sábado, 5 de agosto de 2023

Rico-pobre



A riqueza não depende do dinheiro que você haja acumulado.

Quem tem riquezas e não sabe ajudar o próximo, é pobre.

Quem guarda com avareza os dons que recebeu de Deus, é pobre.

Quem não sabe dar de si mesmo uma palavra de conforto, um sorriso de encorajamento, é pobre.

Mas aquele que, mesmo pouco ou nada tendo, sabe doar-se em ajuda ao próximo, esse é rico, imensamente rico!

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PASTORINO
Obra: Minutos de sabedoria
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05 de agosto

Mantenha seus padrões elevados; quanto mais elevados, melhor.

Não seja descuidado ou desleixado no que você faz.

Perfeição deve ser a sua meta.

Pode parecer impossível de atingir, mas não deixe de tentar alcançá-la, continue se esforçando.

Não se satisfaça com o medíocre, com o que é feito sem vontade.

Faça tudo que precisa ser feito em Minha honra e glória, pois quando o seu objetivo é fazer tudo por Mim, ele só poderá ser dos mais elevados e você não se sentirá satisfeito a não ser dando o melhor de si mesmo.

Aprenda a esquecer-se de seu ego através do serviço ao próximo.

Você encontrará a verdadeira alegria ao doar, em qualquer nível.

Lembre-se sempre que existem diferentes níveis em que você pode doar, desde os mais altos até os mais baixos, dos níveis espirituais aos físicos.

Qualquer que seja o nível, doe e doe despojadamente, e você descobrirá que, na medida que você doa, você recebe.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O argueiro e a trave no olho

Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? — Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? — Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)

Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço?

Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.

Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 9 e 10.)
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O valor de cada um


Narra uma lenda indiana que um homem foi contratado para levar água do córrego à residência do seu amo, todos os dias.

A sua tarefa consistia em encher um grande recipiente com a água cristalina.

Para isso, lhe forneceram dois potes, amarrados com cordas a um pedaço de madeira especial, que ele carregava aos ombros, um de cada lado.

Todas as manhãs, mal rompia o dia, lá estava ele enchendo os potes de barro, caminhando pela estrada e realizando o seu trabalho com muita alegria.

Passados alguns meses, o trabalhador observou que um dos potes rachou. Assim, no trajeto do córrego até a casa do seu senhor, muita água se ia perdendo pelo caminho, de forma que em vez de chegar com dois potes cheios, ele chegava com somente um e meio.

Numa manhã, o servidor foi surpreendido pela fala do pote rachado que lhe perguntou por que ele não o substituía por um novo. Ele estava rachado. Perdia muita água. Não servia mais.

O homem, entusiasmado, lhe respondeu:

De forma nenhuma considero você inutilizado para o trabalho. Você talvez não tenha se dado conta mas vai sempre pendurado do meu lado direito.

O fato de você ir derramando água pelo trajeto, fez-me perceber que a terra daquele lado ficou umedecida, mais verde.

Então, vendo a terra assim tão disposta, arranjei algumas sementes de flores e as semeei. Se você prestar atenção, verificará que do lado direito há um canteiro de flores belas, perfumadas e coloridas.

Graças à sua rachadura, transformei o caminho em um jardim agradável.

Mas o pote voltou à carga.

Contudo, o seu amo está sendo lesionado e não deve estar gostando nada do seu desempenho. Você foi contratado para levar dois potes cheios de água, e chega somente com um e meio.
Novamente, o homem respondeu, feliz:

Ao contrário. Cada dia meu amo mais aprecia o meu trabalho e a minha dedicação. Desde que as flores começaram a surgir, na sua profusão de qualidades e encantos, passei a colher algumas.

Levo-as com cuidado e as deposito no vaso na mesa da sala do meu senhor.

Ele se delicia com o perfume. E já o surpreendi, mais de uma vez, a acariciar as pétalas das flores, encantado.
* * *
À semelhança do pote rachado, alguns de nós nos sentimos inúteis na vida. Parece-nos que não somos importantes a ninguém, que nada de útil ou bom fazemos.

