sábado, 30 de março de 2013

Comece bem o seu dia





O dia que começa é bênção que se renova para você.
Ao despertar, saúde o seu dia com a melodia vibrante da prece, musicalizando suas aspirações.
Ocupe os minutos primeiros com a gratidão ao Senhor e formule os roteiros a executar nas horas diurnas com método e equilíbrio.
Reaja às impressões negativas retidas na memória, sobrepondo a elas os nobres ideais da oportunidade nova.
A leitura evangélica constituirá para você excelente motivação para o seu dia.
Cultive-a.
*
Paute suas atividades dentro do ritmo dos pensamentos superiores, fazendo sempre aos outros o que gostaria deles receber.
Tente conquistar uma amizade nova ou repare, sem delongas, um mal-entendido da véspera.
*
Trabalhe com amor, ganhando as horas.
Não esqueça, porém, de que o excesso de atividade conduzi-lo-á à estafa e, consequentemente, a pouco rendimento de produção, quando não o precipita na enfermidade.
A alegria ajudá-lo-á na execução das atividades, por isso motive-se com as lições vivas do otimismo cristão.
Quem decide vencer-se e produzir, em tudo encontra razões de vitória.
*
Economize palavras vãs.
 As águas espalhadas do rio não podem retroceder às nascentes.
Palavras são portas de acesso à comunicabilidade. 
Muitas delas são vias de aniquilamento.
 Fiscalize-as.
*
Não se aflija pelos múltiplos problemas, perdendo-se na solução deles de uma só vez.
Atenda as tarefas, uma após outra, sem precipitação.
Considere a possibilidade de desencarnar inesperadamente.
Arrume sua vida, tendo em vista esse evento.
O que não consiga agora evite transformar em agastamento.
O hoje é, também, o futuro já presente.
*
Elimine as mágoas do dia passado, no seu programa de ação.
Quem conserva queixas conduz acidez portadora de doenças soezes.
*
Se tiver ensejo faça o Bem; se não tiver ocasião de fazê-lo, crie as circunstâncias.
Um dia sem a prática de ações dignificadoras é um dia realmente perdido, embora você tenha conseguido armazenar títulos contábeis ou moedas fiduciárias.
Esses ficam com o corpo e aquelas seguem com você.
*
Atravesse o dia com tranquila vigilância espiritual.
Cada hora passada é parte dele que você não mais recuperará.
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Marco Prisco








quinta-feira, 28 de março de 2013

Mensagem do - "Morto" - jovem Kako



“As janelas se abrem para a vida, mas...” 

Sinto-me hoje como se estivesse transposto, após densas torturas e solidão, um túnel escuro1 cujo tempo parou numa dor enorme, sem nome para descrever como começou meu sofrimento. Eu sei passo a passo como me destruí, como me esfacelei no desespero maior.

Jovem ainda, tímido e inseguro, admirava as companheiras de turma que lideravam e organizavam festas. Família ajustada relativamente feliz, era apoiado por exemplos e conselhos e muita esperança no meu futuro.

Inteligente, era procurado por colegas para auxiliá-los, mas ao mesmo tempo, procuravam lançar-me a semente da dúvida, se valeria tanto esforço, quando tantos não estudavam, tantos eram ricos em troca de poucos esforços nos negócios. Não percebi como era dilapidado, solapado na alma ingênua e dócil.

Quando minhas companhias e minhas atitudes começaram a assustar meus pais, me revoltei, senti-me pressionado, sem razões que justificassem as atitudes deles. E teve início então, meu roteiro doloroso, minha via-crucis pelas quebradas da vida. Copos quebrados, pontapés em portas, agressões físicas; a mãe adorada e frágil tornou uma incômoda presença, me lancei de cabeça nas drogas que, pois cada vez mais, me pareciam um recurso, e mergulhei na decadência do sonho e do desrespeito.

Quando busquei os amigos, por não suportar mais, até a convivência comigo mesmo; eles se afastavam e riam. Muitas vezes fui deixado só nas portas dos bares noturnos, a dormir com os cães, repartindo a cama da sarjeta. Nenhuma mão, nenhum apoio daqueles que haviam me atirado no abismo da delinqüência e do vício. _Mas como esperar apoio das mãos que empurravam para a queda? Encontrava nos olhos marcados de pranto da minha mãe o carinho e a dor; nas mãos que comprimiam a fronte de meu pai, a angústia. Mas eu sentia-me fraco e não reagia e, num dia frio com minha alma e lodacento com meu caráter, uma overdose arrebatou-me para as trevas da morte.

