sábado, 20 de junho de 2015

ATITUDES


O ser humano é pródigo de atitudes. Compete à razão conferir esses impulsos, de fazer ou não algo na vida.

As atitudes do ser humano devem ser canalizadas, porque elas podem ser honestas ou desdenhar a própria vida. O corpo humano é uma página divina nas mãos espirituais, que deve ser escrita pelos sentimentos.

Compete às criaturas de unirem no que fazem ou devem fazer, de modo que os atos da alma assinalem a liberdade da sua anterior escravidão. 
 
Poderemos ser apegados, no modo pelo qual pensamos ou fazemos.
 
 Se queremos tomar atitudes planejadas de cortar o fio da vida, a consciência nos condenará.
 
 Ao contrário, se respeitarmos as leis que conservam o empenho da existência humana, e não conserva a premeditação para tal falta, a consciência nos defenderá, criando, pelas condições da própria lei, a paz interna.

A Doutrina Espírita veio ao mundo ajudar os homens, na conquista da liberdade. 
 
Conhecendo-a e ao seu Evangelho, notadamente terás força poderosa de te esclarecer e dela te cientificares, pelos preceitos ensinados, dependendo da vivência em todos os campos da vida.
 
 É bom e bem lógico, portanto, que a alma estude e compreenda o valor dos pensamentos.

Se pensares em cortar o fio da vida física, já estarás começando a rompê-lo, porque a premeditação nasce na cabeça, para depois se realizar, pelos fatos.
 
 Escuta bem: cuida das atitudes, e que elas sejam sempre pelos fios do amor, sendo acompanhadas por Jesus.
 
 No entanto, Ele, o Mestre, espera teu convite, para que efetivamente te acompanhe. 
 
Que os teus intentos sejam nobres, da maneira que a caridade te cerque e que a fraternidade te inspire.
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 Miramez
 

 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Vivência



Habitualmente perdemos tempo em desgosto inútil, quando nos achamos em antagonismo com alguém ou vice-versa.

Entretanto, vejamos:

Os outros pensam segundo imaginam;

falam o que melhor lhes parece;

fazem o que lhes ocorre aos desejos;

abraçam o que lhes agrada;

adquirem o que estimam;

valorizam o que mais amam;

inclinam-se para aquilo que os atrai;

vivem com quem mais se afinam;

estão no caminho que escolheram;

acham sempre o que procuram.

Isso, porém, não é novidade, porque todos nos padronizamos por diretrizes idênticas; agimos como somos e reagimos, conforme a própria vontade, na condução de nossos impulsos. 
 
A novidade é reconhecer que os outros e nós teremos inevitavelmente aquilo que fizermos.

Alcançando a certeza disso,vale acima de tudo, auxiliarmo-nos reciprocamente, sem queixas uns dos outros, de vez que nenhum de nós consegue aperfeiçoamento próprio senão à custa de numerosas experiências.

À frente da realidade, vivamos com as nossas lições, mantendo a consciência em Paz, e deixemos aos outros o seu próprio dom de aprender e de viver.
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André Luiz
Chico Xavier 
 





quarta-feira, 17 de junho de 2015

Equilíbrio


A vontade desequilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras.

Daí procede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do Espírito.

Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de
feição religiosa.

São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade.

Nunca fugiremos à lei, cujos artigos e parágrafos do Supremo Legislador abrangem o Universo.

Ninguém enganará a Natureza. 
 
Centros vitais desequilibrados obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio.

Não adianta alcançar a morte física, exibindo gestos e palavras convencionais, se o homem não cogitou do burilamento próprio.

A Justiça que rege a Vida Eterna jamais se inclinou. 
 
É certo que os sentimentos profundos do extremo instante do Espírito encarnado cooperam decisivamente nas atividades de regeneração além do túmulo, mas não representam a realização precisa.

