sábado, 25 de março de 2023

Sonhos e desdobramentos



1 Pergunta: Quando durmo me vejo fora do meu corpo. Não sei se é sonho. Já aconteceu duas vezes. Qual seria a explicação sobre o ponto de vista espírita?


Resposta: A isto chamamos desdobramento. Encontrará detalhes nas obras de André Luiz. (v. Emancipação da alma) É algo natural, que ocorre quando o corpo descansa nas horas de sono. Procure estar com pensamentos firmes no Bem e poderá acordar descansado e em equilíbrio. Estude a Doutrina Espírita com afinco.


2 Pergunta: Como a Doutrina Espírita vê a questão dos sonhos? Seriam eles premonições?

Resposta: O sonho é considerado na Doutrina Espírita como um dos fenômenos de libertação da alma, Durante o sonho, o Espírito, envolto no perispírito, ganha condições de estar no outro plano da vida e ali travar contato com a realidade do mundo dos Espíritos.

Realmente, há sonhos que são premonitórios, outros são, como dissemos, flashes de momentos vivenciados no Plano Espiritual; existem também aqueles sonhos psíquicos que são simples lembranças do que nos ocorreu durante o dia, ou mesmo daquilo que gostaríamos que acontecesse.

Nas obras da codificação e nos livros de Ivone Pereira e de André Luiz  poderão encontrar muitas informações sobre os sonhos.

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Francisco Cândido Xavier
Emmanuel 
Obra: Plantão de respostas 
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25 de março

À medida que mais e mais amor está sendo espalhado pelo mundo, um lindo processo de cura está acontecendo. 

É como um bálsamo aplicado sobre uma ferida, acalmando e cicatrizando. 

O amor começa dentro de cada indivíduo. 

Começa em você e cresce como uma semente que desabrocha revelando beleza e unidade.

 É o que está acontecendo agora. 

Muitas almas suspeitam que algo está surgindo, mas estão deslumbradas e não entendem o que é. 

Procuram no exterior, na esperança de encontrar uma pista. 

Outras sentem um anseio inexplicável, mas têm medo do que estão sentindo, porque é novo, estranho e desconhecido, e elas tentam calar essa curiosidade.

 Nada será capaz de evitar este derrame de amor. 

É como um gênio na garrafa; depois de libertado não pode ser recolocado nela. 

Não pode ser escondido ou ignorado. 

Gradualmente irá se manifestar em todos. Ele veio para ficar.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Perdão das ofensas

Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?

Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.

Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte dAquele que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas vistas e prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito séculos. Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe.

Se seus atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal. Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que não passassem de simples arranhões.

Espíritas, jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor. Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu próximo.

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— Simeão. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 14.)
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Continuar firme


Surgem determinadas situações das quais, por mais te debatas, não conseguirás desvencilhar-te de pronto.
*
Todavia, se te conservares sereno, poderás evitar que elas se compliquem atirando-te a prejuízos mais graves.
*
Refletindo assim, concluirás que, diante de qualquer luta que te surpreenda no cotidiano, a tua reação inicial é fator decisivo no desenrolar dos acontecimentos.
*
É possível que não sejas diretamente responsável pelo aparecimento desse ou daquele problema, que a invigilância de alguém haja criado, mas exclusivamente de tua capacidade de perdoar e de esquecer, de aceitar e de continuar firme na fé em Deus, dependerá a solução desejada,
facultando-te retornar a paz e a alegria.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Crer e Agir
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Lição de mentor


Porque se visse questionado por um de nossos colegas, quanto à necessidade do sofrimento, o Instrutor esclareceu:

— Um apólogo simples pode fornecer-nos a ideia precisa.

E continuou:

— Dizem que, após a instalação das criaturas humanas, na superfície da Terra, o Ouro Nativo, o Pinheiro, o Trigo, o Cavalo, o Cão e a Ovelha, representando a Natureza, compareceram, diante do Criador, expondo-lhe o anseio de trabalhar, junto dos homens, para refletir-lhes a luz da inteligência.

— Senhor — rogou o Ouro Nativo auxilia-me a cooperar na vida e no brilho dos homens.

O Pai Amigo recomendou, então, fosse o Ouro Nativo entregue ao fogo, de modo a purificar-se, para transformá-lo, depois, em preciosas moedas.

