sexta-feira, 20 de junho de 2025

Provação e fé


 Os momentos das grandes provações são igualmente os instantes mais significativos da fé.

 Terás talvez alcançado o apogeu de semelhantes tribulações.

 Encontraste esse topo do sofrimento na enfermidade que provavelmente se demora contigo, flagelando-te a vida orgânica.

 Criaturas queridas se desvincularam de ti, violentamente, arrojando-te à inquietação e ao desânimo.

 Sofreste a perda de entes amados nas brumas da morte e trazes o coração encharcado de lágrimas.

 Golpearam-te os interesses e despojaram-te dos recursos indispensáveis à própria manutenção, compelindo-te a vaguear em tristeza e penúria.

 Empenhaste as melhores forças na causa do bem de todos e situaram-te num cipoal de incompreensões e desafetos gratuitos que te prendem à dor.

 É possível hajas atingido esses dias de conflitos e aflições, tumultuando-te o ser.

Mágoas novas somadas a desgostos antigos te atormentam o campo íntimo.

 Seja qual seja a espécie de provação que te visita, não te rebeles, nem desanimes.

 Não te deixes mergulhar nas correntes das palavras inúteis.

Ama e serve sempre.

 Por mais dolorosa a crise em que te vejas, permanece firme na coragem da fé, porquanto no momento em que a criatura se imagina esquecida pelo Céu, o ápice do sofrimento significa que o socorro de Deus se encontra em caminho.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
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20 de junho

Como é importante adotar a atitude certa na hora de doar.

Doe sem alarde, com segurança e, acima de tudo, com amor e alegria.

Tudo que é dado de má vontade carrega más vibrações e não resulta em nada de bom.

Certifique-se que tudo que você faz seja feito com amor, mesmo que você não entenda bem porque está fazendo.

A tarefa mais simples pode redundar em resultados surpreendentes e maravilhosos se for feita com amor.

Portanto, deixe o amor fluir livremente em tudo que faz.

Perceba que o que você está fazendo é necessário e que nenhum serviço é pequeno ou insignificante.

Quando todas as almas doam o melhor de si, o peso das responsabilidades não é assumido só por uns poucos.

A carga compartilhada se torna mais leve para todos, ao ponto de se transformar em verdadeira alegria e prazer.

Policie suas atitudes e contribua para a alegria e o bem estar do todo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

A afabilidade e a doçura

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana.

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— Lázaro. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.)
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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Para viver melhor


A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.

 O Espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente.

 Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.

Quanto mais repetidos os acessos de amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.

 Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.

Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído.

 Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.

O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais quais são, sem exigir que nos amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.

 Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.

Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não funciona inutilmente.

A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.

Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será justo chamar a nós, as consequências das empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.

 Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa paz íntima.

 Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de resultados imprevisíveis.

 Ensinou-nos o Cristo: — “Perdoa não sete vezes mas setenta vezes sete vezes.” ( † )

 Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.

 Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver sempre melhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Amigo
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Corpus Christi:


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19 de junho

O que a idade significa para você?

Você tem medo de envelhecer?

Ou você é daqueles que encara tudo positivamente e entende que a fonte da juventude é a sua consciência?

Mantendo sua mente jovem, fresca e alerta, você não envelhecerá.

Se você tem muitos interesses e aproveita plenamente a vida, como poderá envelhecer?

Os seres humanos se limitam ao pensar que os 70 anos sejam o auge da vida.

Pode ser apenas o começo para muitas almas que acordam para as maravilhas da vida, e, acordando, começam a aproveitá-la.

Elimine todos os pensamentos de velhice.

A velhice é somente uma forma de pensamento universal que se solidificou como a casca de uma noz, e é dura de quebrar.

Comece já a reformular seus pensamentos a respeito de idade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Não julgueis, para não serdes julgados. Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado

Não julgueis, a fim de não serdes julgados; — porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que voz tenhais servido para com os outros. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 1 e 2.)
Então, os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do povo, — disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério; — ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual sobre isso a tua opinião?” — Diziam isto para o tentarem e terem de que o acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo. — Como continuassem a interrogá-lo, ele se levantou e disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” — Em seguida, abaixando-se de novo, continuou a escrever no chão. — Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus a sós com a mulher, colocada no meio da praça.
Então, levantando-se, perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusaram? Ninguém te condenou?” — Ela respondeu: “Não, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar.” (S. JOÃO, cap. VIII, vv. 3 a 11.)