O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como esporte da alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da
substância e sim a substância em si mesma.
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André Luiz
Chico Xavier












terça-feira, 16 de junho de 2015

Sugestões de Amigo


Mesmo que você esteja com a razão, escute em silêncio a reprimenda injustificada.
Ouvir para examinar é oportunidade de aprendizado e experiência.
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Mesmo que a lição lhe amargure o Espírito, receba como dádiva preciosa.
Antes uma verdade que  magoa, mas salva, do que uma ilusão que agrada e se desvanece.
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Mesmo que você seja chamado ao debate em nome da causa que ama, desculpe-se e prossiga na ação.
Muitas palavras exaltam poucas razões.
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Mesmo que a dor se constitua parceria única de seus labores evangélicos, prossiga resoluto.
O cinzel que fere a pedra, dela arranca a escultura valiosa.
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Mesmo que a espada invisível da calúnia abra feridas em seu coração, continue animado.
O Bem é luz inapagável.
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Mesmo que a urna sombria do “eu” apele para que você viva somente para você, arrebente a grilheta e ajude a comunidade naquele que segue a seu lado.
A ostra mais resistente, em solidão, despedaça-se de encontro aos recifes do mar imenso.
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Mesmo que a luta pareça inútil, confie no valor da perseverança que sabe agir.
Os pólens de uma única flor são suficientes para multiplicá-la indefinidamente, embelezando a Natureza.
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Mesmo que o fel da amargura verta em seus lábios, cada noite, o acre sabor do desespero, desperte, no dia seguinte, abençoando a aurora.
Quem contempla uma noite de vendaval acreditará na impossibilidade de um claro sol na manhã porvindoura.  No entanto...
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Mesmo que o alarde da maledicência empane a claridade de sua Luz, não revide mal por mal.
A árvore ultralada responde à ofensa com produtividade.
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Mesmo que seus sonhos formosos de assistência fraternal e socorro cristão se transformem em pesadelos aflitivos nos dias de atividade, siga adiante, confiando intimorato.
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Considerado pelos familiares, em Nazaré, como embusteiro e endemoniado, o Mestre prosseguiu no ministério da Verdade, alargando as possibilidades da Boa Nova no vergel desfeito dos corações humanos, para, na cruz, atestar a suprem a vitória do amor como única via de "luz que dá vista aos cegos" e enseja libertação para o Espírito sedento de imortalidade.

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 Marco Prisco







Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita: "ISSO TAMBÉM PASSA".
Aí perguntaram para ele o porquê disso.
E ele disse que era para se lembrar que quando estivesse passando por momentos difíceis, poder se lembrar de que eles iriam embora. Que iriam passar. E que ele teria que passar por aquilo por algum motivo.
Mas essa placa também era para lembrá-lo que quando estivesse muito feliz, não deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis também viriam de novo.
E é exatamente disso que a vida é feita: "MOMENTOS". Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado.
Por algum motivo nunca esquecendo do mais importante: NADA É POR ACASO.
Absolutamente nada. Por isso temos que nos preocupar em fazer a nossa parte, da melhor forma possível.
A vida nem sempre segue o nosso querer, mas ela é perfeita naquilo que tem que ser."

segunda-feira, 15 de junho de 2015

PUNIÇÃO E CORRIGENDA





Deus tem necessidade de se ocupar de cada um de nossos atos para nos recompensar ou punir? 
A maioria desses atos não são para ele insignificantes?

- Deus tem as suas leis, que regulam todas as vossas ações. Se as violardes, vossa é a culpa.


Sem dúvida, quando um homem comete um excesso, Deus não expende um julgamento contra ele, dizendo, por exemplo: Tu és um glutão e vou punir-te. Mas ele traçou um limite: As doenças e por vezes a morte são consequências dos excessos. Eis a punição: Ela resulta da infração da lei. Assim se passa em tudo.


Na realidade, não existe punição –  existe corrigenda. Todas as vezes que infringimos a Lei Divina, somos corrigidos pela própria consciência, que, em essência, significa Deus em nós.

A consciência, quando extrapolamos os limites estabelecidos por ela, desencadeia mecanismos que nos faz recuar e nos induzem à reparação do mal. É, digamos, um colapso das forças morais que nos coloca em desarmonia e que nos leva a perceber que erramos...

O tribunal que avalia a menor de nossas ações, vige em nossa própria intimidade, lavrando sentenças que, através das existências sucessivas nos compelem a viver em plena sintonia com a vida.