Mas não é verdade. Pensemos em quantas vidas influenciamos com a nossa presença. Pensemos no que, mesmo com nossos poucos recursos, podemos realizar a bem de quem vive à nossa volta.

Quem dispõe de voz, pode usá-la para cantar uma canção e alegrar o dia. Quem dispõe de braços, pode estendê-los na direção do outro e agasalhá-lo nos dias da adversidade, como um colo de mãe protege o filho.

Quem tem pernas saudáveis, pode direcioná-las no caminho da carência e aliviar dores escondidas em casebres, barracos e ruas.

Quem tem um coração que ama, pode modificar o mundo, começando pelo seu local de trabalho, seu lar, sua rua, sua comunidade.

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Redação do Momento Espírita, com base em conto narrado por Divaldo Pereira Franco, no IV Simpósio Paranaense de Espiritismo, em 22.8.1999, em Curitiba, Paraná.
Formatação e pesquisa: MILTER – 04-08-2019
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Concurso amigo


Observa a cooperação em todos os planos da natureza.

A rocha garante o solo, o solo alimenta o campo e o campo equilibra a cidade.

A terra sustenta a fonte, a fonte protege a árvore, a árvore ampara o homem.

Da vastidão cósmica, resplendente e infinita, vela o sol pelo derradeiro verme a ocultar-se na furna, e,
não obstante a grandeza que lhe é própria, preocupa-se o mar em fazer a nuvem que se derramará em bênçãos de chuva na floresta distante.

Não nos criaria o Senhor para a inutilidade e para a solidão, quando a vida nos pede trabalho e
devotamento.

Anota, em torno de ti mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz, esperança e consolo.

A aflição maior que a tua e os obstáculos maiores do que os teus esperam por tuas mãos.

Se possuíres a riqueza dos braços livres, lembra-te dos que jazem imobilizados no leito do infortúnio; se dispuseres de visão clara e vigilante, não te esqueças daqueles que tateiam na noite dos olhos apagados e, se te sentes dono de um cérebro que pode pensar e dirigir-se, recorda os companheiros que sofrem o insulto das sombras na mente atormentada.

Não esperes que a dor te retalhe o próprio ser, acordando-te o entendimento.

Retira-te da torre do “eu”, em que te colas ao exclusivismo e abre o coração às dores dos semelhantes.

Reflete nas vidas que morrem diariamente para que a tua existência se nutra; pensa no tributo que a tua presença na Terra constitui para a natureza que te acolhe; e não fujas do irmão mais fraco e menos feliz que te partilha o caminho.

Sustenta na própria alma a luz do concurso amigo e a cooperação em auxílio aos outros te fará descobrir os tesouros do amor e a alegria que te mostrarão, ainda entre as sombras do mundo, as elevadas revelações da Imortalidade.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Canais da vida
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Revisão e reajuste


TEMA — Retorno às tarefas de construção espiritual.

Não afirmes que já não dispões de recursos para a revisão e o reajuste da tarefa edificante que te assegura o acesso à Espiritualidade Superior. Detém-te, sobretudo, a refletir na bondade da Divina Providência que não apenas te aceita os votos de melhoria, mas também te concede os valores do tempo, lembrando, de algum modo, a organização bancária generosa, quando te financia para determinados cometimentos e te reforma os compromissos, na pauta de tuas necessidades.

Terás interrompido a obra que te vinculava a certo grupo de companheiros, dedicados a minorar o sofrimento alheio, mas, se te decides a retomar a beneficência, podes perfeitamente aderir a outra equipe ou formar diferente grupo de corações para o bendito mister do serviço ao próximo.

Desilusões talvez te aniquilaram o canteiro em que cultivavas os primeiros rebentos da esperança e da fé viva; entretanto, se te dispões à renovação necessária, nada te impede rearticulá-lo com segurança em bases de novo esforço e sementes novas.

É possível que o assédio de adversários gratuitos te haja provocado reações que, de improviso, te colocaram em regime de incompatibilidade com as ideias nobres que professavas; contudo, se procuras a sublimação dos próprios sentimentos, através de mais compreensão e mais tolerância, a breve tempo recuperarás todas as tuas forças, tanto para aceitar-lhes as críticas indébitas, quanto para aproveitá-las, em benefício de tuas realizações.