“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante? Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus haja proibido se profligue o mal, uma vez que ele próprio nos deu o exemplo, tendo-o feito, até, em termos enérgicos. O que quis significar é que a autoridade para censurar está na razão direta da autoridade moral daquele que censura. Tornar-se alguém culpado daquilo que condena noutrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. A consciência íntima, ao demais, nega respeito e submissão voluntária àquele que, investido de um poder qualquer, viola as leis e os princípios de cuja aplicação lhe cabe o encargo. Aos olhos de Deus, uma única autoridade legítima existe: a que se apóia no exemplo que dá do bem. É o que, igualmente, ressalta das palavras de Jesus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 11 a 13.)
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Tolerância Divina


“E dizia Jesus: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” — (Lucas, 23:34)

Ouvem-se as opiniões mais disparatadas no que concerne ao perdão e à tolerância de Deus.

Aprendizes levianos, a todo instante, referem-se ao problema, com mais infantilidade que espírito de observação e obediência.

São raros os que se compenetram da magnitude do assunto.

O perdão divino jamais será entendido no quadro da preguiça, do egoísmo pessoal ou da inconstância da criatura.

As palavras do Mestre, na cruz, oferecem um roteiro de pensamentos profundos, nesse sentido: “Perdoa-lhes, meu Pai, porque não sabem o que fazem”, representa uma sentença básica da responsabilidade que o assunto envolve em si mesmo.

Num momento, qual o do Calvário, em que a dor se lhe impunha ao Espírito Divino, Jesus roga o perdão de Deus para as criaturas, mas não esquece de assinalar o porquê de Sua solicitação.

Seu motivo profundo era o da ignorância em que os homens se mergulhavam.

O Mestre compreendia que não se deve invocar a tolerância de Deus sem razão justa, como nunca se abusa de um Pai abnegado e carinhoso.

Tornava-se preciso explicar que o drama do Gólgota era forma de animalidade de quantos o rodeavam.

E a expressão do Cristo foi guardada no Evangelho, a fim de que todos os aprendizes venham a compreender que tolerância e perdão de Deus não são forças que se reclamem a esmo.

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Emmanuel
Chico Xavier
Alma e Luz
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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Na saúde, na doença



Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.

Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.

O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.

Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.

Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.

Conquanto a existência em torno possa mostrar-se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria aos menos felizes, na certeza de que o enfermeiro diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.

Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.

Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranquilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...

Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.

Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.

O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.

Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.

Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: O Espírito da Verdade
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18 de Junho

Ideias e maneiras conflitantes surgirão nos próximos tempos.

Você será testado exaustivamente e depois será deixado por conta própria.

Não tente se agarrar a todo graveto que passar por você.

Recolha se e, em seu interior, retire sua força de Mim e siga seu caminho em paz.

Todas as dúvidas e temores o abandonarão e você se manterá firme e inabalável como uma rocha, apoiando-se nesta sabedoria interior.

Ventos, tempestades podem surgir lá fora, mas não o afetarão.

Eu preciso de você forte e corajoso, certo da verdade interior que ninguém pode lhe tirar.

Não se deixe sugar pelo torvelinho do conflito e da desesperança que existe no mundo atualmente; encontre seu santuário interior e Me reconheça, porque EU SOU a sua âncora, EU SOU o seu santuário.

Deixe que a Minha paz e o Meu amor o preencham e o envolvam.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

II – Missão do Homem Inteligente na Terra

13 – Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais um das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer. Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus. A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Diríeis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso. Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade. Muitos, infelizmente, a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.

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(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO)
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terça-feira, 17 de junho de 2025

Fazer do dever um prazer


Tesouro inconspurcável que o homem pode trazer por dentro reside na confiança integral depositada por ele na Força Maior que rege a vida.

Quem transporta consigo semelhante riqueza iluminou a vontade, erguendo-se invencível nas vagas ondulantes em que se entrechocam as ilusões terrestres.

Sejam quais sejam os empeços externos, enxameiem-se ciladas por onde caminhe, esculpe a fisionomia da vitória no pedestal da serenidade. Nos vagalhões da luta, tem o raciocínio erecto, à feição do penedo capaz de sustentar o farol que aponta o abismo, e mantém o sentimento qual chama de esperança a fazer-se canção na sombra noturna para saudar o renascimento da alva.

Não conhece tempo pior, nem futuro incerto.

Em qualquer eventualidade, convence-se de que executa os desígnios da Providência, para que melhore a si mesmo, melhorando as existências, em derredor.

