sábado, 17 de junho de 2023

Inconveniências



 Decerto que Jesus não reclamou prodígios dos seguidores.

Todos os ensinos do Mestre jazem resumidos no mandamento profundo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Também a Doutrina Espírita, revivendo as lições do Senhor, não pede aos seus profitentes senão simplicidade e lealdade, serviço e amor na edificação do Reino de Deus.

Compreensível, no entanto, enumerar algumas inconveniências que o espírita é exortado a evitar, para contribuir com eficiência na Causa do Senhor:

isolar-se do mundo, sob a desculpa de não se contaminar com os vícios do mundo, quando se sabe claramente chamado em socorro dos homens, com a possibilidade e a obrigação de viver corretamente entre eles;

manejar os créditos morais que desfrute para auferir vantagens terrestres;

disputar honrarias;

não cooperar e criticar quem trabalha;

descurar-se do domínio de si mesmo;

jamais entender-se com aqueles que não lhe esposam as opiniões;

condenar os outros porque não lhe seguem os princípios, ao invés de ajudar-lhes o entendimento com bondade e discrição;

acreditar-se indene de erros;

trancar-se em si próprio, desconhecendo deliberadamente as provações dos semelhantes;

afligir-se mais pelas próprias vantagens que pelos encargos de elevação e beneficência que as circunstâncias lhe atribuem;

criar problemas e estimular a discórdia;
lastimar-se por falatórios e irritar-se por bagatelas;

desprezar os companheiros, ignorando-lhes os esforços;

jamais reconsiderar atitudes, exclusivamente por questão de prestígio individual, sem respeitar os interesses de equipe.

A obra do bem exige se mostre tudo aquilo que devemos fazer, mas, igualmente, expõe tudo aquilo que não se deve fazer.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: No portal da Luz
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17 de junho

Tenha sempre em mente que todos os caminhos conduzem a Mim.

Alguns têm mais curvas e são mais tortuosos que os outros.

Alguns parecem estranhos e desnecessários, mas não se preocupe.

Permita que cada alma encontre e trilhe seu próprio caminho.

Saiba que todos atingirão o mesmo fim: a realização de sua unidade coMigo.

Existe um caminho reto e estreito que leva diretamente a Mim, mas ele parece simples demais para certas almas que não podem aceitar que ele leva a Mim.

Elas preferem escolher caminhos mais difíceis e cheios de desvios, acreditando que com sacrifício e sofrimento ganharão mais merecimentos.

Todo esse esforço é desnecessário, mas os seres humanos têm livre arbítrio e são completamente livres para escolher seus próprios caminhos. Portanto, viva e deixe viver, sem criticar os seus semelhantes.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Convidar os pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição

Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. — E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 12 a 15.)

“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão-só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 7 e 8.)
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Aprender a Amar


Escutamos frequentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se fossem predestinados e definitivos.

Convivemos, comumente, “ao sabor” daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.

Consideremos nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para gostar ou não gostar dessa ou daquela criatura.

Amar é uma aprendizagem. Conviver é uma construção.

Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia.

Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém.

Devemos entendê-lo como O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um “estado afetivo de plenitude”, incondicional, imparcial e crescente.

Ninguém ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia. Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir não vêm as ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemente.

O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.

Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos.

Sabendo disso, evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição no transcorrer dos tempos.

Se nos guardamos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmo-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus faculta isso como Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua Vontade.

Encontrando-nos nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transferir para o Pai a responsabilidade pessoal do testemunho sacrificial, na criação de elos de libertação junto a quantos esposam nossos caminhos nas refregas da vida.

Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz.

Espíritas que somos temos bons motivos para crer na força do Amor, enquanto a falta de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da dor, porque palmilham em decidida queda para as furnas do desrespeito, da lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas de desamor.

A terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação. Competenos, aos que nos encontramos à míngua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em uníssono com as sábias determinações cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisição do glorioso e definitivo título de Filhos de Deus.

E se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somente um recurso poderá promover semelhante conquista: a educação.

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Livro: Laços de Afeto – Caminhos do Amor na Convivência
Wanderley Soares de Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux
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Fé inabalável


A fé é o maior tesouro da alma.

É a grande luz que ilumina nossos destinos, enriquece nossa inteligência e exalta o nosso coração.

A fé é o emblema da perfeição e a insígnia do poder.