Mágoas adquiridas esfriaram-te, provavelmente, o entusiasmo na plantação da verdade e do bem ; no entanto, se queres esquecê-las, desculpando com sinceridade inimigos e opositores, depressa descobrirás meios surpreendentes de reaver a confiança no êxito dos encargos que a vida te delegou.

Erros cometidos e ofensas inesperadas, contradições e discórdias, contratempos e desgostos surgem diante de nós, do ponto de vista humano, como sendo convites à inércia, mas, na essência, semelhantes lutas são provas justas e indispensáveis, equivalendo a consultas do Plano Espiritual, acerca da nossa capacidade de superação das próprias fraquezas, examinando-nos o grau de humildade, entendimento, amor e fé.

Não pretendas estar na posse de qualidades perfeitas, o que pressuporia haveres chegado ainda hoje ao nível dos anjos. Todos somos, por enquanto, Espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.

Desacertando, reacertemos.

Errando, abracemos a corrigenda.

Estejamos convencidos, ante a misericórdia de Deus, de que todo dia é tempo de progredir, aprender, melhorar e renovar.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Berlinda


… E na roda, em voz baixa, alguém dizia assim:

— Vocês viram, de fato?
Nunca vi companheiro tão mesquinho
E nenhum tão ingrato!…
Obsessão, ali, domina em cheio.
Homem que não entende, nem perdoa,
Sobretudo, é sovina inveterado.
Uma pedra em pessoa…

 E, noutra roda, alguém asseverava:

— Ela, coitada, em tudo é doida e cega,
Intrigante, orgulhosa, sem juízo.
Um poço de vaidade que trafega…
Onde aparece é flor que não se cheira,
Brasa que a gente vê mas não atiça.
E, além dos desmantelos que provoca,
É um retrato acabado da preguiça.

 Quantas vezes entramos no barulho
De coração simplório e desatento,
Tão-só comprando o peso do remorso
E a sombra triste do arrependimento!…

Ante as rodas que falam sem proveito,
Guarda em silêncio e prece a própria voz…
Hoje, os outros padecem na berlinda,
Cuidado! que amanhã seremos nós.

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Manoel Monteiro
Chico Xavier
Obra: Seguindo juntos
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04 de agosto

Por que não começar cada dia sintonizando-se com o que há de mais elevado dentro de si mesmo?

Leve com você essa sintonia pelo seu dia afora.

Deixe que a paz e o amor fluam livremente em você e através de você para todos aqueles que o rodeiam.

Enxergue a Minha unidade e perfeição em todos os seus semelhantes.

Quando você tiver prazer em viver assim, todas as imperfeições nos seus próximos serão eliminadas e você os enxergará sob a luz da perfeição, porque você estará vendo através dos Meus olhos e Eu só vejo o que existe de perfeito em tudo e em todos.

Reflita-Me, seja um coMigo.

Deixe sua consciência ser de unidade e união.

Saiba que EU ESTOU trabalhando em você e através de você e que cada um de seus pensamentos ou ações é guiado e dirigido por Mim.

Quando a harmonia, a beleza, a lei e a ordem entram em sua vida, o caos e a confusão fogem pela janela.

Enquanto você se mantiver neste elevado estado de consciência, tudo correrá muito, muito bem.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Parábola da figueira que secou

Quando saíam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos.
Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. — No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. — Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. — Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. — Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)

A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.

Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.

Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 8 a 10.)
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REENCARNAÇÕES PASSADAS


Não demos excessivo crédito a quem nos venha fazer revelações acerca de passadas existências.

Sobre a Terra, tais revelações muito raramente acontecem e, quando acontecem, elas são diretamente obtidas pelos que, através da reflexão ou de desdobramentos espontâneos, conseguem acessá-las.

Assim mesmo, as referidas revelações são sempre fragmentárias e quase nunca vêm com maiores detalhamentos.

Muitos dos que de nós se aproximam, portando notícias sobre nossas vidas pretéritas, em relação a nós, estão, talvez, a ocultar os seus verdadeiros interesses.

