sábado, 23 de novembro de 2024

Temos o que damos


Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa, signifique ausência do essencial entre os próprios vizinhos; todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.

Podes conservar armários repletos de veste inútil, ainda que a traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.

Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recurso aos irmãos em necessidade.

Podes alinhar perfumes e adornos para uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.

Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas em tuas mãos como bênçãos de luz.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
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23 de novembro

Quando Eu lhes digo: "Amem-se uns aos outros", não quero dizer que vocês devem se tolerar ou tentar se amar.

Pois vocês vão descobrir que quando abrem seus corações e o preenchem de pensamentos lindos e amorosos, vocês sentirão amor por todos aqueles com quem vocês entram em contato, não importa quem sejam.

E o fluir livre do Meu amor universal, que não conhece discriminações e que não escolhe a quem vai amar.

Meu amor é o mesmo para cada um e para todos.

O quanto você está disposto a aceitar é por sua conta.

Não tenha medo de expressar este amor.

Ele está além da personalidade; vem do mais alto.

Aprenda a ter seu coração sempre pronto para amar e nunca se acanhe em demonstrar seu amor pelos outros.

O amor é o maior fator unificador do universo, por isso ame, ame, ame.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.

Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica.

Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.

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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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Amor e perdão


Verdadeiramente amar é nunca ter que perdoar, pois quem ama não se sente agredido por qualquer atitude do outro. O amor, dessa forma, perdoa sempre, compreendendo o nível de evolução do outro.

As agressões que porventura recebamos daqueles a quem mais dedicamos amor e que nos ferem a alma, são oportunidades de testar o nosso sentimento, conhecendo-lhe a natureza. Perdoar não é esquecer por esquecer. É compreender e colocar-se no lugar do outro.
O amor para existir, diante da agressão a nós por parte de alguém que amamos, deve, antes de tudo, compreender, isto é, colocar-se também como alguém que poderia, nas mesmas circunstâncias, cometer o mesmo equívoco.

Ser perdoado, diante de nossas faltas para com o próximo, sem que ele nada exija, é oportunidade de aprender com o outro, como amar e viver em paz consigo mesmo.
A indignação é sentimento que, às vezes, se torna necessário diante da atitude descabida de alguém. Tal indignação não deve assumir, porém, o caráter da agressão nem do revide, devendo portanto ser manifestada para que o outro perceba as consequências de seus atos.

Às vezes, por gostar de alguém de forma exagerada, perdoamos suas atitudes inadequadas para conosco e com outros, confundindo os sentimentos e desculpando quando cabia a repreensão necessária.
Perdão não significa conivência com o mal. Atitudes como essas, isto é, perdoar e desculpar sem limites, incita o outro à prática do mesmo ato reprovável. Isto não é amor, mas, submissão.

O exercício do perdão leva-nos à compreensão da qualidade do sentimento que temos para com alguém.

Quem perdoa está a um passo do amor ao outro.
Sua constância levará o indivíduo ao caminho da compreensão dos atos humanos e das relações interpessoais.

Nos processos obsessivos, onde os sentimentos se encontram desestabilizados, o perdão é instrumento fundamental àqueles que ainda não sentiram o amor em seus corações.
O perdão da vítima ao algoz, coloca-os em condições de compartilharem os sentimentos nobres do amor fraternal.

Se alguém se interpõe em nosso caminho exigindonos atitudes contra nossa vontade, o melhor a fazer é seguir adiante, sem sintonizar com imposições descabidas.

O amor nos coloca entre aqueles aos quais cabe perdoar.
O componente da família que conosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo que sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos que perdoar e amar em nosso próprio benefício.
Sua presença em nossa vida é oportunidade de aprendizagem do amor e do perdão.

As atitudes de alguém, que nos merece o perdão, quando não nos sentimos inclinados a dá-lo, se reinterpretadas, nos ensinarão sobre nossas responsabilidades em suas causas.