Por isso, Jesus disse aos Seus discípulos: Se tivésseis fé do tamanho de uma semente de mostarda, diríeis a esta amoreira: transplanta-te para o mar e ela vos obedeceria.

A fé é um cabedal que valoriza a alma, tal como o ouro no mundo valoriza o homem.

Na esfera material o homem tem sido considerado pelo que tem.

Na esfera espiritual cada um vale pela fé que possui.

Para se possuir legalmente bens materiais, na Terra, é necessário trabalho, raciocínio e esforço.

Para se adquirir a verdadeira fé também é indispensável o trabalho, o raciocínio, o estudo e o esforço.

A prosperidade material é produto do trabalho.

A prosperidade espiritual é uma conquista do Espírito.

O dinheiro facilita o bem-estar físico.

A fé, por sua vez, felicita o homem, não só espiritualmente, mas também atinge o seu físico.

A fé não se compra nos templos de mercadores, nem nas feiras. Não se dá por esmola, nem se adquire por herança.

A fé adquire-se especialmente pela aquisição de conhecimento.

Sobre esse assunto, Allan Kardec deixou-nos o seguinte ensinamento: Fé verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da Humanidade.

Deus tem concedido aos homens as mais variadas bênçãos, menos a fé.

Por essa razão, vê-se em todas as religiões, pessoas capazes de nos cativar pela bondade, maravilharem-nos por sua paciência, atraírem-nos pela sua caridade.

Entretanto, facilmente notamos também nelas a ausência da verdadeira fé.

Por quê?

Porque a fé não se adquire sem estudo, sem trabalho, sem o exercício do livre-arbítrio.

Muitos homens ainda se encontram cegos em face da luz e surdos em relação aos sons. São, ainda, pessoas sem fé.

Têm o entendimento encoberto pelos véus dos dogmas e dos preconceitos.

A fé verdadeira é poderosa, mas não se impõe pela força.

A cada um de nós foi dada a liberdade para buscar a verdade e abandonar o engano.

A fé é o alimento que sustenta o Espírito.

É a água pura que dessedenta a alma.

E assim como o comer e o beber exigem um esforço dirigido da vontade, também a fé não se conquista sem a aplicação de meios adequados a sua obtenção.

A fé é a sabedoria consubstanciada no amor que nos conduz a Deus.

Esta sim, a fé raciocinada, é a fé que efetivamente há de nos salvar.
* * *
Não é a repetição automática de palavras decoradas que nos aproximam de Deus.

Não é a oferta de valores e de bens que nos concederá a paz que tanto almejamos.

Não serão rituais, nem trajes específicos que garantirão às nossas almas o consolo e a orientação de que necessitamos.

Deus dispensa fórmulas para estender seus braços amorosos em nossa direção.

Somente a fé verdadeira, que deve ser conquistada por cada um de nós, individualmente e à custa de esforço e dedicação, é que nos oferecerá tais bênçãos de forma efetiva e permanente.

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Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.
FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER – 16-09-2019
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Auxílio e orientação


Quando o discípulo indagou do orientador quanto ao melhor conselheiro que devia buscar nas horas graves da vida, respondeu o mestre:

— Sim, meu filho, você disporá de muitos amigos e instrutores que lançarão luz em seu caminho, entretanto, o melhor conselheiro, aquele de que você realmente necessita, você o encontrará sempre na face de um espelho.

O jovem desejou observar a marcha do rebanho, a fim de estudar-lhe o mecanismo.

Depois de verificar o carinho vigilante do pastor e reconhecer com que ternura cuidava da condução da pequena comunidade, compreendeu que cabia a cada ovelha caminhar com os próprios pés.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Endereços da paz
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sexta-feira, 16 de junho de 2023

Ante os outros



Senhor! …

Ensina-nos a compreender a importância dos outros.
Em verdade, recolhemos de alguns as dificuldades e os problemas, no entanto, de inúmeros outros obtemos as alegrias e as bênçãos que nos enobrecem a vida.

Entre alguns outros, surpreendemos os adversários gratuitos que, por vezes, buscam entravar-nos os passos, faze-nos entender, porém, que entre muitos outros, encontramos os amigos e os benfeitores, os companheiros de ideal e trabalho, os que colaboram conosco, em nossas realizações, e os que nos aliviam nas tribulações do caminho.

De alguns, temos a censura, mas de outros, procedem os estímulos ao desempenho das tarefas que nos confiaste.

Alguns nos inclinam ao pessimismo, entretanto, outros muitos nos estendem cooperação e esperança, encorajamento e carinho.