Nisto, não raro, há um interesse de ordem afetiva ou financeira.

Infelizmente, este tem sido um dos modos com que a crença na Reencarnação vem sendo ridicularizada pelos céticos.

A rigor, nenhum espírito fora do corpo tem o poder de saber o que fomos ou fizemos em vida anterior – isto, no mínimo, seria invasão de privacidade.

Ao espírita, basta saber que a sua atual encarnação é a melhor oportunidade de ascensão espiritual que as Leis da Vida já lhe concederam.

Trate, pois, de bem aproveitá-la.

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Livro: Nos Passos de Jesus
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Laurentino Simões
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo
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EM CASA


O templo doméstico é uma bênção do Céu na Terra, porque dentro dele é possível realizar o verdadeiro trabalho da santificação.

Aí temos o valioso passadiço da alma, em trânsito para as Esferas Superiores.

Nesse divino corredor para a Vida Celestial, a criatura encontra todos os processos de regeneração, de modo a aperfeiçoar-se devidamente.

É na consanguinidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeições, mas é igualmente nela que reencontra as suas aversões mais profundas.

Nossa alma é arrojada à organização familiar, no mundo, assim como o metal inferior é precipitado ao cadinho fervente.

Precisamos suportar a tensão elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar nossas qualidades mais nobres.

Não vale fugir ou rebelar-se.

Retroceder seria retornar às sombras do passado e indisciplinar-se equivaleria relegar ao amanhã abençoadas realizações que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.

Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreensão e a tolerância, se desejamos reduzir o tempo do nosso curso educativo na recuperação espiritual.
Com alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.

Redimindo-nos perante o adversário de ontem, nosso coração vitorioso circulará no grande entendimento da Humanidade.

Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que te sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na hesitação ou na dúvida.

Suporta os conflitos indispensáveis à própria redenção, com o valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.

Não te esqueças de que o Lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo, intrépidos e tranquilos nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-lo e santificá-lo.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fé, paz e amor
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Força da atração


A confiança é uma força atraindo vibrações positivas.

Quem confia mobiliza os mecanismos da Lei, desencadeando acontecimentos que lhe sejam favoráveis.

Essa sublime força de atração - a confiança remove do caminho os mais pesados - obstáculos.

Age, com sutileza, no inconsciente dos homens, predispondo-os ao auxílio de quem carece.

O coração de quem confia é inesgotável gerador de energias, encorajando e incentivando ao bem quantos se encontram em seu raio de ação.

O homem de confiança não se opõe ao movimento de ascensão que tira a vida do caos. Mesmo na adversidade, quem confia anula sobre si os efeitos da dor!

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Vigiai e Orai
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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Entendamos


O objetivo da sua vida na Terra não constitui a autoridade, a beleza ou o conforto efêmero.

- É o aperfeiçoamento espiritual.

A finalidade da educação não se resume no respeito cego a tradicionalismo e preconceito.

- É disciplina aos impulsos próprios.

A evangelização da infância não consiste em seu acondicionamento às nossas ideias.

- É processo da emancipação infantil para compreensão da justiça e do bem.

O exercício profissional não consubstancia concorrência desonesta em louvor da ambição.

- É ensejo de auxílio a todos.

A caridade não exprime virtude conforme a nossa inclinação afetiva.

- É solução a qualquer problema.

A fé não significa só ideal para o futuro.

- É força construtiva para hoje.

O seu estudo não é padronização à vida alheia.

- É arma viva para a reforma de você mesmo.

A melhoria moral transparece de título honroso alcançado entre os homens.

- É luz manifesta em seu bom exemplo.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Ideal espírita
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03 de agosto

Quando uma porta se fecha, outra se abre.

Espere que a nova porta lhe revele prodígios, glórias e surpresas ainda maiores.

Sempre espere o melhor de cada situação e veja apenas o melhor advir delas.

Não se deixe deprimir quando vir uma porta lhe ser fechada.

Saiba simplesmente que todas as coisas funcionam em uníssono para o bem das almas que realmente Me amam e Me colocam sempre em primeiro lugar.