Amar é atitude que nos ensina a perdoar a nós próprios. Não nos culpemos em demasia.
Assumamos as responsabilidades sobre nossos atos, sem receio dos processos educativos que enfrentaremos. Antes do efeito que sucede à causa, há a misericórdia divina em favor de todos nós.
Ela é o amor de Deus intercedendo em nosso favor.

A compreensão dos atos humanos requer percepção de nós mesmos. Nada nem ninguém age fora dos limites de Deus. Ele é amor para sempre. Perdoar setenta vezes sete vezes cada tipo de falta cometida é exercício para a instalação do amor em definitivo em nós.

Necessitar do perdão divino para nossas faltas é assumir antecipadamente a culpa. O perdão esperado é alcançado com o trabalho redentor em favor de si mesmo e da vida, amando sempre e construindo um mundo melhor.

O Cristo ensinou-nos o perdão ao compreender a atitude de quem O traiu, amparando-O e auxiliando para Seu soerguimento na Vida Maior.

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Adenáuer Novaes
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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Medidas da alma



 Não lastimes as dificuldades que nos ensinam a viver.

Ninguém aprende sem lições.

Quem suporta os próprios reveses com serenidade e coragem, entesoura resistência.

 Recorda: obstáculos e provações são medidas para a avaliação de nossa fé em Deus e em nós mesmos.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ação e caminho
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22 de novembro

Veja sempre o lado bom da vida.

Espere somente que o melhor aconteça.

Nunca culpe ninguém pelo estado negativo em que você se encontra.

Você é seu próprio patrão; depende de você inverter o quadro e ver o que tem do outro lado.

Se a sua escolha é pelo lado escuro da vida, não espere atrair para si almas alegres e livres, porque pássaros da mesma plumagem voam juntos: você irá atrair somente almas no mesmo estado que o seu.

Se você estiver se sentindo ótimo e o amor estiver fluindo livremente de você, tudo que é bom será atraído por você, porque todos apreciam uma alma cheia de alegria.

Aprenda a erguer pessoas e situações e nunca se deixe abater pelo desânimo de ninguém.

Você está aqui para criar paz, harmonia, beleza e perfeição tudo que existe de bom na vida, portanto vá em frente!

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores (II)

Há nesse modo de raciocinar – de que Deus não pode mudar suas decisões a pedido das criaturas – uma aplicação falsa do princípio da imutabilidade da lei divina, ou melhor, ignorância da lei, no que concerne à penalidade futura. Essa lei revelam-na hoje os Espíritos do Senhor, quando o homem se tornou suficientemente maduro para compreender o que, na fé, é conforme ou contrário aos atributos divinos.
Segundo o dogma da eternidade absoluta das penas, não se levam em conta ao culpado os remorsos, nem o arrependimento. É-lhe inútil todo desejo de melhorar-se: está condenado a conservar-se perpetuamente no mal.

Se a sua condenação foi por determinado tempo, a pena cessará, uma vez expirado esse tempo. Mas, quem poderá afirmar que ele então possua melhores sentimentos? Quem poderá dizer que, a exemplo de muitos condenados da Terra, ao sair da prisão, ele não seja tão mau quanto antes? No primeiro caso, seria manter na dor do castigo um homem que volveu ao bem; no segundo, seria agraciar a um que continua culpado. A lei de Deus é mais previdente. Sempre justa, eqüitativa e misericordiosa, não estabelece para a pena, qualquer que esta seja, duração alguma. Ela se resume assim:

“O homem sofre sempre a conseqüência de suas faltas; não há uma só infração à lei de Deus que fique sem a correspondente punição."

“A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta."

“Indeterminada é a duração do castigo, para qualquer falta; fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno a senda do bem; a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se perpétua fosse a obstinação; dura pouco, se pronto é o arrependimento."

“Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança. Mas, não basta o simples pesar do mal causado; é necessária a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito."

“O homem é, assim, constantemente, o árbitro de sua própria sorte; pertence-lhe abreviar ou prolongar indefinidamente o seu suplício; a sua felicidade ou a sua desgraça dependem da vontade que tenha de praticar o bem.”