O Pinheiro formulou idêntica petição.

O Todo-Misericordioso enviou-o à serraria, onde lâminas diversas lhe retalharam o corpo, convertendo-o em vasta mesa de refeições.

O Trigo aproximou-se, exibindo dourados cachos, e rearticulou a rogativa.

O Senhor exigiu passasse o Trigo a ser triturado, batido em massa e colocado em forno candente para torná-lo em pão.

Veio o Cavalo irrequieto e renovou o petitório. O Todo-Sábio determinou-lhe a prisão entre varais de ferro para que aprendesse a dominar-se, transportando carros e cargas.

O Cão abeirou-se dos ajustes em andamento e repetiu a prece geral.

O Pai Generoso mandou acorrentá-lo a fim de que treinasse humildade e obediência, de maneira a transformar-se num cooperador atento e fiel.

Por fim, a Ovelha reformulou a mesma súplica. O Senhor recomendou-lhe exercitar renúncia, ordenando-lhe doar a própria lã, em desapiedada tosquia em favor dos homens.

Nesse ponto da elucidação, o Orientador observou:

— Habitualmente, escutamos vocês, rogando acesso à moradia dos anjos, ansiosos todos pela ascensão aos Céus…

E como concordássemos com o pensamento exposto, rematou ele bem-humorado:

— Como é fácil de ver, o assunto é este aí… Quem quiser retaguarda, que se arraste no chão da Terra pelos séculos que deseje; quem escolha, porém, subir aos Planos Superiores, que saiba aguentar o sofrimento e ficar firme.

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Irmão X
(.Humberto de Campos)
Chico Xavier
Obra: Momentos de ouro
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sexta-feira, 24 de março de 2023

"as minhas lágrimas estão prejudicando meu filho?"


"Perdi um filho há um ano, choro muito, e quero saber, as minhas lágrimas estão prejudicando meu filho?"

Resposta:

"Quando as lágrimas nascem do nosso reconhecimento a Deus pelos benefícios que recebemos, quando as lágrimas refletem a nossa saudade tocada de esperança, os nossos amigos desencarnados nos dizem que as lágrimas fazem a eles muito bem porque elas são luzes no caminho daqueles que são lembrados com imenso carinho, mas quando as nossas lágrimas traduzem revolta de nossa parte diante dos desígnios divinos que nós não podemos de imediato sondar, quando essas lágrimas retratam rebeldia, essas lágrimas prejudicam os desencarnados tanto quanto prejudicam os encarnados também."

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Chico Xavier - Programa Pinga Fogo
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24 de março

Não tente olhar nem planejar muito à frente no futuro, pois seus planos poderão ser modificados.

Seria melhor permitir que as coisas acontecessem naturalmente, pois assim elas poderão se desenrolar até mais depressa.

Não se impaciente; espere por Mim e veja tudo se desdobrar da maneira mais incrível.

Tudo deve acontecer no tempo certo.

Quando o inverno chega, parece que nunca vai acabar, mas sem você perceber, a primavera começa a se manifestar.

E assim que está acontecendo com o novo tempo.

Como a primavera, ele já está aqui, e o inverno, o velho, já acabou.

Talvez você ainda não tenha compreendido e aceitado essa verdade, e enquanto você não o fizer, seus olhos não se abrirão para as maravilhas do momento.

Abra seus olhos e não perca nada do que está acontecendo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. — Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.)

Que podem significar estas palavras: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos”? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tornar perceptível.

A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra.

O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, itens 7 e 8.)
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O ESCOADOURO DAS DOENÇAS


Às vezes penso que a doença é necessária, não só na condição das provas de que carecemos, mas também na posição de canais para escoadouro de impurezas do corpo, de que somos inquilinos temporários.

Isso acontece com o próprio mar que não conserva detritos e sim atira-os nas praias.

Não serão as doenças, principalmente as de periferia, que o corpo recusa acalentar consigo, à maneira dos detritos que o mar não tolera em si mesmo?

São reflexões que faço, depois que as doenças me tomaram o território orgânico.

Penso assim porque sempre imaginei como são grandes as nossas afinidades com o mundo marinho.