Das mãos de alguns, recebemos obstáculos que nos alarmam por momentos, no entanto, de muitos outros recebemos consolo e incentivo, apreço e aprovação para muito tempo nas trilhas do cotidiano.

Quando a nuvem da provação nos alcance, induze-nos a buscar, com humildade, o socorro dos corações que se nos fazem doadores da paz e da segurança de que todos necessitamos para viver, segundo os teus desígnios.

Senhor, haja o que houver da parte de alguns para que se nos enfraqueçam as energias na estrada do próprio
aperfeiçoamento, auxilia-nos a procurar o concurso dos outros com a aceitação de nossa pequenez, para que não nos faltem as oportunidades de serviço e aprimoramento, aprendizado e renovação, hoje e sempre.

Assim seja.

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Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: “Deus Aguarda” – Edição GEEM
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16 de junho

Certifique-se que você tem uma meta na vida.

Não se contente em navegar pela vida como um barco sem leme, sendo jogado nesta ou naquela direção ao sabor do vento; sem uma meta definida você não chegará a lugar nenhum.

Almas demais estão à deriva nesta vida, sem realizar nada de bom.

Encontre a paz interior e, sem esforço ou tensão, siga o seu caminho.

Faça o que é necessário e que lhe foi revelado em seu interior e não o que foi determinado por fatores externos.

Consulte sempre o seu interior para saber se o que você está fazendo está certo; siga em frente e afaste os obstáculos com segurança e convicção.

Entenda que EU SOU a sua bússola, EU SOU o seu guia e EU o conduzirei à sua meta, mesmo que o caminho pareça difícil.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.

Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino.

 Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho. Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 7 e 8.)
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Ação e Oração 


Sempre muito importante a oração por luz interior, no campo íntimo, clareando passos e decisões sem nos despreocuparmos, porém, da ação que lhe complementa o valor, nos domínios da realidade objetiva.
*
Pedirás a proteção de Deus para o doente; no entanto, não esquecerás de estender-lhe os recursos com que Deus já enriqueceu a assistência humana, a fim de socorrê-lo.
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Solicitarás o amparo da providência divina, a benefício do ente amado que se tresmalhou em desequilíbrio; todavia, não olvidarás apoiá-lo com segurança e bondade, na recuperação necessária, segundo os preceitos das ciências espirituais que a Divina Providência já te colocou ao dispor nos conhecimentos da Terra.
*
Rogarás ao Céu te liberte dos que te perseguem ou dos que ainda não se harmonizaram contigo; entretanto, não lhe sonegarás tolerância e perdão, diante de quaisquer ofensas, conforme os ensinamentos de paz e restauração que o Céu já te deu, por intermédio de múltiplos instrutores da espiritualidade maior, em serviço no mundo.
*
Suplicarás a intercessão dos Mensageiros da Vida Superior para que te desvencilhes de certas dificuldades materiais, diligenciando, porém, desenvolver todas as possibilidades ao teu alcance, pela obtenção de trabalho digno, que te assegure a superação dos obstáculos, na pauta das habilitações que os Mensageiros da Vida Superior já te ajudaram a adquirir.

Ação é serviço.

Oração é força.
Pela oração a criatura se dirige, mais intensamente, ao Criador, procurando-Lhe apoio e bênção, e, através da ação, o Criador se faz mais presente na criatura, agindo com ela e em favor dela.

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Emmanuel 
Chico Xavier
Obra: Rumo Certo
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quinta-feira, 15 de junho de 2023

Obsessores e tentações


 Ao contato das ideias renovadoras que te bafejam, afirmas-te na disposição de estudar e servir, com vistas à sublimação que demandas.

 Muita vez, porém, te lamentas contra obsessores e tentações, imputando a eles fracassos e desencantos que te assoberbam. Uns e outros, contudo, são frutos de tua sementeira ou circunstâncias forjadas por teu próprio comportamento.

 Partindo do princípio de que somos mais ou menos indiferentes a todos aqueles que não conhecemos, apenas experimentamos atração ou aversão por aqueles Espíritos com os quais já convivemos nas existências passadas.

 Diante, pois, de nossos desafetos, convém profundo autoexame, para verificarmos até que ponto seremos nós e eles os perseguidores e os perseguidos.

 Por outro lado, ser-nos-á lícito classificar por seduções das trevas os impulsos inferiores que não cogitamos de arrancar ao âmago de nós mesmos?