Nada tem a perder, quanto ao mundo, porque, acima de tudo, prestigia os talentos que transcendem os valores do mundo.

Dificuldade ser-lhe-á incentivo na ação meritória; incompreensão alheia atestar-lhe-á o devotamente; sacrifício lhe acenará sempre, qual radioso clarão a desvendar-lhe roteiros para a esfera superior. Arrosta perigos e sofre riscos, baseando-se na importância do esforço a que se expõe na transitoriedade de tudo o que é humano fora de si, para exalçar a perenidade de tudo o que é espiritual, em si.

Olha o íntimo de ti e mede a extensão de «terreno interior» que consegues alcançar na luz da fé renovadora que pensa, analisa e conclui por si própria. Conserva a atitude de quem está pronto a servir. Préstimo espontâneo revela desejo de acertar.

Cada dia, cada experiência e cada circunstância te facultam multiplicadas oportunidades para burilar a fé, de maneira a te certificares, ainda mais entranhadamente, de que ninguém pode aposentar a própria consciência.

É assim que todo espírita viverá feliz, fazendo do dever um prazer. .

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Anália Franco
Waldo Vieira
Obra; Seareiros de Volta
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17 de junho

Tenha sempre em mente que todos os caminhos conduzem a Mim.

Alguns têm mais curvas e são mais tortuosos que os outros.

Alguns parecem estranhos e desnecessários, mas não se preocupe.

Permita que cada alma encontre e trilhe seu próprio caminho.

Saiba que todos atingirão o mesmo fim: a realização de sua unidade coMigo.

Existe um caminho reto e estreito que leva diretamente a Mim, mas ele parece simples demais para certas almas que não podem aceitar que ele leva a Mim.

Elas preferem escolher caminhos mais difíceis e cheios de desvios, acreditando que com sacrifício e sofrimento ganharão mais merecimentos.

Todo esse esforço é desnecessário, mas os seres humanos têm livre arbítrio e são completamente livres para escolher seus próprios caminhos. Portanto, viva e deixe viver, sem criticar os seus semelhantes.

🌱🌼🌱
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌱🌼🌱




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MENSAGEM DO ESE:

Convidar os pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição

Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. — E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 12 a 15.)

“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão-só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 7 e 8.)
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Ora e confia


Se um dia te encontrares em situações tão difíceis que a vida te pareça um cárcere sem portas;
sob o cerco de perseguidores aparentemente imbatíveis;
sofrendo a conspiração de intrigas domésticas;
na trama de processos obsessivos;
no campo de moléstias consideradas irreversíveis;
no laço de paixões que te conturbem a mente;
debaixo de provas que te induzam à desolação e ao desânimo;
sob a pressão de hábitos infelizes;
em extrema penúria, sem trabalho e sem meios de sobrevivência;
de alma relegada a supremo abandono;
na área de problemas criados pelos entes a que mais ames;
não desesperes.

Ora em Silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos.

É por isto que a tempestade pode rugir à noite, mas não existem forças na Terra que impeçam, cada dia a chegada de novo amanhecer.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: Amizade
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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Chuva de bênçãos


Dinheiro é bom ou ruim? Desde que o Evangelista anotou a célebre frase do Senhor Jesus: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, as pessoas têm acreditado que ter posses é algo pernicioso.

De tal forma cresce o preconceito, que se faz referências a pessoas de fortuna como aquelas para quem estão reservados os maiores tormentos, após a morte.

Trata-se tanto de má interpretação do texto, quanto, por vezes, de um certo despeito e inveja por não ser o detentor de todo aquele esplendor e facilidades.

Convenhamos que a fortuna, os bens materiais em si mesmos não são bons, nem maus.

Tal qual a faca, o ácido, a droga medicamentosa tem sua utilidade específica, apropriada. O que não impede a muitos que lhe dêem outra, perniciosa.

A faca que serve para cortar o pão, passar a manteiga é a mesma que destrói vidas preciosas.

O medicamento que salva é o mesmo que, indevidamente ministrado, pode alterar perigosamente a saúde. Ou mesmo matar.

Tudo depende da função que se lhe dê.

Assim também com o dinheiro.

São as grandes fortunas que mantêm e incentivam as pesquisas científicas, que redundam em benefícios para a Humanidade.

São os valores amoedados em abundância que permitem a criação de novas fábricas, que geram empregos, que sustentam famílias.

