quinta-feira, 19 de julho de 2012

Aspectos da Dor


Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz aos planos do Céu.
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A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.
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As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. 
Nenhuma existe destituída de significação.
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Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.
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A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.
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Se você pretende vencer, não menospreza a possibilidade de amargar, algumas vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.
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Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores da experiência permaneceriam ignorados.
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A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem a sofre.
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André Luiz 
Chico Xavier
 


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Multidão dos Pecados


"Acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados".
 (I Pedro, 4:8).

As palavras de Pedro sobre os ensinamentos de Jesus :

"Acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados" - levam-nos a profundas reflexões a respeito do amor e do sofrimento.
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Sofrer por sofrer não significa crescimento e evolução, visto que a única função da dor em nossa existência é despertar-nos para o amor - capacidade inerente a todo ser humano; 
por isso "o amor cobre uma multidão de pecados".
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Dificuldades ou pesares são desafios para que aprendamos a tomar decisões e a encontrar soluções, tornando-nos em consequência fortes e seguros.

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O que chamamos de problemas na Terra são simplesmente lições não aprendidas, isto é, tarefas que precisamos repetir porque ainda não conseguimos internalizá-las.

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Quaisquer que sejam os fatos ou situações que vivenciamos, são eles recados da vida para nosso crescimento interior. 
O "mal aparente" é um "bem irrevelado", não entendido, em função de nossa miopia espiritual.
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Não devemos culpar o mundo ou as pessoas, nem mesmo nos justificar inventando desculpas para nossas dores. Na verdade, diante de toda e qualquer aflição, precisamos utilizar discernimento, avaliar a situação e, a partir disso, transformá-la em aprendizagem.
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Sofrimento é o resultado de atos e atitudes alicerçados em concepções precipitadas ou equivocadas que adquirimos nesta ou em outras vidas e que continuamos a perpetuar, de modo consciente ou não, em nosso cotidiano.
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Se sofremos sem tomar consciência das verdadeiras raízes que geram o tormento, ficaremos presos num ciclo perverso e destrutivo. Ao percebermos o porque de nossas dores, nos sentiremos mais despertos e equilibrados, passando a usufruir a alegria de "reconhecer o que precisamos mudar em nós mesmos".
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Perante a amargura, devemos indagar:

- Que mensagem oculta a vida está me enviando através da dor?

- Quais são os atos ou atitudes que me levam a esse acontecimentos negativos?
- Como transformar esses fardos em crescimento interior?
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A Sabedoria Perfeita não nos cobra nem nos pune; quer apenas que aprendamos a amar. Ela nos exercita, habilita e instrui para o amor. Para crescer não precisamos fazer culto ao sofrimento, mas ficar atento às crenças, comportamentos e valores que nos trazem alegria e bem estar, ou infelicidade e desgosto.
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Os fatos e acontecimentos por si sós não nos criam felicidade ou desprazer.
 A questão está na nossa forma de ver ou no modo como reagimos a eles. 
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As circunstâncias que vivemos no dia-a-dia são resultado da forma de desejar, estimar, esperar, amar, acreditar, respeitar, agir, pensar; enfim, os valores que fazem parte de nossa mentalidade.
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Somente seremos felizes quando conseguirmos entender a nossa principal missão terrena:

 fomos criados para amar e ser amados.
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 Pode ser que, em muitas ocasiões, não possamos escolher as situações e ocorrências externas de nossa vida, mas com certeza sempre poderemos optar pela única maneira sensata de enfrentá-las - com Amor.
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Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto




terça-feira, 17 de julho de 2012

Desequilíbrios




O início das grandes obsessões é semelhante à pequenina brecha no açude que por vezes não passa de pedra desconjuntada ou de fenda oculta.

Os desequilíbrios da alma começam igualmente de quase nada, principalmente por atitudes e sentimentos aparentemente compreensíveis, mas que, em muitas ocasiões, se deslocam no rumo de ásperas consequências.

Desconfiança.
Dúvida.
Irritação.
Desânimo.
Ressentimento.
Impulsividade.
Invigilância.
Amargura.
Tristeza sem nexo.
Grito de cólera.
Discussão sem proveito.
Conversa vã.
Visita inútil.
Distração sem propósito.

Na represa, ninguém pode prever os resultados da brecha esquecida.

No caso da obsessão, porém, que, no fundo, se define por assunto de consciência, é imperioso que todos nós venhamos a reconhecer que, em toda e qualquer crise de fome, não é o pão que procura a boca.
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Albino Teixeira
Chico Xavier




segunda-feira, 16 de julho de 2012

Liberte a você mesmo



Lábios envenenados pelo fel da maledicência não conseguem sorrir com verdadeira alegria.
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Ouvidos fechados com a cera da leviandade não escutam as harmonias intraduzíveis da paz.
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Olhos empoeirados pela indiscrição não veem as paisagens reconfortantes do mundo.
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Braços inertes na ociosidade não conseguem fugir à paralisia.
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Mente prisioneira no mal não amealha recursos para reter o Bem.
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Coração incapaz de sentir a fraternidade pura não se ajusta ao rítmo da esperança e da fé.
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Liberte a você de semelhantes flagelos.
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Leis indefectíveis de amor e justiça superintendem todos os fenômenos do Universo e fiscalizam as reações de cada espírito. 
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Assim, pois, no trabalho da própria renovação, a criatura não pode desprezar nenhuma das suas manifestações pessoais, sem o que dificilmente marchará para a Vanguarda de Luz.
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André Luiz
Chico Xavier





domingo, 15 de julho de 2012

Bons



Não te aflijas com a perspectiva da perfeição de um dia para outro.
As tarefas redentoras desconhecem o improviso.
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Ergue-se a casa, tijolo a tijolo.
Forma-se o rio, gota a gota.
Constitui-se o tecido, fio a fio.
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O Mestre, por isso mesmo, não espera do discípulo prodígios de santidade, num simples momento, de vez que a virtude não é flor ilusória no jardim sublimado da alma.
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Entretanto, se não podemos realizar o aprimoramento numa hora, devemos aprender a lição da bondade, dia a dia.
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Sejamos bons para com aqueles que a Divina Bondade situou em nossos próprios passos, auxiliando-os na senda de elevação.
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Sejamos bons para com os que caíram na margem de nossa própria estrada, oferecendo-lhes o toque da nossa amizade ou encorajando-lhes o reerguimento com o sorriso de nossa compreensão.
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Sejamos bons para com as vítimas da maldade, amparando-as sem ruído para que a maledicência emudeça e para que a calúnia imobilize as garras de treva.
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Sejamos bons para com os fracos que não podem ainda caminhar sem a neurastenia, sem a queixa e sem a lágrima, sustentando-lhes o coração com os nossos braços fraternos.
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Por onde passamos há sempre alguém que espera um pouco de carinho a fim de restaurar-se.
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Na harmonia da natureza a flor estende o perfume, a ave carreia a música, a fonte desliza servindo e a árvore produz reconforto e alegria exaltando o sol que mergulha na Terra em ondas ilimitadas de luz.
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Por nossa vez ofereçamos a bondade a quem passa por nós ou a quem respira conosco e estaremos louvando a Infinita Bondade do Pai Celestial que, em todos os ângulos da vida, nos envolve em suas Bênçãos de Amor.
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Emmanuel
Chico Xavier