Tal a lei, lei imutável e em conformidade com a bondade e a justiça de Deus.

Assim, o Espírito culpado e infeliz pode sempre salvar-se a si mesmo: a lei de Deus estabelece a condição em que se lhe torna possível fazê-lo. O que as mais das vezes lhe falta é a vontade, a força, a coragem. Se, por nossas preces, lhe inspiramos essa vontade, se o amparamos e animamos; se, pelos nossos conselhos, lhe damos as luzes de que carece, em lugar de pedirmos a Deus que derrogue a sua lei, tornamo-nos instrumentos da execução de outra lei, também sua, a de amor e de caridade, execução em que, desse modo, ele nos permite participar, dando nós mesmos, com isso, uma prova de caridade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 20 e 21.)
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Existência de Deus


Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

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Meimei
Francisco Cândido Xavier
Obra: Pai nosso
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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Contra-senso


Alguém bate à porta principesca.

Ela, a dona da casa, atende.

Abre a porta e encontra pobre velhinho à frente.

Andrajoso. Cansado. Feridento.

É um pedinte que roga auxilio.

Fria e insensivelmente, ela despede o visitante, dizendo nada ter que possa dar.

E volta. resmungando à intimidade doméstica, maldizendo o infeliz.

— É malandro! — declara.

E acrescenta:

— Para vadios, só a cadeia.

Nisso, pequeno rato desliza-lhe pelos pés.

Assustadíssima, clama por socorro. Chora.

Fecha-se, superexcitada, em quarto próximo, a lastimar-se.

Bate-lhe o coração fortemente, as mãos tremem, a face está lívida e, por fim, depois de um copo d’água, procura o festejado gato de estimação para exterminar o camundongo.
*
Assim são muitas de nossas comoções.

Não vibramos ante os quadros dolorosos que pedem ajuda e agitamo-nos, agoniados, diante de incidentes banais.
*
Amigo, controle a sensibilidade, vigiando reações e policiando as idéias, para que o rendimento maior dos seus dias, à luz do Evangelho Vivo, seja realidade em seu caminho.

Recorde que muita gente na Terra enfeita gatinhos prediletos e se enoja diante de irmãos em luta.

E há milhares de almas outras que exibem clamorosa frieza ante os apelos do bem e mostram imensa emoção à frente de um rato.

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Valérium
Waldo Vieira
Obra: Bem-aventurados os simples
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21 de novembro

Você só saberá se algo funciona depois de experimentá-lo.

Você só saberá se a eletricidade está ligada se apertar o botão da parede; você tem que agir de alguma maneira para testar o funcionamento.

Assim também com a fé.

É inútil ficar sentado conversando sobre a fé se você não vive por ela e não demonstra o que ela significa para você.

É inútil falar sobre viver pela fé se sua segurança estiver no seu extrato bancário, de onde você sabe que pode sacar quando precisar.

Você só poderá falar em viver pela fé e ser uma demonstração viva disso quando não possuir nada e for capaz de mergulhar em águas profundas, e conseguir realizar o impossível só porque sua fé está enraizada firmemente em Mim.

Vá em frente! Teste a sua fé e veja o que acontece.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O suicídio e a loucura (III)

O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez mais decisivo. Apresenta-nos os próprios suicidas a informar-nos da situação desgraçada em que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem encurtar a sua vida. Entre os suicidas, alguns há cujos sofrimentos, nem por serem temporários e não eternos, não são menos terríveis e de natureza a fazer refletir os que porventura pensam em daqui sair, antes que Deus o haja ordenado. O espírita tem, assim, vários motivos a contrapor à idéia do suicídio: a certeza de uma vida futura, em que, sabe-o ele, será tanto mais ditoso, quanto mais inditoso e resignado haja sido na Terra: a certeza de que, abreviando seus dias, chega, precisamente, a resultado oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e mais terrível; que se engana, imaginando que, com o matar-se, vai mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo a que no outro mundo ele se reúna aos que foram objeto de suas afeições e aos quais esperava encontrar; donde a conseqüência de que o suicídio, só lhe trazendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso mesmo, considerável já é o número dos que têm sido, pelo Espiritismo, obstados de suicidar-se, podendo daí concluir-se que, quando todos os homens forem espiritas, deixará de haver suicídios conscientes. Comparando-se, então, os resultados que as doutrinas materialistas produzem com os que decorrem da Doutrina Espírita, somente do ponto de vista do suicídio, forçoso será reconhecer que, enquanto a lógica das primeiras a ele conduz, a da outra o evita, fato que a experiência confirma.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 17.)
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Dívida