Sinta-se crescer e expandir depois de passar por cada experiência e tente entender a razão de cada uma.

Aprenda com as experiências e esteja determinado a nunca repetir um erro, se é que você o cometeu, porque os resultados podem ser muito positivos se você não se deixar abater por ele.

Toda a sua atitude em relação à vida é muito importante; entenda que a vida é o que você faz dela.

Transforme a sua vida numa vida maravilhosa, alegre e excitante, na qual qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento porque você está cumprindo a Minha vontade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Muito se pedirá àquele que muito recebeu

O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. — Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 47 e 48.)

Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos. — Alguns fariseus que estavam, com ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: Também nós, então, somos cegos? — Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas, agora, dizeis que vedes e é por isso que em vós permanece o vosso pecado. (S. JOÃO, cap. IX, vv. 39 a 41.)

Principalmente ao ensino dos Espíritos é que estas máximas se aplicam. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o Evangelho, que os contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro destas quantos há que não o lêem, e, entre os que o lêem, quantos os que o não compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.

O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito; todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.

Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso.”

Por esta sentença: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecados”, quis Jesus significar que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais culposos se mostravam aos olhos de Deus, do que o povo ignorante. O mesmo se dá hoje.

Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.

O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 10 a 12.)
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CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS


1. O que estrutura espiritualmente o corpo de carne?

- O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de matéria sutil, sobre o qual se organiza o corpo de carne.

2. O erro de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças? De que modo?

- A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.

3. Quais os dois aspectos da Justiça?

- A Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manifesta, cujas consequências transitam nas áreas do interesse público, dilapidando a vida e induzindo à criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu aspecto exterior, porque a Justiça é sempre manifestação constante da Lei Divina, nos processos da evolução e nas atividades da consciência.

4. Qual a relação existente entre doenças e a Justiça?

- No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça, funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que acalentamos.

5. O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?

- Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos.

6. Que pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?

- Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.

7. Que medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a inteligência?

- Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos da representação viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos incapacitem para a queda em novas culpas.

8. Que emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela palavra?

- Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir, solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam a segregação providencial.

9. Que providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves compromissos do sexo?

- Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias, suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores.

10. Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?

- Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades, de vez que, em muitas circunstâncias, quais aqueles que se verificam no suicídio ou na delinquência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.

11. Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?

- Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação, mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias mas duras dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que delinquiram.

12. A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais na vida diária?

- A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que passam todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.

13. Qual a advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?

- Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.

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Emmanuel
por Waldo Vieira
Livro: Leis de Amor
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O perdão da consciência


Sem dúvida, o perdão da consciência é o mais difícil de ser obtido, porquanto ele somente acontecerá quando houver a completa reparação do mal praticado.

Se o perdão da pessoa ofendida pode ser imediato, o da consciência do ofensor costuma envolver tempo mais longo.

Quanto mais o espírito se esclarece, menos se sente liberado pela consciência, em termos de culpa e responsabilidade.

Por este motivo, ouvir o "eu te perdoo" é mais fácil que escutar o "eu me perdoo"...

E não creias que possas iludir a consciência com sofismas, quanto, talvez, iludas as pessoas com palavras.

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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Pai, Perdoa-lhes!")
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Esse o Caminho


Rogaste a Deus acesso à felicidade.

Entretanto, hoje mesmo, ofereceste aos próprios irmãos o veneno do pessimismo no prato da intolerância.

Gritaste maldição para os que te feriram e acusaste por desertores os amigos que a vida arredou para longe de teu afeto.

Assinalaste companheiros sofredores com adjetivos amargos e fugiste à presença dos que te rogavam consolação.

Pára e pensa. Cada pessoa necessitada, quanto cada problema, constituem degraus para a Grande Subida.

A ingratidão dos familiares e o azedume dos que mais amas são convites e apelos à revelação de tua própria bondade.

Suportando o buril, o mármore desvela a obra prima e tolerando os golpes do arado é que a terra produz. Esse é o nosso caminho para o triunfo.