Foi horrível; era como despencar num labirinto de gargalhadas e gritos zombeteiros que me acolhiam na morte não esperada, não programada, porque eu queria viver, queria libertar-me, ser como tantos jovens que passavam alegres e saudáveis, sem a obsessão daquela ideia fixa e maldita...

Como descrever meu pânico, meu temor, ao visualizar cenas dantescas de jovens que haviam partido como eu e que tais quais duendes enlouquecidos, arrastavam consigo as marcas indeléveis com que haviam ferido o próprio espírito.

Hoje o céu ainda é tenebroso, mas cintilam estrelas pequeninas de esperança. Parti tão jovem, com 25 anos. Poderia estar hoje na Terra, com uma família, passear com filhos, trabalhar, chegar em casa cansado, sonhar, viver, e o que tenho?

_Nada! Remorsos pelo tempo perdido, desespero por ter sido abraçado pela morte que, de forma inexorável, acolhe os imprevidentes e indiligentes.

Socorrido por piedade de Deus, espero nova programação terrena, onde segundo me afirmam, trarei um corpo enfermo e sem beleza das formas que eu não soube valorizar e respeitar. Terei uma família difícil, para aprender a valorizar o ninho de amor e apoio que eu perdi com minha insensatez. Meu testemunho não está sendo fácil, é como desnudar o espírito, mas é necessário para aqueles que caminham na Terra...

As janelas se abrem para a vida, mas nós escolhemos se deixamos entrar o sol ou as sombras do mal. Nas noites vazias de Deus e repletas da multidão de ociosos é que se esconde o vício, o crime, a solidão e a morte. Vivamos com paz na alma, dando graças pela benção da juventude e sabendo que amigos não nos empurrarão jamais para o vício e o desrespeito, mas para o aprimoramento dos nossos deveres, para o cumprimento dos nossos compromissos com a família, com a sociedade e com nós mesmos.

Que Deus nos guarde a todos!

Espírito de Marcos, Kako

Mensagem extraída do Livro “Unidos pela Saudade” recebido por psicofonia pela médium Shyrlene Soares Campos, do Núcleo Servos de Maria de Nazaré, que é uma Instituição Filantrópica reconhecida como Utilidade Pública: *Municipal (Lei no. 4362 de 11/07/86), *Estadual (no.12.877 de 17/06/98) e *Federal (no. 485 de 15/06/2000). Av. Dr. Arnaldo Godoy de Souza 2275 – Caixa Postal 320 – Fone (0xx34)3238-4551 CEP: 38412-970 Uberlândia – M.G.  



 

Mensagem de uma - "Morta" - Jovem Universitária da USP



Como aluna da USP, me sentia uma pessoa privilegiada e vencedora. Tinha um grupo grande de amigos que me incensava a vaidade, e que em festas sucessivas me levava às primeiras experiências com LSD.

Como eu passava longo tempo fora do lar, com justificativa de estudo em grupo, meus pais nunca se deram conta do meu vício. Mergulhei durante um ano em secretas viagens alucinatórias. Era usar o ácido e os rostos se deformavam. Via flores gigantes, pássaros coloridos de plumagens belas e, às vezes, caras tortas, deformadas e contorcidas. Era a pior face do vício.

Surgiu então, em meu caminho, um novo colega, o tipo careta, bonzinho, ajuizado. A atração que sentimos foi muito forte e, embora sabendo que eu era desajustada, apoiava-me e impedia-me, às vezes, de participar de cenas.

Como eu não me dispunha de mudar de vez, e a trocar de companhias, ele terminou o namoro às vésperas de um feriado longo. Chorei muito. Esperava que ele retornasse pela força do nosso amor. Viajei com a turma para Guarujá, mais para desforrar a viagem que ele fizera para o interior, onde morava antiga namorada dele.

Minha família se preocupou com minha depressão. Ignorava que o rompimento era por eu não romper com as drogas. Na praia mergulhei fundo em bebida alcoólicas e LSD.

Uma tarde, no apartamento, todos viajando, cada um a seu modo, vi um “anjo” que me chamava na janela. Comecei a gritar eufórica. Os amigos me seguravam, mas me desvencilhei deles e mergulhei solta no espaço. Não havia anjo, havia ácido no meu cérebro.

