sábado, 13 de março de 2021

Como reagir ao pessimismo e à apatia?



Resp.: 

Elimina, do teu vocabulário, as frase pessimistas habituais, substituindo-as por equivalentes ideais.

Não digas: “não posso", “não suporto mais", “desisto”.

 Faze uma mudança de paisagem mental e corrige-a por outras: “tudo posso, quando quero”, “suporto tudo quanto é para o meu bem” e “prosseguirei ao preço do sacrifício, para a vitória que persigo. ”

O homem transita pelos caminhos que elege, nos quais se compraz.

A apatia é doença da alma, que a todos cumpre combater com as melhores disposições.

Na luta competitiva da vida terrestre, não há lugar para o apático.

Receando o labor bendito ou dele fugindo, mediante mecanismos de evasão inconsciente, a criatura se deixa envenenar pela psicosfera mórbida da auto- piedade, procurando
inspirar compaixão antes que despertar e motivar o amor.

Nos estados apáticos, dão-se início os processos de auto-obsessão quanto da submissão obsessiva a Espíritos
inconséquentes, que se comprazem em explorar, psíquica, emocional e organicamente os que se lhes fazem vítimas espontâneas...

Reage com vigor à urdidura da apatia, do desinteresse.

Ora e vence o adversário sutil, que em ti procura
alojamento, utilizando-se de justificativas falsas.

A lei do trabalho é impositivo das leis naturais que promovem o progresso e fomentam a vida.
🌻🌿🌻
Joanna de Ângelis 
Divaldo Franco
Alerta
🌻🌿🌻





🌻🌿🌻

MENSAGEM DO ESE:

Fora da Igreja não há salvação. Fora da verdade não há salvação


Enquanto a máxima — Fora da caridade não há salvação — assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma — Fora da Igreja, não há salvação — se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários. Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do repouso. A máxima — Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma — Fora da Igreja não há salvação, anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.

Fora da verdade não há salvação equivaleria ao Fora da Igreja não há salvação e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade. Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias? A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo. Ela somente pode aspirara uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento. Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la. O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 8 e 9.)

🌻🌿🌻

Aborto Não Realizado



A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Laura.


Veio na hora errada e ainda trazia riscos de várias ordens.


A saúde debilitada, problemas familiares, o desemprego...


Seu primeiro impulso foi o aborto. Tomou uns chás que, em vez de “resolver”, a debilitaram ainda mais.


Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adiante a gestação.


Naquele dia, a parteira havia adoecido e faltara.


Laura voltou para casa preocupada, mil situações lhe passavam pela mente.


À noite, deitou-se e custou a adormecer, mas foi vencida pelo sono.


No sonho, viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir.


Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez..


Na noite seguinte voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de tão doce quanto agradável “Obrigado”.


Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agradecimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.


Desistiu do aborto.


Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa...


Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve emocionada seu belo e jovem filho pronunciar, do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão:


...Agradeço sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o Espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida.


E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível: “Obrigado!”


Ela não teve dúvidas. Foi o mesmo Obrigado, doce e agradável de um sonho, há 23 anos...


*


A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega a si mesma a oportunidade de ouvir a cantiga alegre da criança indefesa a rogar-lhe carinho e proteção.


Perde a oportunidade de dar à luz um Espírito sedento de evolução, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos superarem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.


Se você mulher, está passando pela mesma situação de Laura, mire-se no seu exemplo e permita-se ser mãe.


Permita-se sentir, daqui alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver.


Conceda-se a alegria de, daqui alguns anos, ornamentar o pescoço com a jóia mais valiosa da face da Terra: os bracinhos frágeis da criança, num abraço carinhoso a lhe dizer:


Obrigado mamãe, por ter me permitido nascer e crescer, e fazer parte desse Mundo negado a tantos filhos de Deus.


*


Pense nisso!


Todos nós voltaremos a nascer um dia...


Se continuarmos negando oportunidades de reencarnação aos Espíritos com os quais nos comprometemos antes do berço, talvez estejamos negando a nós mesmos a chance de uma mãe ou pai, no futuro.


