mecanismos da vida que a experiência terrestre nos induz a reajustar.
Em razão disso, todo par e toda organização doméstica revelam regiões nevrálgicas entretecidas de problemas que é preciso saber contornar ou penetrar, a fim de que o futuro nos traga as soluções da harmonia irreversível.
Se te encontras ao lado de alguém, sob regime de compromisso afetivo, não exijas de imediato a esse alguém a apresentação dos recursos de que ainda necessite para ser aos teus olhos a companhia perfeita que esperavas encontrar entre as paredes domésticas. Nem queiras que este alguém raciocine com os teus pensamentos, porquanto a ninguém é lícito reclamar de outrem aquilo que ainda não consegue fazer.
Se não desejas receber nos próprios ombros a cabeça de quem abraçou contigo as responsabilidades da união a dois, é mais que natural não possas impor a própria cabeça aos ombros da criatura a quem prometeste carinho e dedicação.
Todos somos filhos de Deus.
O matrimônio é obrigação que os interessados assumem livremente e de que prestarão justa conta um ao outro. Conquanto isso, o casamento não funde as pessoas que o integram. Por isto mesmo a união a dois, além da complementação realizada, recorda a lavoura e a construção: cada cônjuge colhe o que plantou, tanto quanto dispõe do que fez.
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Emmanuel
Livro: Astronautas do Além
Chico Xavier
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