Tudo isso ocorreu em 1970. Meu namorado soube depois. Ele foi acusado de ser o culpado do meu suicídio. Todos queriam salvar a própria pele e diagnosticaram como forte depressão o que era alucinação.

Ele aceitou a situação sem se defender e manchar o meu nome. Fiquei como a pobre coitadinha e não como uma irresponsável que não soube agradecer tudo de grandioso que recebeu em oportunidades da vida.

Sofri muito no Plano Espiritual. Monstros me acompanhavam, seres em decomposição, cheiro fétido envolvia em gases peçonhentos tudo que me cercava.

Quando amparada pelo meu pai, que sofrera um enfarte e viera para o Plano Espiritual, oito anos depois da minha partida, me reajustei, e a grande verdade veio à tona.

Me dirijo aos jovens. Minha família está bem, mas muitos jovens como eu estão dando os primeiros passos na estrada do auto-extermínio.

Detenham-se enquanto podem recuar. A realidade da vida é bela, e vocês não terão como vive-la se drogando.

Detenham os passos nessa senda destruidora, nessa fogueira que queima nossa saúde, nossos sonhos, nossas vidas.

Vida, sempre!

Drogas, não!
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Espírito, V... M...

Psicografia Shyrlene Soares Campos
Fonte Jornal Arauto de Luz Número 16 de Junho 1999

Narrativa de um Viciado “Morto”



“Meu nome é Cláudio. Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas. Tinha nas mãos todos os recursos para vencer, segundo os moldes da vida. Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias. Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.

Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito, se desci à mais negra degradação, se entorpeci meus sentidos anulando-me fisicamente, só a mim cabe a culpa.

Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira. Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança. Essa excessiva confiança, talvez, tenha sido a causa maior de minha falência.

Quando comecei a trilhar os primeiros passos do vício, e pedir dinheiro e mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.

Mergulhei em sofrimentos inenarráveis. Sofri todas as torturas, conheci o “inferno” de perto. Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.

Jovens, sede prudentes!
Valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam dos amigos da noite e das horas vazias.

Quando socorrido numa colônia abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos prediletos, meu bombom favorito. Chorei de desespero com saudade do menino que fui.

Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo. Mas, não tenho mais tempo... Perdi minha chance.

Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.

Meu Deus, como sou infeliz! Mas queixas não transformam destino.

Agora é recomeço difícil. Quase nada conheci, nem pude realizar. Na próxima vida, muito menos farei. Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam da prova de um filho mongolóide. Difícil caminho, eu sei...

Mas pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.

Quando virem um jovem alegre e ele lhe parecer um vencedor, orem por ele. Quem sabe se no meio da multidão inconsciente e inconsequente não caminha apenas mais um vencido!”
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Shyrlene Soares Campo

Bilhete em resposta



O seu trabalho é a revelação de você mesmo.

Servir é a nossa melhor oportunidade.

Quando você age em favor de alguém, você está induzindo outros a agir em seu benefício.

Nunca se canse de auxiliar para o Bem.

Desculpe sempre porque todos temos algum dia em que necessitamos de perdão.

Não alegue defeitos para deixar de servir, porque o trabalho é a bênção de Deus que nos suprime as deficiências.

Dificuldade é um teste de paciência.

Desprezo da parte de alguém é a aula da vida para aquisição de humildade.

Você nem sempre terá o que deseja, mas enquanto estiver ajudando aos outros encontrará os recursos de que precise.

Depois de grande esforço para solucionar esse ou aquele problema, não se agite se outro problema aparecer requisitando-lhe novo esforço porque Deus renovará tuas forças para recomeçar.
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 André Luiz
Chico Xavier







