sábado, 19 de março de 2016

ROGATIVAS



Pondera sempre quanto às súplicas que faças aos Céus nas preces habituais.

Recorda muitas das solicitações que fizeste a Deus, há dez anos passados, e imagina quanto bem te fez a Divina Providência, ao recusar em silêncio aquilo que pediste.

O não de Deus hoje é sempre o nosso maior bem de amanhã.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Livro de respostas
 


sexta-feira, 18 de março de 2016

PAZ POR DENTRO


 
Aceita a fatalidade do progresso.

Trabalha e segue adiante.

Medita na necessidade dos outros.

Procura colocar-te no lugar do próximo, exercitando compreensão.

Não guarde ressentimentos.

Auxilia para o bem geral quanto se te faça possível.

Atende às próprias obrigações.

Não tentes felicidade fora da consciência tranquila.

Observa que não estás sem motivo em teu grupo familiar.

Honra os encargos que abraçaste.

Ama sem o cativeiro das afeições possessivas.

Agradece o carinho que recebes sem exigi-lo.

Estuda e melhora-te para ser mais útil.

Não intentes transformar a ninguém pela força.

Ampara sem reclamar retribuição

Atravessa as dificuldades com paciência.

Não zombes dos sentimentos alheios.

Não peças para que outrem caminhe com teus passos.

Habitua-te à simplicidade e à disciplina.

Suporta com calma aquilo que não possas modificar.

Usa o descanso apenas como pausa para mais trabalho.

Não te queixes.

Não percas tempo com atividades inúteis.

Conserva, quanto possível, os contatos com a natureza.

Abençoa todos os companheiros, sem lamentar os que se afastem de ti.

Não te voltes para trás.

Evita o pessimismo.

Recorda sempre que a esperança é uma luz eterna.

Não te envaideças com vantagens que são empréstimos de Deus.

Considera por vitória o desempenho dos próprios compromissos.

Cultiva equilíbrio e serenidade.

Foge a qualquer forma de violência.

Aceita a realidade de que possuis unicamente aquilo que constróis por amor.

Entrega-te a Deus, na oração, cada dia.

Desse modo, terás contigo a paz por dentro e assim pacificarás.
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 EMMANUEL
Chico Xavier  
Obra: Busca e acharás 




quinta-feira, 17 de março de 2016

Compadece-te



Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar.
Estão eles em toda parte.
Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo.
Observa quantos já transpuseram as linhas da própria segurança.

São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para sofrimento maior;

são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio;

são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes propiciariam refazimento e descanso;

são amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos;

são jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.

Façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.

Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento;
escreve algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir;
estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza;
repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação da paz e da solidariedade.

Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas repletas de encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.
Faze algo, no erguimento do Bem.
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Nas realizações da fraternidade, quem Ama faz o tempo.
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Meimei
Chico Xavier
 





quarta-feira, 16 de março de 2016

Paz e Amor

 
Onde encontres a discórdia, considera que o Senhor te convidou para a sementeira da paz.

Se o ódio aparece onde estejas, lembra-te de que o Céu te chamou para o cultivo do amor.

Criatura humana, entre criaturas humanas, não fales, porém, de paz e amor qual se já residisses no plano dos anjos.

Para cumprir a tarefa que te cabe, é necessário consigas atingir o coração dos semelhantes.

 E se acenderes a luz da humildade no óleo da paciência, Deus te mostrará o caminho.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Livro de respostas 






terça-feira, 15 de março de 2016

A família



A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se enriquecem de paciência, renúncia e boa vontade.

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.

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Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, a fim de restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para a frente.

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Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.

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Se és pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.

Os filhos são comparáveis a “tratos de terra espiritual” que devolverás, invariavelmente, à Espiritualidade na pauta da sementeira que lhes ofertes.

Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações quando te parecem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região agora menos burilada e menos atendida.

O companheiro mais idoso, em toda parte, é o espelho do teu próprio futuro.

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Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância, para que a experiência em família não se te desapareça no tempo, sem proveito para o grande caminho.

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Quem não auxilia a alguns, não se acha habilitado ao socorro de muitos.

Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício dos irmãos de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.

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Cultiva o trabalho, o silêncio e a generosidade e conquistarás o respeito, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.

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Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz, no culto do Evangelho.

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Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.

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Procura atender e auxiliar a todos em casa para que todos em casa te entendam e auxiliem na solução dos problemas do cotidiano.

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O lar é o porto de onde a alma se retira para Além do Mundo e quem não transporta no coração o lastro da experiência cristã, dificilmente escapará de surpresas inquietantes e dolorosas.

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Procura o Evangelho com todos ou sozinho.

Recorda que todo dia é dia de começar.
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EMMANUEL
Chico Xavier
Obra: Nós 






segunda-feira, 14 de março de 2016

Disciplina a vontade




Disciplina a vontade, impedindo-te ser vítima da irresponsabilidade.

Começa tuas atividades de pequena monta, mantendo a ordem e a eficiência em cada realização. 

Quando tiveres muitas tarefas a realizar, não percas tempo, escolhendo por qual iniciar. 
Executa a que esteja mais próxima, passa à seguinte, e, sucessivamente, desincumbe-te de todas.

Enquanto não dês o primeiro passo, não chegarás ao fim do caminho. 

A primeira palavra dá início ao discurso. 