É o dinheiro abençoado que permite a construção e manutenção de hospitais, de escolas, de indústrias.

Lembramo-nos da fortuna de Oscar Schindler. Pertencente ao Partido Nazista, sensibilizou-se pela sorte dos perseguidos judeus da Polônia.

Passou a comprar vida por vida do sofrido povo. Foram crianças, idosos, homens e mulheres maduros, jovens.

Alguns portadores de deficiência física ou debilitados. Os mais fáceis de virem a perecer na mão dos impiedosos carrascos.

Comprou-os e durante meses os sustentou. Despendeu toda a sua fortuna, num simulacro de fábrica que foi modelo de não produção.

Quando acabou a guerra, ele somente possuía de seu o carro e um precioso relógio.

E ante o vislumbrar do horror nazista, que destruiu tantas vidas, ele lamentou não se ter desfeito daquilo também.

Afinal, se perguntou: Quantas vidas mais eu poderia ter comprado: uma, duas, cinco? Por que não o fiz?

* * *

Dinheiro na mão de quem padece a dor do seu irmão é bênção de Deus que se multiplica na Terra, em forma de pão, agasalho, medicamento, escola.

Desta forma, não desprezemos os que possuem riquezas, pois lhes desconhecemos as intenções íntimas.

Quem quer que olhasse para Oscar Schindler, nada veria além de um homem que gozava os prazeres efêmeros da vida.

E, no entanto, ele salvou nada menos de mil e cem judeus.

Se somos os que detemos a fortuna, pensemos que é transitória e, se a Divindade nô-la colocou nas mãos, espera de nós, para nossa própria felicidade, que a utilizemos para o bem comum.

* * *

Não é o dinheiro que nos condena aos processos da angústia.

É a nossa maneira de empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através da ação na fraternidade e do devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar no engrandecimento do trabalho e da vida.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro Dinheiro, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. IDE e no filme A lista de Schindler.
 
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16 de junho

Certifique-se que você tem uma meta na vida.

Não se contente em navegar pela vida como um barco sem leme, sendo jogado nesta ou naquela direção ao sabor do vento; sem uma meta definida você não chegará a lugar nenhum.

Almas demais estão à deriva nesta vida, sem realizar nada de bom.

Encontre a paz interior e, sem esforço ou tensão, siga o seu caminho.

Faça o que é necessário e que lhe foi revelado em seu interior e não o que foi determinado por fatores externos.

Consulte sempre o seu interior para saber se o que você está fazendo está certo; siga em frente e afaste os obstáculos com segurança e convicção.

Entenda que EU SOU a sua bússola, EU SOU o seu guia e EU o conduzirei à sua meta, mesmo que o caminho pareça difícil.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.

Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino.

Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho. Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 7 e 8.)
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domingo, 15 de junho de 2025

Sai de ti mesmo


Se carregas contigo o tempo atormentado

Sob tristeza e desencanto,

É natural te aflijas, entretanto,

Não te entregues ao luxo de chorar.

Sai de ti mesmo e escuta, em derredor,

Aqueles que se vão sem rumo certo,

Suportando no peito o coração deserto

Na penúria que mora entre a noite e o pesar.

*

Não importa o que foste e o que sofreste

E nem a dor alheia, em mágoas mudas,

Procurará saber a crença em que te escudas,

Nem pergunta quem és…

Os que seguem no pó do sofrimento,

Vivendo de coragem, semi-morta,

Rogam-te auxílio à porta,

Rojando-se-te aos pés…

*

Desce da torre em que te vês somente

E escuta-lhes a história dolorida:

Esse chora sem lar, outro é quase suicida 

Cansado de amargura e solidão;

Aquele envelheceu, sem alguém que o quisesse,

Outra é mãe desprezada, anêmica e sozinha,

Sombra que foi mulher, que respira e caminha,

Sabendo agradecer a fortuna de um pão.

*

 Sai de ti mesmo e vem!… Esquece-te em serviço…

É Jesus que te chama ao bem que não se cansa,

Acharás, ao servir, renovada esperança,

Paz e fé sob a luz de nobres cireneus!…

E sem horas a dar ao desalento e ao tédio,

Quando encontres a noite, cada dia,

Dirás ao Céu, em preces de alegria:

— Por tudo quanto tenho agradeço, meu Deus!…

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Maria Dolores
Chico Xavier
Obra: Caminhos do amor
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15 de junho

Você tem um grande poder nas mãos: use-o corretamente para o bem do todo.