É por isso talvez que Jesus escolheu a cruz da renunciação à maneira de trono para a suprema vitória. Nem conforto entre os homens, nem piedade para si mesmo. Somente o amor puro, embora sangrando, mas de braços abertos.

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Meimei
Chico Xavier
Obra:Visão nova
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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Perguntas de confrades e respostas de Emmanuel


1. — “Como é encarado o divórcio nos Planos Superiores do Espírito?”

— Não admitas o divórcio como sendo caminho salvador quando lutas se agravem. Ninguém colhe flores do plantio de pedras.
Só o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. Só o perdão incondicional apaga as ofensas; apenas o bem extingue o mal.

2. — “Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?”

— No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.

3. — “Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?”

— Mas nem sempre requisitamos deliberadamente semelhantes suplícios temporários, de vez que, em muitas circunstâncias, quais aquelas que se verificam no suicídio ou na delinquência, caímos, de imediato, em desagregação ou na insanidade das próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.

4. — “Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o Cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas?”

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Plantão da paz
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02 de agosto

Aprenda a agir espontaneamente, por intuição, e faça o que o seu coração lhe ordena, não somente o que sua mente lhe diz que é razoável e sensato.

Alguns atos de puro amor podem parecer irracionais, até bobos, aos olhos de outras pessoas, mas não importa.

Quando você escutar o comando para agir, aja, e não pare para pesar as consequências ou imaginar o porquê daquilo.

Um pequeno ato de amor pode ter um efeito de longo alcance, ou os resultados podem não ser aparentes.

Não perca tempo procurando pelos resultados; simplesmente faça o que deve ser feito e deixe o resto para Mim.

Às vezes leva muito tempo para uma semente germinar num coração duro e frio, mas, uma vez plantada, ela vai ter que desabrochar mais cedo ou mais tarde.

Tudo que você precisa fazer é cumprir a sua tarefa com fé e ter a certeza que tudo caminha muito, muito bem.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Abandonar pai, mãe e filhos

Aquele que houver deixado, pelo meu nome, sua casa, os seus irmãos, ou suas irmãs, ou seu pai, ou sua mãe, ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o cêntuplo de tudo isso e terá por herança a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XIX, v. 29.)

Então, disse-lhe Pedro: Quanto a nós, vês que tudo deixamos e te seguimos. — Jesus lhe observou: Digo-vos, em verdade, que ninguém deixará, pelo reino de Deus, sua casa, ou seu pai, ou sua mãe, ou seus irmãos, ou sua mulher, ou seus filhos — que não receba, já neste mundo, muito mais, e no século vindouro a vida eterna. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 28 a 30.)

Disse-lhe outro: Senhor, eu te seguirei; mas, permite que, antes, disponha do que tenho em minha casa. — Jesus lhe respondeu: Quem quer que, tendo posto a mão na charrua, olhar para trás, não esta apto para o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 61 e 62.)

Sem discutir as palavras, deve-se aqui procurar o pensamento, que era, evidentemente, este: “Os interesses da vida futura prevalecem sobre todos os interesses e todas as considerações humanas”, porque esse pensamento está de acordo com a substância da doutrina de Jesus, ao passo que a idéia de uma renunciação à família seria a negação dessa doutrina.

Não temos, aliás, sob as vistas a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições de família aos da Pátria? Censura-se, porventura, aquele que deixa seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos, para marchar em defesa do seu país? Não se lhe reconhece, ao contrário, grande mérito em arrancar-se às doçuras do lar doméstico, aos liames da amizade, para cumprir um dever? É que, então, há deveres que sobrelevam a outros deveres. Não impõe a lei à filha a obrigação de deixar os pais, para acompanhar o esposo? Formigam no mundo os casos em que são necessárias as mais penosas separações. Nem por isso, entretanto, as afeições se rompem.