 Achamo-nos entre obsessores e tentações à maneira de alunos entre colegas e percalços da escola.
A ordem — confraternização e aprendizado.

 A palavra é agente de auxílio no entendimento com os irmãos que ainda não se afinam conosco, mas, o exemplo é a força que nos arrasta à desejada harmonização.

 A prece ser-nos-á socorro contra o império das sugestões deprimentes, todavia, ninguém extirpará tendências infelizes sem esforço máximo de auto-corrigenda.

 Não alegues a carga de influências destrutivas como sendo motivo a desânimo e frustração.

Nunca olvidar que somente a luz vence a sombra, tanto quanto só o bem vence o mal.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: No portal da Luz
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15 de junho

Você tem um grande poder nas mãos: use-o corretamente para o bem do todo.

O poder pode ser usado positiva ou negativamente, é uma simples questão de escolha.

Quando você quer somente os melhores resultados e o usa positivamente, as coisas mais maravilhosas acontecem.

O poder da eletricidade usado positivamente pode pôr enormes máquinas em movimento; ele pode iluminar grandes cidades, pode realizar prodígios.

Mas quando é mal usado, os resultados podem ser devastadores.

O mesmo acontece com o poder espiritual, que pode ser ainda maior: ele está aí, esperando para ser usado, mas da maneira correta.

Então, só o melhor pode acontecer e você presenciará os prodígios se sucederam em total perfeição.

As almas que já estão prontas e preparadas para usar corretamente esse poder estão sendo empregadas neste momento para ajudar a trazer o novo céu e a nova terra.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A beneficência

A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam. Oh! pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representantes da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos: “Estou com fome!...” Oh! compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero! Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas! Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!”

Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade. Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra. Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes: É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer!

Oh! não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!...

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– Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 11.)
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Afetos


O problema de afetividade, na Terra, tem raízes profundas no passado espiritual de cada homem, como consequência natural de antigos comportamentos, em relação aos inapreciáveis valores da vida.

Constitui regra fundamental, na Legislação Divina, que cada ser possuirá, no trânsito carnal, quanto lhe signifique oportunidade de ascensão espiritual, devendo responder pela aplicação dos bens que flua, seja nas largas faixas da saúde, da felicidade e da fortuna ou da dificuldade econômica, do sofrimento e da soledade.

Todo desperdício, em qualquer circunstância, faz-se geratriz de escassez. Da mesma forma, todo uso desordenado torna-se fator de abuso e desequilíbrio, em complicado processo de saturação...

As amplas expressões da efetividade que antes desfrutavas, transformaste, por negligência ou insânia, em rota estreita de padecimento, por onde agora carpes amargos estados dalma.

O que ora te falta, arrojaste fora.

Quem hoje te significa muito e é disputado por competidores vigorosos em relação as tuas fracas possibilidades, já não te pertence. Mesmo que te doam as fibras do coração aceitar esta situação, resigna-te às circunstâncias punitivas e prossegue sem desfalecimento.

Não te atires em lôbrega disputa.

O que agora não consigas, ser-te-á ofertado depois, se te credenciares através de merecimento superior.

O amor entre as criaturas, não raro, se faz cadeia ou algema, quando o desatino não converte em escravidão ou loucura.

Olha em derredor: há necessidades de muito porte, pranteando aflições mais rudes que as tuas. Aqui é a fome, ali é a enfermidade, além é a obsessão avassalando antigos comparsas do desregramento... Carpem, é verdade, necessitando, no entanto, de socorro.

Transforma, assim as conchas das tuas mãos vazias de carícias recebidas e envolve esses outros caminhantes da amargura e da solidão com a ternura que podes ofertar.

Certamente, o teu é o drama da falta de alguém que te possa refertar o espírito, dando-te tranquilidade, segurança.

Estará, porém, alguém, na roupagem carnal, em regime de harmonia? Ignoras os infortúnios dos que sorriem, aparentando felicidade e não sabes das inquietações do que são objeto os que te parecem roubar a quem amas, cavando abismos de distâncias entre o ser amado e tu, mas que, afinal, será despenhadeiro para a precipitação, na queda, em cuja borda se encontram...

Não te desgastes pela sofreguidão da posse dos afetos que pensam ou desejam ir adiante, ou sofrem pela constrição da tua presença.

Um dia, separar-te-ás deles pela desencarnação.

Os amores verdadeiros se refarão, os demais serão experiências para o futuro eterno.