Pensemos nisso!


💐💐💐💐💐💐💐💐💐💐💐💐


Redação do Momento Espírita. Com base em história publicada no Jornal Caridade, de maio/junho 1997. - www.momento.com.br


sexta-feira, 12 de março de 2021

Erros no Amor


Se alguém erra no amor,
nada reproves: Ora.

 Necessidade, às vezes,
é o motivo da queda.

Às vezes, natureza
é a exigência oculta.

Basta à pessoa errada
o próprio sofrimento.

 Não condenes. 
Não sabes o que será de ti.

 Se alguém erra no amor
entrega o assunto a Deus.
🌺🌱🌺
Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Senda para Deus
🌺🌱🌺





🌺🌱🌺

MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder.

 Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. 

É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. 

Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. 

— São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. 

As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. 

– Allan Kardec.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)

🌺🌱🌺

AUTOCONFIANÇA


Não descreias de tuas possibilidades.


Traze dentro de ti as condições indispensáveis à tua realização pessoal.


Age sem pressa mas com determinação.


Sê humilde mas não apático.


Não te esqueças daqueles que dependem de ti.


Se fraquejares, muitos fraquejarão contigo.


Na realidade, o receio dos outros é falta de confiança própria.


Conserva a mente segura, sem consentir que os teus pensamentos te fujam ao controle.


Somos mais iguais em nossas deficiências do que em nossas virtudes.


Quem te parece num patamar superior ao teu talvez esteja claudicando.
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Livro: Vigiai e Orai
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier

quinta-feira, 11 de março de 2021

Para pedir um conselho


24. PREFÁCIO. Quando estamos indecisos sobre o fazer ou não fazer uma coisa, devemos antes de tudo propor-nos a nós mesmos as questões seguintes:

1.° Aquilo que eu hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem?

2.° Pode ser proveitoso a alguém?

3.° Se agissem assim comigo, ficaria eu satisfeito?

Se o que pensamos fazer, somente a nós nos interessa, lícito nos é pesar as vantagens e os inconvenientes pessoais que nos possam advir.

Se interessa a outrem e se, resultando em bem para um, redundará em mal para outro, cumpre, igualmente, pesemos a soma de bem ou de mal que se produzirá, para nos decidirmos a agir, ou a abster-nos.

Enfim, mesmo em se tratando das melhores coisas, importa ainda consideremos a oportunidade e as circunstâncias concomitantes, porquanto uma coisa boa, em si mesma, pode dar maus resultados em mãos inábeis, se não for conduzida com prudência e circunspeção. Antes de empreendê-la, convém consultemos as nossas forças e meios de execução.

Em todos os casos, sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos protetores, lembrados desta sábia advertência: Na dúvida, abstém-te. (capítulo XXVIII, n.° 38.)

25. PRECE. — Em nome de Deus Todo-Poderoso, inspirai-me, bons Espíritos que me protegeis, a melhor resolução a ser tomada na incerteza em que me encontro. Encaminhai meu pensamento para o bem e livrai-me da influência dos que tentarem transviar-me.
🙏💐🙏
ESE
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MENSAGEM DO ESE:

Esquecimento do passado

Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. 

Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.

Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.

Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.

Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.

Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes.

E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança dó passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 11.)

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AMBIENTE DO BEM


Os pensamentos bons têm o poder de anular as correntes mentais inferiores, arejando o sistema nervoso contra as investidas agressivas da vingança e do ódio.

Conhecer o bem e os seus efeitos nos leva a uma escala mais alta na hierarquia dos seres, e praticá-lo, conscientemente por amor, é prova de que todos os degraus passados se uniram, para que a fé os transformasse em uma só força indissolúvel, capaz de remover os maiores obstáculos.

Muitos livros nos ensinam que a prática do bem em todas as suas formas depende de condicionamento no lar, no indivíduo, na sociedade e no próprio país em que se habita.

Certamente até no próprio planeta, concordamos.

No entanto, para nascerdes no ambiente propício ao bem, é justo que mereçais e, para que o merecimento se faça, indubitavelmente, a alma tem de iniciar esse ambiente maravilhoso dentro dela.