O poder pode ser usado positiva ou negativamente, é uma simples questão de escolha.

Quando você quer somente os melhores resultados e o usa positivamente, as coisas mais maravilhosas acontecem.

O poder da eletricidade usado positivamente pode pôr enormes máquinas em movimento; ele pode iluminar grandes cidades, pode realizar prodígios.

Mas quando é mal usado, os resultados podem ser devastadores.

O mesmo acontece com o poder espiritual, que pode ser ainda maior: ele está aí, esperando para ser usado, mas da maneira correta.

Então, só o melhor pode acontecer e você presenciará os prodígios se sucederam em total perfeição.

As almas que já estão prontas e preparadas para usar corretamente esse poder estão sendo empregadas neste momento para ajudar a trazer o novo céu e a nova terra.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A beneficência

A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam. Oh! pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! Quais as festas mundanas que podereis comparar às que celebrais quando, como representantes da Divindade, levais a alegria a essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nelas os semblantes macerados refulgirem subitamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos, ignorantes de que viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, estas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos corações maternos: “Estou com fome!...” Oh! compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero! Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio; ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais dolorosas! Ide, meus bem-amados, e tende em mente estas palavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!”

Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade. Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a consolação, o prelibar das alegrias de que fruirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra. Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes: É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer!

Oh! não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde... só Deus o sabe!...

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– Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 11.)
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O grande aliado


Quando atribuímos ao passado algo que não conhecemos ou conseguimos compreender sobre nossas reações e escolhas, estamos nos furtando da investigação nem sempre agradável que deveríamos proceder para encontrar as razões de tais sentimentos na vida presente. O que sentimos hoje, tenha raízes no pretérito distante ou não, é do hoje e deve ser tratado como algo que guarda uma matriz na vida presente, que precisa de reeducação e disciplina.

Toda vivência interior ocorre porque o nosso momento de conhece-­lo é agora, do contrário não a experimentaríamos. Para isso não se torna necessário uma regressão às vidas anteriores na busca de recordações claras. Se pensarmos bem, vivemos imersos em constante “regressão natural” controlada pela Sábia Providência. Via de regra, estamos aprisionados ainda ao palco das lutas que criamos ou fruindo os benefícios das escassas qualidades que desenvolvemos.

Viver o momento é viver a realidade. Por necessidades de controlar tudo, caminhamos para frente ou para traz em lamentável falta de confiança na vida e em seus “Sábios Regimentos”. A pensadora Louise L. Hay diz que o passado é passado e não pode ser modificado. Todavia, podemos alterar nossos pensamentos em relação ao passado. Essa a finalidade do esquecimento: alterar o que sentimos e pensamos, sob a imensa coação dos instintos e tendências que ainda nos inclinam a retroceder e parar no “tempo evolutivo”.

“Matar o homem velho”, “extinguir sombras”, “vencer o passado” – expressões que comumente são usadas para o processo da mudança interior. Contudo, todos sabemos, à luz dos princípios universais das Leis Naturais, que não existe morte ou extinção, e sim transformação. Jamais matamos o “homem velho”, podemos sim conquistá­lo, renová­lo, educá­lo. Não eliminamos nada do que fomos um dia, transformamos para melhor. Ao invés de ser contra o que fomos, precisamos aprender uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer do “homem velho” um grande aliado no aperfeiçoamento.

O ensino do Evangelho, reconcilia­-te depressa com teu adversário enquanto estás a caminho com ele é um roteiro claro. Essa reconciliação depende da nossa disposição de encarar a realidade sobre nós próprios, olhar para o desconhecido mundo interior, vencer as “camadas de orgulho do ego”, superar as defesas que criamos para esconder as “sombras” e partir para uma decidida e gradativa investigação sobre o mundo das reações pessoais, através da autoanálise, sem medo do que encontraremos. Fazemos isso enquanto estamos no caminho carnal ou então as Leis Imutáveis da vida espiritual levar-­nos-­ão ao “espelho da verdade”, nos “camarins da morte”, no qual teremos que minar as imagens reais daquilo que somos, despidos das ilusões da matéria.

Postergar essa tarefa é desamor e invigilância. A desencarnação nos aguarda a todos na condição do mecanismo divina que nos devolve à realidade.

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(Obra: Reforma Íntima Sem Martírio - Médium Wanderley S. De Oliveira/Espírito Ermance Dufaux)
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