Prepara-te a pouco e pouco, para esse momento.

Nem apego exagerado, nem indiferença mórbida.

Aumenta as províncias da tua afetividade, libertando-te das amarras que te atam a pessoas e coisas, irrigando mentes e corações que defrontes, com as alegrias que gostarias de gozar, mas que, por enquanto, ainda não podes desfrutar.

Não tomes, assim, dos outros o que te chega tardiamente, nem compliques o amanhã, considerando as dificuldades que hoje te maceram.

E se parecer-te difícil chegar ao fim do compromisso, na atual reencarnação, porque te sintas a sós, reflete na misericórdia de Nosso Pai e nos amores que te esperam, vencida a distância que te separa das praias felizes que atingirás, logo mais, onde estarão os que te precederam e te amam em caráter de totalidade.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
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Contra o Perigo


"E digo-vos que todo aquele que me confessar, diante dos homens, também o filho do homem o confessará, diante dos anjos de Deus." - Jesus (Lucas, 12:8)

Muitos companheiros de labor Evangélico supõem que confessar o mestre se resume tão somente numa profissão de fé, por intermédio das palavras. Para a demonstração de que aderimos, sinceramente, a Jesus bastará subir a uma tribuna ou discutir, acaloradamente, com alguns amigos que ainda não nos conseguem compreender?

Semelhante confissão tem sido o objetivo da maioria dos discípulos, através dos tempos; mas, essa atitude desassombrada é uma das faces da realização, sem constituir, entretanto, o seu precioso conjunto.

Confessar o Cristo, diante dos homens, é revelar-lhe a luz e o poder, em ações de amor e desprendimento, que os homens vulgares ainda não conhecem. Não será instituir convicções apressadas nos outros, mas pautar a vida em plano diferente e superior, de sorte que os espíritos mais frágeis ou levianos possam encontrar, junto de nossa alma algo de mais elevado, que não sentem noutros lugares e situações do mundo.

Não é fácil confessar a Jesus entre as comunidades terrestres, quando sabemos que Ele próprio foi por elas conduzido à cruz do martírio; mas, é dessa confissão que a sua palavra persuasiva nos fala no Evangelho da Verdade e do Amor.

É preciso se precate o discípulo contra o perigo de uma adesão verbal, sem a participação de suas energias interiores. O Senhor deseja ser confessado por seus continuadores nas estradas do mundo; mas, esse ato não se pratica apenas por palavras e sim por todas as demonstrações vivas do coração.

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Do livro Segue-me
psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
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Lembranças de paz


Reconhecer — mas reconhecer mesmo —, que trabalhando e servindo estamos, acima de tudo, cooperando em favor de nós próprios.

Perseverança no trabalho de execução dos compromissos que assumimos significa noventa por cem na soma do êxito.

Não desestimar a importância e o valor de pessoa alguma.

Nos instantes de crise, usar o silêncio ao invés do azedume.

Zangar-se alguém será sempre dilapidar a própria tarefa.

Perdão para as faltas alheias é a melhor forma de alcançar a desculpa dos outros em nossos próprios erros.

Observar o sinal vermelho para o mal no trânsito das palavras.

Um gesto de simpatia ou gentileza pode ser a chave para a solução de muitos problemas.

Perfeitamente possível administrar a verdade sem ferir, desde que esteja no bálsamo da bondade ou no veículo da esperança.

Nunca nos esquecermos de que a paciência favorece o socorro de Deus.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Encontro de paz
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quarta-feira, 14 de junho de 2023

As lágrimas


As lágrimas são secreções provocadas pelas emoções que, por sua vez, desenvolvem os sentimentos.

Podeis notar que a mulher, quase de um modo geral, desprende lágrimas com mais facilidade, pois suas emoções se encontram à flor da pele.

São mais impressionáveis, visto que são mais sensíveis.

Há muitos estudiosos que dividem as lágrimas em várias temáticas, como: lágrimas expulsas pelo ódio, lágrimas afloradas pela alegria, lágrimas advindas da esperança, lágrimas libertadas pela dor, pérolas lacrimais convidadas ao passeio facial pelo amor.
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Mas, na verdade, todos esses aspectos são aparentes.

Elas surgem do impulso do amor e, compondo o microcórrego dentro de nós, têm as mesmas funções dos rios que servem à limpeza pública.