As águas do oceano são salgadas, salgado é o nosso suor em trabalho, nossas lágrimas são salgadas e salgados são diversos elementos do nosso mundo corpóreo.

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Chico Xavier
22 de março de 1989
Livro: Chico Xavier – Mediunidade e Ação
Carlos A. Baccelli
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Em Busca da Felicidade


Meus pensamentos estão intimamente relacionados com meus sentimentos.

É importante força de vontade e determinação para policiá-los.

De uma hora para outra podemos nos sentir infelizes, irritadiço, estressados, ciumentos.

A razão disso é que o pensamento sempre volta para nós, sob forma de sentimentos.

A escolha, portanto, será sempre nossa.

Com nossa mente criamos verdadeiros monstros que nos perseguem e podem nos devorar.

Com ela também criamos fantasias, sonhos, felicidades.

Jamais nos tornaremos irritadiços sem ter tido pensamentos irritantes; jamais faremos cenas de ciúmes sem antes termos tido pensamentos ciumentos.

Quando nos sentirmos aborrecidos, melancólicos ou deprimidos, verifiquemos nossos pensamentos, pois o "mal pensar" poderá estar provocando esse maus sentimentos.

Toda atenção é pouca para controlar nossa mente.

Nosso pensamento negativo é que transforma nossa vida para pior.

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(Sergito S. Cavalcanti)
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Diante da incompreensão


Junto aos nossos companheiros de Jornada Terrestre, inúmeras vezes provamos o fel amargo da incompreensão.

Façamos o possível para adaptar todas as nossas aspirações dentro do Evangelho.

Não nos impressionemos com as atitudes incompreensíveis daqueles a quem nos ligamos pelo código do Dever.

Se o passado fala muito forte em seus corações, amemos-lhes intensamente, entregando-lhes a Deus.

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Margarida
Chico Xavier
Obra: Aceitação e vida
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quinta-feira, 23 de março de 2023

Disciplina e educação


Evidentemente, não se justificam cilício e jejum sistemáticos, a serviço da alma, no entanto, é justo empenharmos atenção e esforço, na aquisição de hábitos dignos, conducentes à elevação.

Considera que toda obra, por mais importante, principia no alicerce e iniciemos as grandes realizações do Espírito, através de pequenos lances de disciplina.

Tanto quanto possível, aprende a te desprenderes dessa ou daquela porção de ti mesmo ou daquilo que te pertença, a fim de ajudar ou facilitar alguém.

Não desprezes a possibilidade de visitar os irmão em doença ou penúria, pelo menos uma vez por semana, de maneira e levar-lhes consolação e refazimento.

Em cada sete dias, qual ocorre ao impositivo do descanso geral, destaca um deles para ingerir o mínimo de alimentação, doando o necessário repouso aos mecanismos do corpo.

Semanalmente, retira igualmente um dia para o trabalho de vigilância absoluta no próprio pensamento e no próprio verbo, mentalizando e falando exclusivamente no bem dos outros.

Em cada ciclo de vinte e quatro horas, separa diminuta área de tempo, quando não possas fazê-la mais ampla, para estudo e meditação, silêncio e prece.

Faze, por dia ou por semana, um horário de serviço gratuito, em auxílio aos companheiros da Humanidade.

Decerto que não estamos generalizando recomendações, de vez que todos conhecemos criaturas, quase inteiramente devotadas ao bem do próximo.

Ainda assim, apresentamos o assunto de nós para nós mesmos, porque toda educação parte da disciplina e, para que nos ajustemos à disciplina nesse ou naquele setor da vida, será sempre invariavelmente preciso começar.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
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23 de março

Por que não começar agora a pensar em abundância?

Perceba que ser pobre não é uma virtude. Saiba que o dinheiro em si não é mau nem bom, só é.

Está aí para ser usado, mas deve circular e não ser acumulado avaramente.

O dinheiro é poder e o poder deve ser manipulado com sabedoria.

Eletricidade é poder e não se pode brincar com ela, ou ela pode destruir.

Portanto, por que usar o dinheiro de maneira irresponsável.

Quando você puder aceitar a verdadeira liberdade de Espírito, você poderá descartar todas as limitações e sentimentos de punição.