quarta-feira, 27 de março de 2013

Omissão Voluntária



O conhecimento nos cumula de responsabilidade.
*
Quem mais sabe, caso venha a agir em contrário do que sabe, mais responderá pelos seus atos contraditórios.
*
A ignorância deliberada é a tática de muitos espíritos, a fim de que venham a se eximir de qualquer agravante em suas ações.
*
Os que não desejam saber, porém, porque temem a responsabilidade advinda do conhecimento, responderão por omissão voluntária.
*
Raros são aqueles que, de fato, podem alegar completa ignorância em torno das consequências do que fazem. A rigor, apenas os portadores de algum distúrbio mental que lhes anule o discernimento, como infratores da Lei, têm as suas atitudes atenuadas.
*
Se fosse levado a agir somente pelo instinto, como os animais, o homem não erraria tanto quanto erra. Portanto, querendo ou não, exatamente pela sua racionalidade, há um mínimo de participação consciente em tudo quanto faça e é por ela que responderá.
*
A Lei de Deus, que nos educa para a Vida Eterna, sopesa até mesmo as nossas mais discretas intenções, que o inconsciente possa engendrar por hábil mecanismo de defesa.
*
É claro que o grau de responsabilidade nos seres humanos varia ao infinito e se, em alguns, tem atenuantes, noutros possui agravantes.
*
Falando de maneira geral, sobre a Terra, não há mais quem desconheça o que possa ocasionar prejuízo aos semelhantes.
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Somente se isenta de culpa quem age movido pelo verdadeiro amor, porque, mesmo quando se engana, quem ama se engana involuntariamente, pensando e querendo o melhor para os outros e para si.
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Inácio Ferreira
Carlos A. Baccelli





terça-feira, 26 de março de 2013

... E na Hora de Nossa Morte



André Maurois, lembrando as últimas palavras de algumas figuras notáveis da velha Europa, deixa-nos concluir que esses vultos do passado assumiram, na hora da morte, as mesmas posições mentais dos seus dias de luta, de saúde, de trabalho...

E cataloga o escritor:

Carlos II, da Inglaterra, morre como rei, como gentleman: 
"Levei um tempo incrível para morrer, espero que me desculpareis.."

Richelieu, como ministro: 
"perdoais a vossos inimigos?"
 - "Não tenho outros que não os do Estado".

Corot, como pintor:
 "espero que se possa pintar no Céu..."

Chopin, como músico:
 "tocai Mozart em minha lembrança".

Napoleão como chefe: 
"França...Exército, vanguarda do Exército..."

Curvier, como anatomista: 
"a cabeça começa a comprometer-se.."

Halle que, além de filósofo, era médico, examinou seu pulso até o fim e falou a um colega:
 "meu amigo, a artéria cessa de bater". E morreu.

Lagny, diz ainda Maurois, publicara no começo do século 18, um método "infinitamente novo" e abreviado para extração de raízes quadradas e cúbicas. Quando estava à morte e já não reconhecia os amigos, parecendo completamente inconsciente, alguém lhe pergunta:
- Lagny, qual é o quadrado de doze?
- Cento e quarenta e quatro. E expirou.

O Evangelho de Jesus Cristo nos ensina que cada um morre como vive. 
Quem vive bem, na luz e na virtude, morre bem e bem desperta na Vida Eterna.
É o que significam as palavras do Mestre, afirmando, também a veracidade do contrário, dirigidas aos judeus rebeldes e endurecidos de coração, que buscavam, somente, os interesses desta vida, desprezando a vontade de Deus: "vós morreis nos vossos pecados".

Morreremos como vivemos: o nosso último minuto sobre a terra será o reflexo positivo e fiel de todos os minutos de nossa vida.

Não foi sem razão que Kipling compreendeu a valor dos sessenta segundos..

Morreremos como houvermos vivido na face deste mundo, onde Deus colocou tantas coisas belas e onde os homens têm semeado tantas misérias e corrompimentos.
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Clóvis Tavares - O Reformador.

Buda explica por que se tornou monge


-"Ó monges!
 
 Antes de eu abandonar o mundo, levava uma vida muito feliz. Na casa onde nasci, havia um lago com magníficas flores de lótus.

Meu quarto sempre recendia aos mais delicados perfumes e minhas roupas eram feitas do melhor tecido de Kashi.

Além disso, eu tinha três vilas, uma para residir no inverno, uma para o verão e outra para a primavera.
O verão, chuvoso, eu passava na residência de verão, entretido com cantos e danças, quase não saindo.

Quando saía, sempre ia coberto com um guarda-sol branco.

Ó monges, eu refleti bastante enquanto levava essa vida: os ignorantes, embora fadados a envelhecer, não se lembram disso; e, ao verem pessoas idosas, desprezam-nas e abominam-nas, esquecendo-se de si próprios.

Refletindo bem, eu próprio terei de envelhecer, não podendo escapar à decrepitude. Por isso, não é direito que despreze e abomine as pessoas de idade.

Quando passei a pensar deste modo, ó monges, desapareceu todo meu orgulho por minha juventude.