As lágrimas libertam as energias inferiores presas em vários pontos do corpo, afrouxam o sistema nervoso e tranquilizam o coração.

Chorar, na sua feição verdadeira, é descarregar a tensão psíquico-orgânica dando vazão ao espírito e a novas e acertadas atitudes.

Se alguém vos ofendeu sem que sejais culpado na presente existência, lembrai-vos de que já tivestes várias reencarnações, e que a ofensa pode ser cobrança do passado.

Se tendes vontade de chorar por isso, chorai sem escândalos.

Entrai no vosso aposento e descarregai as energias inferiores, secretamente, que essa é uma oportunidade de ficardes livres de leves faltas anteriores.

As lágrimas, nessa hora, são as misericórdias ou veículos de limpeza da vossa consciência.

O muro das lamentações dos judeus é um grande estímulo aos sentimentos; processo rude, mas evolutivo, das qualidades dormitantes do coração.

E esses judeus reencarnaram com profusão em Portugal, mostrando-se o povo mais sensível do Planeta à dor alheia, que o Brasil, por assim dizer, herdou dos lusos, pelo cruzamento das raças.

Os campos santos, os hospitais são forças que desatam lágrimas, liberando, igualmente, o amor.

Os artistas são pessoas de grande sensibilidade, pois eles exercitam a memória dos sentimentos, como dizeis, para que as lágrimas fluam nas horas que se lhes apraz.

E esse domínio leva-os a certa grandeza espiritual, pelo amor.

Há também as lágrimas de defesa, quando o ofendido é a parte mais fraca, como as mulheres e crianças.

Se assim se pode falar, é o choro-socorro, que desperta a compaixão.

No entanto, é bom que entendais que a vigilância deve estar presente no combate ao fanatismo, já que muita gente chora exageradamente em muitas metrópoles, para que alguém lhes dê dinheiro.

São os profissionais que exploram os sentimentos dos outros.

De qualquer forma, é uma arte, cuja atividade, com o tempo, cura o abuso.

Nada se perde no mundo, nem as lágrimas que molham as faces dos encharcados no vício e dos ladrões dos sentimentos.

Se o infortúnio vos visitou e algo vos oprime o peito, chorai, meu irmão, sem que os outros se incomodem com os vossos pesares.

Se a vida vos sobrecarregou com pesados fardos nesta existência, e vos sentis fracos para a caminhada, fazei como a criança quando repreendida pelos pais.

Chorai com elegância, que os pais espirituais aproximar-se-ão de vós, pela vossa humildade, desfazendo-se em misericórdia e carinho, de sorte a vos levantar.

As lágrimas, quando derramadas na hora certa, são preces silenciosas que vibram mais alto que qualquer palavra.

É o coração que fala, pelos canais da sensibilidade.

Os espíritos superiores também choram, sob a influência do amor.

Em tudo isso, não devemos nos esquecer do bom senso que regula a vida e nos mostra a felicidade.

Quando as lágrimas são santificadas pelos sentimentos, elas computam forças, enviando estímulos a todas as glândulas, principalmente ás endócrinas, que segregam hormônios compatíveis com as necessidades do campo fisiológico.

E, se a mente for adestrada dentro dessa verdade, podereis ajudar essa maravilhosa química pela vontade, alcançando mais depressa a paz e a saúde.

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Miramez
João Nunes Maia
Obra: Horizontes da Mente
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14 de Junho

Por que se condenar pelas suas aparentes inadequações, seus erros e suas falhas?

Em vez de viver mergulhado no lado negativo de sua vida, transforme suas fraquezas em forças e suas faltas em virtudes permitindo que o positivo se manifeste em sua vida.

Encontre bem no fundo de seu interior a verdadeira beleza, a virtude e a bondade.

Tenha fé que estas qualidades estão lá e você as encontrará.

Quando você se recusa a ver o melhor em si mesmo e prefere se importar com o que tem de negativo, você precisa estar preparado para aceitar as consequências, porque você atrai aquilo que pensa.

Você pensa, portanto existe.

Pense o melhor e você atrairá o melhor.

Entenda que você consegue tudo que quer quando EU ESTOU com você, guiando-o e dirigindo-o.

E não poderia ser de outra maneira porque EU SOU e EU ESTOU em você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O homem de bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.”

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 3.)
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Hoje


Hoje é a tua melhor oportunidade.

Não te angusties pelo passado e nem te inquietes pelo futuro.

A colheita é sempre uma consequência natural da semeadura.

