sábado, 16 de setembro de 2017

COMEÇO DE CARMA


Não deixes que a tua indignação, por mais justa, se transfigure em revolta...

Que a tua revolta se converta em cólera...

Que a tua cólera se transforme em violência...

Que a tua violência descambe para a criminalidade...

Às vezes, o carma mais difícil tem início em teu pequeno descontrole de ordem emocional.

Quando, pois, sintas necessidade de reagir em desaprovação à atitude de alguém ou a este ou àquele acontecimento que te contraria, procura fazê-lo de maneira a não perderes a serenidade.

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Irmão José
 Carlos Baccelli
"Pai, Perdoa-lhes!"

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MENSAGEM DO ESE:
Parábola da figueira que secou

Quando saíam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. — No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. — Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. — Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. — Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)
A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.
Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.
Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 8 a 10.)

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Incertezas


Há quanto tempo caminha perdido em seus pensamentos e sem encontrar as respostas que tanto almeja?

Descrente de tudo não sabe mais se o caminho escolhido está correto nem tampouco o que deva fazer para melhorar sua situação.

E nessa incerteza, o quanto fere sua alma com desatinos que só acarretam mais aflição a sua alma tão cansada de sofrer.

Mas por mais que sua mente, em profundo desequilíbrio, tente lhe convencer de que não há saída, de que as coisas só irão piorar e que se encontra na mais completa solidão, isso não é verdade!

Há uma Luz ao seu lado que jamais se apagará! É Jesus!

E Jesus fala contigo:

Crede em Deus, crede em Mim.
João 14:1

Jesus estará sempre a lhe amparar!

E mesmo que não expresse verbalmente suas angústias, o Mestre conhece suas necessidades e sabe sim o quanto você carece de sua ajuda e estará sempre disposto a lhe socorrer.

Ele não fará a parte que lhe compete nem tampouco irá desrespeitar o seu livre arbítrio, porque sabe que embora você negue, já tem sim muita capacidade de discernir o rumo certo para sua existência.

Diuturnamente a sua consciência lhe aponta isso. Então, o Mestre iluminará o seu caminho e o chamará a prosseguir.

E prosseguir não necessariamente com rapidez, a tudo mudando imediatamente.

Toda e qualquer transformação requer tempo, é passo a passo, mas pulsando fortemente a vontade de progredir espiritualmente.

E onde exista essa vontade, nenhuma incerteza resiste!

Segue confiante! É ao lado de Jesus que encontrará o alívio para seus temores.

É Ele o Médico que cuidará das dores de sua alma.

O Porto Seguro que lhe salva quando o espírito cansado pensa em desistir.

O Sol que aquece e traz esperança.

O Caminho, a Verdade e a Vida.

E com Jesus, a vida é sempre abundante e abençoada...
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Sônia Carvalho
Jesus fala contigo



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MENSAGEM DO ESE:
Jesus

Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: “Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo”, e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas.
Por estas palavras: “O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota”, quis dizer Jesus ser necessário que a lei de Deus tivesse cumprimento integral, isto é, fosse praticada na Terra inteira, em toda a sua pureza, com todas as suas ampliações e conseqüências. Efetivamente, de que serviria haver sido promulgada aquela lei, se ela devesse constituir privilégio de alguns homens, ou, sequer, de um único povo? Sendo filhos de Deus todos os homens, todos, sem distinção nenhuma, são objeto da mesma solicitude.
Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de
pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos implícitos. Para ser apreendido o sentido oculto de algumas palavras suas, mister se fazia que novas idéias e novos conhecimentos lhes trouxessem a chave indispensável, idéias que, porém, não podiam surgir antes que o espírito humano houvesse alcançado um certo grau de madureza. A Ciência tinha de contribuir poderosamente para a eclosão e o desenvolvimento de tais idéias. Importava, pois, dar à Ciência tempo para progredir.
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 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, itens 3 e 4.)
 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tua Vida



Focalizamos tua vida, para que possas conosco estudar alguns aspectos da tua filosofia de vida e corrigir o que possas, desde que seja para melhor. Já analisaste o que vens fazendo todos os dias, com o tempo que Deus te deu?

Já observaste os resultados? São promissores? Se nada fizeste neste sentido, não estás usando a tua inteligência e esqueceste a razão, pois o Senhor te dotou destas faculdades para serem úteis a ti mesmo.

Se queres comungar conosco em um trabalho de atividade espiritual, vamos verificar quais os valores que devem ser usados, qual a arma que pode ser útil às tuas lutas. Achamos que deve ser o Silêncio, gesto iluminado, quando no lugar certo.  A auto-educação não pode ser anunciada aos sons de trombetas que a vaidade acionará; se existem segredos este é um deles. Para que respeitemos a vida, corrigir nossos defeitos é nosso dever; não é caridade para com os outros - é a caridade em nosso favor. Procura trabalhar dentro deste princípio no maior Silêncio possível, porque sem anunciar nossas qualidades, os outros as percebem e começam a fazer o mesmo.  Eis que aí serás um fortificante espiritual, que se chama discrição, com uma paz de difícil conquista, que se chama humildade.