Não pode existir esse condicionamento harmonioso no coração e na mente, sem a presença do esforço próprio.

O buscai e achareis do Filho de Deus é uma assertiva de luz, que confirma nossa conversa.

Os primeiros toques são individuais -pertencem a cada um – para que as forças exteriores encontrem caminho livre na ajuda progressiva.

O agricultor abre o seio da terra, deposita a semente e a entrega à natureza, que faz o resto na engenhosa expansão da vida.

Se quereis viver um amanhã de compreensão, de fraternidade e de amor, não esmoreçais no dia de hoje, aproveitando o máximo do tempo na caridade e na amabilidade para com os outros.

Esses gestos, essas ideias, esses pensamentos, por lei, vão condicionando as fibras mais sensíveis da alma, e tornando-a propensa à natureza evangélica.

Se por acaso encontrardes dificuldades, se porventura a própria natureza física se desregular por causa de uma reforma empreendida na mente e nos sentimentos, não esmoreçais.

Continuai, porque esse desequilíbrio é passageiro, prenuncia que verdadeiramente está se fazendo o trabalho.

Para ser construído um edifício novo, onde existe um velho, é imprescindível desmanchá-lo e, com o tempo, vereis a imponência e a beleza da obra.

A força do bem é irresistível, em toda a área da vida.

É elixir curativo para todas as enfermidades que nos levam à inquietação.

O coração, acostumado às boas maneiras, ascende a repuxos incalculáveis de que a razão desconfia, por não perceber de imediato a multiplicação do amor.

A serenidade de consciência tem um preço por demais alto.

Não havendo maturidade de espírito, acaba se esmorecendo antes da aquisição.

E o ouro para esse câmbio divino é extraído no garimpo da própria alma, em lutas acerbas; os entulhos a remover são toneladas, em forma de imperfeições manifestadas pêlos sentimentos e carregadas pela ignorância.

A rocha é dura de ser vazada, todavia, o trabalho é nosso.

Comecemos, que Jesus está pronto para nos ajudar.

Já notastes como se começa a construir uma casa? Pedra a pedra, tijolo a tijolo e sucessivos esforços diminutos, até que a obra se unifica,, como um todo a ser útil.

O santuário interior não foge à regra.

O estudante da verdade e um pedreiro, é um operário, que deve iniciar condicionando os pensamentos no bem, estes tomando formas de ideias, e estas de ações, orando e vigiando para que o desânimo não – 44 – invada o campo de labor e, no amanhã, os frutos dos esforços não sejam em vão.

O grande templo é a resposta, que servirá para muitos que vêm na retaguarda.

Transformar-se-á em uma fonte espiritual, da qual, quanto mais se retira água, mais se multiplica.

Meus filhos, façamos o bem, onde estivermos e da maneira que as nossas forças suportarem, pois é pela prática que o esmero se apresenta, e a natureza divina se ambienta na natureza humana.

Começai pensando no bem, falando no bem, ou escrevendo sobre o bem, que ele, com o tempo, vos acompanhará para sempre.
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Miramez

quarta-feira, 10 de março de 2021

A lição da aranha


O aprendiz perguntou ao orientador, depois da aula em torno das dificuldades humanas:

— Instrutor, onde os motivos pelos quais sempre se multiplicam os obstáculos, diante dos homens, impedindo-lhes a sublimação espiritual?

O amigo convidou o discípulo a visitar um casarão próximo, semi-abandonado. Entraram e, numa sala espaçosa, grande aranha se mostrava presa no centro da caprichosa rede de fios, entretecida por ela mesma.

— Vês esta aranha encarcerada no labirinto, feito por ela própria? — indagou o mentor.

Ante o sinal afirmativo do rapaz, o amigo acrescentou.

— Observemos.

Passados alguns instantes, apareceu jovem auxiliar de serviço, naquela moradia quase desabitada e usando um espanador, desfez o tecido, libertando a aranha, que se deu pressa em esconder sob pesado móvel.

— Voltaremos amanhã para nossos apontamentos — falou o orientador.