Pensa na transitoriedade da vida física e não desperdices os minutos.

Viver, todos vivem, mas viver com consciência, é privilégio de poucos.

Disse Jesus:

"... onde está o vosso tesouro, aí estará o vosso coração".

Que o teu percurso no mundo seja um ponto de orientação para os que vagueiam sem rumo.

Aprimora os teus conhecimentos e exercita a paciência.

Cultiva as flores da alegria no jardim da esperança.

A compreensão é a luz do espírito

O homem é igual à semente que existe em função dos frutos que produz.

Vive como se hoje fosse o dia assinalado para o teu encontro definitivo com Deus, diante do qual não deves comparecer de mãos vazias.

Se te sentires solitário, lembra-te do Senhor caminhando sozinho entre a multidão e segue carregando o fardo que te comprime o peito.

Todos seremos chamados individualmente ao testemunho da fé.

O segredo da felicidade é saber esperar.

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Espírito Pastorino
Médium Chico Xavier
Obra: Palavras da coragem
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Busquemos Mais Luz


Homem algum possui recursos bastante para redimir o mundo, mas todos guardamos possibilidades suficientes para a regeneração de nós mesmos.

Não te esqueças da hora que passa, convocando-te às construções do espírito.

O patrimônio real de cada um é aquele que se constitui de nossas próprias obras.

E tudo aquilo que nos rodeia, quando nos achamos na encarnação terrestre, seja riqueza ou indigência, dor ou felicidade, plenitude ou escassez, no círculo das circunstâncias a que o renascimento nos arroja, não passa de material didático, objetivando-nos a educação para a vida imperecível.

Não ter descures do tempo, a força aparentemente inerte suscetível de oferecer-nos os meios necessários à ação edificante.

Com os dias, algo produzimos.

Enquanto o lavrador diligente prepara colheita de prosperidade e alegria, aquele outro que cruza os braços, à frente do arado, forma cristalizações de indiferença que o inclinam à penúria.

Enquanto o aprendiz da sabedoria avança para frente, traçando sendas de acesso ao Infinito, o estudante vadio coagula as sombras, ao redor do degrau em que a vida o situa, demorando-se na estagnação.

Resguarda o próprio corpo, por abençoado instrumento de elevação.

Através dele, se queres, é possível amealhar os valores da espiritualidade, alcançar a paz íntima, recolher as bênçãos do Céu e refletir a Divina Vontade, enriquecendo-te, cada vez mais, pela extensão crescente das próprias faculdades, na compreensão do próprio caminho.

Busquemos mais luz.

Quando o Mestre recomendou nos fizéssemos crianças, perante a Lei, não se propunha reter-nos na ingenuidade, ou na incultura. Procurava criar em nós o estado imprescindível de receptividade, à frente da vida, a fim de reajustarmos os fios de nossos ideais, sobre os alicerces da verdadeira sublimação.

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Nascer e Renascer – Psicografia de Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel
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Provas de surpresa


De inesperado, é possível encontres os mais difíceis problemas a te requisitarem solução. São eles dos mais simples aos mais complexos em nossas experiências no Plano Físico.

A súbita desencarnação de um companheiro que se nos vincule aos mais íntimos sentimentos, de quem esperávamos longo tempo de convivência e cooperação.

O acidente marcado de situações infelizes.

O chefe atormentado de preocupações que te comunicou, através de palavras ríspidas, todo o azedume que lhe estraga o ânimo.

O companheiro de trabalho amargurado pela doença em família, que talvez te haja desfechado frases de cólera e desconsideração.

O transeunte de nervos descontrolados pelas tribulações que lhe povoam a vida, endereçando-te agressões por bagatelas.

O parente que surge, de imprevisto, enganado por boatos ou informações incorretas, criando alarido ou acusações indébitas.

Os pais e os filhos que se manifestam alterados, de repente, às vezes em razão de hábitos lamentáveis que acabaram por lhes furtar o equilíbrio e o discernimento.

O serventuário do trânsito, quando se comporta de maneira inconveniente.

O balconista fatigado que te desatende com pejorativos e sarcasmos.

A palavra carregada de insultos que nos desafia à reações incompatíveis com a nossa tranquilidade de consciência.

Em todos esses eventos aflitivos, a medida mais justa, capaz de garantir-nos segurança, é a paciência que nos situa o espírito sob a guarda do silêncio, facultando-nos contato com o socorro da oração.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Pronto socorro
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