Aprenda a se utilizar do que tem com sabedoria, entendendo que tudo que Eu lhe dou deve ser usado para Minha honra e glória e que você deve ser um bom depositário de todos os Meus valores e presentes perfeitos.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras

Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.

Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis?

Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.

Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.

É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras?

Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?

Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.

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— Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 21.)
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MORTE PREMATURA: ELES CONTINUAM


Carlinhos veio para coroar uma união amorosa, nasceu e cresceu em ambiente repleto de afeto, criança inteligente e generosa, desde os primeiros anos demonstrava essas qualidades.

O garoto era a razão da vida dos pais, motivo de orgulho dos avós, verdadeiro xodó da família.

A vida transcorria tranquila para todos, mas eis que um dia repentinamente a enfermidade bate a porta da família e leva consigo seu mais ilustre representante, Carlinhos, então com 7 anos, tem seus olhos fechados para a vida física.

A inconformação toma conta de todos, sobretudo do pai.

Revoltado, volta-se contra a Divina Providência.

Resolve ignorar completamente o Pai Celeste, negando sua existência.

Ainda hoje, após 4 anos do fato, quando alguém cita o nome de Deus podemos ver seu semblante de contrariedade.

Costuma questionar :

- Se Deus realmente existe, porque deixou meu filho, uma criança que tinha toda uma vida pela frente, morrer?

Certamente é uma dolorosa provação a morte de um filho em tenra idade, entretanto, temos que considerar que antes de termos filiação terrena, temos uma filiação divina – somos filhos de Deus, e o Pai de infinito amor não comete injustiças.

A vida prossegue em seus infinitos planos, nossos pequenos que se foram continuam a existir, a viver...

A Doutrina Espírita trata com propriedade do assunto, e Kardec em “O Livro dos Espíritos” faz a seguinte indagação aos mentores que o assistem:

199 - Por que a vida é muitas vezes interrompida na infância?

R – A duração da vida de uma criança pode ser, para o Espírito que nela está encarnado, o complemento de uma existência anterior interrompida antes do tempo. Sua morte é, muitas vezes, também uma provação ou uma expiação para os pais.

Em tudo há uma razão, uma finalidade!

Nada se perde na obra divina, natural a tristeza pela separação, o que não é natural é o sentimento de revolta que endurece o coração e insensibiliza.

A revolta aguça a tristeza e o sentimento de perda!

Temos no conhecimento espírita abençoada alavanca que nos oferece duas preciosas ferramentas – Conhecimento e motivação para prosseguir.

Quem teve um filho levado para outro plano da vida, ao invés de se revoltar, pode resignar-se ante o inevitável e alegrar a existência engajando-se em um trabalho num orfanato, irá assim, ocupar o tempo com o melhor antídoto contra a tristeza – o amor!

Portanto, confrade e confreira, ofereça essa dádiva do conhecimento espírita aos famintos de ânimo, para que assim, possam recuperar a alegria de viver e enxergar na morte de seus pequenos provações necessárias e não castigos ou indiferença do Pai Celeste.

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Wellington Balbo
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OS VIRA LATAS


Desaparecera Nelito, o filhinho do industrial Sérgio Luce.

A família viera da cidade passar o fim de semana no apagado burgo madeireiro. E Manoel, o pequeno Nelito, de quatro anos, embrenhara-se na mata enorme que circundava a localidade.

Duas horas longas de expectativa.

A senhora Luce chorava ao pé do marido preocupado. Amigos chegando. Servidores em movimento. Lá estavam as pessoas mais salientes da vila. O médico, o sacerdote, o juiz, alguns professores e o antigo advogado, Dr. Nascimento Júnior, muito conhecido pela sua intransigência religiosa.

Humilde, apareceu também Florêncio Gama, o diretor do templo espírita recém-fundado.

Misturava-se, em sua roupa surrada, à turba palradora, no grande portão da entrada, sustendo dois cães arrepiados, em corda curta.

– Florêncio! Florêncio, venha cá!

Era o Dr. Nascimento a chamá-lo. O operário simples, de chapéu na mão e segurando os cachorros mansos, foi atender.

Talvez desejando humilhá-lo, o causídico pronunciou grande sermão.

Não estimava saber que um templo espírita se erguera.