Deves omitir sempre o bem que fazes a ti e ao outros; anunciar o mal que estás fazendo ou que pretendes fazer, também não é compensador. Usa da boca do exemplo, que ele fala mais alto aos corações e escreve com letras de luz em tudo o que existe, falando no idioma universal - vibratório - sem nenhuma pretensão de ser visto como benfeitor.

Faze de tua vida uma vida de exemplos dignificantes, pois o que fazes são sementes plantadas e fecundadas na lavoura de ti mesmo, onde colherás o que plantaste; a Lei sempre nos dá o que merecemos e a justiça faz sempre uma revisão naquilo que chega para nós, sem que a consciência possa gritar:
“não mereço!” A ninguém condenes pelo que estás passando; a culpa pode não ser dele; às vezes, são processos de despertamento espiritual para que possas no amanhã ser filho da luz. A perfeição é filha do esforço, como devedora da disciplina; fica tranqüilo no que tange aos acontecimentos, sejam eles quais forem, e tem confiança em Deus porque Ele sabe o que faz.

Entrementes, não cruzes os braços! A vida feliz depende do esforço de cada criatura, em todas as direções. Quem pretende melhorar, sempre melhora, desde que não esmoreça no caminho.

A língua coça quando tua conduta começa a melhorar; apaga esse impulso, pois ele está sempre envernizado pelo orgulho e pela vaidade.


Silencia no que se refere a mostrar aos outros o que fazes ou pretendes fazer em teu favor; quem cala, ganha mais. Ocupa tua vida em construir sem propagar. usando o teu próprio verbo. Deixa tua vida circular na Vida Maior, porque essa Seiva Divina te dará intuição na marcha para Deus, sobre o que deves fazer.
A tua casa é um dos lugares onde deve ser lembrado o Cristo e o melhor meio é através do Culto do Evangelho, para que depois ele possa se refletir em tua vida.

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TUA CASA
JOÃO NUNES MAIA
DITADO PELO ESPÍRITO AYRTES

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MENSAGEM DO ESE:
A caridade material e a caridade moral (II)

Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer: Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?
Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz. Uma prece feita de coração os alivia. Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: “Eu era como sois; sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz.” Aos velhos que vos disserem: “É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi”, dizei: “Deus usa de justiça igual para com todos nós; lembrai-vos dos obreiros da última hora.” Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos”, e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras. Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade.
Dizem, outros dentre vós: “Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos.” Escutai bem isto, meus amigos: Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus. Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa. Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com freqüência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.
Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte. Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros.” Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação. – Um Espírito protetor. (Lião, 1860.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 10.)




terça-feira, 12 de setembro de 2017

GRAVIDEZ INDESEJADA


Se lidas com algum problema de gravidez indesejada em família, não tomes decisões extremas.

Não induzas ninguém à prática do aborto.

Procura solucionar a questão, sem agressões verbais e não fujas à responsabilidade que, igualmente, é tua.

Não interpretes como mal o que talvez seja uma bênção.

Estende mãos protetoras a quem claudicou na vigilância e não repudies quem necessite do teu apoio.

Nos caminhos da evolução, todos seguem de encontro às experiências que lhes dizem respeito.

Se não pretendes agravar o quadro de tuas provas, reveste-te de compreensão e paciência.

Na hora de colher, o pomicultor, por mais reclame ou lamente, não consegue alterar a qualidade e a natureza dos frutos que cultivou.

Silencia e age com ponderação, para evitares o pior.

Dependendo de tua reação, toda dificuldade familiar que faceies se abrevia ou se prolonga, se atenua ou se complica."
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  Irmão José
Carlos Baccelli

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MENSAGEM DO ESE:
O suicídio e a loucura

A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam.
O mesmo ocorre com o suicídio. Postos de lado os que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se pode chamar de inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por um dia e que melhores serão os dias que hão de vir, enche-se facilmente de paciência. Só se desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a vida humana, com relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas, para o que não crê na eternidade e julga que com a vida tudo se acaba, se os infortúnios e as aflições o acabrunham, unicamente na morte vê uma solução para as suas amarguras. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 14 e 15.)


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

COM VOCÊ MESMO


Meu amigo, você clama contra as dificuldades do mundo, mas será que você já pensou nas facilidades em suas mãos?

Observemos.

Você concorre, em tempo determinado, para exonerar-se da multa legal, com expressiva taxa pelo consumo de luz e força elétrica; todavia, a usina solar que lhe fornece claridade, calor e vida, nem é assinalada comumente pela sua memória...

Você salda, periodicamente, largas contas relativas ao gasto de água encanada; no entanto, nem se lembra da gratuidade da água das chuvas e das fontes a enriquecer-lhe os dias...

Você estipendia na feira, com apreciáveis somas, todo gênero alimentício que lhe atenda ao paladar; contudo, o oxigênio - elemento mais importante a sustentar-lhe o organismo - é utilizado em seu sangue sem pesar-lhe no orçamento com qualquer preocupação...