"Digo-te que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo."
- Lucas, cap.12 - v. 59

Raros são os homens que, realmente, se sentem em dívida de gratidão com a Vida.

Quase todos pensam em dela extrair o máximo e não em algo acrescentar ao seu divino patrimônio.

Vejamos o que, por exemplo, vem ocorrendo com a Terra, que o homem esgota em todos os seus recursos.

Por ambição e descaso, a continuar assim, dentro em pouco, o palacete terrestre estará transformado em ruínas...

Espécies animais se encontram em extinção, córregos e riachos desaparecem, florestas inteiras foram dizimadas, glebas outrora férteis padecem erosão...

A responsabilidade do homem não é somente para com o próximo, mas também para com a casa planetária que habita. Perante a Lei Divina, ele igualmente há de responder pela agressão que vem fazendo à Natureza. E a consciência há de lhe pedir contas por uma única árvore que decepar sem necessidade...

O homem da atualidade vem comprometendo as futuras gerações, esquecido de que ele mesmo, na condição de filho de seu filho, haverá de voltar ao mundo para amargar as consequências de sua incúria.

Do reino mineral à espécie humana, quem desrespeita a Criação em um só dos seres e das coisas criadas por Deus não viverá em paz, enquanto não devolver à economia da Vida o derradeiro centavo que lhe deve.

Talvez seja pela sua falta de reverência à Natureza, a começar do jardim de sua casa, ou do pobre animal abandonado com cuja fome não se importa, ou, ainda, da poluição que, irresponsável, fomenta, é que muita gente não saiba o que é ter paz no coração.

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Inácio Ferreira
Carlos A.Baccelli
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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Avisos da Criação


A Presença Divina constitui verdade perene.

Até o silêncio da pedra fala em Deus.

 O Universo repousa na disciplina.

O labirinto da selva revela ordem em cada pormenor.

Em a Natureza, tudo pede compreensão e respeito.

O deserto é o cadáver do mar.

Há sabedoria em todas as coisas.

Embora sem tato, a trepadeira sabe encontrar apoio; não obstante sem visão, o girassol descobre sempre o astro rei.

 Em tudo existe a feição boa.

As nuvens mais sombrias refletem a luz solar.

 Eternidade significa aprimoramento contínuo de repetições.

Sem recapitular movimentos, a Terra desagregar-se-ia.

A fé construtiva não teme a adversidade.

O penhasco no dilúvio é ponto de segurança.

 A obediência não dispensa a firmeza.

Humilhada e submissa, a água se amolda a qualquer recipiente, mas, resoluta e perseverante, atravessa o rochedo.

 Toda empresa solicita cultura e prática.

Inexperiente, o homem vivo naufraga no bojo das águas; adaptado, o lenho morto navega na superfície do mar.

 O aspecto exterior nem sempre denuncia a realidade.

O vento, supostamente vadio, trabalha na função de cupido das flores.

Volume não expressa valor.

Apesar de pequenina, a semente é gota de vida.

A palavra feliz constrói invariavelmente.

Na linguagem do pássaro, todo som faz melodia.

 Valor e humildade são expressões de inteligência sublime.

Se o cume mais alto recebe a chuva em primeiro lugar, o vale mais baixo recolhe, ao fim, a maior parte da água.

 Para revelar-se, o bem não exige trombeta.

Conquanto invisível, a onda de perfume, muita vez, nutre e refaz.

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.