Além disso, os ignorantes, embora fadados a adoecer, não se lembram disso; e, ao verem doentes, desprezam-nos e abominam-nos, esquecendo-se de si próprios.

Refletindo bem, eu próprio não posso escapar à doença. Por isso, não é direito que despreze e abomine os doentes.

Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha saúde.

E, ainda, os ignorantes, embora fadados a morrer, não se lembram disso; e, ao verem a morte de alguém, sentem asco e repulsa, esquecendo-se de si próprios.

Refletindo bem, eu próprio terei de morrer. Por isso, não é direito que sinta asco e repulsa pela morte alheia.

Quando passei a pensar desse modo, ó monges, desapareceu todo o meu orgulho por minha vida".
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Sacrifícios Voluntários



Considerando a atividade religiosa por instituto de sublimação da alma, a caminho para a integração com Deus, refutamos com a Doutrina Espírita, que os sacrifícios voluntários
praticados antigamente pela devoção no encalço de merecimentos espirituais, podem ser hoje interpretados logicamente por diretrizes frutíferas da consciência, em proveito próprio.
*
Nada de cintos eriçados de farpas para tormento físico desnecessário, nem de abstenções ilógicas suscetíveis de arruinar a saúde.
*
Vejamos alguns dos atos que o Espiritismo claramente compreende e patrocina, sem qualquer misticismo:


Votos — Façamos aqueles que se relacionem com a extirpação dos hábitos infelizes de que ainda sejamos portadores, para tranquilidade nossa e daqueles que dependem de nós.
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Promessas — Estabeleçamos compromissos de servir mais desinteressadamente na edificação da felicidade alheia com esquecimento de interesses personalistas.
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Oblações — Ofereçamos bênçãos de trabalho, compreensão e socorro ao próximo necessitado de assistência e entendimento, a quem nos compete amar em nome de Deus e dos Bons Espíritos, transformados em Mensageiros Divinos para atenderem às carências humanas.
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Jejuns — Realizemos os que se referem à supressão da gula mental, em torno de posses
e prazeres absolutamente dispensáveis à nossa alegria e segurança.
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Penitências — Suportemos, sem revolta, o imperativo de aguentar fraternalmente as pedradas e as afrontas da senda cotidiana para as quais ainda não possuímos as qualidades dos espíritos angélicos.
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Cilícios — Apliquemo-nos às disciplinas que visam ao nosso burilamento moral, cultivando serenidade e paciência, bondade e tolerância, nas situações difíceis em que o direito parece estar de nosso lado.
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Holocaustos — Atendamos espontaneamente à extinção da vaidade e do orgulho, que os afligem com os pesadelos da suscetibilidade e da queixa.
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Peregrinações — Adotemos o hábito de excursões de fraternidade e beneficência, atenuando os problemas dos irmãos que sofrem solidão e doença, desolação e penúria.
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Diz a palavra das Revelações que o Senhor deseja "misericórdia e não sacrifício".
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Consagremo-nos, desse modo, às obras de misericórdia que nos reclamam, — não a piedade respeitável mas vazia das dilacerações sem proveito, — mas sim o esforço incansável do obreiro diligente que colabora com o Mestre na tarefa da construção e do aperfeiçoamento do mundo, que ainda está muito longe de terminar.
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André Luiz
Waldo Vieira






segunda-feira, 25 de março de 2013

Espelhos

 
Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos.
 
 Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. 
 
 Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. 
 
Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. 
 
Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. 
 
Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos. 
 
 Quando saiu da casa, pensou: 
 
- Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes.
 
 Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa.
 
 Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta.
 
 Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.
 
 Quando saiu, ele pensou: 
 
- Que lugar horrível, nunca mais volto aqui. Todos os rostos no mundo são espelhos. 
 
 Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?
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(Tradução Sergio Barros - site Fonte Reflexão)

domingo, 24 de março de 2013

Preceitos de Saúde



Guarde o coração em paz, à frente de todas as situações e de todas as coisas.
Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

Apoie-se no dever rigorosamente cumprido.
Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.

Cultive o hábito da oração.
A prece é luz na defesa do corpo e da alma.

Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento.
A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.

Estude sempre.
A renovação das ideias favorece a evolução do espírito.

Evite a cólera.
Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível.

Fuja à maledicência.
O lodo agitado atinge a quem o revolve.

Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro.
O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.

Coma pouco.
A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.

Use a paciência e o perdão infatigavelmente.
Todos nós tempos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina, milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.
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André Luiz
Chico Xavier