No dia seguinte, professor e discípulo regressaram ao casarão e, num aposento diverso, a mesma aranha se apresara no centro de outros fios tecidos por ela própria.

Decorridos poucos segundos, a jovem da véspera reapareceu e acabou com a trama, libertando a aranha que se afastou, ocultando-se em antigo móvel desocupado.

Mais um dia e, pela terceira vez, o instrutor e o aprendiz retornaram ao mesmo local, surpreendendo a mesma aranha no centro de outra complicada rede de fios, criada por ela mesma.

A jovem, já conhecida, surgiu e agitando o espanador liberou a aranha que, rapidamente, tomou novo esconderijo sob mala suspensa.

Foi então que o mentor, dirigindo-se ao rapaz, resumiu a lição, esclarecendo:

— Lembrou você que os homens lutam com grandes entraves, no caminho da elevação, mas é preciso reconhecer que a maioria dos nossos companheiros no Plano Físico, quase sempre agem à maneira da aranha. O espanador providencial do sofrimento surge a libertá-los das prisões engenhadas e construídas por eles, entretanto, que podemos fazer se eles mesmos se escondem nos hábitos que acalentam e, depois, usando o livre arbítrio, criam novos problemas para eles próprios?
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Agora é o Tempo
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MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: 

— Mestre, qual o grande mandamento da lei?

 — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)

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Não te rendas



Não te rendas ao desânimo e insiste no Bem.


Guardes contigo a possibilidade do limite, mas Deus tem a possibilidade do impossível.


Segundo as Leis de Deus, Tens somente o que dás.
O que deres aos outros, é o que terás contigo.


O Senhor necessita de ti, onde te encontras.


Observa o que tens a fazer ainda hoje e perceber-lhe-ás a presença no dever que te espera.


Se não aceitas as condições de trabalho a que a vida te destina e te negas renovação, nada mais obterás, além do desapontamento no desemprego.


Ante o bem que se faça, faze o bem quanto possas, para que o bem pequeno se faça, junto de todos, o bem maior.


Todos somos, no mundo ou no Mais Além, devidamente chamados a colaborar na vitória do bem.


E o bem aos outros será sempre a garantia de nosso próprio bem.


Não pares.


Observa o que tens a fazer ainda hoje e aperceber-lhe-ás a presença no dever que te espera.


A estagnação é ponto obscuro em que os mais substanciosos valores se corrompem.


Não recorra à idéia de fatalidade para
justificar o mal, porquanto o bem de todos triunfará sempre.


Não estaciones.


Em favor de todas as criaturas, estejam como estejam, Deus criou o apoio do trabalho e a bênção da esperança.
💐💐💐💐💐💐💐💐
Emmanuel
Chico Xavier
Do livro: Caminho iluminado

terça-feira, 9 de março de 2021

Paciência e caridade



Caridade sem paciência pode converter-se em agressividade destruidora.

 Paciência sem caridade pode transformar-se em cálculo egoísta.

 O prato de pão entregue ao necessitado com frases de reprimenda é semelhante a uma fatia de bolo misturado de fel.

 O gesto de calma sem amor assemelha-se, muitas vezes, à atitude atenciosa de um felino, aguardando o momento oportuno de saltar sobre a presa.

 O lavrador que conta com a bondade da terra aprende a esperar pela colheita.

 O médico que provoca a reação benéfica do organismo em tratamento não prescinde do concurso das horas, para alcançar os objetivos da cura.

 Não ajuntes o veneno da irritação ou o tóxico da desconfiança ao cálice luminoso de tua dádiva.

 Não vistas o teu pensamento de dúvidas e nem condiciones tuas palavras em lâminas de violência, se desejas conduzir algum coração amigo ao templo da felicidade ou do caminho reto.

 A caridade é, acima de tudo, filha dileta da paciência nascida da boa vontade e da compreensão.

Muitos jardineiros perdem flores que seriam de milagrosa beleza simplesmente porque não sabem tolerar os sacrifícios reclamados pela planta em embrião.