A escarpa de hoje será planície amanhã.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
🌼🍃🌼

20 de novembro

Esteja em paz e descanse no Meu amor.

Você já ouviu estas palavras muitas vezes e fica imaginando o que significam.

Elas são como a água: lentamente desgastam o velho caminho e encontram um caminho novo.

Devagar e sempre elas vão calcando fundo até se tornarem parte de você.

Então, não são mais somente palavras, mas algo vivo que se move e existe em seu interior e com o qual você se percebe convivendo em perfeita paz, baseados no Meu amor.

Não se ressinta com a repetição, mas seja eternamente grato por Meu amor ser tão grande que Eu me disponho a ficar sempre com você, insistindo com paciência e persistência nas Minhas lições.

Eu coloquei Minha mão sobre você e Eu preciso de você.

No Meu vasto plano geral existe um lugar muito especial que é seu e Eu estou esperando que você esteja pronto para que Eu possa revelá-lo a você.

🌼🍃🌼
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌼🍃🌼

 

🌼🍃🌼

MENSAGEM DO ESE:

Os órfãos

Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever. Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois freqüentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que eqüivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos.

🌼🍃🌼
— Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 18.)
🌼🍃🌼

A Serpente Invisível

 

No campo do serviço cristão, mesmo nos arraiais do Espiritismo Evangélico, tudo é alegria e esperança enquanto há céu azul.

Diante do sol reconfortante e amigo, é doce a expectativa, em torno do futuro, e sob o pálio estrelado da noite tranquila é mais belo sonhar com a vida noutros mundos.

Então, os aprendizes são firmes na confiança e seguros nas promessas.

A natureza se faz o trono de Deus, a expressar-se em prodígios de sabedoria e as criaturas são almas irmãs em demonstrações recíprocas de entendimento e de amor.

Entretanto, quando as nuvens se adensam no horizonte e a tormenta desaba, eis que as disposições do crente se modificam.

A preguiça – serpente invisível a se nos ocultar renitente, nas próprias almas exterioriza-se
de imediato, através de máscaras diversas.

Ante o fascínio da desculpa incondicional às ofensas alheias, paralisa-se-nos o coração, a sugerir em forma de dignidade ferida:

- Impossível esquecer.

À frente do trabalho árduo no socorro às necessidades humanas, nosso próprio espírito enverga a túnica de pretensa humildade confundido:

- Quem sou eu para auxiliar?! ...
Sou um poço de vermes, um vaso de imperfeições!

Perante os difíceis testemunhos de paciência, costumamos exibir suposta superioridade moral e afirmarmos peremptórios:

- Não alcancei a santidade! Agora não posso mais...

Renteando com a luta aflitiva, em favor dos companheiros infelizes, junto aos quais a vida nos pede recapitulação de atitudes e ensinamentos, adotamos imaginária fadiga e gritamos sem razão:

- Fiz o que pude! Que outros agora venham à liça para a cooperação fraternal.

Diante da prestação de serviço urgente ao próximo, habituamo-nos frequentemente a esposar preocupações falsas no tempo e alegamos petulantes:

- Amanhã! Amanhã cuidaremos disso.

Se te interessas realmente pela própria renovação, à luz do Evangelho, anota o momento que voa e não menosprezes o ensejo sublime de ser mais útil.

Recorda que a ociosidade mental é antiga serpente sedutora, asfixiando-nos a vida e somente em lhe olvidando o veneno suave e mortífero, trabalhando e servindo sempre, é que conseguiremos assimilar o ideal da perfeição com Jesus, nosso Mestre e Senhor. 

🌼🍃🌼
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Construção do amor 
🌼🍃🌼

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Vencer


Quando te empenhes a penetrar mais profundamente nos domínios da filosofia do otimismo, premune-te contra a virtude vazia que surge por flor estéril na trepadeira da falsa superioridade.

Sem dúvida, é imperioso te guardes no pensamento positivo da confiança em Deus e em ti mesmo.