Respeitava em Florêncio um homem de bem. Trabalhador correto. Ordeiro. Entretanto, não queria vê-lo nas fileiras espíritas. E acrescentava que os espíritas não eram cristãos tradicionais. Não tinham classe. Discutiam livremente o Evangelho do Senhor. E isso lhe parecia desrespeito.

A Doutrina Espírita, a seu ver, constituía desordenado movimento do povo. Sem pastor visível. Sem qualquer linha aristocrática na direção. Que o amigo lhe desculpasse. A hora de inquietude não comportava o assunto; contudo, não conseguia furtar-se ao ensejo.

Florêncio ouviu calado.

Explicou que desejava simplesmente cooperar na busca. E pediu uma roupa usada pela criança.

A senhora Luce atendeu.

Em seguida, solicitou a presença dos cães que habitavam a casa. Vieram à sala quatro buldogues solenes, cinco dinamarqueses fidalgos, dois “fox-terrier” e uma cadelinha “bassé”.

Florêncio deu-lhes a roupa da criança a cheirar, mas não se moveram.

A seguir, repetiu a operação com os dois cãezinhos que o acompanhavam. Latiram, impacientes.

E libertos correram para a mata, voltando, daí a alguns minutos, ladrando alegremente.

– “Sigamo-los – disse Florêncio –, tudo indica que a criança foi encontrada.”

Todo o grupo avançou.

Com efeito, em pouco tempo, seguindo os cães, surpreenderam a criança dormindo num monte de palha seca.

Os animais ganiam, felizes, como quem havia cumprido agradável dever.

Júbilo geral.

Florêncio recolheu os companheiros para a volta, e, dirigindo-se, bem-humorado, ao Dr. Nascimento, disse-lhe

– Olhe a lição, doutor. O senhor, decerto, enganou-se ao dizer que a Doutrina Espírita não possui representantes respeitáveis. Temos, sim. E muitos. Agora, quanto a sermos uma religião do povo, lembre-se de que os cães de raça, embora valiosíssimos, ficaram em casa emproados e preguiçosos. Nossos cachorros anônimos, porém, não hesitaram...

E terminou, contente :

– Conforme o senhor disse, os espíritas podem ser os vira-latas do canil terrestre, segundo o seu conceito, mas procuram trabalhar, aprendendo a servir...

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Pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile. Médium: Francisco Cândido Xavier
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Espíritas em família não espírita


Dos temas relacionados a grupos consanguíneos, temos a considerar um dos mais importantes para nós outros, qual seja aquele dos companheiros espíritas ligados a familiares que ainda não conseguem aceitar os ensinamentos do Espiritismo.

Frequentemente, os amigos incursos nessa prova recorrem ao Mundo Espiritual pedindo orientação. Suspiram por ambiente que lhes seja próprio aos ideais, querem afetos que lhes incentivem as realizações, e, porque o Mundo Espiritual lhes respeite o livre-arbítrio, contornando-lhes os problemas, sem ferir-lhes a iniciativa, muitos deles entram em dúvida, balançando o coração, entre o anseio de fuga e o acatamento ao dever.

O espírita, porém, comprometido com os parentes não espíritas, permanece acordado para as realidades da reencarnação; sabe que ninguém assume obrigações à revelia do foro íntimo e que ninguém renasce sem motivo, nessa ou naquela equipe familiar. Seja atendendo a exigências de afinidade, escolha, expiação ou tarefa específica, o Espírito reencarna ou trabalha junto daqueles com quem lhe compete evoluir, aprimorar-se, quitar-se, desincumbir-se de certos encargos ou atender a programas de ordem superior e, por isso, não dispõe do direito de deserção da oficina doméstica, tão só porque aí não encontre criaturas capazes de lhe partilharem os sonhos de elevação. Aliás, exatamente aí, na forja de inquietantes conflitos sentimentais, é que se edificará para a ascensão a que aspira.

Cônjuge difícil, pais incompreensivos, irmãos-enigmas ou filhos-problemas constituem na Terra o corpo docente de que necessitamos na escola familiar. Com eles e por eles, é que avaliamos as nossas próprias claudicações, de modo a corrigi-las.