 Conquistemos a serenidade em nós, para nós mesmos, a fim de construirmos novos destinos, pela simpatia e pela fraternidade que o Senhor nos auxiliará a cultivar.

Semeais o bem e a luz, sem as ameaças da pressa, e, com a passagem dos dias, atingireis a messe bendita do amor e da sabedoria em vosso renovado caminho.

 Jamais nos esqueçamos de que o tempo é a caridade de Deus em nosso favor porque, através das horas e dos séculos, sabe, pacientemente, esperar.
🌻🌱🌻
Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Senda para Deus
🌻🌱🌻






🌻🌱🌻

MENSAGEM DO ESE:

Preces inteligíveis

Se eu não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo e aquele que me fala será para mim um bárbaro. — Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas a minha inteligência não colhe fruto. — Se louvais a Deus apenas de coração, como é que um homem do número daqueles que só entendem a sua própria língua responderá amém no fim da vossa ação de graças, uma vez que ele não entende o que dizeis? — Não é que a vossa ação não seja boa, mas os outros não se edificam com ela. (S. PAULO, 1ª aos Coríntios, cap. XIV, vv. 11, 14, 16 e 17.)

A prece só tem valor pelo pensamento que lhe está conjugado. Ora, é impossível conjugar um pensamento qualquer ao que se não compreende, porquanto o que não se compreende não pode tocar o coração. Para a imensa maioria das criaturas, as preces feitas numa língua que elas não entendem não passam de amálgamas de palavras que nada dizem ao espírito.

 Para que a prece toque, preciso se torna que cada palavra desperte uma idéia e, desde que não seja entendida, nenhuma idéia poderá despertar. Será dita como simples fórmula, cuja virtude dependerá do maior ou menor número de vezes que a repitam.

 Muitos oram por dever; alguns, mesmos, por obediência aos usos, pelo que se julgam quites, desde que tenham dito uma oração determinado número de vezes e em tal ou tal ordem. Deus vê o que se passa no fundo dos corações; lê o pensamento e percebe a sinceridade. Julgá-lo, pois, mais sensível à forma do que ao fundo é rebaixá-lo.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 16 e 17.)

🌻🌱🌻 

Janelas na alma



O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que filtram os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.


De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter significação que nem sempre corresponde à realidade.


Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.


Na área do relacionamento humano, as ocorrências também assumem contornos de acordo com o estado d´alma das pessoas envolvidas.


É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação a eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de observar bem os sucessos da caminhada humana.


De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la, de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.


Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando o uso de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
* * *
Coloquemos, nas nossas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanharmos o mundo e o seu cortejo de ocorrências.


O amor nos facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os nossos amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranquilidade.


A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição dos que se acerquem de nós.


O perdão constituirá a nossa força revigoradora colocada a benefício do delinquente, do mau, do alucinado, que nos busquem.


A ternura espraiará o perfume reconfortante da nossa afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de nós.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espalhe a luz, e se realize a comunhão com o bem.
* * *
Este é um convite para refletirmos sobre uma realidade especial: a realidade de que tudo na vida conspira a nosso favor; isto é, tudo trabalha para o nosso crescimento íntimo.


Nada que nos acontece visa nosso mal, embora muitas vezes possa parecer assim.
Abrir janelas na alma é tornar-se apto a descobrir essas novas realidades que, se bem compreendidas, tornam nosso viver menos árduo.


A lei de causa e efeito existe para nos educar, e não para nos punir...
A lei da reencarnação existe para nos dar novas oportunidades, e não para nos fazer sofrer...


A lei do amor existe para nos fazer felizes, pois só haverá júbilo em nossa alma quando concedermos a outros esse mesmo sentir – eis o que chamamos caridade.
Abramos janelas em nossa alma, uma a cada dia, e deixemos o sol da compreensão entrar.


Abramos janelas em nossa alma e nos permitamos sonhar, e continuar rumando em busca do sonho.


Abramos janelas em nossa alma e mostremos ao mundo as muitas belezas que existem. Podemos até pensar que não existem, mas tenhamos plena certeza de que sim... Elas estão lá...
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Redação do Momento Espírita,com base no cap. 12,
do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER 08-03-2020

segunda-feira, 8 de março de 2021

Mulher

 


Oração à Mulher

 Missionária da vida.