À maneira de viajante na travessia do rio da vida; que será de ti, se não controlas o leme do teu barco, orientando-lhe os movimentos em rumo certo?

Reflete, porém, nas leis do equilíbrio e considera a interdependência na qual todos vivemos.

Triunfarás na realização dos elevados propósitos que te animem, entretanto, triunfarás para estender as mãos aos vencidos a fim de que se refaçam e venham igualmente lidar na edificação do bem de todos; disporás de recursos que te garantam abastança e reconforto, no entanto, saberás dividi-los com os irmãos da retaguarda, ainda incapazes de competir no campo da inteligência, na conquista das vantagens que já consegues usufruir;  premiar-te-ás com os tesouros da cultura, todavia, saberás descer da torre do conhecimento a que te guindaste, de modo a ensinar o caminho da luz aos que bracejam nas sombras da ignorância;  instalarás a alegria na própria alma, no entanto, acenderás a esperança no coração dos infelizes que te compartilham a marcha.

 Aspiras a vencer e vencerás; mas lembra-te de que vencer sem abrir os caminhos da vitória para os outros é avançar para o tédio da inutilidade sob o frio da solidão.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
🌹🌵🌹

19 de novembro

Não é necessário que você dê jeito em tudo na vida, ou que você tenha controle de tudo.

Você só tem que, com calma e confiança, seguir as Minhas instruções, que você receberá na quietude.

Algumas almas ouvirão Minha voz distintamente; outras agirão intuitivamente, outras ainda serão guiadas na ação.

EU trabalho de muitas maneiras, mas todos saberão quando EU ESTIVER no comando, porque os sinais do amor e da verdade estarão fluindo por tudo.

Quando as Minhas instruções forem obedecidas, você verá acontecer maravilha após maravilha e verá Minha mão em tudo.

Você perceberá que sozinho não conseguirá realizar essas maravilhas e que realmente SOU EU trabalhando em você, e você Me honrará, glorificará e agradecerá.

Reconheça em todos os minutos de onde vem sua sabedoria, seu amor e sua compreensão, de onde vem a própria vida; EU SOU o Todo de Tudo, e sua vida está contida em Mim. Nós somos um.

🌹🌵🌹
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌹🌵🌹






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MENSAGEM DO ESE:

Beneficência exclusiva

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse.

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— S. Luís. (Paris, 1860.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)
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AUTODESOBSESSÃO


Se você já pode dominar a intemperança mental...

Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir...

Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante...

Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura construtiva...

Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo e cordial, à frente dos ofensores...

Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com tudo aquilo que não pode modificar...

Se persevera na execução dos seus propósitos enobrecedores, apesar de tudo que se faça ou fale contra você...

Se compreende que os outros têm o direito de experimentar o tipo de felicidade a que se inclinem, como nos acontece...

Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos auxiliados...

Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante...

Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da autodesobsessão.

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ANDRÉ LUIZ
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Obra: Passos da vida
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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Nem sempre


Nem sempre o Espírito, quando falha a sua reencarnação, imediatamente escolhe outra. Esses casos devem passar pelo exame dos benfeitores espirituais e depende muito da necessidade do reencarnante. Às vezes se trata de uma entidade que deveria passar por aquela prova, como sendo a última em estado de prova; as outras que surgirem, poderão ser de missão para o Espírito, já consciente das obrigações espirituais, capaz de estender o Evangelho de Jesus por intermédio dos exemplos do dia a dia.

Nos fins dos tempos que se aproximam, estão nascendo multidões de almas elevadas, para difusão dos ensinamentos de Jesus pelas vidas que deverão levar. São os novos discípulos, dentro de uma dinâmica de luz, que não somente falam do Mestre, mas, mostram o Senhor pela compreensão, pelo amor e pela caridade.

Em se falando sobre a pergunta em referência, podemos crer que muitos Espíritos ficam esperando novas oportunidades que lhes serão concedidas, no sentido de voltarem à Terra, cumprindo assim a tarefa onde podem, por ela, se recuperarem de certos desequilíbrios do passado, próximo ou distante. No caso de pertencer, pelo trabalho, a alguma colônia espiritual, os serviços de reencarnação da mesma analisam as possibilidades da alma, e passam a escolher o novo corpo de acordo com as exigências do próprio Carma.