A disciplina é responsável pelo êxito das elevadas realizações. 
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Joanna de Ângelis
 Divaldo P. Franco 




domingo, 13 de março de 2016

O calvário da indecisão

Fatores limitantes:

 Sou incapaz de decidir entre duas opções. Acredito que perdi minha “bússola interna”, pois minhas opiniões são muito vacilantes. Não consigo ir para frente; estou petrificada no tempo. Pretendo fazer muitas coisas, mas não consigo; sinto-me envolvida por enorme insegurança. Toda vez que sou solicitada a tomar uma decisão, em casa ou no trabalho, sou acometida de inúmeras preocupações quanto a meu desempenho. Qual é a causa dessa falta de autoconfiança? Que devo fazer para encontrar meu “lugar no mundo”?

Expandindo nossos horizontes:


Se você fixa os olhos na perfeição, provavelmente nunca fará as coisas de maneira natural e tranquila. Somente aqueles que exploraram seu interior é que reconhecem a capacidade limitadora para decidir as coisas.

A realidade é semelhante ao trabalho de azulejar uma parede. Ela não fica pronta com a aplicação de um só lote de azulejos; cada caixa traz uma parte, e cada parte é assentada por vez. Peças distintas e de cores variadas são colocadas a cada novo dia até completarem a construção definitiva do painel decorativo.

Portanto, não seja temerosa e categórica em suas decisões. A resolução correta deve ser a experimental, não a definitiva. Isso não quer dizer que deva ser inconstante, mas maleável.

Em vista das diversas encarnações pelas quais passam todos os seres humanos, você há de convir que todas as coisas se transformam, e as criaturas também.

Sua vinda a este Planeta tem como objetivo um aprendizado constante. Você está se descobrindo por meio de inéditas experiências, e é natural sua vacilação e insegurança.

Através da análise de suas decisões erradas é que você ficará mais apta para agir acertadamente em suas próximas atitudes. Aprenda a correr riscos, assuma a condição de criatura humana e se desligue do fervor pela perfeição presunçosa.

Pessoas rígidas não conseguem conviver com a possibilidade de ter dúvidas. Precisam resolver tudo rapidamente. Por analogia, sua personalidade é uma lente desfocada da luz do equilíbrio; por isso se mantém num estado flutuante, dirigida inteiramente pela ambiguidade terrena, ou seja, vive sob a pressão da dualidade do certo e do errado.

Você encontrará na terapêutica espírita o autoconhecimento, a lucidez mental, a convicção e a estabilidade que tanto busca na vida. Esse encontro deve ser o primeiro passo; 
a seguir, estabeleça uma escala de valores morais/espirituais e exercite a confiança em seus impulsos interiores.

Alinhe a mente ao físico a fim de encontrar seu ritmo interno. Quando surgirem novas evidências que complementam os fatos (base de suas decisões), ajuste as conclusões e retifique as interpretações anteriores.

Será que você quer resolver as coisas apressadamente por medo de explorar novas ideias e conclusões?
 Sua visão interna deve estar receptiva para que veja em cada dia uma nova oportunidade para refazer atitudes e melhorar sua qualidade de vida.

A cultura religiosa ocidental é hoje predominantemente nutrida pela raiz do judaísmo. Não é, pois, de estranhar o fato de o homem contemporâneo estar convencido de que tudo que existiu antes do monoteísmo de Moisés não passava de paganismo, constituindo, portanto, um conjunto de ensinamentos heréticos que nada podem contribuir para sua busca de religiosidade.

Dificilmente se tem a ideia de procurar algo, em épocas e culturas mais antigas, que satisfaça às necessidades da alma humana ou amplie os horizontes de seu conhecimento espiritual.

Na mitologia, o herói Perseu, graças à orientação dos deuses protetores, partiu para a grande missão de sua vida. O filho de Júpiter seguiu para uma região sombria, onde o sol jamais penetrara; era ali a morada de Medusa, uma das Górgonas (monstros terríveis), que tinha sobre a cabeça, à feição de cabelos, um emaranhado de serpentes.

Sabendo que mortal algum poderia olhar diretamente para ela sem transformar-se em pedra (entre outros, tinha o poder de petrificar as criaturas), o herói levou consigo um escudo polido que lhe serviria de espelho no ataque contra a horripilante inimiga.

Perseu entrou na caverna guiando-se pela superfície espelhada do escudo.

Quando a avistou, percebeu que dormia profundamente; aproximou-se pouco a pouco. Ao notar que Medusa havia acordado e ao ver seu pescoço refletir-se no metal do escudo, deu um só golpe certeiro, decepando a cabeça da mulher-monstro.

“Medusa” é a personificação do pensamento paralisado dentro da psique humana. Simboliza tendências das pessoas que jamais admitem uma falha e que, por ser inflexíveis, estão sempre indecisas e/ou desorientadas. Como têm medo de errar, petrificam a mente e não conseguem ir adiante. Bloqueiam a
capacidade de realização e, como resultado, cerceiam seu desenvolvimento pessoal.

O jovem e corajoso “Perseu” significa a ação, a determinação e a valentia daqueles que têm a audácia de correr riscos para realizar sua missão terrena. É o ser consciente que admite ensaios e erros e sabe que é assim que se alcança o desenvolvimento espiritual.

 Aprende tanto com os erros quanto com os acertos. Essa verdade irá introduzi-la nos reinos da segurança e do bem-estar interior.

Do mito de Perseu e Medusa se pode deduzir que certos estados mentais destrutivos, cultivados durante muito tempo, acabam por dificultar a habilidade de ver com clareza, dissociando a mente e impedindo as pessoas de solucionar os problemas da jornada terrena.

Não seja uma prisioneira da infalibilidade, das experiências que não deram certo, das vivências difíceis do passado. Não continue remoendo todos esses acontecimentos; isso só dificultará um desfecho feliz e decisivo para seus desafios existenciais.
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Lourdes Catherine