O afastamento não diminui o respeito, nem a solicitude do filho para com os pais, nem a ternura destes para com aquele. Vê-se, portanto, que, mesmo tomadas ao pé da letra, excetuado o termo odiar, aquelas palavras não seriam uma negação do mandamento que prescreve ao homem honrar a seu pai e a sua mãe, nem do afeto paternal; com mais forte razão, não o seriam, se tomadas segundo o espírito. Tinham elas por fim mostrar, mediante uma hipérbole, quão imperioso é para a criatura o dever de ocupar-se com a vida futura. Aliás, pouco chocantes haviam de ser para um povo e numa época em que, como conseqüência dos costumes, os laços de família eram menos fortes, do que no seio de uma civilização moral mais avançada. Esses laços, mais fracos nos povos primitivos, fortalecem-se com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. A própria separação é necessária ao progresso. Assim as famílias como as raças se abastardam, desde que se não entrecruzem, se não enxertem umas nas outras. É essa uma lei da Natureza, tanto no interesse do progresso moral, quanto no do progresso físico.

Aqui, as coisas são consideradas apenas do ponto de vista terreno. O Espiritismo no-las faz ver de mais alto, mostrando serem os do Espírito e não os do corpo os verdadeiros laços de afeição; que aqueles laços não se quebram pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; que se robustecem na vida espiritual, pela depuração do Espírito, verdade consoladora da qual grande força haurem as criaturas, para suportarem as vicissitudes da vida.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIII, itens 4 a 6.)
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Você...


Você que se diz cristão, pergunte-se a si mesmo há quanto tempo não visita um barraco, não vela a dor de um enfermo que não seja seu parente, não se aproxima de um miserável nas bordas dos lixões de sua cidade.

Você, que sonha tanto com a ajuda de Jesus, há quanto tempo tem deixado Jesus sozinho nos ambientes sórdidos da miséria?

Quantas vontades pessoais você deixou de realizar para fazer apenas um dos desejos do Cristo?

Pense, sem ter medo de se envergonhar, há quanto tempo você não faz alguma coisa a mais do que dar uns trocados para ajudar, há quanto tempo se limita a dar cestas de alimentos a instituições sem levá-las aos famintos, há quanto tempo não vê uma criança pobre com o nariz escorrendo pedindo o seu lenço, há quanto tempo só se limita a rezar em templos, em centros espíritas, a conversar com entidades, a esclarecer obsessores, a fazer da sua fé, apenas um momento limpo e perfumado, nos ambientes protegidos das instituições religiosas, em cerimônias suntuosas ou barulhentas?

Quando precisamos de Jesus sempre o localizamos. No entanto, por que, quando Ele precisa de nós, raramente nos encontra e quando nos acha, nunca estamos disponíveis?

Como desejamos encontrar Jesus se dificilmente andamos pelos mesmos caminhos que Ele anda, carregando a nossa cruz sem reclamar e ajudando os que precisam?

Isso não é ser cristão.

É apenas fantasiar-se de...

Não nos esqueçamos:

Para os sepulcros caiados por fora, mas podres por dentro, haverá sempre pranto e ranger de dentes.

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Livro: Sob as Mãos da Misericórdia
André Luiz Ruiz, pelo Espírito Lucius
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NÃO PERDOAR


Bezerra de Menezes, já devotado à Doutrina Espírita, almoçava, certa feita, em casa de Quintino Bocaiúva, o grande republicano, e o assunto era o Espiritismo, pelo qual o distinto jornalista passara a interessar-se.

Em meio da conversa, aproxima-se um serviçal e comunica ao dono da casa:

- Doutor, o rapaz do acidente está aí com um policial.

Quintino, que fora surpreendido no gabinete de trabalho com um tiro de raspão, que, por pouco, não lhe atingiu a cabeça, estava indignado com o servidor que inadvertidamente fizera o disparo.

- Manda-o entrar – ordenou o político.

- Doutor – roga o moço preso, em lágrimas -, perdoe o meu erro! Sou pai de dois filhos... Compadeça-se! Não tinha qualquer má intenção... Se o senhor me processar, que será de mim? Sua desculpa me livrará! Prometo não mais brincar com armas de fogo! Mudarei de bairro, não incomodarei o senhor...

O notável político, cioso da própria tranquilidade, respondeu:

- De modo algum. Mesmo que o seu ato tenha sido de mera imprudência, não ficará sem punição.