O Espírito, mesmo na inconsciência, busca a sua própria paz espiritual. Ninguém resiste ao amor. Aos companheiros que nos honram com esta leitura, nós os concitamos a amar o mais intensamente que puderem, porque o amor é verdadeiramente o alimento de todos nós. em todas as faixas de vida a que pertencemos, por amor de Deus. De qualquer maneira, sabemos que as vidas múltiplas são uma benção de Deus a favor das criaturas. São escolas de luz, que nos ensinam a viver melhor.

Devemos notar em muitas mensagens, inclusive no próprio "Evangelho Segundo o Espiritismo", que devemos cuidar bem dos nossos corpos, pois são eles instrumentos para o nosso trabalho. Eles precisam de cuidados que somente o dono pode dispensar. As coisas naturais têm o poder de sustentar uma boa saúde, para que se possa trabalhar com bom empenho na vida. Que cada um estude as necessidades do seu mundo fisiológico e faça tudo com ponderação, que a vida feliz é aquela em que a parcimônia reflete a paz interior. Deve-se comer para viver, e não viver como gastrônomo, qual alguns animais.

Que se aprenda a respirar melhor e a confiar no que se respira, visto que Deus nos dotou de poderes e que, pela vontade, podemos atrair o que desejamos. Que se fale da saúde, mas que se faça por onde a saúde se instale. Que não se aumente a miséria, conversando sempre sobre ela. Distribuamos alegria e vivamos alegres nas coisas nobres, que não existe felicidade sem alegria no coração em Cristo.

As determinações do mundo espiritual a nosso favor certamente que são de maior utilidade. Não regateemos a vontade do alto, pois Deus sabe o que faz para o nosso bem. Se queremos as coisas imediatamente, sem avaliar as conseqüências, podemos nos desesperar. Confiemos em Deus, que Jesus sempre confia em nós.

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Miramez
João Nunes Maia
Obra: FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME VII
Questão 349 do Livro dos Espíritos comentada
CAPÍTULO 43
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18 de novembro

Use tudo que é seu para o benefício do todo.

Não tente acumular bens, mas compartilhe-os.

Compartilhados, eles aumentarão.

Armazenados avaramente, eles poderão até desaparecer.

Esta é a lei e, vivendo por ela, você poderá observar como ela funciona à sua volta.

Pacotes de sementes guardadas e esquecidas num armário não servirão para nada.

Mas se você plantar as sementes e cuidar delas, elas não só crescerão, como também se multiplicarão.

Assim é com tudo que você tem: não guarde nada para si só, mas compartilhe e observe seus bens crescendo em quantidade e qualidade.

Saiba que todas as suas necessidades serão supridas se você adotar a atitude certa, e tudo que Eu tenho será seu.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A cólera

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? — Entregais-vos à cólera.

Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.

Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.

Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!

Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs.

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— Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.)
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Do aprendizado cristão


Recebe e aplica.
*
Retém e distribui.
*
Auxilia e passa.
*
Serve e desapega-te.
*
Estuda e trabalhar.
*
Ensina e exemplifica.
*
Medite e age.
*
Ama e renuncia.
*
Raciocina e sente.
*
Socorre e segue.
*
Vê e analisa.
*
Observa e seleciona.
*
Confia e esforça-te.
*
Empresta e olvida.
*
Perdoa e esquece.
*
Acolhe e educa.
*
Auxilia e esclarece.
*
Estimula e orienta.
*
Tranquiliza e eleva.
*
Luta e persevera no bem.
*
Ouve e guarda.
*
Fala e edifica.
*
Perdoe e aprende.
*
Experimenta e melhora.
*
Ora e espera.
*
Vigia e ampara.
*
Protege e constrói.
*
Pensa e realiza.
*
Instrui e ilumina.
*
Agradece e aproveita.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: A vida responde
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