Você resgata com a loja novos débitos, cada vez que renova o guarda-roupa, e, apesar disso, nunca inventariou os bens que deve ao corpo de carne a resguardar-lhe o espírito...

Você remunera o profissional especializado pela adaptação de um só dente artificial; entretanto, nada despendeu para obter a dentadura natural completa...

Você compra a drágea medicamentosa para leve dor de cabeça; todavia, recebe de graça a faculdade de articular, instante, os mais complicados pensamentos...

Você gasta quantias estimáveis para assistir a esse ou àquele espetáculo esportivo ou à exibição de um filme; contudo, guarda sem sacrifício algum a possibilidade de contemplar o solo cheio de flores e o céu faiscante de estrelas...

Você paga para ouvir simples melodia de um conjunto orquestral; no entanto, ouve diariamente a divina música da natureza, sem consumir vintém...

Você desembolsa importâncias enormes para adquirir passagens e indenizar hospedarias, sempre que se desloca de casa; não obstante, passa-lhe despercebido o prêmio vultoso que recebeu com o próprio ingresso na romagem terrestre...

Não desespere e nem se lastime...

Atendamos à realidade, compreendendo que a alegria e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.
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André Luiz 
Chico Xavier 
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MENSAGEM DO ESE:


Bem e mal sofrer

Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta.
Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: “Fui o mais forte.”
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. — Lacordaire. (Havre, 1863.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 18.)





domingo, 10 de setembro de 2017

ALCOOLISMO


Não admitas bebidas alcoólicas em tua casa e, mesmo nas recepções festivas que ofereças, não faças concessão a elas.

O álcool entorpece as faculdades e compromete o aprendizado do espírito.

Se algum de teus familiares é dado a beber em excesso, sem o intuito de pregar moralismo, busca auxiliá-lo a se libertar do vício.

O álcool, mais que as drogas, é responsável pela destruição de muitos lares e são incontáveis os dramas cármicos que engendra na Terra.

A pretexto de descontração e alegria, não tomes o primeiro gole.

A obsessão persistente se prevalece de diminuta fresta de invigilância para se instalar.

No entanto, se bebes, jamais o faças diante dos teus menores, para que não venhas, mais tarde, a te arrepender do que lhes ensinaste.

As crianças tendem a repetir o que observam nos adultos.

Na maioria das vezes, o alcoólatra é um espírito frágil evitando o confronto consigo mesmo.

E quem bebe quase sempre torna-se mais retraído no bem e mais ousado no mal."
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  Irmão José
Carlos Baccelli
 Obra: Teu Lar
MENSAGEM DO ESE:
A beneficência (V)

Meus caros amigos, todos os dias ouço entre vós dizerem: “Sou pobre, não posso fazer a caridade”, e todos os dias vejo que faltais com a indulgência aos vossos semelhantes. Nada lhes perdoais e vos arvorais em juizes muitas vezes severos, sem quererdes saber se ficaríeis satisfeitos que do mesmo modo procedessem convosco. Não é também caridade a indulgência? Vós, que apenas podeis fazer a caridade praticando a indulgência, fazei-a assim, mas fazei-a largamente. Pelo que toca à caridade material, vou contar-vos uma história do outro mundo.
Dois homens acabavam de morrer. Dissera Deus: Enquanto esses dois homens viverem, deitar-se-ão em sacos diferentes as boas ações de cada um deles, para que por ocasião de sua morte sejam pesadas. Quando ambos chegaram aos últimos momentos, mandou Deus que lhe trouxessem os dois sacos. Um estava cheio, volumoso, atochado, e nele ressoava o metal que o enchia; o outro era pequenino e tão vazio que se podiam contar as moedas que continha. Este o meu, disse um, reconheço-o; fui rico e dei muito. Este o meu, disse o outro, sempre fui pobre, oh! quase nada tinha para repartir. Mas, oh! surpresa! postos na balança os dois sacos, o mais volumoso se revelou leve, mostrando-se pesado o outro, tanto que fez se elevasse muito o primeiro no prato da balança. Deus, então, disse ao rico: deste muito, é certo, mas deste por ostentação e para que o teu nome figurasse em todos os templos do orgulho e, ao demais, dando, de nada te privaste. Vai para a esquerda e fica satisfeito com o te serem as tuas esmolas, contadas por qualquer coisa. Depois, disse ao pobre: Tu deste pouco, meu amigo; mas, cada uma das moedas que estão nesta balança representa uma privação que te impuseste; não deste esmolas, entretanto, praticaste a caridade, e, o que vale muito mais, fizeste a caridade naturalmente, sem cogitar de que te fosse levada em conta; foste indulgente; não te constituíste juiz do teu semelhante; ao contrário, todas as suas ações lhe relevaste: passa à direita e vai receber a tua recompensa. — Um Espírito protetor. (Lião, 1861.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 15.)