Ampara o homem para que o homem te ampare.

Não te conspurques no prazer, nem te mergulhes no vício.

A felicidade na Terra depende de ti, como o fruto depende da árvore.

Mãe, sê o anjo do lar.

Esposa, auxilia sempre.

Companheira, acende o lume da esperança.

Irmã, sacrifica-te e ajuda.

Mestra, orienta o caminho.

Enfermeira, compadece-te.

Fonte sublime, se as feras do mal te poluíram as águas, imita a corrente cristalina que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.

Por mais te aflija a dificuldade, não te confies à tristeza ou ao desânimo.

Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam por teus braços e sorri com serenidade para a luta.

Deixa que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento para que não falte a música da harmonia aos pedregosos trilhos da existência terrestre.

Teu coração é uma estrela encarcerada.

Não lhe apagues a luz para que o amor resplandeça sobre as trevas.

Eleva-te, elevando-nos.

Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida porque a chave da vida é a Glória de Deus.
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Meimei
Chico Xavier





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O Livro da Paciência

Leiamos o livro da paciência e da resignação. As suas folhas são como a esperança e os caracteres inscritos nas suas páginas são lindos como se fossem confeccionados com pequeninas gotas estelíferas, assemelhando-se aos prantos salvadores.

As suas lições são úteis e proveitosas

Ensinam-nos tudo quanto pode nobilitar a esposa, a irmã e a mãe querida, elas preparam o coração da mulher que tem uma força misteriosamente prodigiosa para vencer os sofrimentos que arrebatam os espíritos dos lamaçais da terra para as paisagens deslumbrantes do firmamento constelado.

Sejamos, pois, resignados aos desígnios de Deus e humildes nas provações da terra.

Não podemos transformar tudo de um momento para o outro, porém, com a vontade Divina, conseguiremos vencer.

Onde não mais pudermos descerá dos céus a força precisa a nos dar esperança e amparo.  
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MARGARIDA
CHICO XAVIER

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O Homem e A Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.

O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o Amor ressuscita.

O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.

O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.
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Victor Hugo
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Mulher Especial


Há mulheres que são especiais.

Em dadas circunstâncias, parecem princesas ou mesmo rainhas, pois encantam, fascinam e mostram ter poderes de tal modo expressivos, diante dos quais dobramos a cerviz.

Há ocasiões em que são como administradoras ou economistas, quando se põem a organizar a vida do lar, seus movimentos e despesas, tudo aquilo que se compra e o que se põe na mesa, para a fruição de todos. Conseguem, muitas vezes, ajuntar alguma quantia que sobra para momentos mais difíceis.

Quantas vezes se mostram como agentes de disciplina? Alteiam a voz, como quem dá voz de comando, ordenam, impactam com o tipo de inflexão que utilizam, e põem, dessa maneira, tudo e todos em seus devidos lugares, dentro de casa.

São quais colegas, quais colegiais, variadas vezes. Envolvem-se com os petizes, brincam, jogam com eles; riem-se deles e com eles, até o momento justo de estancar a brincadeira.

Mulheres há que se tornam médicas ou enfermeiras, diante das necessidades dos seus filhos. Acolhem-nos, preparam-lhes poções e chás diversos, e, muitas vezes contrariando as instruções formais, dão-lhes xaropes e pastilhas. Se enfermos, banham-nos, põem-nos em seus leitos, recobrem-nos, acalentam e vigiam, dias ou noites, dias e noites, até que retornem à saúde.

Mas, dentre essas mulheres incríveis, especiais de verdade, temos aquelas que reúnem todas essas habilidades: são mestras, são agentes disciplinares; são administradoras e economistas, enfermeiras, psicólogas, são médicas. São cozinheiras, lavadeiras, artesãs e fiandeiras. Conseguem ser governantas, serviçais e chegam a ser santas.