Percebendo que Bezerra se sentia mal, vendo-o assim encolerizado, considerou, à guisa de resposta indireta:

- Bezerra, eu não perdoo, definitivamente não perdoo...

Chamado nominalmente à questão, o amigo exclamou desapontado:

- Ah!... você não perdoa!

Sentindo-se intimamente desaprovado, Quintino Bocaiúva falou irritado:

- Não perdoo erro. E você acha que estou fora do meu direito?

O Dr. Bezerra cruzou os braços com humildade e respondeu:

- Meu amigo, você tem plenamente o direito de não perdoar, contanto que você não erre...

A observação penetrou Quintino Bocaiúva como um raio.

O grande político tomou um lenço, enxugou o suor que lhe caía em bagas, tornou à cor natural, e, após refletir alguns momentos, disse ao policial:

- Solte o homem. O caso está liquidado.

E para o moço que mostrava profundo agradecimento:

- Volte ao serviço hoje mesmo, e ajude na copa. Em seguida, lançou inteligente olhar para Bezerra, e continuou a conversação no ponto em que haviam ficado.

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Pelo Espírito Hilário Silva
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Obra: Almas em desfile
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Parentesco e filiação


1. — A morte arquiva os serviços inacabados das criaturas humanas?

No mundo, a morte parece uma estação de problemas insolvíveis, arquivando serviços inacabados. Entretanto, isso é apenas aparência.

2. — As consequências dos crimes obscuros dos homens terminam com a morte?

Dramas passionais, crimes que não foram investigados pelos juízes humanos, tragédias íntimas e assaltos na sombra cujos protagonistas sabemos identificar por vítimas e carrascos, não desaparecem no silencio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e consequências.

3. — O princípio de causa e efeito funciona além da morte?

O princípio de causa e efeito tanto funciona na existência humana, quanto além dos implementos físicos perecíveis.

4. — Para onde nos conduz a morte?

Porque nós outros, seres humanos encarnados e desencarnados, somos ainda discípulos imperfeitos e inexperientes da vida, a morte não nos impele, em definitivo, às Esferas superiores e nem nos rebaixa, indefinidamente, a Círculos degradantes.

5. — Para as criaturas humanas o que significa a vida terrestre?

Considera-nos a Lei Divina por inteligências juvenis, sob o patrocínio da escola, concedendo-nos, na vida terrestre o mais alto campo edificante e reeducativo.

6. — Qual a conexão entre a consanguinidade e o destino?

Nos elos da consanguinidade reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal, através das portas benditas da reencarnação.

7. — Que precisamos para vencer na luta doméstica?

Unge-te de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira escola da reabilitação e do reajuste.

8. — O que foram, em vidas anteriores os pais despóticos?

Quase sempre, os pais despóticos de hoje são aqueles filhos do passado, em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância.

9. — E o filho rebelde?

O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, à intemperança e à delinquência

10. — E a filha desatinada?

A filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade.

11. — E o marido desleal?

O marido ingrato e desleal, em muitas circunstâncias, é o mesmo esposo do pretérito, que precipitamos na deserção, com os próprios exemplos menos felizes.

12. — E a esposa desorientada?

A companheira desorientada, que nos amarga o sentimento, é a mulher que menosprezamos, em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura.

13. — E os parentes abnegados?

Os parentes abnegados, em que nos escoramos, são os amigos de outras eras, com os quais já construímos os sólidos alicerces da amizade e do entendimento, propiciando-nos o reconforto da segurança recíproca.

14. — Como influi o nosso passado no clima familiar e na atividade profissional?

Cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que surpreendemos na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho na vitória do bem.

15. — Em vista de tudo isso, que nos cabe fazer ante os parentes?

Eis porque, perante os parentes e companheiros de jornada, urge consagrar-te à felicidade de todos e fazer o melhor que possas, a benefício de cada um.

16. — O que devemos fazer se a presença de alguém nos é penosa?

Se a presença de alguém nos é penosa ou difícil ao coração, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos as nossas relações com esse alguém numa sementeira constante de paz e luz.

17. — Todo laço de parentesco possui razão de ser?

Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe nas obras da Criação.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Leis de amor
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