As noções do bem e do mal - não há quem seja delas desprovido;

apenas aqueles que enlouqueceram, justamente por contrariá-las em excesso e seguidamente, de forma consciente, é que padecem a supressão de suas faculdades, gastando um tempo indefinido para reaverem a posse de si mesmos.

Os desequilibrados mentais são espíritos que sustentaram longos conflitos com a consciência, hesitando em lhe atender os alvitres. São os que estabeleceram luta com Deus em seu interior, imaginando que pudessem vencer.

À Consciência – o olhar vigilante, percuciente do criador na criatura – nada escapa; de imediato, as nossas mais ocultas intenções são avaliadas em nossas mais discretas atitudes...

Quando não nos dispomos á corrigenda, as culpas em se acumulando nos provoca uma sobrecarga própria e, então, perdemos o domínio... A quem tenha consciência do equívoco com etido e se disponha a repará-lo, a lei Divina faculta planejar o ressarcimento do débito;

todavia, a quem se nega, inclusive a admitir a dívida, a Lei constrange à quitação através das circunstâncias que lhe sejam convenientes.

São muitos os espíritos que retomaram o corpo físico por ação automática, atraídos pelas consequências de nossas ações que, criando determinado campo magnético, os aprisionam, até que seus efeitos sejam anulados.

Experimentar a repercussão do que se fez ou do que se deixou de fazer;

seja no bem ou no mal, se constitui para o espírito no processo de aprendizado ao qual ele não consegue se esquivar.

Os que fazem o mal sem perfeita noção do que fazem, induzidos por uma situação estabelecida, ou ainda, por inteligências que os submetem, é porque, no princípio de semelhante processo optam pela invigilância e pela irresponsabilidade da ação.

Convençamo-nos de que, em hipótese alguma, o mal domina totalmente sem a nossa anuência; caso contrário, é evidente que não poderíamos ser chamados à responsabilidade da ação.

O desvio moral,porquanto, do espírito, não é resultado imediato do assédio que ele experimenta; quando ele chega a cair, é porque não se opôs com suficiente determinação aos arrastamentos que, lhe minaram a resistência e, de certa forma, terminaram por convencê-lo.
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(“O Livro dos Espíritos” questão nº 969)  
Carlos A. Baccelli 
Se Teus Olhos Forem Bons







domingo, 14 de junho de 2015

Dia e Noite



Recorda que a tua noite é a continuação do teu dia.

Repousado o veículo denso – o corpo a que te junges -, o viajor, que és tu mesmo, prossegue na romagem constante das horas.

E não te faltarão companheiros na sombra, a copiarem perfeitamente os companheiros que preferes perante a luz.

Se malbaratas o tempo em conversações infelizes, decerto avançarás, treva adentro, intoxicando a ti mesmo com o verbo envenenador.

Se te comprazes no vício, cerradas as janelas da visão na carruagem carnal, identificarás, junto de ti, quantos se alimentam à mesa do vampirismo.

Se te confias à cólera e à agressividade, tão logo te retires do campo físico, partilharás o pesadelo dos que se nutrem de ódio e perseguição.

Se te agrada a ideia de enfermidade, em cujas teias te conformas, sem qualquer resistência, em favor do trabalho que te redimiria a imaginação, assim que te afastas do corpo, à influência do sono, entrarás na companhia deplorável de doentes do espírito, que fazem da inércia sua razão de ser.

Vale-te do dia para criar valores novos e substâncias que te enriqueçam a vida.

Lembra-te de que nossos laços inferiores com o passado não jazem de todo extintos, e numerosos desafetos de ontem nos espreitam a invigilância de hoje para reconduzir-nos a novas flagelações amanhã, e quase todos aguardam a escuridão para multiplicar apelos delituosos e sugestões infelizes.

Saibamos conquistar a noite, aproveitando os recursos do dia para estender o bem, porque no símbolo do sol e da sombra, temos a imagem da vida e da morte, dependendo de nós mesmos fazer a existência um cântico de beleza e harmonia, fraternidade e trabalho, para que o término de nossas tarefas represente abençoada renovação.
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  André Luiz 
Chico Xavier