Essas almas geniais de mulher são alimentadas pelo estranho ideal de sempre entender, de atender e de sempre servir. São companheiras próximas dos anjos, são servidoras de Deus e mensageiras da vida. São nossas fãs, amigas extremadas para quem nunca há nada impossível, quando se trata de atender-nos, de alegrar-nos, de ajudar-nos.

São mulheres sem igual. Perfumam como flores, são ardentes como a chama e brilham como estrelas. Nada obstante todos os encômios que lhes possamos dirigir, o que é mais tocante, mais comovente, é saber que uma dessas mulheres, incumbidas por Deus para mudar o mundo, ajudando-o a ser melhor, a ser um campo bom de se viver, tem uma missão particular.

Há uma mulher para quem o Criador entregou a missão de cuidar-me, de fazer-me estudar para entender, de ensinar-me a orar e a crescer, a respeitar a todos e a servir para o bem. Essa mulher é um encanto em minha vida, e não há ninguém que se lhe assemelhe. Ao vê-la, marejam-se-me os olhos e bate forte o meu coração. Ela é tal qual amálgama de ouro e brilhante. Ela é, por fim, a luz que torna meu caminho cintilante. É aquela a quem chamo de minha mãe.
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Ivan de Albuquerque
Raul Teixeira


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MENSAGEM DO ESE:
Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.

Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.

Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)

domingo, 7 de março de 2021

Problemas da evolução



(...)

Quando imaturo, o ser lamenta-se, teme e transforma o instrumento de educação em flagelo que o dilacera, tornando-se desventurado pela rebeldia ou entrega de ânimo, negando-se à luta e autodestruindo-se, sem se dar conta.

Surgem, então, como decorrência da sua falta de valor moral, os transtornos depressivos ou de bipolaridade, que o
conduzem a lamentável estado de autoabandono, portanto, de autocídio.

Há pessoas que afirmam ter problemas, por cultivá--los sem cessar, transferindo-se de uma dificuldade para outra, vitimadas pelo egoísmo, pela autocomiseração, pelo
amor-próprio exacerbado.

Há aqueles que têm problemas e não se encontram dispostos a enfrentá-los, a solucioná-los, esperando que outros o façam, porque se consideravam isentos de acontecimentos dessa ordem, negando-se, mesmo sem o perceberem, à mudança de estágio evolutivo.

Outros há que vivem sob problemas, preservando-os mediante transferências psicológicas continuadas, assim adiando as soluções no tempo e no lugar, ignorando-os e ignorando-se. 

Esses cultivadores da ilusão fantasiam-se de felizes até os graves momentos, quando irrompem as cobranças da vida - orgânicas, sociais, econômicas, emocionais -, encontrando-os entorpecidos e distantes da realidade.

Na maioria das vezes, porém, as pessoas são os problemas, que não solucionam nos pequenos desafios, mas os transformam em impedimentos, assim deixando-se consumir por desequilíbrios íntimos nos quais se realizam psicologicamente.

É lícito e natural que cada pessoa se considere humana, isto é, com direito aos erros e aos acertos, não incólume, não especial.

Quando erra, repara; quando acerta, cresce.

A evolução ocorre através de vários e repetidos mecanismos de erro e acerto, desde os primeiros passos até a firmeza de decisão e de marcha.

Reflexão e diálogo, honestidade para consigo mesmo e para com o seu próximo, esforço constante para a identificação dos limites e ampliação deles constituem terapias e
métodos para transformar os problemas em soluções, as dificuldades em experiências vitoriosas, crescendo sem cessar.

O ser psicológico, amadurecido, ama e confia, fitando o alvo e avançando para ele, sem ter, nem ser problema na
própria trajetória.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco 
Obra: Autodescobrimento - Uma Busca Interior
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MENSAGEM DO ESE:

O jugo leve

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”
Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 1 e 2.)

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SE ANSEIAS CLARIDADE




Desliga-te o que possas dos bens materiais.

Alivia o espírito de todo peso inútil.

O que te prende à posse, impede-te a ascensão.

O homem sempre gravita ao redor do que quer.

Terás, depois da morte, o que levas contigo.

Se anseias claridade, acende a tua luz.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli
- do livro "A Face do Amor")