Indiscutivelmente, em explanando assim, não induzimos companheiro algum a compartilhar criminalidade em nome de obrigação.

Porque estejamos vinculados a alguém, não estamos constrangidos à insensatez que esse alguém se decida a cultivar.

Desejamos unicamente ponderar que não é razoável abandonar ou interromper ajustes edificantes sem que a nossa consciência esteja em paz com o dever cumprido.

Sempre que nos reconheçamos desambientados na família do mundo, à face dos princípios espíritas que os entes queridos não se mostrem, de imediato, dispostos a abraçar, estamos na posição do devedor entre credores vários, com a valiosa possibilidade de ressarcir nossos débitos, ou na condição do aluno em curso intensivo de burilamento individual, com a bendita oportunidade de adquirir atestados de competência, em diversas lições.

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Emmanuel
Chico Xavier
Estude e viva
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quarta-feira, 22 de março de 2023

Pára e pensa


“… E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá…” — JESUS 
— Lucas, 12.48.

“O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.” — Cap. XVIII, 12

Se a perturbação, por ventania gritante, ruge à porta, não te entregues aos pensamentos desordenados que aflições e temores te sugiram à alma.
Pára e pensa.

*
Escorregaste no erro e experimentas a inquietação decorrente da falta cometida, como se te imobilizasses na vertigem permanente da queda…

 Aceitaste o alvitre de ilusões ardilosas e tomaste caminho inverso, reconhecendo-te na condição de alguém, cujo veículo dispara em declive ameaçador, no rumo do abismo…

 Superestimaste as próprias forças e assumiste compromissos, acima da própria capacidade, lembrando um discípulo injustamente aguilhoado num teste de competência, para o qual se encontra ainda imaturo…

 Viste companheiros queridos, internados em labirintos de sombra, assestando baterias contra a lógica, a te depreciarem o culto à sinceridade e trazes, por isso, o coração arpoado por doloroso desencanto…

Sofreste perdas consideráveis e guardas o espírito, à feição de barco à matroca…

Distorceste o raciocínio, sob o efeito de palavras loucas, desfechadas no ambiente em que vives e cambaleias, qual se tivesses o ânimo ferretoado por dardos de fogo e fel…

*

Recorda, porém, que pacificação e reajuste são recursos de retorno à tranquilidade e à estrada certa.
Entretanto, recuperação e paz em nós reclamam reconhecimento do dever a cumprir.

À vista disso, se desatinos dessa ou daquela procedência te visitam a alma, entra em ti mesmo e acende a luz da prece, reexaminando atitudes e reconsiderando problemas, entendendo que a renovação somente será verdadeira renovação para o bem, não à custa de compressões exteriores, mas se projetarmos ao tear da vida o fio do próprio pensamento, intimamente reajustado e emendado por nós.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Livro da Esperança
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22 de março

Quando você anseia por fazer a coisa certa e tomar o caminho correto, você assim o fará.

Você deve ser forte para enfrentar e reconhecer as tentações que surgem no caminho.

Cada tentação superada lhe dará força interior e estabilidade mais profundas, fazendo você capaz de enfrentar qualquer situação sem se abalar.

Meus caminhos são muito estranhos, mas lembre-se que Eu vejo todo o quadro, enquanto que você só consegue enxergar uma pequena parte.

Eu vejo todos os atores na peça da vida; você só vê os que lhe estão próximos.

Eu aponto o caminho para cada um deles e eles seguem e cumprem sua tarefa no vasto plano geral, e, assim, o plano se desenvolve com perfeição.

Observe o seu desenrolar e maravilhe-se. Aceite tudo com o coração pleno e grato, e veja a Minha mão atuando em tudo o que está acontecendo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Emprego da riqueza (II)

Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações, de tormentos cada um se impõe; que de noites de insônia, para aumentar haveres muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, freqüentemente se encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma existência dita de sacrifício e de mérito — como se trabalhassem para os outros e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social? Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou?

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— Um Espírito Protetor. (Cracóvia, 1861.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 12.)
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NA HORA DA CRÍTICA


Salientamos a necessidade de moderação e equilíbrio, ante os momentos menos felizes dos outros; entretanto, há ocasiões em que as baterias da crítica estão assestadas contra nós.

Junto de amigos, quanto de opositores, ouvimos objurgatórias e reprimendas e, não raro, tombamos mentalmente em revolta ou depressão.

Azedume e abatimento, porém, nada efetuam de construtivo. Em qualquer dificuldade, irritação ou desânimo apenas obscurecem situações, ou complicam problemas.

Atingidos por acusação e censura, convém estabelecer minucioso auto-exame. Articulemos o intervalo preciso, em nossas atividades, a fim de orar e refletir, vasculhando o imo da própria alma.

Analisemos, sem a mínima compaixão por nós mesmos, todos os acontecimentos que nos ditam a orientação e a conduta, sopesando, fatos e desígnios que motivaram as advertências em lide, com rigorosa sinceridade.

Se o foro íntimo nos apontas falhas de nosso lado, tenhamos desculpas aos ofendidos ou diligenciando meios de sanar os prejuízos de que sejamos causadores.

Entanto, se nos identificarmos atentos ao dever que a vida nos atribui, se intenção e comportamento nos deixam seguros, quanto ao caminho exato que estamos trilhando em proveito geral e não em exclusivo proveito próprio, saibamos acomodar-nos à paz e à conformidade.

E, embora, reclamação e tumulto nos cerquem, prossigamos adiante, na execução do trabalho que nos compete, sem desespero e sem mágoa, convencidos de que, acima do conforto de sermos imediatamente compreendidos, vige a tranqüilidade da consciência, no cumprimento de nossas obrigações.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Caminho espírita
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ERROS E IMPERFEIÇÕES


Comumente aqueles que abraçam a Doutrina Espírita, em lhe observando o parque de revelações e ensinamentos, - todos eles alicerçados no Evangelho de Cristo, - declaram-se mais ou menos incapazes de lhe praticarem as lições.

A pretexto de fraquezas e defeitos, muitos se afastam dos encargos em que se iniciam, ao passo que outros muitos nem se animam a começar.

Que dizer, porém, da criança que fosse retirada do ensino, sob a desculpa de que ainda está longe da madureza? Do operário afastado da máquina, suposto insipiente?

O menino é trazido à escola a fim de aprender, o obreiro é conduzido à oficina para familiarizar-se com ela.

Somos igualmente levados à Obra de Cristo para integrar-nos na edificação do Reino de Deus, a principiar de nós mesmos.

Qual acontece no levantamento de grande edifício, há serviço para todos os que se proponham a trabalhar.

Não alegues ignorância ou deficiência para fugir da obrigação que nos cabe.

Ninguém adquire qualquer gênero de experiência simplesmente num dia.

Tarefa, seja qual for, exige iniciação.

Não largues ao amanhã o Bem que possas fazer hoje.

Relaciona as tuas possibilidades e verifica em que setor conseguirás oferecer o melhor de ti. Em seguida, considera-te engajado na empresa do Senhor, a serviço de teus irmãos.

Trabalha e trabalha.

Se o passado te arroja sombra ao coração, esquece a sombra e trabalha por mais luz no próprio caminho.

Se alguém te ofendeu e conservas algum detrito de mágoa, olvida a mágoa e trabalha por entesourar mais amor.

Incorpora-te à sinfonia de serviço de que se constitui o Universo.

Dos sóis da imensidão às últimas gotas d’água no centro da Terra, tudo o que há de bom e belo nasce e vive do trabalho constante.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Portal da luz
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Caminho


São muitos os caminhos... Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.

Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.

Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.

Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.

Caminhos de lama, após a chuva torrencial. Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.

Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros. Caminhos curtos. Caminhos longos.

Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum: o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.

Assim, o mais importante não é escolhê-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento. O mais importante é saber onde se pretende chegar.

Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades. São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.
Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.

Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.

Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam. São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores. Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.

São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.

Os servidores da caridade escolhem roteiros de ação constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.

A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.

Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.

Contudo, não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.

Hoje como ontem, Jesus, o Mestre Incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.

O Seu convite perene é para que nos acerquemos dEle usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando 
sempre.

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Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros que fazeres do dia a dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.
Retornar aos seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.

Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.

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Redação do Momento Espírita, com base no Prefácio, do livro
Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
FORMATAÇÃO E PESQUISA : MILTER – 06-03-2022
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